All I Want Is You escrita por Nunah, imagine


Capítulo 29
capítulo 27 - not afraid


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, eu queria avisar que o capítulo está um pouco depravado; nem tanto porque a fic é +13, mas vocês entenderam. Não sei se deu pra cumprir a promessa de colocar mais diálogos do que no último, mas eu tentei. Enjoy.



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Ponto de vista: Percy

Ajudei Annabeth a se acalmar. Com certeza, depois de tudo o que aconteceu, ela estava muito abalada. E eu não me referia apenas a perceber que Cronos mudou, a presenciar Rachel abandonando a mãe - o que ela tinha acabado de contar, e encontrar sua avó, que ela pensava estar morta; eu estava falando de todo o ocorrido, desde o começo.

Eu saí em busca do meu pai com Anfitrite, minha ex-madrasta que eu descobri não estar casada com meu pai, ser uma criminosa e, ainda por cima, ser mãe da minha ex namorada. Depois, eu conheci Annabeth e nós nos casamos quando estávamos bêbados, eu me apaixonei por ela e desisti de me separar.

Então, nossos pais viraram celebridades por engano e nós os achamos, descobrimos quem eles eram de verdade e entramos pra Buddies, que era praticamente um universo paralelo, comandado pelo avô de Annie.

No fim, acabamos nos metendo numa confusão de família que nem mesmo Athena conhecia. Tenso.

O bom é que agora as coisas vão se estabelecer... Eu acho.

- Você não estava lá, Percy, foi terrível - disse ela, chorando e se aconchegando mais ainda em mim. - Ela foi tão fria... E eu matei um homem, Percy, aquilo foi... - sua voz morreu, abafada pelo choro.

- Calma, Annie, vai ficar tudo bem, você vai ver - falei, passando a mão em seus cachinhos dourados. - Foi por uma boa causa. Depois, você vai parar e ver que isso tinha de ser feito, confie em mim.

- Eu confio, Percy. Só não confio em mim. Poxa, eu me tornei um monstro - ela continuou, encolhendo-se.

- Claro que não, você salvou vidas, Annie. Pensa comigo, se isso tudo não tivesse acontecido, Cronos poderia matar outros, além de que nós estaríamos mortos. Viu, você não é uma pessoa má.

Ela fungou.

- Annie...

- Está tudo bem, Percy - ela levantou a cabeça, sorrindo fraco. - Eu acho. Bem... Vou tomar um banho.

Annabeth se levantou do divã e pegou algumas roupas que tinham nos entregado, a mando de Athena.

- Vou sentir saudades - falei, dando um beijo em sua testa.

- Bobo.

Ponto de vista: Métis

Saí do banho e me deitei na cama... Fazia quanto tempo mesmo que eu não deitava numa cama macia, para dormir em paz? Sabendo que tudo estava bem?

Agora, as coisas iam acontecer no seu devido tempo, como deveria ser.

Eu ainda estava apreensiva quanto à Athena assumir a empresa, mas ela era a pessoa mais indicada. Cronos poderia ter uma 'recaída' e eu não estava lá essas coisas de saúde, logo, só sobrava ela, sendo a filha mais velha.

Eu tinha um medo muito grande de ela ser subestimada por ser mulher e ainda muito nova para comandar aquela organização no lugar do pai, mas com o tempo as pessoas aprenderiam a respeitá-la.

Ponto de vista: Rachel

Ah. Passou tudo tão rápido. Nem acredito que estou num dos quartos de hóspede da Buddies, num dos andares mais altos do prédio. É uma sensação tão boa, sabe, ficar sozinha, em paz, sabendo que seus pais não vão fazer você torturar ninguém ou presenciar alguma morte dolorosa. 

Até que enfim, eu posso dizer que acabou. Eu havia, sim, perdido a esperança há muito tempo.

Minha mãe, provavelmente por causa daquelas batidas na cabeça, havia ficado louca, literalmente. Eu não me sentia culpada por deixá-la lá, sozinha para morrer. Ela morreria de um jeito ou de outro. Além de que - no seu atual estado - ela não teria condição de fazer mais nada. Ela não sobreviveria por muito tempo. Aquilo, querendo ou não, foi até bom para ela, que não sofreria mais do que alguns minutos.

Ela merecia sofrer, sim, por tudo o que fez, e se não fosse pela morte, seria presenciando sua própria e única filha a abandonando, no momento mais difícil de sua vida.

Ponto de vista: Poseidon

O que tinha dado nela, afinal? Eu tinha feito algo errado? Eu cuidei dela!

Como assim eu não posso ficar no quarto dela? Nós somos um casal, certo?

Argh, por que mulheres têm de ser tão complicadas, hein? Que saco, deveria existir um manual de 'Como lidar com as mulheres', principalmente com as esquentadinhas e enigmáticas, ou seja, à la Athena.

Eu já tô até vendo, não vou conseguir dormir direito, só por isso. Vou ficar matutando a noite toda sobre isso. Sério, eu não fiz nada errado, sei que não. Se bem que eu nunca sei quando faço algo pra deixar ela brava - só quando a provoco ou agarro, mas isso não vem ao caso.

O caso é: Nós somos um casal na minha mente e como assim não ficamos no mesmo quarto?

Eu até entendo que ela queira pensar, com tudo o que aconteceu, é claro, é a família dela, mas será que dava pra pelo menos falar sobre isso, ou era muita mão de obra?

Ah. Droga. 

Saí debaixo da água quente, ainda pensando em tudo aquilo. O que será que ela tinha? Sim, isso já estava ficando cansativo, mas eu não conseguia pensar em outra coisa. Não era possível, algo tinha acontecido e ela não estava querendo contar. Tudo bem que Athena é toda mistérios e 'ah, eu não queria te preocupar' mas eu mereço saber isso, certo?

I'm not afraid to take a stand

Everybody come take my hand

We'll walk this road together through the storm 

Joguei a toalha em cima da cama e abri a porta do guarda-roupa. Eu tinha pedido para umas pessoas trazerem minhas coisas do quarto onde eu estava antes, então não precisaria usar roupas que a empresa mantinha ali para o caso de emergências, eu sei, super paranoicos, super Athena.

Ponto de vista: Athena

Poseidon vai me matar. Poseidon vai me matar. Poseidon vai me matar.

Ele deve estar muito puto, é. A culpa não é minha, eu preciso de um tempo sozinha, pra organizar meus pensamentos, que estão bagunçados com todos os eventos recentes. Além de que foi uma bomba atrás da outra, eu realmente preciso tentar me estabilizar. 

Eu descobri que tenho uma família criminosa e desonesta, meu pai morreu, minha mãe apareceu, meu tio matou a esposa, minha prima é ex namorada no marido da minha filha, realmente, muito confuso.

Poseidon já deveria saber que eu gostaria de ficar sozinha. Ele me conhece. Deveria saber que não costumo dar satisfações a ninguém. Nem mesmo a ele.

Além de que... Estive pensando sobre nossa relação, se é que temos mesmo uma... Bem, deixa pra lá.

É bom que ele não tente vir aqui me fazer uma visita em plena madrugada, porque eu não estou afim de receber ninguém, porque sei que eu vou ceder e fazer a vontade dele. Seja ela qual for.

Whatever weather, cold or warm

Just let me know that, you're not alone

Holla if you feel that you've been down the same road

O telefone tocou, era a mulher da recepção, aquela vadia mal amada que fica dando em cima do primeiro que passa.

- O que é?

"Desculpe pela hora, mas tem um homem aqui embaixo querendo falar com a senhora. O nome dele é Hefesto"

- Ok - falei, cansada. - Pode deixar subir.

Desliguei antes de que ela respondesse, argh, menina tonta.

Depois do tempo suficiente para que eu arrumasse minhas coisas em seus devidos lugares e lavasse o rosto mais uma vez, para tentar disfarçar o vermelhidão em volta dos olhos, ouço batidas na porta.

- Hefesto, querido - falei, abraçando-o. Ele era como um irmão mais velho para mim.

- Há quanto tempo, Athena? Da última vez que nos falamos você estava saindo em busca de Poseidon, e pelo que vejo, deu tudo certo - ele disse, antes de entrar.

- Sim, deu, graças à você. Obrigada por tudo.

Fechei a porta.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei.

- Bem... Na verdade, sim. - ele disse, sentando-se numa cadeira perto da sacada. - Os sócios do seu pai estão ansiosos, loucos para saber quem é que vai assumir a organização. Com certeza estão achando que será um deles.

Revirei os olhos, sentando-me no meio da cama e entrelaçando os dedos.

- Aqueles idiotas, argh, não sei como meu pai os aguentou por tanto tempo.

- Ele precisava daqueles parasitas para comandar a empresa, sabe, na parte econômica.

- Sim, eu sei, estava pensando alto. Mas, diga, o que houve de tão importante para me importunar a essa hora? Já passa da meia-noite, certo?

Ele se empertigou na cadeira, desviando o olhar.

- Sim... Me desculpe por isso, Athena, eu sei que não deveria incomodá-la. É que eles insistem que a assembléia ocorra amanhã à noite, pois para eles, quanto mais cedo, melhor, se é que me entende.

- Então... Eles querem que eu assuma o mais rápido possível - sussurrei, pra mim mesma.

- Correção, eles querem assumir o mais rápido possível. Lembre-se de que não sabem que você é a herdeira, e por ser mulher e ainda jovem demais, aos seus olhos, vão fazer de tudo para derrubá-la.

- Sim... - eu sussurrei, mas não prestava mais atenção, estava longe dali. Em poucas horas eu estaria herdando oficialmente o império que meu pai construiu para mim, junto de minha mãe, e antes, o meu avô.

Yeah, it's been a ride

I guess I had to go to that place to get to this one 

Now some of you might still be in that place

If you're trying to get out just follow me

I'll get you there

- Athena? Você ainda está aí? - Hefesto perguntou, passando a mão na frente do meu rosto.

- Aah, estou, desculpe.

- Tudo bem, você está cansada. Eu já vou indo, deixarei você e seus pensamentos a sós. - ele parou na porta, com a mão na maçaneta, e perguntou, antes de fechá-la: - Quer que eu avise para Laís não deixar ninguém subir e não telefonar mais?

- Ah, por favor - eu falei, já estava cheia do mundo e queria dormir. Hefesto assentiu, sorrindo, e fechou a porta.

Realmente, eu nunca conheci ninguém mais educado e compreensivo que ele. Falando assim parece até que temos um caso, credo.

Apaguei as luzes, ainda pensando em como o dia iria ser cheio. Todas aquelas pessoas, puxa-sacos, amigos, os que não têm o que fazer, etc.

Minha vida iria mudar. Para sempre.

Deitei e tentei relaxar, coisa que provavelmente eu não teria mais tempo de fazer. Ah, eu não podia esquecer de agradecer a Apolo por tudo, também. 

I'mma be what I set out to be, without a doubt undoubtedly

And all those who look down on me I'm tearing down your balcony

No if ands or buts don't try to ask him why or how can he

Ponto de vista: Poseidon

Quer saber, eu não vou ficar aqui, a noite toda, me remexendo, com isso na cabeça. Eu estou cansado, sim, mas não vou conseguir esperar até amanhã ou outra hora para falar com ela. Eu preciso de explicações, por menores que elas sejam.

Me levantei, fui até o banheiro e lavei o rosto, tentando me acalmar. Peguei um copo com água que estava no criado-mudo e fui até a sacada.

A cidade estava um pouco barulhenta, e eu podia ver o horizonte se prolongando por atrás da água do mar. Um cheiro de maresia invadiu o quarto, a brisa era leve, mas mesmo assim tinha cheiro de mar.

Sorri. Aquele cheiro sempre me acalmava, mas daquela vez não estava dando certo.

And I just can't keep living this way

So starting today I'm breaking out of this cage

I'm standing up I'mma face my demons

Deixei o copo de volta no criado-mudo e abri a porta.

Por um momento, eu parei, pensando no que seria certo a fazer, mas eu já estava decidido. Eu precisava de respostas.

Apenas com uma calça leve, descalço, saí pelo corredor. Eu não tinha a mínima ideia de qual dos quartos era o dela. Mas eu podia reconhecer seu perfume a metros de distância, o que indicou que era um dos últimos.

Quando me aproximei, o cheiro ficou mais forte, o que me inebriava, e eu soube qual das portas abrir.

Para minha sorte, ela não havia trancado, talvez por medo de ter que sair em alguma emergência e tal, mas o importante é que lá estava ela, quieta, calma, dormindo no meio da cama apenas com sua camisola azul turquesa que eu reconheceria de longe, por ter sido uma das que ela usou durante nossa temporada em Las Vegas.

Fechei a porta com o máximo de cuidado possível. Ela tinha sono leve e eu não queria que se assustasse.

Deitei ao seu lado e coloquei a mão em sua cintura. Estava quase esquecendo o porquê de ter ido ali. 

Ela estava tão tranquila, tão angelical sob a luz da Lua.

Afastei delicadamente seus cabelos dourados - tão macios - e beijei seu pescoço. Athena se retesou e piscou rapidamente os olhos, confusa.

- Poseidon, o que...? - ela sussurrou, manhosa, tentando se apoiar no braço.

- Shh - eu disse, depositando meus lábios nos dela delicadamente.

No começo eu senti que ela se surpreendeu por um momento, depois ficou em dúvida - talvez achasse que não fosse o certo, por termos acabado de sair de uma confusão - e por fim, ela correspondeu ao beijo, para minha alegria.

Seus dedos se enroscaram nos meus cabelos, puxando-me para perto quase que inconscientemente. 

Ah, como eu estava com saudade daquele gosto doce. Como eu estava com saudade dela.

Tentei fazer tudo lentamente, aproveitando cada momento, que parecia ser o último, por algum motivo.

Deixei-a sob mim, passando uma perna para o outro lado e descendo as mãos até seu quadril, nunca me separando de seus lábios.

Meus pulmões gritavam por oxigênio, mas eu não me importava, não conseguia desgrudar minha boca de seu corpo. Sua pele era tão sedosa, tão convidativa, que eu podia jurar ficar beijando-lhe pela eternidade, se ela não se importasse.

Me afastei apenas por um momento, podendo olhar diretamente em seus olhos.

Athena suspirou e desceu as mãos para meus ombros. Seus olhos ainda estavam cheios de dúvida e ela estava tensa. Algo a estava incomodando, mas isso não importava naquele momento. Eu só queria deixá-la relaxada. Sorri.

- Ei - sussurrei, beijando abaixo de sua orelha. - O que está havendo, hm? Quer que eu vá embora?

- Se eu tivesse em condições, te mandava embora, AH - ela gemeu assim que mordi seu seio por cima da camisola, rindo baixinho.

- Mas eu sei que não pode fazer isso - falei, passando o nariz no vale entre os seios, descendo a camisola.

- Idiota.

Como uma 'punição', apertei suas coxas torneadas, fazendo-a morder o lábio inferior, gemendo.

A olhei, sorrindo. Seus lábios estavam entreabertos e os olhos, semicerrados. Suas unhas se cravaram nas minhas costas.

Era incrível como ela era linda. Seus cabelos dourados espalhados pela cama; seus olhos cinzentos azulados mais escuros do que o normal, intensos; seus lábios vermelhos e cheios, sensuais; seu corpo pequeno e atlético, cheio de curvas, que fazia qualquer um ir à loucura, parecendo mágico sob a luz prateada da Lua, que entrava pela sacada.

I'm manning up, I'mma hold my ground

I've had enough, now I'm so fed up

Time to put my life back together right now

Ponto de vista: Athena

Eu sabia. Sabia que cederia. Por que eu tenho de ser assim, tão vulnerável a ele?

Eu não conseguia mais comandar meu corpo, apenas reagia a seus movimentos, impensadamente.

Era sempre assim, ele agia e eu reagia. E nunca iria mudar. 

Eu nunca teria auto-controle perto dele. Seus cabelos bagunçados; os olhos verdes e brincalhões; seus lábios arroxeados, contorcidos num sorriso malicioso, que conseguiam fazer qualquer mulher surtar por uma noite inteira; seu corpo grande e forte, que sempre me passava uma mensagem de proteção. 

Seu corpo me empurrava cada vez mais contra o colchão. Era incrível a sensação de delírio com a qual eu ficava toda vez que sentia suas mãos passeando por baixo do tecido fino que me cobria parcialmente.

Enlacei sua cintura com as pernas, fazendo com que meu corpo se elevasse. Ele aproveitou para tirar toda a camisola de uma vez.

Poseidon colou nossos lábios mais uma vez, num beijo possessivo, furioso, como o mar em tempos de revolta.

Algo assustadoramente grande se contorcia no meio de suas pernas, me fazendo gemer mais alto. Por mais que seu tamanho fosse assustador, não me fazia ficar com medo, apenas servia para me excitar ainda mais, querê-lo ainda mais.

Mordi seu lábio inferior, e beijei-lhe o canto da boca, sussurrando em seu ouvido:

- Não me lembrava de que era tão grande. 

Um sorriso maquiavélico apareceu em meus lábios assim que o ouvi gemendo - depois de eu tê-lo puxado para mais perto, fechando os olhos com força.

Suas mãos subiram do meu quadril para o seio, onde ele apertou. Para ele, a vingança deveria estar sendo doce.

- Não me provoque, Athena - ele sussurrou, insinuando a mão perigosamente no interior das minhas coxas. Ah, aquilo não ia acabar bem.

- Filho da mãe - sussurrei de volta em seu ouvido, fazendo-o estremecer e descer a calcinha de uma vez, furiosamente. - Maldito! - mordi seu pescoço. Eu não me importava com a calcinha realmente.

Aquilo não terminaria tão cedo, afinal, era só uma pequena amostra do que aconteceria pelo resto da madrugada, a que passaríamos nos provocando e nos vingando da melhor maneira.


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