All I Want Is You escrita por Nunah, imagine


Capítulo 5
capítulo 4 - livin' la vida loca


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pessoas, mas agora que minhas férias acabaram vai levar um pouco mais de tempo pra postar.



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Ponto de vista: Annabeth

- Você está realmente bêbado, né? – eu perguntei, mas não tenho certeza se estou bêbada também. Jesus Cristo, é claro que eu estou bêbada. Se eu não estivesse, o teto não estaria girando. Ou estaria?

Percy não respondeu. Ele só riu e fez um barulho esquisito. Ah, o teto está girando de novo.

O Cassino Lótus era um lugar meio psicodélico. Quer dizer, estamos em Vegas e praticamente tudo é psicodélico, mas esse lugar, suas paredes roxas, os trilhões jogos de aposta, as bebidas, a comida – absolutamente tudo – lhe convidava para ficar.

Aliás, eu não sabia há quanto tempo estávamos ali. O estranho era pensar que o objetivo de estarmos ali era, na verdade, encontrar minha mãe, Athena, e o pai de Percy, Poseidon. Mas eu já tinha esquecido disso. Meu Deus, aquilo é um macaco voador?

- Sabe o que a gente deveria fazer? – Percy perguntou, passando o braço direito em volta dos meus ombros. Eu fiquei tão vermelha quanto um tomate, mas ele não pareceu perceber.

- Fugir?

- Melhor – ele levantou as sobrancelhas e sorriu. –, casar!

- Como eu nunca pensei nisso antes? – franzi o cenho, tentando descobrir a verdade por trás daquela situação. Espere aí, ele disse casar? Eu devo estar ouvindo coisas. Acho que a melhor opção agora é balançar a cabeça e concordar com tudo. É, o que pode dar errado, certo?

- Vamos agora mesmo! – Percy exclamou, e me puxou pela multidão do cassino.

Não tive tempo de protestar.

[...]

- Casar é divertido! – exclamei enquanto eu e Percy pulávamos de mãos dadas para fora da mini capela do Cassino Lótus.

- AMANHÃ A GENTE PODE CASAR DE NOVO! – Percy disse, e eu não pude evitar cair na gargalhada. Casar era realmente legal. Eu até queria voltar no tempo e... PORRA, espere aí. Agora eu sou Annabeth Chase Jackson.

Que nome tosco!

- VAMOS, VAMOS, VAMOS! – eu gritei, mas parei de andar no meio do desfiladeiro. – Percy, acho que entrou arroz dentro da minha bunda.

- Como assim, arroz? Você sentou em cima de uma panela? – Percy perguntou, e uns montes de grãos de arroz caíram de seu cabelo.

- Seu idiota – comentei –, eles jogaram arroz na gente! E TEM ARROZ NA MINHA BUNDA!

Ele franziu o cenho, como se estivesse tentando imaginar como o arroz tinha deslizado para dentro da minha calcinha, e eu também comecei a me perguntar como. Ah, quem se importa? Ele está todo cheio de arroz. Pelo menos eu não sou a única.

- Eu tenho uma ótima ideia para tirar esse arroz daí, sabia?  - ele disse, e de repente sua mão direita sai do bolso de sua calça e vem parar bem na minha... bom, na minha linda e dura bunda. Cheia de arroz.

- Jura? – perguntei, tendo um ataque de riso. Aliás, era provavelmente o centésimo ataque de riso que eu tinha naquela noite. – E qual ideia seria essa?

- A gente tem que fazer alguma hora, né?

- Fazer o quê? – perguntei, bufando. – Cozinhar o arroz? Eu sou uma péssima cozinheira, querido...

Acho que ficamos uns bons dois minutos apenas nos encarando, com a sua mão ainda na minha bunda. Jesus Cristo, o que ele estava pretendendo? Quer dizer, eu não estava a fim de cozinhar, e...

AH, MEU DEUS.

- Bom, marinheiro, se você quer cozinhar o meu arroz – eu disse, limpando a garganta –, deveríamos ir para um lugar mais apropriado, não acha?

- Concordo plenamente. Suíte Presidencial? – Percy perguntou, o sorriso safado em seu rosto novamente.

- Vamos logo. O arroz está começando a ficar molhado.

Ponto de vista: Athena

Tá sentado? Não? Então senta, porque o que eu vou dizer agora vai te fazer cair.

Já são mais de 8 da noite, eu quase pirei, porque consegui achar muito poucas coisas sobre o alvo e Poseidon ficou todo ‘calma, Athena, achou que teria o diário dele pra comprar na internet?’, af, ele não entende que eu não me contento com pouco!

Voltando. Depois de eu quase pirar, eu fui tomar banho pra ver se relaxava, então eu me dei conta de uma coisa. Eu teria que dormir na mesma cama que aquele tarado! Como pode?!

- Poseidon, se você me agarrar no meio da noite, eu te mato e você sabe que eu não estou brincando. – falei, mostrando minhas 2 pistolas com que eu quase estourei a cabeça dele.

- Você gosta de brincar com pistolas, amor? – ele perguntou todo safado.

Depois dessa, eu acabei ficando quieta pra não falar umas poucas e boas pra ele. Mas o que mais me chocou até agora, é que nós estamos deitados na mesma cama, conversando. Sim, nós conseguimos conversar. Acabei descobrindo que ele não era um marciano como pai.

A nossa única coisa em comum, os filhos.

- O que você fala pro seu filho quando viaja? – perguntei.

- Que eu vou viajar a negócios, oras, não estou mentindo. Mas ele não sabe a verdade. – Poseidon falou, brincando com um dos meus fios de cabelo e por incrível que pareça, não estou tentando matá-lo por isso.

- É, nem a Annie.

Batidas na porta.

- Vai atender? – ele perguntou.

- Tá com preguiça de novo, é?

- Não, eu só quero ver sua bunda mesmo. – Poseidon sorriu malicioso.

- Besta.

É nessas horas que eu queria ter roupas mais comportadas. Tipo, eu só tenho roupas coladas e decotadas, além das minhas lingeries de renda minúsculas que minha filha me deu de presente e estar com uma delas nessas horas não é legal.

- Atrapalhamos alguma coisa de novo? – perguntou John. Ele podia até ter uns 60 anos, mas ainda era safado, não creio que ele ficou olhando pros meus peitos.

- Ah, não, não. Algum problema? – perguntou Poseidon me abraçando por trás. Eu não podia ver direito, mas pela careta que John fez, eu sabia que Poseidon estava com aquele olhar “se não tirar o olho do que é meu, eu te mato” que ele sempre faz.

Não que eu seja dele, mas, ah, vocês entenderam!

- N-não é nada... é que vai ter um jantar especial pros hóspedes do hotel e Mary queria saber se vocês vão. – o homem falou, dava até pra perceber o medo em sua voz.

- Mas é claro que nós vamos, não é, amor? – Poseidon perguntou.

- Sim, nós vamos. – falei, me jogando na cama de novo. Juro que ouvi um “vê se tira os olhos da minha mercadoria” antes dele fechar a porta. – Sua mercadoria?

- Ah, Athena, não acredito que você ainda liga pra isso. Nós somos um casal recém-casado, lembra? Não que eu já tenha falado algo assim pra algum homem que olhou pra Anfitrite, eu nem ligo pra ela mesmo, mas enfim.

- Poseidon, você nunca defendeu sua esposa? – perguntei irritada.

- Você é minha esposa. – ele disse. Revirei os olhos. – Olha, Athena, tem uma coisa que nem Percy sabe. Eu e Anfitrite não somos casados legalmente. Nem alianças usamos. Nós somos só ‘juntados’. Falamos que somos casados pra ficar mais fácil.

- Então Anfitrite não é a madrasta de Percy? – perguntei. Ele falava tudo tão sério que eu realmente estava acreditando.

- Não que eu saiba. – Poseidon deu de ombros pegando um smoking. – E aí, amor, que vestido vai colocar pra eu admirar?

Bufei. Abri a porta daquele guarda-roupa imenso e fiquei pensando. Eu já disse meu problemas com roupas...

Peguei um vestido azul marinho de cetim. Era um tomara-que-caia até o meio da coxa. Annie sempre diz que eu aparento ser muito mais nova e que o que é bonito, é pra se mostrar.

Coloquei minha sandália prateada com tiras que iam até a canela. Fiz um coque, deixando alguns fios de cabelos soltos, um batom vermelho-sangue e a sombra preta.

- Wow! – Poseidon exclamou quando voltei pro quarto. Ele estava com aquele smoking preto, sapatos sociais, a camisa branca por baixo com uns 4 botões abertos e o cabelo continuava jogado, o que até era um charme. – E não é que a noiva demorou mas apareceu! – ele gritou.

- Ah, cala a boca...

- Vem logo, não posso deixar minha esposa nada indefesa andar por aí sozinha. – Poseidon disse enquanto entrelaçava nossos dedos. Ok, respira, é só um disfarce.

[...]

Era um salão bem amplo. A iluminação era pouca, focando nas velas das mesas. Aquilo era um ambiente bem romântico. Ah, não, isso vai dar em merda.

- Olha, meu amor, um tanto romântico, não acha? – perguntou Poseidon que sorria torto.

- Você só pensa besteira? – perguntei baixinho.

- Querida, é isso o que você acha do próprio marido? – ele dizia.

Nos sentamos na mesa. Um garçon veio trazer uma garrafa de champagne e 2 taças. Agora eu tinha certeza que aquilo ia dar merda... simplesmente porque eu não sou forte pra bebidas.

Engasguei quando senti a perna de Poseidon roçando na minha por baixo da mesa. Eu deveria saber que aquilo iria acontecer...

Meu nariz e meus olhos começaram a arder.

- Mas, minha querida Athena, você não pode beber! – disse Mary quando me viu. – Faz mal para o bebê.

Ah, tinha me esquecido do bebê.

- Eu disse pra ela, mas as mulheres ouvem seus maridos? Nããão. – Poseidon disse.

John concordou. Ah, eu ia arrancar a cabeça desses dois.

- Desculpe, Mary, eu me esqueci. – falei quando já estava melhor.

- Esqueceu que tinha um bebê na barriga? – perguntou a mulher surpresa.

Estava na hora de contar a verdade, eu já não aguentava mais isso. Se bem que essa história de bebê me salvou de vexames causados por álcool.

- Querida, toma um pouco de água. – Poseidon disse me estendendo um copo d’água.

- Mary, eu não tenho um bebê na barriga. – falei séria. Parecia que ela ia morrer de choque.

- Ela tem dois! Não é perfeito? – disse Poseidon.

- AH, MAS QUE COISA MAIS LINDA! – gritou Mary.

Sim, hoje eu ainda jogo Poseidon da varanda. Eu jogo.

Olhei indignada pra ele que cada hora sorria mais e mais.

- Hey, Julie! Olhe que coisa perfeita! – gritou Mary para uma mulher de uns 43 anos, morena e alta. - Athena, essa é Julie, ela toma conta do hotel. Julie, esses são Poseidon e Athena. Estão passando a lua de mel aqui e adivinha! Estão esperando gêmeos!

- Eu não acredito que você fez isso. – sussurrei pra ele.

- Athena, vamos dançar, venha. – Poseidon disse puxando minha mão levemente.

Levantei a contragosto mas quase que instantaneamente minha cabeça começou a doer, parecia que tudo girava, minhas pernas começaram a perder a força.

- Ah... – falei colocando a mão na cabeça. – Minha cabeça...

- Você tá bem? – ele perguntou me segurando pra eu não cair no chão. – Acho melhor subirmos.

- Claro, claro, querem ajuda? – perguntou Mary que parecia bem preocupada.

- Não, não precisa. – disse Poseidon.

Então ele fez algo que eu nunca esperaria. Passou meu braço por seu pescoço e me pegou no colo.

- O que que você tá fazendo? – sussurrei com as poucas forças que me restavam.

- Salvando minha parceira de uma queda.

Então tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Enfim, eu não quero nem ver o que a Ju vai aprontar pra quando eles acordarem juntos na Suíte Presidencial.



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