Irresistíveis escrita por TBNeta


Capítulo 26
Capítulo 25 - Renée


Notas iniciais do capítulo

Wow... 3 meses sem postar em Irresistíveis! Alguém ainda está me esperando? :/
Bom... Boa Leitura, no falamos lá em baixo.



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PDV Bella

— Como conseguiu meu telefone?

— Eu... Conheço alguém na sua faculdade que tem acesso as informações dos estudantes, então ele me entregou. Não foi nada ilegal ou algo assim...

— Hum... O que você quer?

— Eu... Queria te ver, conversar com você.

— Por quê? – tentei controlar minha voz.

— Bella... Querida, eu vou respeitar seu espaço, mas queria te explicar... Encontre-me no café perto do hospital onde Esme trabalha, amanhã de manhã, não irei forçá-la, mas... Vou te esperar lá – mal percebi quando ela desligou o telefone.

Parecia surreal o que estava acontecendo, como se não tivesse me caído a ficha ainda. Era de se esperar que ela aparecesse depois de ter ido atrás de Esme, mas procurar meu telefone e me ligar assim, do nada...

Senti a mão de Edward em meu rosto me trazendo a realidade, eu ainda estava parada sem mostrar qualquer reação.

— Ei, Bella. O que foi? Quem era?

Respirei fundo.

— Renée. Ela simplesmente ligou e disse que queria me ver.

Ele me encarou em choque. Um choque que eu também deveria estar sentindo já que não era nem um pouco normal sua mãe desaparecida por mais de 15 anos resolver te ligar sem qualquer tipo de aviso e te convidar pra tomar café!

— E você vai?

— Eu não sei – disse me apertando nele, eu precisava de conforto.

Só a presença de Edward aqui me apoiando já me ajudava a pensar com clareza em minhas escolhas. Eu não iria correr. Nunca fui de fugir, não importava o motivo e não mudaria meu jeito agora.

No fundo eu sempre tive a curiosidade de saber como Renée era, uma hora iria ter que enfrentá-la, conhecer seus motivos, se é que eles existem.

Eu me afastei de Edward e o encarei.

— Eu vou.

Ele me olhou divertido.

— Eu já imaginava. Não esperava outra coisa de você. Mas posso pedir uma coisa?

— O que?

— Passe o resto do dia comigo em um lugar...

— Onde?

— É surpresa. Mas antes de tudo quero lhe propor um acordo.

Sorri olhando em seus olhos. Ele era a melhor pessoa para ter ao meu lado nesse momento.

— Pode falar.

— Eu prometo que irei lhe fornecer um final de tarde e uma noite só nós dois e em troca quero que você me prometa esquecer-se dos problemas por esse tempo e se concentrar somente em nós, sua estressadinha.

— Prometo – disse tentando ficar séria.

— E isso inclui Reneé e qualquer outra coisa.

— Tudo bem.

— Estou falando sério, não pode pensar nem nos trabalhos da faculdade.

— Tá...

— Esqueça completamente...

— Eu já concordei, Edward! Vamos! – disse chateada enquanto o puxava para a porta.

Ele riu da minha expressão.

— Vem, vamos no meu carro.

PDV Jasper

— Jasper, você pode me explique como isso aconteceu?

— O que? O fato de estarmos perdendo nossa sexta à noite aqui no shopping carregando sacolas de compras de Alice e Rosalie?

— É por aí sim – resmungou Emmett enquanto se recostava no banco em que estávamos sentados em frente à loja que Alice e Rosalie estavam. Eu só queria descansar as minhas pernas.

— Ué, você tem que se acostumar. Se quiser assumir algo sério com a Rosalie tem que aceitar, meu irmão.

Emmett encarou o chão fazendo careta.

— Jasper, se eu te contar uma coisa promete não rir?

— Tá – disse confuso. Que porra?

Ele me olhou e depois voltou a olhar pro chão.

— Eu não sei como conquistar a Rosalie. Na verdade, eu não sei como conquistar mulher nenhuma.

Ele só podia estar brincando comigo, o homem enlouqueceu.

— Como assim, Emmett?? Que conversa... Há um ano Edward e você eram os maiores pegadores dessa faculdade!

— Estou falando de uma garota de verdade, Jasper. Aquilo nem podia ser chamado de conquistar, eram tantas mulheres fáceis e fúteis que era só você chegar no lugar elas já se jogam em cima de você! Eu to falando de uma mulher de verdade, que se conquista com sentimento, eu nunca fiz isso antes! Estou perdido – ele gemeu sem me olhar.

Olhei para o meu irmão, avaliando-o. Era surpreendente. Sempre esperei que Emmett e Edward começassem a se sentir assim, mais “homem”, e parassem com toda a imaturidade. Edward tinha se apaixonado por Bella e agora Emmett por Rosalie...

— Emmett, você está se ouvindo? Se você mostrar o seu sentimento verdadeiro vai dar certo! Não precisa ser um perito em declarações, se você for sincero e ela for a garota certa, ela vai gostar e ficar feliz, confie. Isso funcionou com Edward e comigo, porque não funcionaria com você?

— Ser totalmente sincero? – ele perguntou me encarando sério.

— É, cara.

— Você tem razão. E chega de perder tempo – disse levantando animadamente.

— O que?

Nessa hora Alice e Rosalie saíram da loja e se juntaram a nós cheias de sacolas.

— Já terminamos, vamos? – perguntou minha Alice animadamente.

— Rosalie, eu posso falar com você em particular? – perguntou Emmett automaticamente, como se nem tivesse ouvido minha Alice nos chamar.

Ergui as sobrancelhas, agora eu entendi o que ele quis dizer com não perder tempo.

Rosalie olhou para ele assustada.

— Tud-tudo bem.

Quando os dois saíram Alice se virou para mim.

— Isso é o que estou pensando? Já estava na hora.

Eu ri e concordei.

PDV Bella

Aquele lugar era absolutamente incrível, era difícil de acreditar que aqui havia ago assim nessa cidade. Estávamos em um tipo de penhasco não tão alto, mas onde se conseguia ver Dartmouth inteira. Era irreal.

Edward e eu estávamos sentados no capô do seu carro, eu entre suas pernas e minhas costas encostadas em seu peito. Eu me sentia vivendo uma cena de uma comédia romântica clichê, era uma sensação maravihosa.

— Como achou esse lugar? Parece ser bem escondido.

— Na verdade foi fácil: um dia eu estava dirigindo sem rumo então acabei pegando o caminho errado e quase caí aqui.

Respirei fundo. Ele ainda tinha coragem de contar uma experiência de quase morte com toda essa naturalidade!

— Nem sei como você ainda está vivo depois de tudo o que aprontou ano passado.

Ele riu, sua respiração batendo no meu pescoço.

— Agora pode me contar porque estamos fugindo assim?

Edward suspirou meio chateado.

— Sei que estou sendo meio egoísta agora, mas eu queria ficar sozinho com você. Eu sinto... Não sei, estamos vivendo um momento com tanta paz, eu sinto que ele está prestes a ruir... Como se viesse uma coisa a caminho...

Senti um arrepio de medo, nem queria pensar naquela possibilidade.

— Espero que esteja errado – sorri tentando animá-lo.

Ele sorriu desanimado com a minha tentativa.

— Vai contar a suas irmãs sobre Renée?

— Ei, onde foi parar todo aquele papo de “sem pensar em problemas”?

—- Eu claramente desisti, espertinha. Responda minha pergunta.

— Vou, sempre tive o apoio delas, me sentiria mal se tivesse que esconder agora.

— Eu nem sei o que te dizer, Bella. Sempre tive meu pai e minha mãe presentes pra tudo, não saberia viver com a falta.

— Eu também nunca senti falta de uma mãe, na verdade. Esse é um dos problemas, eu não sei como... Como lidar com Renée, o que dizer a ela.

— Isso vai depender mais dela do que de você, eu só aconselho ouvir o que ela tem a dizer, se você achar que ela está falando a verdade...

— O que eu não entendo é porque ela voltou, porque agora – disse confusa.

— Você só vai saber perguntando a ela.

Ele tinha razão. O único jeito de descobrir o que se passa na mente de Renée é conversando com ela amanhã. Mas sinceramente, o que poderia ser? “Desculpe, Bella, mas eu não estava muito a fim de ser mãe aquela época” ou “Desculpe, Bella, mas eu nunca planejei ficar em casa cuidando de uma criança, mesmo sendo minha”. Sei lá, talvez ela nem me peça desculpas, talvez esteja atrás de dinheiro...

— Pode parar?

Estava entretida com meus pensamentos que me assustei com sua pergunta.

— Parar com o que? – perguntei confusa.

— Pensar nos problemas, você me prometeu que não ia pensar em problemas.

— Seu safado!! – bati nele de brincadeira no estômago.

— Tudo bem, me desculpe, meu objetivo aqui foi realmente era tentar distraí-la – disse ele antes de começar a depositar beijos pelo meu pescoço, sua mão desceu lentamente em direção a minha coxa. Ele já me tinha pronta e eu nem lembrava mais do que conversarmos.

— Amor, estou sentindo sua falta, já faz o quê? Uma semana?

Tremi, entendi na hora ao que ele se referia, porque eu também sentia.

— É essa a sua ideia para me distrair? – ri tentando aliviar o clima.

— Uma das – ele riu, percebendo minha intenção.

Suspirei tentando me acalmar.

— Vem, vamos jantar, você não comeu nada desde que recebeu certa ligação – disse ele me empurrando de brincadeira para sairmos de cima do seu carro.

— Então agora é você que está cuidando de mim? – brinquei contente.

— É, e posso fazer isso sempre, se quiser – ele ficou de frente pra mim, me encarando intensamente.

— Não precisa ser sempre, só quando eu precisar – murmurei.

— Tudo bem.

PDV Emmett

Levei Rosalie para um dos bancos que havia na praça de alimentação, nada de acovardar agora, Emmett. Seja homem uma vez na vida!

— Então... O que você quer falar comigo? – perguntou Rosalie passando as mãos pelos cabelos, elas tremiam. Sério que ela estava nervosa? O que será ela está pensando que eu irei dizer?

— Rosalie... Eu vou ser direto porque se eu ficar prolongando vou acabar ficando nervoso e atrapalhando tudo e eu não quero que isso aconteça, então o que eu queria te dizer era... Cara... Eu gosto de você! Eu REALMENTE gosto de você! Não como você deve pensar que eu gosto, to falando de gostar de verdade.

Ela olhou pra mim arregalando os olhos, parecendo bem assustada. Legal, eu a assustei.

— Olha... – segurei sua mão tentando acalmá-la – eu sei que você já me recusou uma vez, mas eu precisava tentar de novo, eu não sou aquele cara galinha e insensível que não se amarra a ninguém. Eu queria... Uma chance. Estou te pedindo uma chance, Rosalie. Pra te provar que eu posso ser o que você precisa.

Rosalie respirou fundo e levantou ficando de frente pra mim, com lagrimas nos olhos. Levantei também, meu peito apertado com medo de outra rejeição.

— Emmett, eu... Você... Essa foi a coisa mais linda que alguém já me disse – disse ela rindo e limpando as lágrimas que escaparam.

ISSO!!

— Então você aceita?! Quer namorar comigo? – perguntei, quase pulando de alegria.

Ela riu novamente e confirmou com a cabeça. Eu a abracei com força, girando-a no ar, finalmente ela tinha me aceitado.

PDV Renesmee

Eu sabia que era loucura.

Era loucura ter vindo aqui, procurar logo o “culpado” de tudo que aconteceu, de eu ter passado quase um ano em uma cadeira de rodas, de quem ninguém da minha família sequer desconfiava.

Porque eu não contava? Porque não revelava a verdadeira história? Acho que por não ter como provar, só a minha palavra.

Tudo bem, não era só isso, eu também tenho muita vergonha do que fiz. Medo de assumir meu erro e magoar as pessoas que eu amo.

Mas o motivo que me trouxe aqui era outro. Não aguentava mais viver com essa duvida, com o “e se”, com medo de ele tentar mais alguma coisa.

— Estou surpreso que tinha aparecido aqui – disse ele colocando as mãos no bolso enquanto me encarava, era um gesto que ele sempre fazia quando sabia que a conversa iria durar.

— Acho que não está exatamente surpreso.

— Não, a atitude de Victória deve tê-la assustado. Acertei?

Eu me encolhi, é claro que ele estava certo.

— Não se preocupe, Nessie. Não é o que você está pensando, Victória não fala comigo há meses, acho que desde que se envolveu com Jared – disse ele pensativo.

— Jared? Quem é Jared? Quer saber... Eu só vim aqui porque queria saber se... Se você... – Me atrapalhei ao falar.

— Não Renesmee, eu não tenho nada contra você e muito menos irei fazer algo contra você. Na verdade, estou feliz que você voltou e parece estar bem. Me trás um alívio, sabe?

Olhei para os seus olhos e de alguma forma eu sabia que ele falava a verdade.

— Está falando a verdade? – eu tive que perguntar, não confiava em meus instintos quando o assunto era ele.

— Claro que sim, Nessie. Tenho algum motivo para mentir? – ele me perguntou rindo.

— Não, eu acho – murmurei hesitante.

— Eu sei que disse o que você queria ouvir – ele se aproximou de mim – não se preocupe, não irei lhe fazer nenhum mal.

— Tudo bem – disse já me afastando do enorme portão de ferro da casa dele.

PDV Bella

— Como conseguiu meu telefone?

— Eu... Conheço alguém na sua faculdade que tem acesso as informações dos estudantes, então ele me entregou. Não foi nada ilegal ou algo assim...

— Hum... O que você quer?

— Eu... Queria te ver, conversar com você.

— Por quê? – tentei controlar minha voz.

— Bella... Querida, eu vou respeitar seu espaço, mas queria te explicar... Encontre-me no café perto do hospital onde Esme trabalha, amanhã de manhã, não irei forçá-la, mas... Vou te esperar lá – mal percebi quando ela desligou o telefone.

Parecia surreal o que estava acontecendo, como se não tivesse me caído a ficha ainda. Era de se esperar que ela aparecesse depois de ter ido atrás de Esme, mas procurar meu telefone e me ligar assim, do nada...

Senti a mão de Edward em meu rosto me trazendo a realidade, eu ainda estava parada sem mostrar qualquer reação.

— Ei, Bella. O que foi? Quem era?

Respirei fundo.

— Renée. Ela simplesmente ligou e disse que queria me ver.

Ele me encarou em choque. Um choque que eu também deveria estar sentindo já que não era nem um pouco normal sua mãe desaparecida por mais de 15 anos resolver te ligar sem qualquer tipo de aviso e te convidar pra tomar café!

— E você vai?

— Eu não sei – disse me apertando nele, eu precisava de conforto.

Só a presença de Edward aqui me apoiando já me ajudava a pensar com clareza em minhas escolhas. Eu não iria correr. Nunca fui de fugir, não importava o motivo e não mudaria meu jeito agora.

No fundo eu sempre tive a curiosidade de saber como Renée era, uma hora iria ter que enfrentá-la, conhecer seus motivos, se é que eles existem.

Eu me afastei de Edward e o encarei.

— Eu vou.

Ele me olhou divertido.

— Eu já imaginava. Não esperava outra coisa de você. Mas posso pedir uma coisa?

— O que?

— Passe o resto do dia comigo em um lugar...

— Onde?

— É surpresa. Mas antes de tudo quero lhe propor um acordo.

Sorri olhando em seus olhos. Ele era a melhor pessoa para ter ao meu lado nesse momento.

— Pode falar.

— Eu prometo que irei lhe fornecer um final de tarde e uma noite só nós dois e em troca quero que você me prometa esquecer-se dos problemas por esse tempo e se concentrar somente em nós, sua estressadinha.

— Prometo – disse tentando ficar séria.

— E isso inclui Reneé e qualquer outra coisa.

— Tudo bem.

— Estou falando sério, não pode pensar nem nos trabalhos da faculdade.

— Tá...

— Esqueça completamente...

— Eu já concordei, Edward! Vamos! – disse chateada enquanto o puxava para a porta.

Ele riu da minha expressão.

— Vem, vamos no meu carro.

PDV Jasper

— Jasper, você pode me explique como isso aconteceu?

— O que? O fato de estarmos perdendo nossa sexta à noite aqui no shopping carregando sacolas de compras de Alice e Rosalie?

— É por aí sim – resmungou Emmett enquanto se recostava no banco em que estávamos sentados em frente à loja que Alice e Rosalie estavam. Eu só queria descansar as minhas pernas.

— Ué, você tem que se acostumar. Se quiser assumir algo sério com a Rosalie tem que aceitar, meu irmão.

Emmett encarou o chão fazendo careta.

— Jasper, se eu te contar uma coisa promete não rir?

— Tá – disse confuso. Que porra?

Ele me olhou e depois voltou a olhar pro chão.

— Eu não sei como conquistar a Rosalie. Na verdade, eu não sei como conquistar mulher nenhuma.

Ele só podia estar brincando comigo, o homem enlouqueceu.

— Como assim, Emmett?? Que conversa... Há um ano Edward e você eram os maiores pegadores dessa faculdade!

— Estou falando de uma garota de verdade, Jasper. Aquilo nem podia ser chamado de conquistar, eram tantas mulheres fáceis e fúteis que era só você chegar no lugar elas já se jogam em cima de você! Eu to falando de uma mulher de verdade, que se conquista com sentimento, eu nunca fiz isso antes! Estou perdido – ele gemeu sem me olhar.

Olhei para o meu irmão, avaliando-o. Era surpreendente. Sempre esperei que Emmett e Edward começassem a se sentir assim, mais “homem”, e parassem com toda a imaturidade. Edward tinha se apaixonado por Bella e agora Emmett por Rosalie...

— Emmett, você está se ouvindo? Se você mostrar o seu sentimento verdadeiro vai dar certo! Não precisa ser um perito em declarações, se você for sincero e ela for a garota certa, ela vai gostar e ficar feliz, confie. Isso funcionou com Edward e comigo, porque não funcionaria com você?

— Ser totalmente sincero? – ele perguntou me encarando sério.

— É, cara.

— Você tem razão. E chega de perder tempo – disse levantando animadamente.

— O que?

Nessa hora Alice e Rosalie saíram da loja e se juntaram a nós cheias de sacolas.

— Já terminamos, vamos? – perguntou minha Alice animadamente.

— Rosalie, eu posso falar com você em particular? – perguntou Emmett automaticamente, como se nem tivesse ouvido minha Alice nos chamar.

Ergui as sobrancelhas, agora eu entendi o que ele quis dizer com não perder tempo.

Rosalie olhou para ele assustada.

— Tud-tudo bem.

Quando os dois saíram Alice se virou para mim.

— Isso é o que estou pensando? Já estava na hora.

Eu ri e concordei.

PDV Bella

Aquele lugar era absolutamente incrível, era difícil de acreditar que aqui havia ago assim nessa cidade. Estávamos em um tipo de penhasco não tão alto, mas onde se conseguia ver Dartmouth inteira. Era irreal.

Edward e eu estávamos sentados no capô do seu carro, eu entre suas pernas e minhas costas encostadas em seu peito. Eu me sentia vivendo uma cena de uma comédia romântica clichê, era uma sensação maravihosa.

— Como achou esse lugar? Parece ser bem escondido.

— Na verdade foi fácil: um dia eu estava dirigindo sem rumo então acabei pegando o caminho errado e quase caí aqui.

Respirei fundo. Ele ainda tinha coragem de contar uma experiência de quase morte com toda essa naturalidade!

— Nem sei como você ainda está vivo depois de tudo o que aprontou ano passado.

Ele riu, sua respiração batendo no meu pescoço.

— Agora pode me contar porque estamos fugindo assim?

Edward suspirou meio chateado.

— Sei que estou sendo meio egoísta agora, mas eu queria ficar sozinho com você. Eu sinto... Não sei, estamos vivendo um momento com tanta paz, eu sinto que ele está prestes a ruir... Como se viesse uma coisa a caminho...

Senti um arrepio de medo, nem queria pensar naquela possibilidade.

— Espero que esteja errado – sorri tentando animá-lo.

Ele sorriu desanimado com a minha tentativa.

— Vai contar a suas irmãs sobre Renée?

— Ei, onde foi parar todo aquele papo de “sem pensar em problemas”?

—- Eu claramente desisti, espertinha. Responda minha pergunta.

— Vou, sempre tive o apoio delas, me sentiria mal se tivesse que esconder agora.

— Eu nem sei o que te dizer, Bella. Sempre tive meu pai e minha mãe presentes pra tudo, não saberia viver com a falta.

— Eu também nunca senti falta de uma mãe, na verdade. Esse é um dos problemas, eu não sei como... Como lidar com Renée, o que dizer a ela.

— Isso vai depender mais dela do que de você, eu só aconselho ouvir o que ela tem a dizer, se você achar que ela está falando a verdade...

— O que eu não entendo é porque ela voltou, porque agora – disse confusa.

— Você só vai saber perguntando a ela.

Ele tinha razão. O único jeito de descobrir o que se passa na mente de Renée é conversando com ela amanhã. Mas sinceramente, o que poderia ser? “Desculpe, Bella, mas eu não estava muito a fim de ser mãe aquela época” ou “Desculpe, Bella, mas eu nunca planejei ficar em casa cuidando de uma criança, mesmo sendo minha”. Sei lá, talvez ela nem me peça desculpas, talvez esteja atrás de dinheiro...

— Pode parar?

Estava entretida com meus pensamentos que me assustei com sua pergunta.

— Parar com o que? – perguntei confusa.

— Pensar nos problemas, você me prometeu que não ia pensar em problemas.

— Seu safado!! – bati nele de brincadeira no estômago.

— Tudo bem, me desculpe, meu objetivo aqui foi realmente era tentar distraí-la – disse ele antes de começar a depositar beijos pelo meu pescoço, sua mão desceu lentamente em direção a minha coxa. Ele já me tinha pronta e eu nem lembrava mais do que conversarmos.

— Amor, estou sentindo sua falta, já faz o quê? Uma semana?

Tremi, entendi na hora ao que ele se referia, porque eu também sentia.

— É essa a sua ideia para me distrair? – ri tentando aliviar o clima.

— Uma das – ele riu, percebendo minha intenção.

Suspirei tentando me acalmar.

— Vem, vamos jantar, você não comeu nada desde que recebeu certa ligação – disse ele me empurrando de brincadeira para sairmos de cima do seu carro.

— Então agora é você que está cuidando de mim? – brinquei contente.

— É, e posso fazer isso sempre, se quiser – ele ficou de frente pra mim, me encarando intensamente.

— Não precisa ser sempre, só quando eu precisar – murmurei.

— Tudo bem.

PDV Emmett

Levei Rosalie para um dos bancos que havia na praça de alimentação, nada de acovardar agora, Emmett. Seja homem uma vez na vida!

— Então... O que você quer falar comigo? – perguntou Rosalie passando as mãos pelos cabelos, elas tremiam. Sério que ela estava nervosa? O que será ela está pensando que eu irei dizer?

— Rosalie... Eu vou ser direto porque se eu ficar prolongando vou acabar ficando nervoso e atrapalhando tudo e eu não quero que isso aconteça, então o que eu queria te dizer era... Cara... Eu gosto de você! Eu REALMENTE gosto de você! Não como você deve pensar que eu gosto, to falando de gostar de verdade.

Ela olhou pra mim arregalando os olhos, parecendo bem assustada. Legal, eu a assustei.

— Olha... – segurei sua mão tentando acalmá-la – eu sei que você já me recusou uma vez, mas eu precisava tentar de novo, eu não sou aquele cara galinha e insensível que não se amarra a ninguém. Eu queria... Uma chance. Estou te pedindo uma chance, Rosalie. Pra te provar que eu posso ser o que você precisa.

Rosalie respirou fundo e levantou ficando de frente pra mim, com lagrimas nos olhos. Levantei também, meu peito apertado com medo de outra rejeição.

— Emmett, eu... Você... Essa foi a coisa mais linda que alguém já me disse – disse ela rindo e limpando as lágrimas que escaparam.

ISSO!!

— Então você aceita?! Quer namorar comigo? – perguntei, quase pulando de alegria.

Ela riu novamente e confirmou com a cabeça. Eu a abracei com força, girando-a no ar, finalmente ela tinha me aceitado.

PDV Renesmee

Eu sabia que era loucura.

Era loucura ter vindo aqui, procurar logo o “culpado” de tudo que aconteceu, de eu ter passado quase um ano em uma cadeira de rodas, de quem ninguém da minha família sequer desconfiava.

Porque eu não contava? Porque não revelava a verdadeira história? Acho que por não ter como provar, só a minha palavra.

Tudo bem, não era só isso, eu também tenho muita vergonha do que fiz. Medo de assumir meu erro e magoar as pessoas que eu amo.

Mas o motivo que me trouxe aqui era outro. Não aguentava mais viver com essa duvida, com o “e se”, com medo de ele tentar mais alguma coisa.

— Estou surpreso que tinha aparecido aqui – disse ele colocando as mãos no bolso enquanto me encarava, era um gesto que ele sempre fazia quando sabia que a conversa iria durar.

— Acho que não está exatamente surpreso.

— Não, a atitude de Victória deve tê-la assustado. Acertei?

Eu me encolhi, é claro que ele estava certo.

— Não se preocupe, Nessie. Não é o que você está pensando, Victória não fala comigo há meses, acho que desde que se envolveu com Jared – disse ele pensativo.

— Jared? Quem é Jared? Quer saber... Eu só vim aqui porque queria saber se... Se você... – Me atrapalhei ao falar.

— Não Renesmee, eu não tenho nada contra você e muito menos irei fazer algo contra você. Na verdade, estou feliz que você voltou e parece estar bem. Me trás um alívio, sabe?

Olhei para os seus olhos e de alguma forma eu sabia que ele falava a verdade.

— Está falando a verdade? – eu tive que perguntar, não confiava em meus instintos quando o assunto era ele.

— Claro que sim, Nessie. Tenho algum motivo para mentir? – ele me perguntou rindo.

— Não, eu acho – murmurei hesitante.

— Eu sei que disse o que você queria ouvir – ele se aproximou de mim – não se preocupe, não irei lhe fazer nenhum mal.

— Tudo bem – disse já me afastando do enorme portão de ferro da casa dele.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam desse final? E o Emmett super fofo? Quero muito a opinião de vocês!
Sei que tô merecendo um super gelo mas me deem uma forcinha, tô passando por uma fase difícil: 3º ano, pressão pré-vestibular, greve de professores, chuva que odeia a Bahia (sim, a chuva também tem culpa em me desanimar!)
Não vou negar, quase desisto de Irresistíveis, mas eu consegui colocar alguma coisa no papel, coitado dele pra aguentar meu estresse, mas estou firme e forte de novo ;)

Até breve