Snape invadiu o escritório do diretor com fumaça saindo por seus ouvidos, ele nunca ficava realmente com raiva, mas quando ficava...

 “Você sabia não é?”

 “Sabia o que, meu menino?”

 “Não banque o ingênuo diretor, você sabia como Harry era tratado na casa de seus parentes!”

 “Eu suspeitava, mas Harry tinha que ficar lá por causa da proteção de sangue.”

 “Que se dane a proteção de sangue! Vou me tornar o guardião do garoto, as proteções em torno de minha casa são fortes o suficiente e os comensais desconhecem o lugar.”

 “Tudo bem, se você tem certeza.”

 “Eu tenho. Agora, se me dá licença, tenho um menino de 12 anos sozinho na minha casa cheia de perigosos ingredientes de poções e estou com medo do que pode acontecer.”

 “Ah, Severo, marcarei a adoção de sangue para amanhã mesmo e aproveite e leve a lista de Harry.” O diretor sorriu ao ver seu mestre de poções sair pela lareira.

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“Harry?”

“Estou aqui, senhor.” Severo subiu e encontrou seu pupilo rodeado de vários livros de escola fazendo seus deveres.

 “Harry, eu conversei com o diretor.” O menino levantou a cabeça curioso. “A adoção de sangue será marcada para amanhã, tem certeza de que quer fazer isso?”

 “Tenho sim, senhor. A não ser que o senhor tenha mudado de ideia.” Snape viu a tristeza nos olhos do menino.

 “Não, Harry, é só que pode ser difícil morar comigo, e têm seus amigos, o senhor Ronald pode ser difícil...”

 “Ah, não se preocupe, senhor. O Ron vai entender quando vir que eu estou feliz, e Hermione vai logo pedir aulas particulares de poções.” Harry riu com gosto da cara de seus professor.

 “É melhor estar brincando, Potter. Se não, posso usar sua amiguinha como ingrediente de poções.”

 “Sim, senhor.”

 “Harry, que tal irmos almoçar no Caldeirão Furado e depois irmos em busca de seu material escolar?”

 “Mas, senhor, não temos a lista.”

 “Na verdade, Dumbledore me entregou a sua lista hoje. Então, vamos?”

 “Claro, mas senhor, eu tenho que passar no Gringots para pegar ouro.”

 “E posso perguntar para que você quer ouro?”

 “Para os livros, senhor.”

 “Harry, eu sou seu guardião agora e é meu dever fornecer tudo o que você precisa.”

 “Mas senhor...”

 “Mas nada, Potter.” O tom de Snape foi severo, mas Harry viu a sugestão de um sorriso brincando em seu rosto.