Anthony chegara na manhã seguinte, no dia da batalha e me abraçou assim que eu corri para os seus braços.

- Começou? - perguntei.

 - Sim, my lady - disse Anthony.

Meu coração começou a bater mais rápido.

- Acalme-se, my lady, está tudo sob controle, eles lidaram muito bem com tudo, tenho certeza, afinal de

contas, eu os ensinei tudo o que precisavam para hoje - disse Anthony.

Assenti, ainda nervosa e fui para perto de Edward que me abraçou.

- O que fazemos? - perguntou Edward.

- Vamos esperar - disse Anthony, com um sorriso maléfico - Preciso que todas os peões sejam derrubados para que o jogo fique emocionante.

- O quer dizer, Anthony? - perguntamos Edward e eu, enquanto os lobos faziam um ruído.

- Logo, logo verão... - disse ele, misterioso.

Achei melhor não perguntar, por isso, fiquei quieta abraçada a Edward... Parecia ser um de seus planos, algo além da minha compreensão.

Os barulhos eram tantos que até eu conseguia ouvir.

Passados malditos minutos que mais pareciam horas, Anthony disse:

- Edward, Seth e Jacob vão para a clareira. Precisam de vocês - disse Anthony.

- O que foi? - perguntei, ao ver Edward, Seth e Jake partirem às pressas.

- Apenas estamos perto do momento emocionante que mencionei - disse Anthony.

Não demorou muito para eu escutar um uivo de dor... O uivo de dor!

- Jake! - gritei.

- Ele sofreu um acidente, mas ficará bem, my lady - disse Anthony.

- Anthony, vá ajudá-los! Vamos lá na clareira! - pedi, nervosa.

- Ainda não - disse ele.

- É uma ordem! - disse eu, com raiva dessa vez.

- Como está no contrato, eu jamais farei nada que coloque sua segurança em risco. Não é o melhor momento ainda, por isso, confie em mim e relaxe - disse Anthony, abraçando-me.

- Mas... - comecei.

- Shii....

Não disse mais nada, apenas chorei e encostei minha cabeça no peito de Anthony.

Depois de mais alguns minutos, Anthony me afastou e deu um sorriso.

- My lady, acho que está na hora de entrarmos em cena. Aceita vir comigo? - convidou ele.

Assenti, ansiosa.

- Se é assim, venha, my lady - disse Anthony, ajudando-me a subir em suas costas.

Então partimos em direção a clareira.

Eu estava com medo, pois o cenário que eu estava prestes a ver com certeza era horrível.

Mas não importava desde que eu pudesse ficar perto de Edward e meu amigos que estavam lutando pela minha segurança.

Ao chegar na clareira, foi impossível não arfar, mas me mantive, por íncrivel que pareça, calma.

Anthony gargalhou de maneira diabólica e estrondosa ao olhar em volta da clareira.

- Já vi que terei mesmo que salvá-los... - disse Anthony.

Anthony colocou-me sentada no alto de uma árvore e sussurrou:

- Não precisar ter medo, não deixarei que ninguém encoste em você.

Beijei seu rosto e o deixei descer da árvore.

- Parem bestas! - ordenou Anthony, ao adentrar a clareira.

Todas as coisas bizarras que atacavam os Cullen paralisaram

Ao me ver, Victoria rosnou e tentou me atacar, mas Anthony a pegou pelos cabelos no ar e a chutou para longe.

- Então, é mesmo você a causadora de tudo isso... Você é realmente astuta - disse Anthony, rindo cruelmente - Você é uma vampira quase descente.

- Ataquem, minhas crianças! Continuem! - gritou Victoria.

As coisas começaram a se movimentar em direção a Anthony.

- Como você é a criadora deles, eles realmente irão obedecê-la... Vejo que eu terei mesmo que destruí-los ao invés de mandá-los para o inferno como presentinhos para os meus cães... Que pena... - disse Anthony.

As coisas se aproximavam mais e mais de Anthony como se tivessem escolhido-o como o seu novo alvo.

- My lady, você me daria uma ordem nesse axato momento? - perguntou Anthony, sorrindo torto para mim.

Sorri.

Eu sabia o que tinha que dizer.

- Anthony, eu ordeno que você, como o meu mordomo, proteja a mim, meus amigos e a você mesmo destruindo todas essas coisas não importa que métodos tenha que usar! Faça! - gritei.

Victoria rosnou, mas não fez nada.

- Sim, my lady - disse Anthony, ajoelhando-se com a mão no peito.

Anthony riu e, enquanto penas pretas caíam, seu corpo começou a se transformar em uma espécie de humanóide com um rosto humano com olhos vermelho-fluorescentes, cabelos feitos de longas tiras de metal, um tronco feito de pele humana, mas com grandes asas pretas e brilhantes nas costas, um tronco de cavalo como se fosse um centauro no lugar de pernas, braços fortes e uma mão na forma de arma e outra na forma de garra. Um perfeito destroyer.

As penas pararam de cair e Anthony sorriu.

Fiquei de boca aberta, maravilhada, enquanto os Cullen e os lobos arfavam numa mistura de medo e adoração.Com seus cabelos, Anthony pegou os Cullen deixando-os sentados nas árvores próximas a que eu estava sentada e depois pegou os lobos, inclusive Jake, só que com mais cuidado, e os colocou na frente da minha árvore.

- Fiquem aí e assistam prontos para proteger my lady Bella se for necessário - disse Anthony, sorrindo.

Anthony então começou a cortar as coisas com os cabelos deixando-as despedaçadas, mas logo elas se regeneraram e começaram a lamber seus cabelos como se sentissem prazer naquilo, como se saboreassem o gosto de Anthony, o que me deixou com raiva.

Anthony pisou em todas elas, esmagando-as, mas elas se regeneraram do mesmo jeito.

Ele tentou novamente cortá-las e então percebeu uma coisa que me deixou preocupada.

As coisas, não importava qual fosse o golpe, se adaptavam a ele e arranjavam algum modo de sobreviver... Como Victoria sempre fazia ao fugir.

Victoria ria ao ver "suas crianças" se regenerando, o que me deu medo e mais raiva.

Maldita!

- Vejo que essas suas crianças são realmente chatas... - disse Anthony.

Victoria riu.

Eu podia ver, da mesma forma que todos, que Anthony estava se limitando, pois ele não podia usar seu poder demoníaco de verdade para se livrar daquelas coisas arriscando destruir Forks... Ele estava se esforçando para ver qual era o ponto fraco daqueles monstros.

Uma das crianças mordeu um braço de Anthony, então, ele o pegou com seus cabelos e cortou cada parte de seu corpo até parar de se regenerar... A parte fatal daquelas coisas era a cabeça, pois quando Anthony cortou cabeça da criança que ele estava segurando o corpo simplesmente parou de se mexer e caiu no chão.

Com um sorriso malvado nos lábios, eles começou a cortar todas as cabeças com seus cabelos e garras fazendo uma contagem.

- 21...20...19...18...17...16...15...14...13...12...11...10...9...8...7...6...5...4...3...2...1 - contou ele, vitorioso.

Nós comemoramos e Victoria começou a rosnar.

- Não! - gritou ela, em meio aos rosnados.

- Você perdeu, Victoria - disse Anthony, sorrindo perverso.

Victoria começou a correr tentado fugir, mas não conseguiu, pois Anthony a ergueu no ar com seus cabelos.

- Irmão Beliel! Venha até mim e mostre sua verdadeira face - gritou Anthony.

Tudo começou a tremer e um grande buraco começou a se formar no gramado da clareira.

- Quanto estardalhaço, Azazel... Para que me chamas? - perguntou Beliel, surgindo do buraco na sua verdadeira forma.

Eu realmente fiquei maravilhada com a verdadeira forma de Anthony, já com a de Beliel eu realmente fiquei com medo e posso afirmar que os lobos e os Cullen também.

A verdadeira forma de Beliel era um pouco parecida com a de Anthony, mas ao invés de ter um corpo de cavalo como pernas, ele tinha patas de dragão e duas caudas, suas asas eram douradas e vermelhas, seus cabelos eram lâminas não muito longas que iam da cabeça até o fim de suas caudas e seus olhos eram laranjas. Um destroyer ainda mais imponente que Anthony.

- Para que possa aplicar uma punição para a culpada do conflito com as crianças sem alma. A causadora de uma quase guerra entre o céu e o inferno - disse Anthony.

- Meus parabéns, Azazel! Vejo que não está tão enferrujado quanto pensei que estivesse por causa da humana - disse Beliel, olhando em volta da clareira, parabenizando Anthony da sua maneira.

- Obrigado, irmão - disse Anthony, sorrindo para seu irmão.

Beliel olhou para Victoria com um olhar de nojo e disse:

- Então, você é a vampira suja que tanto me infernizou... Que decepção...

Beliel assobiou e cães do inferno gigantes sairam do buraco e, assim que Anthony a soltou, atacaram Victoria e a devoraram.

- Tratarei que a alma dela seja torturada pelos próximos 7500 anos e depois deixarei que algum dos aprendizes a comam... Acho que essa punição já será suficiente - disse Beliel.

- Concordo, irmão - disse Anthony.

- Então, meu trabalho está feito, vou indo - disse Beliel, indo de volta para o buraco.

- Adeus, irmão - disse Anthony, sorrindo.

- Ah, e só para constar, fico feliz por saber que continua se importando e exercendo bem suas tarefas - disse Beliel, sorrindo com cumplicidade para Anthony.

- Obrigado - disse Anthony, maravilhado.

- A limpeza vai como um presente - disse Beliel, fazendo os corpos sumirem, deixando a clareira limpa.

Anthony sorriu largamente para o irmão.

- Adeus, irmãozinho - disse Beliel, pulando no buraco e o fechando.

Anthony realmente havia ganhado o dia, fiquei feliz por ele.

- Está feito - disse Anthony, sorrindo torto para mim.

Penas começaram a cair novamente e logo pararam de cair quando Anthony voltou a sua forma humana.

Sorri.

Edward me ajudou a descer e fomos para o meuio da clareira para perto de Anthony, como os outros Cullen e os lobos.

Sai de perto de Edward e fui abraçar e beijar Anthony.

- Obrigada - falei.

- Apenas segui a sua ordem, my lady - disse Anthony, sorrindo torto.

- Muito obrigado, Anthony. Você nos salvou - disse Carlisle, sorrindo.

- Fiz por my lady e meus próprios convéns, nada de mais, por isso, esqueça - disse Anthony, sorrindo um pouco para Carlisle.

- Como quiser - disse Carlisle.

Todos sorriam, todos estavam felizes por ter acabado tudo bem.

Voltei para os braços de Edward sorrindo e dei um selinho em seus lábios.

- Vamos comemorar? - perguntei.

- HumHumHum... - brincou Emmett.

Edward olhou com uma raiva fingida para o irmão e depois disse com um sorriso:

- Sim.

Sorri e o deixei me colocar em suas costas.

- Você vai ficar bem, Anthony? - perguntei, olhando para Anthony.

- Sim, my lady. Na verdade, ajudarei o doutor Cullen a tratar de Jacob - disse Anthony.

Olhei para Jake que estava no colo de Jared e Paul e disse:

- Tudo bem? - perguntei.

- Pode ir - disse ele, com um sorriso.

Então, sorrimos para todos e partimos, só Edward e eu.

Aquele era o momento perfeito para ver se ele merecia mesmo ser chamado de meu amante ou não e eu definitivamente não estava disposta a deixá-lo fugir.