Eclipse escrita por Quididade


Capítulo 1
Exódio


Notas iniciais do capítulo

15/11/15 - Lembrando que essa fanfic ainda será revisada (ou reescrita). Ela é bem antiga, uma das minhas primeiras e tem vários erros.
—--
Olá, leitores. Aqui está nosso prólogo que apesar de curto está recheado de sentimentos.

Boa Leitura!



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Apolo

Por que tudo que e proibido é o que te tenta?

Por que ela fez aquele maldito juramento? E depois, como se não bastasse preservar a si própria dos prazeres que poderia ter, correu o mundo catando seguidoras. Exilando donzelas dos verdadeiros prazeres da vida.

Eu sempre fui um, como os mortais dizem: pegador. Galinha, como Atena denomina vez ou outra. Não tenho culpa se me acham irresistível, mas não sou o tipo de deus de uma mulher só.

Não escolhi o sol para mim. Foi como: "está aí. É seu dever agora. Se vira." Ninguém perguntou carinhosamente "Apolo, você quer faze isto, meu querido?'

Não, não. Querido é meio brochante, me deixe reformular a pergunta.

"Apolo, você quer fazer isto, seu gostoso?"

Eu já nasci encarregado disto. Se eu pudesse escolher, quem sabe, com certeza eu seria o deus dos prazeres carnais. Oh, isso seria um cargo bom. E eu não me importaria, nem mesmo que fosse um deus pequeno.

Mas deixando a parte pervertida de lado, eu sempre gostei da minha forma jovem. Assim como ela adora aparecer como uma pré-adolescente. Seus cabelos ruivos e olhos que tendem a mudar constantes, ora vermelho-fogo, ora enluarados.

No meu caso, eu prefiro os meus dezesseis, dezessete anos. Não que eu seja velho, quer dizer, eu sou, mas o corpo, bom meu corpo parou ai. Apesar de eu poder ficar mais velho se quiser, prefiro essa imagem de adolescente na puberdade, com os hormônios a flor da pele.

Sinto-me mais confortável.

Contudo, tendo tudo o que eu quero, eu não tenho o mais importante. Ao menos eu acho ser mais importante, sinto que é.

Fazer o quê? Nem o deus do sol pode ter tudo o que quer. Por isso ainda digo que passar o dia navegando em um carro é mais fácil que lidar com o amor.

Afrodite tem razão quando diz ser um gênio. Ô coisa complicada de se entender. Complicada de se sentir, de tratar, de conviver. Correr por aí e explodir em luz celeste é mais fácil. Atender aos chamados de meus pimpolhos é mais fácil.

Mas nem sempre o fácil é o melhor.

Eu estou começando a achar que sou o tipo de pessoa que gosta de sofrer.

Ártemis

Alguém me diz onde fica exatamente a beira da insanidade?

Sabe, acho que estou próxima a ela. Ultrapassando os limites, quebrando barreiras. Barreiras que levaram milênios para eu levantar. Para me afastar dele.

Aposto o Olimpo que Apolo não tem noção do que faz quando está assim: suado e sem camisa. E esse sentimento, esse bichinho que me anima quando o vejo me enoja. O que minhas caçadoras e a minha família pensariam?

Por que para conseguir salvar quem eu amo tenho que sacrificar outra coisa amada? Apolo, caçadoras, juramento, Apolo, caçadoras, juramento.

Minha cabeça gira com essas três palavras.

Que inferno! Que merda! Eu não podia ser apenas uma deusa normal? Ou uma mortal ridícula por quem ele se apaixonaria e teríamos uma penca de filhos? É tão difícil o universo me deixar ser feliz? As parcas poderiam ser menos cruéis, eu não quero respostas, quero ação!

Que Afrodite me pague por isso!

Culpa dela. Se, ela não fosse a deusa do amor, talvez eu pudesse ser. Mandaria correndo Eros o flechar, mas se bem que, Eros não existiria sem Afrodite.

O amor irracional e incondicional que sinto também não. Mas quem sabe isso não seja predestinado?

Ser a eterna deusa da lua, a quem nunca pode trabalhar junto ao seu irmão, amigo, companheiro e amor de toda vida.

Eu fui marcada ao nascer. Serei eternamente a velada moça apaixonada por um homem proibido. Sempre, sempre e sempre, até que o mundo nos una.


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