Eclipse escrita por Quididade


Capítulo 7
Queridinhos


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo. Aviso que 'tá clichê e pequeno, mas escrevi o que eu tinha planejado. Espero que não me apedrejem muito. ~

Eu amei escrever essa short-fic, planejo revisá-la bem melhor depois. E também quero muito dar uma continuação, mas vamos ver como minha criatividade colaborará. :)

Boa leitura.



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Avô babão. Essa era a perfeita discrição de Zeus naquele momento.

A criança em seus braços mexia os punhos gordinhos para cima e com toda sua força dava soquinhos na perna do avô, rindo. Ário nascerá forte, com os cabelinhos negros aparentemente puxados da mãe e os olhos em uma mistura de cores invejáveis. O garoto de três anos tinha a pele parda e era parrudinho.

O Xodó do vovô, nenê da vovó, principezinho da mamãe, astuto da tia Athena e o garotão de Ares. O Deus da mentira e das poesias de amor era muito querido pelos Olimpianos.

Ninguém nunca imaginaria Hera dando tanto amor para uma criança, neta de Zeus, e sem ser filho de um de seus filhos. Mas lá estava ela com a pequena princesa Átala nas mãos, embalando a criança com gosto, sorrindo de ponta a ponta enquanto a menina de cabelos loiros e olhos idênticos aos do irmão gêmeo balbuciava algumas palavras sem sentido.

Vez ou outra os olhares dos pequeninos se cruzavam e eles davam boas gargalhadas envoltos em uma comunicação que apenas os dois compreendiam. Isso fazia uma chuva de “oooh!” cair sobre o salão. Atena piscava seus olhos encantada com a astúcia da pequena deusa da verdade e das canções de amor.

Ártemis olhava a cena boba ao lado do marido, que também estava abismado. Eles nunca imaginaram que seria assim, tão calma a chegada dos nenês. Nunca pensaram que seus familiares permitiriam sua felicidade, mas nem sempre o que imaginamos é o que é.

A Deusa da lua fixou seu olhar no céu aberto, onde o sol se punha, e o crepúsculo começava. Sorriu feliz ao sentir os lábios de Apolo tocar a maçã de seu rosto. Seus dedos acariciaram as feições airosas do marido, sentindo o hálito morno bater contra seu rosto.

— Obrigado. — O loiro sussurrou. Os lábios cheios tocando o pescoço fino da esposa.

Diana deu uma risadinha fina e divertida antes de impedir os planos de Apolo. Suas mãos empurraram de leve a cabeça do deus do sol, para que pudesse se perder em seus olhos.

— Pelo que? — Sorriu sapeca.

Ela sabia exatamente o motivo do “obrigado”. Mas ainda sim desejava ouvir dos lábios dele. Aquele loiro que quase a levou a loucura muitas vezes no passado, e permanece aprontando no presente. O loiro que ela amava.

Apolo deixou com que um meio sorriso riscasse no rosto.

— Você sabe. — Ele retrucou, divertido.

— Não, eu não sei. — Objetou de sobrancelhas arqueadas.

O corpo másculo a pressionou contra si roubando-lhe um beijo.

— Por deixar com que eu te ame intensamente todas as horas da minha eternidade. Por existir. Por me amar. — Ele espalhava beijos por todo o queixo feminino simultaneamente.

— Nossa! Serão muitos os obrigados, então. — Ela o provocou. O Deus apenas rolou os olhos, acostumado com esse novo humor da esposa.

— Ei, pombinhos! Olhem para cá! — Ares chamou atenção do casal.

O par de irmãos encontrava-se com as mãos para o céu, aparentemente tentando pegar a enorme esfera branca que começava a tomar conta do céu junto a seu exército de estrelas. Eles davam gargalhadas gostosas de ouvir, fazendo força para sair dos braços dos avós.

Zeus franziu o cenho.

— Já vi que puxaram ao avô. Mas que força! — Exclamou, apertando um pouco mais o neto.

Aos poucos eles abaixaram os punhos, e moveram os olhos claros como a lua para a mãe. Parecia um desejo de boa noite. Eles sabiam que era ela, a mulher brilhante no céu.

Átala e Ário eram, acima de tudo, os gêmeos deuses do crepúsculo. Faziam o serviço juntos. Faziam como irmãos.

Eles eram a prova viva de que não existem verdadeiros obstáculos para o amor. Os frutos do eclipse de corações.




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Notas finais do capítulo

E então é o fim. Pelo menos por enquanto. *snif*
Odeio despedidas, mesmo que breves. Mas é com a esperança de ter tornado os dias que passamos juntos à "Eclipse" especiais que eu me despeço. Bye, bye, honeys ~