All I Want Is You escrita por Nunah, imagine


Capítulo 4
capítulo 3 - always remember




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Ponto de vista: Annabeth

Sim, sim, pessoas, aqui estou eu de volta. Vamos pular pra parte em que já chegamos ao hotel, tá certo?

Anfitrite, quem Percy me apresentou como sua madrasta, pagou um quarto de hotel pra nós 3 dividirmos, sei lá porquê, mas deixa assim.

Não que eu não vá aproveitar a vista... qualé? Eu não sou tão santa como minha mãe (aposto que já conheceram ela).

- E aí, o que tão achando do hotel? – perguntou Anfitrite.

Sorri. Ela parecia uma mulher muito simpática.

- Ah, é ótimo, nós vamos ter que ir na piscina, ouviram? – disse Percy sorrindo.

Nós acabamos nos tornando amigos, afinal.

- É, Percy, mas não se esqueça o porquê de estarmos aqui. Aliás, como você pretende achar eles? – perguntei.

- Hm, essa é uma ótima pergunta, Annie, mas talvez nós acabamos esbarrando neles por aí.

- Percy, Percy, nós não estamos num filme. – balancei a cabeça. – As coisas não acontecem assim.

- Será que aqui tem o Hotel e Cassino Lótus? – Percy perguntou viajando, provavelmente não ouvindo nada do que eu dizia.

- Seu besta, ele não existe! – falou Anfitrite rindo. – Nossa, olha só a hora! Já são 4 da tarde! Devemos ter demorado muito no aeroporto.

- Somando com o tempo que gastamos para achar um táxi, sair daquele inferno que é o trânsito, encontrar um bom hotel e guardar as coisas. – falei.

- Oh, tem razão! Annie, nós temos que aproveitar a noite em Las Vegas, baby! Eu vou me trocar. – Percy falou saltando da cama. – Você vem, Anfitrite?

- Ah, não, não, podem ir vocês... estou cansada... coisa da viagem. – ela disse, se deitando na cama.

- Hm, tudo bem... tchau. Vamos Annie? – ele disse já na porta.

- Claro.

Ponto de vista: Athena

Sabe, se não fosse por uma causa nobre, eu já teria me matado antes de entrar no avião, é.

Eu estou a ponto de socar minha cabeça na parede. Ou melhor, socar a daquele imbecil. Sério, não entendo como ele pode ser um cara respeitado dentro daquela empresa! A minha sorte é que eu trabalho no prédio 2 da empresa, enquanto ele fica no 1 com meu pai.

É, é injusto. Mas ver a cara dele todos os dias não ia ser legal. E agora estamos aqui, só nós dois, num quarto de hotel justo em Vegas, onde temos a possibilidade de ficarmos bêbados sem querer, com as pessoas pensando que somos um casal e estamos esperando um bebê. Olha que ótimo! (faça-me rir).

Depois de chegarmos ao hotel e fazermos todos acreditarem nessas mentiras, eu fui tomar um banho, sim. Depois foi ele (não que ele não tivesse pedido pra entrar comigo, mas enfim). Arrumamos nossas coisas e tudo o mais. E agora já são 4 da tarde e nós só perdemos tempo.

Peguei meu laptop. Na verdade eram 5. E um monte de fios. E fui finalmente trabalhar.

- O que que você tá fazendo? – ele perguntou, me encarando.

- Trabalhando. E você deveria fazer o mesmo. – falei, jogando um laptop pra ele, que o pegou no ar.

- Querida, uma coisa que você não sabe sobre mim é que sou melhor em agir, e não em pensar, falar ou fazer quaisquer dessas outras coisas, entende? – Poseidon sorriu malicioso. Eu sabia que deveria ter colocado um short mais comprido, sabe...

- Quantos? – perguntei.

- Diga você primeiro.

- 347. – sorri. Sim, eu já tinha matado bastante gente. E ele também.

- 350. – ele disse sorrindo vitorioso. Ah, foi só por 3!

- Você não tá afim de fazer nada mesmo, né? – perguntei pra ele que estava largado numa cadeira na varanda.

- Bom, se você quiser fazer um bebê, eu estou disponível. – puta que pariu, que cretino.

- Dá pra tirar essa ideia da cabeça?!

Ele apenas deu de ombros, sorrindo.

- Não quer ver o pôr-do-sol, querida? Está maravilhosamente perfeito.

- Não, obrigada, eu vou trabalhar, já que você não quer. – eu disse entre dentes.

- Athena, o que está fazendo com esses laptops? Não deve ter nada no arquivo sobre o alvo. – era a primeira vez que eu o via sério. Mesmo.

- Possíveis compras, vendas, câmeras de cassinos, bancos e tudo o mais.

- Ele não tem um GPS embutido na cabeça, sabia?

- Escuta, Poseidon, eu estou fazendo o possível. Mas seria mais fácil com alguém me ajudando!

- Amor, pare de gritar, as pessoas vão estranhar. – Poseidon falava tudo com uma calma tão grande que eu chegava a me assustar.

- Você é um idiota.

- E você é uma mulher gostosa que é chata, só pensa em trabalho e não tá nem aí pra diversão.

Dessa vez não aguentei, peguei minha pistola que estava ao meu lado no chão e atirei. Sorte. Sorte que pegou no vidro da porta da varanda.

- Você tá maluca?! – ele gritou. Atirei de novo.

Comecei a atirar, até acabarem as balas. Fácil, peguei outra pistola.

Atirei mais uma vez, eu sentia que estava fora de mim, mas eu não conseguia mais pensar direito, até que ele disparou. O tiro acertou no vaso que tinha bem do meu lado.

E aquilo me deixou mais furiosa, então ouvimos batidas na porta.

- Está tudo bem aí? Nós ouvimos barulhos que pareciam tiros! – era Mary.

Não respondemos.

- Eles vão arrombar a porta se não responderem em 10 segundos! – ela gritou com a vozinha fina.

Fiquei apavorada. Ninguém podia nos ver assim.

- Rápido, tira a roupa! – falou Poseidon enquanto eu empurrava os laptops com os fios pra debaixo da cama.

- O que?! – perguntei indignada. Mas então percebi. Tirei o short e a camiseta, ficando só de lingerie. Me enrolei no lençol vermelho de seda que tinha no colchão. Poseidon estava só de bermuda (que estava aberta, pra falar a verdade). Ah, céus, que tanquinho!

Tá, parei, foco!

- 3... -  contou o homem do lado de fora. – 2...

Poseidon me puxou e me colocou sentada em cima da cômoda. Enlacei minhas pernas em sua cintura bem na hora em que abriram a porta.

- Querido... – falei, me segurando pra não gemer contra a vontade com essas mordidas que eu estou ganhando. – Temos companhia.

- Wow, nós não queríamos atrapalhar! – falou um cara de preto, parecia um dos seguranças do hotel. – Mas é que tava uma barulheira danada...

- Parecia que estavam fazendo uma obra... – falou o carinha... John. Visivelmente surpreso.

- Ah, é que meu marido não costuma ser muito discreto, sabem? – falei. Poseidon sorriu ainda mordendo meu pescoço, aquele safado! Se aproveitando do momento, filho da mãe.

- É... cuidado para não engravidar de novo... tenham juízo. – Mary disse, fechando a porta.

- Pode deixar. – falei. A porta se fechou.

- Sai, sai, sai! – eu disse baixinho. Olhei de relance para a maçaneta. – Droga, estão olhando pela fechadura.

- Então é melhor continuar com o disfarce... – Poseidon sussurrou em meu ouvido.

Ah, Deus, me salva, eu não vou conseguir resistir a isso. Tudo bem, eu odeio ele, juro. Mas não muda nada no fato dele ser um cara bastante chamativo, se é que me entendem...

Bonitinho...

Tá, tá, admito, ele é muito gostoso. Pronto, falei, estão satisfeitos?

- Ainda estão lá...? – ele perguntou.

- Infelizmente.

- Só se for pra você.

Vários minutos se passaram e ele continuava apertando minhas coxas, é, eu tô com uma vontade de estourar a cabeça dele nesse momento.

- Pronto, eles saíram, agora me solta! Já aproveitou o suficiente. – o empurrei pra longe. Ele sorriu vitorioso de novo, já disse que odeio quando ele faz isso? Não? Pois é, eu odeio.

- Ah, vai me dizer que não gostou? – ele riu.

- Não, não gostei. – falei friamente. Coloquei minhas roupas de novo, fazendo-o me fitar o tempo todo com aquele olhar de ‘eu quero, mamãe, compra?’. Há-há, meu bem, duvido muito que um dia você tenha tudo isso aqui.

Ok, parei de fazer inveja.

- Agora que já se divertiu o bastante, você vai me ajudar no trabalho ou não?

Então ele fez aquela cara de pensativo que eu odeio – também.

- Acho que você merece. – Poseidon sorriu, indo pegar os laptops. – Então, eu nunca fui muito fã de planejamentos, o que eu preciso fazer?

Ponto de vista: Anfitrite

Ah, finalmente aqueles pirralhos de 18 anos me deixaram em paz.

Até que enfim vou poder fazer o meu verdadeiro trabalho.

- Oi, amor – sorri enquanto falava no celular. Não, não era Poseidon.

Aquele corno nem sabe minha vida direito, bom, pior pra ele.

“Como você está? Descobriu alguma coisa?” Ele perguntou.

- Eles estão aqui. Em Vegas. Você corre perigo. E a pequena também. – falei tentando expressar minha preocupação.

“Acalme-se, Anfitrite. Rachel está bem. Nossa filha está bem, querida.”

- Não, você não entende. Eles são piores. Piores do que aqueles atiradorezinhos que vieram atrás de você das últimas vezes. Lembra do plano?

“Esqueça o plano. Eu vou esperá-los. Duvido que me achem, mas se acharem. Bem, aí nós mandamos ver, não é? Como nos velhos tempos.” O ouvi rir do outro lado da linha. Eu estava com medo. Por mim. Por nossa filha. Por ele. Sim, eu sou uma cretina, eu sei, mas fiz tudo isso por amor a eles! E agora eles corriam perigo e se recusavam a acreditar.

- Faça o que bem entender então, pelo menos salve Rach. Vou tentar o possível para achá-los.

“Não, não vá atrás deles! Eles não podem desconfiar de nada. Na hora certa, tudo vai se resolver.”

- Eu espero que sim. – ouvi um ‘pi’ conhecido. Ele havia desligado.

Ponto de vista: Percy

Avistei uma coisa conhecida.

- Hey, Annie, é o Hotel e Cassino Lótus, eu disse que existia! – falei olhando aquela construção brilhante maravilhado.

- Wow, sério?! Caramba! Me sinto no filme. – Annie exclamou alegre.

- Vamos entrar? Diz que sim, diz que sim, diz que sim, SIM?

- SIM! – ela gritou fazendo muitos nos olharem espantados (de novo).


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