Black Butler escrita por Patriiicia, Hatsuharu


Capítulo 4
Capítulo 4 - Enterro e prazeres




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No dia seguinte, acordei sem os braços de Anthony me envolvendo... Droga!

Sentei-me na cama, abri os olhos e olhei em volta, vendo o quarto impecável e Anthony fitando-me, enquanto, ficava em pé ao lado da minha cama segurando um lindo vestido um tanto curto e um chapel preto com um pequeno véu.

- Você não ficou deitado... - falei, um tanto irritada.

- A ordem foi clara, my lady - disse Anthony, sorrindo - Eu ficaria na sua cama até você dormir.

- Bom, hoje, você vai ficar até eu acordar amanhã, entendido? - declarei.

- Como quiser, my lady - disse Anthony, curvando-se levemente com a mão no peito.

Fitei o vestido e o chapel que ele segurava.

- Para que é esse vestido e o chapel? - perguntei.

- Para o enterro de Harry Cleawater - disse Anthony.

- Já é hoje? - perguntei, levantando-me da cama.

- Sim, my lady - disse Anthony - E eu posso arrumá-la, caso me deixe.

Olhei com um sorriso.

- É claro! - disse eu.

- Certo, então, vamos para o banheiro, my lady - disse Anthony, pegando a minha necessaire e conduzindo-me para o banheiro.

Ao chegarmos no banheiro, Anthony agiu rápido.

Antes que eu pudesse contestar, Anthony já escovara os meus dentes e já escovava os meus cabelos.

Depois de prender meus cabelos em um coque alto, Anthony passou um batom cor de boca na minha boca, uma sombra marrom nas minhas pálpebras, lápis de olho preto nos meus olhos, rimel nos meus cílios e blush nas minhas maçãs do rosto.

Anthony amarrou o lenço que Renée me dera em volta da cabeça tampando olhos e vestiu o vestido preto em mim.

- Voi lá, my lady - disse Anthony, ao terminar de me vestir e colocar o chapel na minha cabeça.

Olhei-me no espelho em cima do lavatório e me vi... Eu estava linda, parecia uma dama do século 18.

- Obrigada - falei, sorrindo.

- Não precisa agradecer, my lady, afinal de contas, o que eu faria se não conseguisse lidar com tal situação? - disse Anthony, convencido e lindo.

- Não importa o que diga, obrigada do mesmo jeito - falei, abraçando-o.

Anthony ficou com os braços ao lado do corpo, imóvel.

- Abrace-me, também - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony, abraçando-me.

Seu abraço era morno... Ele cheirava bem, não doce e nem selvagem... Ele era belo, mas era perigoso... Ele era a mistura perfeita do fogo e do gelo...

Anthony, o meu demônio mordomo favorito, me oferecia com boa vontade seu calor gélido.

- Abrace-me com mais força, mas com doçura... Mais calor, mas com mais gelo - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony.

Anthony me abalou da forma que eu queria e eu me senti tão bem que tive que lutar contra as lágrimas.

Anthony me fez sentir amada e, por pelo menos alguns segundos, eu pensei: "Não importa se Edward voltar ou não, pelo menos, eu tenho o meu mordomo".

- Bella! - chamou-me Charlie.

- Desculpe, my lady, mas, caso não formos, agora, perderemos o enterro - disse Anthony, ainda me abraçando.

- Certo, mas quero sentir a mesma sensação de agora, mais tarde - falei, quase desesperada.

- Como quiser - disse Anthony, sorrindo.

Separamo-nos e fomos ao encontro de Charlie que já estava na sala.

Charlie me olhou e admirou-se com a minha beleza, mas logo recuperou-se.

- Vamos? - perguntou ele.

- Claro - falei.

Anthony saiu de perto de mim, foi até a cozinha e voltou com um buquê de rosas champanhe.

- Obrigada - falei, pegando o buquê.

Anthony, Charlie e eu fomos para a viatura de Charlie.

É claro que, se fosse em outra situação, eu não teria ido naquela viatura ridícula, mas eu não quis dizer nada, por isso entrei no banco de trás com Anthony e deixei-me que Charlie nos levasse até o cemitério.

- Não estou triste... Acho que é porque eu não o conhecia... - murmurei para Anthony.

- Pode ser - disse ele, indiferente.

Ao chegarmos no cemitério, caminhamos até encontrarmos os Cleawater e outras pessoas chorando perto de um túmulo cheio de flores.

Que atmosfera pesada..., pensei.

Charlie e eu abraçamos a família e as outras pessoas e, enquanto Charlie ficou consolando Sue, e fui colocar o buquê de rosas perto do túmulo de Harry.

- Eu cuidarei tanto de Seth quanto de Leah, Harry. De uma maneira ou de outra, eu o farei - prometi a Harry.

Depois, fui para um canto um pouco afastado com Anthony.

De longe, vi as lágrimas escorrerem pelo rosto de Leah e pensei em como seria se eu chegasse a colocar flores no túmulo de Charlie... Seria com certeza uma coisa terrível.

- Não seria algo terrível, mas sim algo natural, my lady - disse Anthony.

- Seria algo naturalmente triste - retruquei.

- Poderia ser triste, mas é o destino de todos os seres humanos - disse Anthony, indiferente.

Não respondi, pois sabia que era verdade.

- Nada é mais certo do que a morte para os humanos - disse ele, com frieza - É inevitável.

- Mas dói tanto ver alguém que amamos morrer... - murmurei - Ou melhor, qualquer pessoa...

- My lady, você não pode ser fraca ao ponto de ter piedade das pessoas. A morte, para muitos é um alívio. Pense que quem estiver morrendo está de alguma forma feliz - disse Anthony, firme e cruel.

- Não fale assim, Anthony. Aquele pobre homem não merecia morrer... Nem ele e nem Charlie... - falei.

- Mas não seria muito pior para eles ver um de seus filhos morrer? Acha que Charlie não ficará terrivelmente triste ao vê-la morrer, my lady? - perguntou Anthony, sarcástico.

- Acho, mas ele saberá lidar... Sempre viveu sem mim... - falei.

- Então, pense apenas em si própria - disse Anthony, tocando em meus ombros e aproximando o seu rosto do meu.

Fitei seus olhos e vi o que ele queria de mim.

- Não hesitarei em nenhum passo que der e não hesitarei em me vingar das pessoas que me abandonaram e me trataram mal - falei, com a voz trêmula, mas determinada - Pensarei somente na minha felicidade.

- É assim que deve pensar, my lady. Não deixe que coisas como a morte e o sofrimento alheio atrapalhem a sua vingança e a sua felicidade. Ordene-me a matar e o que quiser pensando somente em si e em mais nada - disse Anthony, intensamente.

- Sim... Eu serei fria, até mesmo cruel para alguns... Só pensarei no meu próprio orgulho e em trazer de volta a minha felicidade - disse eu, firme.

- Só pense no que lhe convir, my lady - disse Anthony.

- Só pensarei no que me convir - repeti.

- Perfeito! - disse ele, sorrindo com maldade.

Mesmo um tanto assustada, eu retribui o seu sorriso.

- E você jamais me abandonará... Jamais me deixará só e nunca me trairá - falei.

Anthony sorriu.

- Eu te ordeno - falei, mostrando a língua.

- Sim, my lady - disse Anthony, pondo a mão no peito e curvando-se.

Minha língua formigou e, enquanto eu fitava o meu mordomo, eu tive certeza...

Não importava o fosse ou não fosse acontecer, Anthony estaria para sempre comigo e eu com ele... Eu sempre o teria e ele me teria... Nós nos pertencíamos.

***

Depois do enterro, Charlie, depois de eu ter convencido-o de que eu e Anthony poderíamos chegar bem em casa, foi para a casa de Sue e eu e Anthony fomos caminhar.

- Anthony, corre comigo? - perguntei.

- Sim, my lady - disse Anthony pegando-me no colo e começando a correr.

O vento que batia em meu rosto quase levara o meu chapel, mas Anthony ergueu uma das mãos com rapidez, pegando-o.

Eu me sentia livre e leve... Livre como um pássaro e leve como uma pena.

- Mais rápido - pedi.

Anthony aumentou a velocidade e mais pareceu que estávamos voando.

- Que delícia! - gemi, sorrindo.

Anthony sorriu.

Chegamos a beira de um barranco e, ao invés de cairmos, Anthony deu um pulo erguendo-nos até o alto de uma árvore.

O verde que me deixava depressiva, se transformara em algo belo.

- É lindo - murmurei.

Edward... Edward corria daquela maneira comigo...

Não, eu não iria pensar nele naquele momento... Não iria acabar com o brilho daquele momento lembrando do meu amor que partira sem mim.

- Corra mais - gritei, aos risos.

Anthony pulou da árvore, chegamos ao chão com leveza e recomeçamos a correr a toda velocidade.

Nos aproximávamos de uma clareira.

- Vamos parar ali, por favor - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony, sorrindo.

Anthony reduziu a velocidade, dando-me a capacidade de apreciar cada gota de orvalho das plantas e não me sentir tonta até que, enfim chegarmos a clareira.

A clareira tinha uma beleza sobrenatural, sombria, gélida, mas aconchegante.

Caminhei até o meio dela, seguida por Anthony e me deitei.

- Deite comigo - pedi.

- Entendido - disse Anthony, deitando-se ao meu lado.

Sorri e deitei-me em cima dele.

- Você corre muito... - comentei.

- Fazer o que? Sou um demônio, my lady - disse Anthony, sorrindo presunçoso.

- Bobo - falei, antes de esticar-me até beijar o seu pescoço e encostar a testa em seu queixo.

Suspirei.

- Você tem um cheiro maravilhoso - falei.

- Cuidado para não se viciar... - disse ele, sorrindo.

Ri.

- Você também tem um cheiro bom, também - disse Anthony, cheirando o meu cabelo - Um cheiro puro e doce...

- É mesmo? - perguntei.

- Sim... Quase irresistível... - disse ele.

- Bom, se é assim... Acho que deveríamos quebrar uma das regras das entrelinhas do contrato... - comentei, sorrindo tentando soar maliciosa.

- Não podemos... Até eu, um demônio, tenho que cumprir os contratos - disse ele, indiferente.

- Droga - falei, sentando-me em cima da sua barriga com as pernas descobertas, por causa do vestido curto, ao lado de seu tronco, enquanto, Anthony levantava um pouco as suas pernas para eu me encostar nelas.

Olhei para baixo e lá estava um galho com a ponta afiada... Peguei o galho com rapidez, fiz um corte na mão e derramei o sangue na boca de Anthony.

Anthony pegou a minha mão, puxou para a sua boca e lambeu o corte.

- Delícia... - murmurou ele, com os olhos fechados - Nada melhor do que uma alma pura e imaculada...

Arfei.

- Gostou? - perguntei.

- Sim e muito. Como eu esperava, tinha um gosto maravilhoso, mas não foi certo quebrar o contrato - disse ele.

Uma ideia passou pela minha cabeça e, por mais idiota que ela fosse, ela me torturou até eu quebrar o silêncio e pedir.

- Anthony, beba o meu sangue. Beba até eu mandar parar - ordenei.

- My lady... - começou ele.

- É uma ordem - falei, olhando-o com seriedade - Quebre esta sua regra e beba o meu sangue.

E, para completar, mostrei a língua com o meu pentagrama.

Anthony me fitou com malícia e então cedeu ao meu desejo.

- Sim, my lady - disse ele, antes de beijar a minha mão e começar a sugar o meu sangue.

Se eu dissesse que não doeu seria mentira minha, mas foi muito prazeroso... Prazeroso, porque me senti desejada.

Aquilo era algo que Edward nunca quis me dar, mas que Anthony, depois de eu pedir com firmeza, me dera de bom grado e ainda me fazia se sentir... Quente e viva.

Gemi e Anthony também gemeu... Nos fitamos... Eu com um brilho um tanto masoquista no olhar e ele com um brilho de puro desejo... O que só me satisfez ainda mais.

Depois de um tempo, um trovão ecoou acima de nós e Anthony parou de sugar o meu sangue.

- Precisamos ir - disse ele, trazendo-me de volta a realidade e me fitando com olhos indecifráveis.

- Ainda não - pedi.

- Vai chover... - disse ele.

- Mas... - comecei, sem saber o que dizer.

- Sua segurança em primeiro lugar. Não posso deixá-la pegar uma gripe. Vamos, my lady - disse Anthony, pegando-me no colo, levantando-nos da grama e começando a correr.

Contrariada, enterrei o meu rosto no seu pescoço e conformei-me em sentir o seu cheiro, enquanto, praticamente voávamos para a casa.

***

Ao chegarmos perto de casa, uma linda mercedes estava estacionada em frente a entrada... Uma mercedes igual a dos Cullen.

Arfei.

Anthony me olhou com indiferença, mas com olhos sábios... Ele já sabia que tinha alguém dos que eu queria ver em casa.

Anthony reduziu drasticamente a sua alta velocidade a passos humanos e eu desci de seu colo, andando de braços dados a ele.

Suspirei ao parar na frente da porta.

- O que foi, my lady? - perguntou Anthony.

Fitei-o.

- Faz tanto tempo que eu não vejo ninguém... Como será que serei recebida? Por que será que me deixaram? Será que eu signifiquei algo? Eles vieram para que? - disparei - Estou com medo...

- Não precisa temer, afinal de contas, eu sou o seu mordomo e não deixarei que nada de mal lhe aconteça. Estarei ao seu lado - sorrindo.

Suspirei, novamente, e sorri agradecendo a Anthony.

Então, abri a porta de casa e dei de cara com a fadinha... Alice.

- Alice! - gritei, pulando em cima da vampira baixinha.

- Bella - disse Alice, empurrando-me.

Seus olhos estavam negros como breu.

- Desculpe... - disparei, novamente - Desculpe, mesmo...

- Deixe para lá - disse ela, sem emoção.

Ela estava fria...

- O que foi, Alice? Para que voltou, afinal? - perguntei.

- Eu não consigo te ver mais... Fiquei preocupada - disse ela.

- Você me deixou e partiu sem nem me dizer adeus. Não tem direito nenhum de ficar vendo o meu futuro - falei, irritada.

Alice ficou triste, mas continuou.

- Por que não consigo mais te ver? - perguntou Alice.

- Acho que é porque uma pessoa está cuidando de mim... - falei, abraçando Anthony que estava atrás de mim.

- E quem é este? - perguntou Alice, desconfiada.

- Este é o meu mordomo - falei, sorrindo.

Anthony sorriu e deu um passo a frente estendendo a mão, pegando a de Alice e a beijando.

- Sou Anthony Mackel e sinto-me honrado em conhece-la, senhorita Alice - disse Anthony, cheio de classe.

Primeiramente, Alice não disse nada, mas logo puxou a sua mão de volta.

- Anthony é o segundo nome humano de Edward - disse Alice.

Edward...

- Onde Edward está? Ele veio com você? - perguntei, ansiosa.

- Não.

- Onde ele está? Ele vem? - perguntei.

- Não sei se virá - respondeu Alice.

- Onde ele está? - perguntei.

- Ele não deixa ninguém saber... Só conversamos com ele por telefone - disse Alice.

- Ele está bem? - perguntei - Como andam as coisas para vocês?

- As coisas estão indo para nós... Jasper assassinou um cara no mê passado, mas está se recuperando... - disse Alice, olhando para baixo.

- E o resto? Como estão? Seja mais direta! - exigi.

- Estamos indo bem, já você eu não sei - disse Alice, olhando de forma estranha para Anthony.

- My lady, se importa de ir lá fora por trinta segundos? - perguntou Anthony.

- Mas... - comecei.

- Por favor, my lady - pediu Anthony, fitando-me.

- Certo - disse eu, saindo de casa, emburrada.

Coloquei o ouvido na porta e comecei a escutar a conversa.

- O que é você? - perguntou Alice, com medo.

- Sou Anthony Mackel, o mordomo da família Swan - respondeu Anthony, simplesmente.

- Não minta. Anthony é o segundo nome humano do meu irmão - disse Alice, impaciente.

- Anthony Mackel é o nome que my lady me deu ao fazer um contrato comigo - disse Anthony, suavemente.

- Você não é humano... - sussurrou Alice.

- Sou um demônio - disse Anthony, com um sorriso quase audível.

Escutei um barulho estranho e, quando entrei na casa, vi Alice no chão com o pé de Anthony no seu pescoço, pronto para esmaga-lo.

- Anthony, não! - pedi.

- Ela tentou me atacar, my lady - disse Anthony, fitando-a.

- Mas ela é a minha melhor amiga! - murmurei, quase sem voz.

- Por que, Bella? - perguntou Alice.

- Eu só fiz um contrato que beneficiará ambas as partes - falei, tentando soar calma, mas sem muito sucesso.

- Ele vai devorar a sua alma! - gritou Alice.

- Pelo menos, ele não me abandonou. Enquanto eu estiver viva, ele sempre estará comigo - falei, com raiva.

- Nós a deixamos e você logo encontra coisa pior... - repreendeu-me Alice.

- Ele não é pior do que vocês. Vocês bebem sangue inocente e ele come almas - falei.

- Obrigado, my lady - disse Anthony, sorrindo para mim.

- Ele só o fará quando eu quiser e isso não é da sua conta - falei.

- Bella... - começou Alice.

- Você e outros me deixaram e eu encontrei Anthony. Ele me completa e não me deixa sozinha nunca... Ele é melhor do que vocês - falei, já chorando.

Anthony deixou Alice e veio para perto de mim.

- Faça - pedi.

- Sim, my lady - disse Anthony, dando-me o que eu tanto queria naquele momento... Um abraço.

Alice me olhou de forma que eu não consegui interpretar e, já em pé, disse:

- Voltaremos e a salvaremos - e partiu.

Chorei ainda mais.

- Está tudo bem. Não há razão para chorar - disse Anthony.

E não havia mesmo... Eu amava Alice, ela estava de volta, os outros voltariam e, mesmo que não gostassem mais de mim, era tudo o que eu queria.

***

Depois de tomar banho, trocar-me e ir para o quarto vestida em um moletom, Anthony me levou para a cama e me cobriu.

- Hoje, como eu já disse de manhã, você vai ficar comigo até o dia seguinte - lembrei-o.

- Como quiser, my lady - disse Anthony, tirando os sapatos e deitando-se comigo, enquanto, eu o cobria com o edredom quentinho.

- Não só hoje, como todos os dias - pedi.

- Sim, my lady.

Olhei-o nos olhos e ele fez o que eu queria... Dei as costas a Anthony e ele me abraçou e, como na noite passada, fez cafuné em mim.

- Se não fosse por você, acho que eu não teria aguentado Alice partir chateada comigo - falei.

- Como combinamos, eu serei a sua força até o fim, my lady - disse Anthony, suave.

- Você é demais para mim - falei.

- Apenas um mordomo e tanto - disse ele, com um sorriso audível.

Suspirei.

- O meu mordomo... Só meu, até o fim - disse eu, possessiva.

- Sim, my lady - disse Anthony.

Deitei em cima de Anthony e abracei-o com força.

Então, meus olhos se fecharam e eu dormi no peito macio do meu mordomo... Meu e de mais ninguém.


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Notas finais do capítulo

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