Black Butler escrita por Patriiicia, Hatsuharu


Capítulo 6
Capítulo 6 - Encenação e a mordida do demônio




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Ao acordar no outro dia, Anthony fazia cafuné em mim com os olhos braços a minha volta e com os olhos fechados.

- Bom dia, my lady - disse Anthony, abrindo os olhos.

- Bom dia - respondi, sorrindo.

Anthony sorriu e, colocando-me na cama, levantou-se.

- Vá tomar banho para eu poder arrumá-la, my lady - disse Anthony.

- Certo - disse eu, levantando-me da cama com a ajuda de Anthony, pegando as minhas coisas e indo para o banheiro.

Tomei um banho quase frio para despertar, depilei-me, escovei os dentes, lavei o cabelo, passei creme por todo o corpo e fui para o quarto enrolada em uma toalha branca.

Anthony já me esperava com o lenço amarrado em volta da cabeça.

- Por que não tira o lenço? - provoquei.

- Não é apropriado que um mordomo veja a sua mestra nua - disse Anthony.

- Nem se a mestra ordenar? - perguntei.

- Quanto vale a sua integridade? - perguntou Anthony.

Ri e deixei-o me arrumar.

Anthony me colocou uma lingerie branca, vestido rosa que Alice me dera, uma sandália branca e uma blusa leve branca.

Depois, já sem o lenço tapando os olhos, pegou um secador de dentro do meu guarda roupa e uma escova para secar os meus cabelos deixando-os completamente lisos e me maquiou com sombra rosa quase branca, blush, rímel e gloss.

Olhei-me no espelho e abri a boca, perplexa.

- Como você consegue me deixar sempre linda? - perguntei a Anthony.

- Só realço a sua beleza, my lady - disse Anthony.

E de certa forma era verdade, pois aquela era, de uma forma ou de outra, eu... Algo que nunca parecia ser, quando Alice me arrumava ou eu me esforçava em me imaginar como uma vampira perfeita... Alguém como Edward.

Senti uma leve onda de tristeza, mas uma outra de felicidade... Felicidade, pois eu ainda tinha Anthony.

- Então, vamos para a escola? - perguntou Anthony, pegando-me no colo.

- Sim - falei, relutante.

Descemos a escada, saímos de casa, pegamos o carro e fomos para a escola.

Chegando na escola, Anthony parou o carro e logo curiosos começaram a tentar vê-lo pelo vidro do carro.

- Idiotas... - murmurei.

- Com certeza, my lady - murmurou Anthony, divertindo-se.

Ri.

- Você gosta de ver como eles são patéticos, não é? - perguntei.

- O que posso fazer? Sou um demônio. E demônios adoram ver o sofrimento e a idiotice decadente dos humanos - disse Anthony, sorrindo.

- Como você é perverso... - comentei, gargalhando.

Anthony riu.

- Sempre. Agora, vá - disse Anthony, antes do sinal do inicio das aulas tocar.

- Merda! - resmunguei.

- My lady, não diga tal palavra... Não é educado - disse Anthony, com um sorriso zombeteiro.

Olhei-o séria, mas não por muito tempo... Não depois dele sorrir torto e me fazer suspirar.

- Precisa ir... O professor não deixará você entrar na sala de aula depois - disse Anthony.

Relutante, dei um abraço nele, peguei a minha mochila no banco de trás do carro, sai do carro e comecei a andar para o prédio de biologia.

À medida que eu andava, mais gente me olhava... Merda ao quadrado!

- Olá, minha heroína! - cumprimentou-me Mike, surgindo ao meu lado.

MINHA heroína?

Quem ele pensava que era?

Não... A culpa era minha, afinal de contas, eu é que tinha aceitado sair com ele.

- Heroína? - perguntei, controlando-me.

- É claro, Bella! Você que salvou a Jéssica. Se você não tivesse ligado para a ambulância, ela estaria morta agora, ao invés de careca - disse Mike.

O que?

- Ela foi queimada... - falei.

- Sim, mas você a salvou da morte - disse Mike.

Sorri, reprimindo a enorme vontade de gargalhar.

Eu tinha causado o sofrimento e a dor de Jéssica, ou seja, vingado-me dela e ainda era chamada de heroína?

Que perfeito!

Oh, Anthony... Como você me faz feliz, pensei.

Olhei para o carro e vi que ele ainda estava lá, só que não dava para eu ver o meu adorado demônio.

Sorri, agradecendo-o, e quase consegui vê-lo sorrir e dizer: "Não há o que agradecer, afinal de contas, eu sou apenas um mordomo e tanto".

- Então, Bella... Você ainda vai? - perguntou Mike.

Olhei para Mike e o vi cheio de expectativa.

- Hã? - perguntei.

- Você ainda quer sair comigo na sexta? - perguntou Mike, olhando para os tênis.

Olhei-o sem responder.

Eu não queria sair com ele, mas, para vingar-me, eu teria que fazê-lo.

- Eu sei que você deve estar sentida com o que aconteceu ontem, mas... - começou ele.

- Sem problemas, eu irei sair com você - falei.

- Sério? - perguntou ele, feliz.

- Sim - falei, sorrindo a força.

- Perfeito! - disse ele, sorrindo largamente.

Ao chegarmos na sala, pedimos licença ao professor, entramos e nos sentamos próximos a janela.

Durante as aulas que se arrastavam, Mike era quem fazia as lições e, toda vez que eu dizia algo, ele dizia que estava tudo bem e que não estava difícil, mesmo eu sabendo que ele estava se matando para conseguir fazer tudo certo.

Bom, pelo menos, tiramos A- na atividade de sala de aula.

As outras aulas se passaram lentamente até o sinal do intervalo tocar e sairmos da sala de aula.

- Bellinha! - chamou-me Mike.

Hã? Bellinha? Desde quando tínhamos tanta intimidade e eu gostava de tal apelido?

- Mike... - lutei para me controlar - Não me chame assim... Prefiro Bella.

Mike sorriu.

- Certo, minha Bella - disse Mike.

Minha Bella... O modo como Edward me chamava...

Não me importei com a ousadia de Mike, estava imersa nas minhas lembranças.

- Então, minha Bella? Vamos? - perguntou Mike, estendendo-me a sua mão.

Mike, com toda certeza, devia ter visto Anthony segurando a minha mão, pois tal ato gracioso e belo não devia ter vindo da imaginação dele.

Mesmo parecendo patético, eu tinha que reconhecer que ele estava tentando.

- Vamos - falei, segurando a sua mão.

Mike quase pulou de alegria quando eu segurei a sua mão, mas eu apenas me entediei com a sua futilidade e caminhei.

Ao entrarmos no refeitório, todos olharam para nós curiosos, perplexos e maldosos... Imbecis...

- Bella, eu irei comprar nossa comida, tudo bem? - disse Mike.

- Certo, eu me sentarei naquela mesa - falei, indo para uma mesa isolada.

- Sim, minha Bella! - disse ele, antes de sair correndo para a cantina.

Idiota...

Chegando na mesa isolada, sentei-me em uma cadeira e, depois de alguns segundos, Erick veio ao meu encontro.

- Olá, Bella! - disse Erick, empolgado.

- Oi, Erick - falei.

Nos olhamos em silêncio até que Erick, finalmente, começou a falar o que queria.

- Bella, você aceitaria fazer uma entrevista comigo? - perguntou ele.

Fiquei quieta, pensando.

Não seria nada mal eu ser entrevistada... Eu sairia no jornal da escola e ficaria popular.

- Eu aceito, mas só se for agora - falei, decidida.

Erick sorriu largamente e sentou-se na cadeira a minha frente.

- Bom, então, vamos começar... - murmurou Erick, ansioso.

- Sim - falei.

Erick me olhou feliz, pegando um gravador e uma câmera digital do bolso do casaco, e eu sorri por sorrir.

- Como está sendo lidar com o que aconteceu ontem? - perguntou Erick, ligando o gravador.

Bom, aquele era o momento em que eu teria que brincar de ser atriz... E foi exatamente isso que eu fiz.

- Está sendo muito difícil... Eu mal consegui dormir à noite... - falei, fingindo estar abatida.

- Bom, é que você está com a pele tão linda... - comentou Erick.

- Isso é porque eu tenho alguém cuidando de mim... Esse alguém é que me arruma e faz tudo para mim... É praticamente o meu anjo caído... - falei, ironicamente.

Erick não entendeu a ironia, mas não disse nada.

- Certo, então, você poderia falar o que aconteceu ontem? - perguntou Erick.

- Sim... Bem, Jéssica, Lauren, Anthony e eu estávamos tendo um dia agradável em Port Angeles, só que, quando escureceu, Lauren, por mais estranho que pareça, começou a ter alucinações e desmaiou. Jéssica, assustada, começou a correr, mas caiu, o que fez um mendigo perto dela se assustar e tacar fogo na cabeça dela - expliquei.

Erick me olhou horrorizado, mas me deixou continuar.

- Vendo minha amiga arder, pedi a Anthony que empurrasse o mendigo e apagasse o fogo na cabeça de Jéssica e ele o fez, enquanto eu já ligava apavorada para uma ambulância e ia segurando Jéssica que se debatia no chão.

Erick assentiu.

- Por que você não esperou a ambulância? - perguntou Erick.

- Porque eu não aguentava mais ver Jéssica naquele estado e Lauren desmaiada perto de uma valeta... - disse eu, fingindo tristeza.

- Entendo... - sussurrou Erick.

Erick me olhou com solidariedade e eu o olhei depressiva.

- E como está sendo agora? - perguntou Erick.

- Só de lembrar da minha amiga gritando e ficando toda deformada diante de mim e eu sem poder fazer quase nada além de observar, sinto-me terrível - falei, conseguindo chorar ao baixar a cabeça.

Erick tirou uma foto e disse:

- Não se sinta triste, Bells. Você foi uma heroína. É por sua causa que Jéssica e Lauren estão vivas - disse Erick - Você é demais.

- Não sou tudo isso - disse eu, fingindo modéstia.

- É, sim - disse Erick, sorrindo de leve.

Sorri.

- Então, para não abusar, aqui concluímos a nossa entrevista. Obrigado, Bella - disse Erick.

- Obrigada a você, Erick - falei, sorrindo.

Erick desligou o gravador e tirou mais duas fotos minhas.

- Obrigado - disse Erick.

Balancei a cabeça positivamente e sorri.

Erick sorriu e se foi.

Depois de alguns minutos, Mike apareceu com duas bandejas de comida.

- Minha Bella, desculpe fazer você esperar... A fila estava um pouco grande - disse Mike.

- Tudo bem, Mike - falei, entediada.

Mike sorriu e se sentou no lugar onde estivera Erick a pouco tempo, colocou as nossas bandejas de comida na mesa e começou a comer.

- Minha Bella... - murmurou Mike, enquanto, mastigava um bolinho de chocolate.

Como era nojento...

- Então... Eu olhei para cá e vi o Erick fazendo você chorar... O que ele estava fazendo aqui? Sobre o que estavam conversando? - perguntou Mike, curioso.

Quadrúpede... Viu-me chorando e nem teve coragem de vir me consolar?

Se fosse Anthony ou Edward ou Jacob, eu duvido que me deixariam chorar sem virem me abraçar ou dizer algo ou tirar Erick de perto de mim aos tapas.

- Ele veio me fazer uma entrevista - respondi.

- Ele a encheu de perguntas, não foi? Quer que eu... - começou ele.

- Não, pois eu aceitei ser entrevistada e não me arrependo... Não me arrependo de nada - disse eu, sombria.

Mike ficou mudo e terminou de comer a sua comida.

- Você não está muito a fim de comer, por isso, terei que forçá-la... - disse ele, pegando os bolinhos da minha mesa e começando a me dar na boca.

Patético ao extremo!

Eu desejava muito protestar, porém, eu não podia magoá-lo, não até o nosso encontro vingativo, então, nada mais fiz do que revirar os olhos e comer o que ele me dava.

Quando terminei de comer, o sinal tocou e eu fui para a minha última aula com Mike e, como antes, ele fez toda a nossa lição.

Se o imbecil queria ser o meu escravo, por que diabos eu o impediria?

Sorri até o sinal de término da aula final tocar e eu correr para o estacionamento, onde se encontravam Jacob e Anthony conversando perto da minha picape.

Eles não pareciam alterados e prestes a arrancar a cabeça um do outro... Pareciam até amigáveis.

Fui até eles e fiquei ao lado de Anthony.

- Jake - falei.

- Oi, Bells... - disse Jake.

- My lady - disse Anthony, curvando-se levemente e voltando rapidamente ao normal.

Sorri para Anthony.

- Como o esperado, sempre pontual - falei.

- Fazer o que, não? - gabou-se Anthony, sorrindo.

Então, olhei para Jake.

- Então... Já vi que conheceu o meu mordomo - disse eu.

- Conheci, sim - disse Jake, sorrindo de leve.

- E então? Você não está chateado ou com raiva ou os dois? - perguntei, ansiosa.

- Não... Só queria saber se é verdade... Mostre-me a sua língua - pediu Jake.

Abri a boca e coloquei a língua para fora, mostrando o meu lindo pentagrama.

- É muito bonito... - comentou Jake, admirado e ao mesmo tempo tristonho.

Pus a língua para dentro e fiquei quieta até ter certeza de falar com firmeza.

- Eu não me arrependo de tê-lo feito, pois nunca me senti tão feliz e acredito que essa sensação gostosa só vai melhorar, quando meu desejo estiver realizado.

- Mas, Bella... - sussurrou Jake - Você vai ficar sem a sua alma... Você irá para o inferno...

- Se irei ou não para o inferno, isso é um problema meu e que eu estou disposta a encarar - falei.

- Tudo, por causa, dos malditos sanguessugas, não é? - perguntou Jake, subitamente furioso.

- Não interessa. Já está feito - falei.

- Você não... - começou Jake.

- Só me prometa que vai cuidar de Charlie - pedi.

- Eu irei cuidar de Charlie, mas...

- Nada de mais. Não quero vê-lo triste por uma escolha minha. Agora, por que não falamos sobre você? - perguntei.

Jake ficou em silêncio por um tempo, mas logo se recompôs.

- Bom, a matilha está correndo atrás de uns vampiros... - disse Jake.

Vampiros? Seriam Victoria e Laurent?

Abracei Anthony.

- Como assim? Como eles são? - perguntei.

- Um macho e uma fêmea. O macho é negro e com dreads. E a fêmea tem algumas sardas no rosto e é ruiva - disse Jake.

Arfei.

Anthony passou seu braço direito a minha volta e disse:

- Acalme-se, my lady. Eu cuidarei deles.

- Você não pode... Eles são vampiros... - comecei.

- E eu sou um demônio - disse Anthony, suavemente.

- Mas... - tentei.

- Eu os matarei assim que der a sua ordem, se quiser, posso caçá-los... - propôs Anthony.

- Não. Hoje, não - falei.

Não... Eu não me separaria de Anthony.

- Bella, ele não precisa agir. Eu e a matilha já estamos nos dando bem... - disse Jake.

- Certo - falei.

Mesmo preocupada com Jake, eu não via motivos para impedi-lo de lutar contra a dupla de vampiros. Jake tinha a sua matilha e eu só tinha Anthony, por isso, eu não podia arriscar perdê-lo.

Jake pareceu se magoar um pouco, mas logo sorriu.

- Será um prazer matar aqueles vampiros - disse ele.

- Ok, mas faça-o com cuidado - falei.

- Sem problemas - disse ele.

Sorrimos um para o outro.

- Bom, preciso ir... A matilha deve estar precisando de mim - disse Jake.

- Tudo bem... - falei - Não irei impedi-lo.

Jake sorriu.

- Eu vou, mas se cuida - disse Jake, tirando-me de Anthony e me abraçando.

- Estarei bem cuidada, tenho meu anjo caído para fazê-lo, não? - falei, sorrindo.

- Tem, sim... - disse Jake, calmo.

Separei-me de Jake.

- Pensei que fosse ficar com raiva... - falei, corando um pouco.

- E quem disse que não estou? - disse Jake.

- Você está? - perguntei.

- Sim, mas não de você e nem de Anthony. Você só fez tal coisa porque se via perdida e Anthony só está aqui porque foi invocado - disse Jake - Estou com raiva de Edward por ter deixado você... Por ter lançado seu feitiço em você deixando-a cega.

- Não estou cega - falei.

- Sim, você está. Edward e o resto daqueles malditos fizeram isso a você - falou Jake, controlando-se.

- Eles só... - comecei.

- My lady, precisamos ir - disse Anthony - Deixei seu almoço no forno.

Olhei para Anthony e suspirei.

Agradeci mentalmente a ele por acabar com a discussão e sorri para Jake.

- Não importa mais... Então, tchau, Jake - falei, dando um beijo em Jake.

- Tchau, Bells - disse Jake, antes de correr para a floresta.

Olhei em volta e vi que pessoas e mais pessoas nos olhavam com diversos tipos de sentimento.

- Vamos? - perguntei.

- Sim, my lady - disse Anthony, abrindo a porta da picape e ajudando-me a entrar.

Anthony foi para o lado do motorista, começou a dirigir e, enfim, fomos para casa.

***

Chegando em casa, Anthony me levou a cozinha, sentou-me em uma cadeira e tirou um frango recheado e bem-assado do forno.

- Anthony, eu não estou com fome... - falei.

- Coma só as asas e eu não a perturbarei... - disse Anthony, erguendo as mangas do paletó e cortando as asas do frango.

Resmunguei e comi as asas às pressas.

- Contente? - perguntei.

- Sim - disse Anthony, satisfeito.

- Agora, vamos para o quarto? - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony, ajeitando as mangas do paletó e colocando o frango dentro do forno.

Anthony me pegou no colo e correu para o quarto.

- Espere-me aqui - falei, pegando algumas coisas no quarto e indo ao banheiro.

Tomei um banho rápido, coloquei uma camisola verde e voltei para o quarto.

Quando abri a porta, Anthony me conduziu até a cadeira de balanço e me sentou nela.

- Quer fazer algo de especial? Sair? - perguntou Anthony.

- Quero ficar aqui com você - falei, levantando-me da cadeira.

Olhei para Anthony.

- Sente-se, por favor - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony, sentando-se na cadeira.

Sentei-me no colo de Anthony com as pernas ao seu redor, o abracei encostando minha cabeça no seu peito e fui envolvida por seus braços.

- Me dá mais daquilo? - perguntei.

- O que, my lady? - perguntou Anthony.

- O prazer... Beba mais do meu sangue... - pedi.

- My lady, você pode ficar fraca... Seu sangue é tão delicioso que é difícil concentrar-me em não causar danos ao seu corpo - disse Anthony.

- Você não vai me machucar... - falei - Ou melhor, vai me fazer sentir dor, mas com muito prazer.

- My lady... - começou Anthony.

- Por favor... - pedi.

Afastei-me um pouco dele e mostrei a língua para ele.

Anthony me olhou com malícia e sorriu.

- Se é o que quer, que assim seja... - disse ele.

Já ia me levantar para pegar algo que fizesse um corte na minha pele, mas fui impedida.

- Eu não preciso de objetos para cortar, my lady... - disse Anthony, sorrindo com pequenas presas afiadas aparecendo.

Fitei-o admirada e sussurrei:

- Você tem presas? Elas são lindas...

Os olhos de Anthony ficaram tingidos pelo vermelho e ele riu.

- Sempre me surpreendendo, não é, my lady? - disse ele.

Sorri.

- Sempre - falei.

Fitei-o com mais atenção e vi que seu desejo aumentava a cada segundo.

- Por que não o fazemos logo? Por favor... Me dê - pedi.

- Sim, my lady - disse ele, antes de puxar a minha cabeça levemente para trás e morder-me.

Quando Anthony cravou as suas presas no meu pescoço, dor e prazer me inundaram... Muito mais prazer do que dor.

A mordida daquele demônio era incomparável... O prazer sentido naquela mordida não tinha igual... Era algo milhares e milhares de vezes melhor do que a mordida de um vampiro.

À medida que Anthony sugava o meu sangue meu corpo tinha espasmos... Espasmos de dor e prazer.

Ondas de felicidade, desejo e luxúria passavam por meu corpo.

Naquele momento, o que eu mais queria era continuar com aquilo... Era a minha maior e melhor fonte de prazer.

Eu começava a sentir luxúria... Uma luxúria tão viva e irresistível que eu peguei a cabeça de Anthony agarrando os seus cabelos e o puxei mais e mais para mim.

Nós gemíamos.

Edward, por mais que tivesse me dado amor, nunca me dera tal sensação, o que me entristecia um pouco, mas que logo se diluía no fogo morno que Anthony emanava pelas minhas veias e me enchia de vitalidade e desejo de fazer loucuras.

- Anthony... - gemi, feliz.

Anthony nos levou até a cama com facilidade e nos deitou nela.

Um fluído molhou a minha intimidade, mas eu não me importei com tal coisa.

Prendi Anthony com as minhas pernas e o apertei contra mim, enquanto, Anthony bebia meu sangue com força e me puxava para si... Como se eu pertencesse somente a ele e a mais ninguém.

Gargalhei.

Eu adorava aquela possessão... Fazia-me sentir tão amada e protegida...

Depois de mais um tempo sentindo tudo aquilo, Anthony tirou suas presas e seus lábios do meu pescoço e afrouxou seus braços a minha volta.

- Já... Já vai... Parar? - murmurei, ofegante.

- Sim... Você precisa retomar as suas energias... Se eu beber mais, você desmaiará... My lady - disse ele, também ofegante.

Ondas de alegria e desejo... De novo.

- Você... gostou? - perguntei.

- Não tinha como não gostar... - disse Anthony, recompondo-se.

- Diga - falei.

- Eu adorei. Seu sangue é maravilhosamente puro - disse Anthony.

- Beba mais - pedi.

- Não mais, my lady... Hoje, não - disse ele.

Então... Teríamos mais depois?

- Quero mais... Depois - falei.

- Como desejar - prometeu ele.

Anthony beijou o meu pescoço e me deixou na cama.

Minhas pernas estavam abertas e eu nem consegui fechá-las... Droga.

- Vejo que precisa se lavar... – disse Anthony, sorrindo com malícia e olhando rapidamente a minha intimidade.

Corei.

- Darei-lhe banho... Vamos - disse Anthony, pegando-me no colo e me levando ao banheiro.

- Vai me ver nua? - perguntei, maliciosa, ao chegar no banheiro.

- Não - disse Anthony, tirando um lenço branco de dentro de seu bolso.

- Já veio prevenido, não? - falei, fazendo biquinho.

- Um mordomo e tanto sempre anda prevenido - disse Anthony, sorrindo.

- Certo, certo... - murmurei.

Anthony colocou o lenço envolta da cabeça com uma única mão e me deu banho.

Depois de um banho rápido e quente, Anthony nos levou de volta ao quarto, vestiu-me uma camisola azul e uma calcinha preta e tirou o lenço da cabeça.

- Vou buscar algo para você - disse ele, deixando-me deitada na cama e saindo do quarto.

O prazer ainda percorria pelo meu corpo, fazendo-me sorrir como uma boba.

Anthony voltou com um copo de leite e, antes que eu pudesse protestar, fez com que eu bebesse até a última gota.

- Pronto - disse ele, saindo do quarto com o copo vazio e voltando em menos de dois segundos com as mãos livres.

- Vem cá... - chamei-o.

Anthony tirou os seus sapatos e deitou-se ao meu lado.

- Tire esse paletó... - pedi - Está quente aqui, anjo caído... Você nunca o tira...

Anthony tirou o paletó e o jogou em uma cadeira.

- As luvas também... - falei.

Anthony jogou as luvas em cima do paletó e me olhou.

- Satisfeita, my lady? - perguntou ele, sorrindo.

- Sim... - falei.

- Certo... Agora, descanse... Seu corpo está frágil - disse Anthony.

Fui para cima dele e o olhei.

- Está bem, doce demônio - falei, rindo.

Anthony riu.

- Durma... Fará melhor a você - disse ele.

- Certo... Fofinho - então, fechei os olhos e dormi ouvindo a risada graciosa de Anthony.


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Notas finais do capítulo

- Queremos 10 reviews para a próxima postagem e, como já viram, podemos postar na mesma hora...Esperamos pelo reviews!- Obrigada por acompanharem a fic!- Amamos vocês!