Suzumiya Haruki no Monogatari escrita por Shiroyuki


Capítulo 9
Capítulo 9 - Coelhos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo para estrear a capa nova! n_n
Tá bem grandão, dedicado especialmente àqueles que sempre me cobram capítulos maiores *-*
Boa leitura!!



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Enquanto Mitsuru-kun pensava na sua próxima jogada, com concentração louvável, eu amarrava os cabelos automaticamente, analisando seu semblante de seriedade. Havia levado um tabuleiro de Othello que estava juntando poeira num canto do quarto do meu irmão menor, para passar o tempo junto com meu pequeno senpai. Nosso admirável e intrépido líder ainda não havia dado as caras, e eu desconfio que ele esteja espionando o estudante transferido que havia sido o motivo de seus pensamentos durante os últimos dias, como o stalker que eu sei que ele é.

Se fosse uma garota, eu diria que Suzumiya estava bastante interessado, mas ao que parece ele só quer saber de alienígenas fêmeas mesmo, então acho que essa hipótese não tem fundamento, ou assim espero.

Quando comentei sobre isso com Mitsuru-kun, ele demonstrou um interesse que eu não esperava. Levantou a sua cabeça a inclinou, como um cachorrinho curioso.

— Ele parecia um animal no cio quando soube desse aluno novo da classe nove – falei, virando as peças com força desnecessária – Ah, ele deve gostar mesmo de estudantes transferidos. E se for uma garota, os dois devem estar se divertindo no banheiro feminino do segundo andar nesse mesmo instante!

Mitsuru acenou com a cabeça e virou mais uma peça. Parecia preocupado, mas eu não entedia o porquê… ele até já havia ganhado uma partida hoje! Será que eu fui indelicada?

Olhei para os lados, e percebi o olhar discreto de Nagato sobre o tabuleiro. Ele mal piscava, e não parecia sentir-se constrangido por ter sido pego em sua observação silenciosa. Por baixo dos seus óculos, eu pude notar um brilho ínfimo que nunca antes havia visto. Era como um filhote de urso polar que vê a neve pela primeira vez.

— Nagato-san, você quer jogar...? – indaguei, surpresa.

Ele balançou a cabeça minimamente, apenas o bastante para que eu entendesse. Mitsuru-kun tremeu e soltou as peças que tinha na mão como se dessem choque. Fitou-me incrédulo, mas continuou em silêncio.

— Conhece as regras? – perguntei novamente, satisfeita por tê-lo visto dar algum vestígio de que era humano sem interferências exteriores. Preparei-me para dar uma pequena aula sobre Othello, mas antes que o fizesse, a palavra execrável foi dita e ecoou nas paredes próximas demais:

— Ya-hoo! Desculpe deixa-los esperando! – a voz indesejada me fez virar a cabeça quase 180° graus com o susto. Levantei-me antes que tivesse o pescoço torcido e uma morte ridícula.

Haruki nos saudou casualmente enquanto abria a porta para mais uma pessoa.

— Essa é a nova estudante transferida... – ele parou estrategicamente esperando que ela se apresentasse.

— Koizumi Itsuko, muito prazer em conhecê-los – ela disse, com uma voz suave demais, curvando-se – eu sou da sala 1-9, e me sentiria lisonjeada em participar do seu clube.

Era uma figura esbelta, com as curvas no lugar certo, do jeito que os pervertidos gostavam. Parecia uma pessoa atlética, com um sorriso alegre e um rosto bonito. Poderia ser modelo ou idol sem muito esforço, e certamente conseguiria alguns fãs, ainda mais se fosse simpática ou gentil.

— Essa é a nossa sala da Brigada, onde você vai estar todos os dias nos próximos três anos. Eu sou Suzumiya Haruki e estes são os meus subordinados. Você será a serva número quatro, não se esqueça disso.

A estudante transferida Koizumi sorriu como se estivesse divertindo-se num parque domingo à tarde.

— Então, que tipo de clube é esse?

Sim! Essa é a pergunta que venho me fazendo todo o tempo desde aquele fatídico dia. A resposta para todos os enigmas da humanidade, que está registrada na pedra de Roseta, nas pirâmides do Egito e nas cavernas pré-históricas. Quem conseguisse responder a isso propriamente seria um artista talentoso, alvo de todo o corpo de estudantes da escola Média do Leste que já me levantaram a mesma questão.

Todas as atenções estavam voltadas agora para Suzumiya, que pigarreou com pose sublime e lentamente inspirou, pronto para revelar a chocante verdade.

— Para encontrar alienígenas, viajantes do tempo e éspers e fazer amizade com eles, obviamente.

O mundo inteiro parou de girar naquele instante.

Na verdade, foi tão ridícula aquela constatação que desejei ardentemente apagar aquilo da minha mente na próxima vez que dormisse. A única coisa que pensei foi “eu já sabia” seguido de uma sensação chata por ter esperado um pouco mais do que aquela constatação que mais parecia vinda do meu irmão que brinca de Power Rangers.

Eu confesso que exagerei nas minhas expectativas, mas os outros não pareciam pensar assim.

Mitsuru estava completamente pasmo, arregalando os olhos e prendendo o ar. Nagato-san, apesar de ainda parecer o mesmo, abriu levemente os olhos, e para quem nem aparenta respirar, isso foi uma grande coisa. Itsuko-san abriu mais o seu sorriso perfeito, de um modo tão enigmático que era difícil saber se ela estava satisfeita, espantada ou com dor de barriga.

— Ah, entendo. Como esperado do Suzumiya-kun.– ela disse com a voz clara, olhando para Asahina e Nagato como se já estivesse ciente da presença deles aqui. Depois, olhou para mim, questionadora, e de volta para Haruki. Assentiu com a cabeça algumas vezes, como um velho professor de faculdade aposentado e então, sorriu novamente, de uma maneira que parecia mais como um costume.

— Espero que possamos nos dar bem e trabalhar em conjunto – ela disse após alguns segundos de divagação. Eeeei! Você ouviu mesmo o que ele disse, ou esse clareador que você usa nos dentes afetou sua audição?

Koizumi-san percebeu o olhar que eu lançava para ela, e se aproximou, sorrindo tanto quanto uma escoteira mirim que vende biscoitos. Estendeu a mão para mim, amigavelmente.

— Eu sou Koizumi Itsuko. Acabei de ser transferida, e tenho muito que aprender com todos vocês. Prazer em conhecê-la.

Apertei sua mão educadamente, ainda com receio.

— Eu me chamo...

— Ela é a Kyonko! – Suzumiya surgiu de repente, abraçando-me como se fossemos velhos colegas do clube de basquete. Virou-se, sem me largar – O pequeno moe é o Mitsuru-kun, e o quatro-olhos é o Yuuki.

Você tem ideia do quanto é desconfortável estar nos seus braços, Haruki?! Faça o favor de me deixar respirar!

Um ruído atravessou a sala e ecoou subitamente, enquanto eu me livrava dos braços de polvo de Haruki. Era Mitsuru-kun, que na pressa de se levantar, tropeçou na mesa e derrubou o tabuleiro de Othello. Droga, eu estava ganhando!

Itsuko adiantou-se, ajudando-o a recolher as pequenas peças que rolaram para todos os cantos.

— Ei, você está bem? – perguntou afetuosamente, fitando-o com intensidade. Mitsuru estremeceu e abanou a cabeça febrilmente.

— Nós temos oficialmente cinco membros! – Haruki ignorou a confusão e bradou orgulhosamente – A escola e aquele conselho estudantil estúpido não podem fazer nada contra nós agora!

Já mencionei que me sinto terrivelmente tonta cada vez que ouço Haruki dizer ‘nós’?

Quando percebi, Nagato já havia voltado a ficar absorto em seu livro, e Mitsuru sentou novamente na cadeira.

Itsuko-san sorriu novamente para Haruki, sendo imediatamente retribuída. Se ela ainda não saiu correndo mesmo depois de ter ouvido aquela introdução ao clube, certamente é alguém perfeito para Haruki. Talvez, agora que há outro membro feminino alistado, eu possa exigir a minha carta de alforria e ir viver a minha vida colegial de maneira monótona e sem novidades da maneira que sempre sonhei.

Seria bom... se eu não estivesse irritantemente relutante em aceitar ser substituída tão facilmente por alguém como ela.

— Ah! Eu espero que possamos ser amigas, Kyonko-chan – ela apareceu repentinamente ao meu lado. Concordei silenciosamente, sorrindo da maneira educada que minha mãe ensinou – Nós vamos nos dar muito bem, tenho certeza.

Acenei com a cabeça, cruzando os braços instintivamente. Não importa o que ela diga, eu não espero me dar bem com alguém que faz Haruki sorrir daquela forma idiota.





Pouco tempo depois de o sinal indicar o final das aulas, eu impulsivamente tomei meu caminho solitário para a sala do clube. Eu ainda não entendo que tipo de força magnética aquele lugar pequeno e mofado tem para me fazer aparecer lá todos os dias, seria muito mais fácil parar de ir de uma vez por todas. Assim como era mais fácil ignorar Suzumiya do que ouvir o que ele tem a dizer, mas eu nunca conseguia realizar nenhuma das duas opções.


Ele havia saído durante o intervalo do sexto período, da maneira como sempre fazia, mas não voltou para aula depois disso. Quando cheguei até o clube, ele também não estava lá. Como esperado, Mitsuru-kun e Nagato já estavam sentados. Eu sei que não tenho moral alguma para julgar, mas esses garotos devem ter muito tempo livre pra desperdiçar com Suzumiya. Com tudo o que já haviam visto (e no caso de Mitsuru, sofrido) ambos de já deveriam ter mudado de país, trocado de nome, ou no mínimo exigido um mandato de distância máxima daquele cara.

Itsuko chegou logo depois de mim, trazendo consigo seu inseparável sorriso. Sinceramente esperei que ela não aparecesse, mas nada do que espero acontece, eu devia apenas desistir. Logo depois de se acomodar ao meu lado, ela começou a conversar animadamente, sobre o quanto queria caminhar por aí e conhecer a escola. Acredite em mim, não a nada para ver por aqui.

— Onde está Suzumiya-san? – a voz suave de Mitsuru-kun cortou o monólogo entusiasmado que Itsuko-san havia começado sobre scarpans e saltos agulha.

Eu iria responder “Foi andar de patinete no parque e acabou atropelado pelo trem. Está morto”, mas acredito que essa imagem mental iria ter um impacto muito profundo na psique do pequeno Mitsuru-chan. Não quis traumatiza-lo, até por que Haruki acabaria por fazê-lo de qualquer maneira, e sem nenhum remorso, então respondi apenas:

— Não sei.

Mal minhas palavras foram pronunciadas, a porta abriu-se num rompante.

— Ya-hoo! Como vão vocês, humildes integrantes da Brigada? É claro que estão ótimos! Olha só, tenho muitas novidades! – Haruki anunciou, com sua voz grave parecendo tão alegre como nunca. Trazia sacolas enormes nas mãos, e um sorriso tão animado que poderia ofuscar o Sol – Trouxe presentes!

Com essa afirmação, reparei que os olhos de Mitsuru-kun brilharam, e ele se aproximou discretamente, fitando com expectativa os pacotes. Essa criança está mesmo no segundo ano do Colegial?

Ele entregou algumas sacolas para mim, e apoiou outras na mesa, sentando em um das cadeiras dobráveis. O alarme na minha cabeça soou como aqueles da segunda grande guerra, alertando sobre as ameaças de ataques aéreos.

— Você não saqueou ou chantageou ninguém hoje, não é Haruki? – indaguei, ciente de estar pisando em terreno perigoso. Mitsuru sobressaltou-se, soltando as sacolas para longe como se tivessem pegado fogo.

— Do que está falando, mulher? - ele levantou da cadeira, ofendido - Eu nunca fiz coisas desse tipo! O que pensa que eu sou? Um gangster?

É exatamente isso, pra ser sincera. E aquele computador em cima da mesa não te lembra de nada?

— Isso não vem ao caso agora – disse, olhando dentro de uma das sacolas – Aqui! – tirou algumas folhas de ofício, brandindo-as no ar com orgulho – Esses são panfletos que fiz para mostrar a Brigada a todos.

Peguei um, ao mesmo tempo em que Itsuko, mesmo não estando interessada no que Haruki tem a dizer sobre tudo isso. Com um discurso extenso e enrolado, o panfleto dizia que a Brigada estava procurando por eventos paranormais e misteriosos. Parecia que Haruki estava certo de que se jogaria em um mundo que envolve ficção cientifica, mistério e novelas de fantasia.

Ele realmente esperava que eu saísse por aí entregando isso na rua? Na frente de todo mundo?

— Ah, agora vocês vão sair na rua entregando isso. Na frente de todo mundo – ele alegou, balançando os papéis – agora mesmo tem um monte de gente que ainda não foi pra casa, na frente da escola.

Suspirei. Não havia como discutir com Haruki, e menos ainda como vencê-lo numa discussão. Peguei os panfletos que ele exibia para mim e me dirigi à porta.

— Não tão rápido! – ele segurou a porta, me impedindo de passar – espere as preparações.

Aaah! Claro! Não seria tão fácil, seria? E que tipo de preparações...

— Tcharaan! – após remexer na sacola alguns segundos, ele retirou uma fantasia. Não, não podia ser! Um collant amarelo, meias-calças, mangas brancas e orelhas e rabo de coelho. Era uma fantasia de Bunny Gal... – Aqui, vista isso – ele entregou a roupa sem nem pestanejar para Itsuko. Ela apenas acenou com a cabeça e saiu da sala. Que raios essa garota tem na cabeça? Ela até parecia ansiosa e animada para fazer isso!

Haruki olhou para mim, analisando-me com a mão no queixo sem nenhum pudor, dos pés a cabeça. Encolhi-me automaticamente, suando frio.

— Você não. Ia ficar ruim. Você não tem o recheio necessário. – ele falou simplesmente, como quem comenta sobre o tempo, colocando algo sobre a minha cabeça. Era uma tiara de coelho.

Eu nem tive tempo para ficar irritada com o comentário. Haruki avançava com uma sacola em mãos sobre o pequeno Mitsuru, que já começava a chorar.

— Você realmente vai querer ficar para ver um garoto se trocar, Kyonko-chan? – Haruki virou-se para mim, com acidez fluindo na voz – eu não sabia que você já estava nessa idade perigosa.

Segurei o impulso de mostrar-lhe a língua infantilmente com todas as forças, pois seria milhões de vezes mais humilhante com as orelhinhas de coelho como adereço, e rumei para fora da sala. Escorei-me na parede com a perna, segurando a tiara entre as mãos.

Itsuko logo apareceu, vestindo o cosplay de coelhinha, tão feliz que era impossível não perceber que ela se divertia.

— Você não vai vestir uma dessas, Kyonko-chan? Vamos lá, vai ser legal.

Não, não vai. Tenho certeza disso. Seremos presos por atentado ao pudor antes de qualquer coisa.

— Aparentemente, eu não tenho recheio – resmunguei, colocando novamente as orelhas na cabeça.

Logo depois, a porta foi aberta. Mitsuru-kun vestia uma fantasia de coelho, do tipo macio e cor de rosa que as lojas infantis usam para atrair crianças. Era com um bicho de pelúcia gigante e choroso. Tive o impulso de abraça-lo imediatamente, mas o reprimi a tempo de conservar o pouco de dignidade que ainda me resta, já que as orelhas de coelho sugaram praticamente tudo.

— Waa!! Kawaii~ - a coelhinha Itsuko traduziu meus pensamentos em palavras, colocando as mãos nas bochechas dramaticamente.

— Se nós chamarmos a atenção com essas roupas, as pessoas vão definitivamente pegar os panfletos.

— Não, eles apenas vão atravessar a rua e nos olhar torto – disse. Era o que eu faria nessa situação – Espera um pouco! Por que você não fez Nagato usar uma dessas também? – indaguei, apontando para o garoto que lia seu livro de pé no corredor ao meu lado.

— Essas roupas são caras, o que você acha?! – ele respondeu, brincando com as orelhas de Mitsuru.

Não, é apenas por que ele é maior que você, Haruki.

— E onde você compra essas coisas afinal?

— Internet – ele respondeu sorrindo, pegando a sacola com panfletos do chão, enquanto fechava a porta da sala.

— E... por que coelhos? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

— E gosto de coelhos – disse, como se isso encerrasse a conversa.

Puxou o braço de Mitsuru como uma mãe apressada no mercado, enquanto ele tentava em vão procurar algo em que pudesse segurar-se, soluçando. Ele não era páreo para a força de Haruki, então olhou para mim com seus grandes olhos depressivos, implorando por ajuda.

Desculpe-me, eu não consigo oferecer nenhuma resistência.

Apenas baixei a cabeça o máximo que meu pescoço permitia e segui Haruki até a entrada da escola, juntamente com os outros.





Enquanto retornávamos a sala, Haruki esbravejava como um velho caminhoneiro bêbado, usando palavrões que eu nem sabia que existiam. Estava tão furioso que cogitei a possibilidade de chamar o controle de animais para aplicar alguns tranquilizantes nele.Os professores apareceram na rua antes que pudéssemos sequer começar a entregar os panfletos, exigindo que parássemos com aquilo.

Mitsuru-kun sentou exausto na cadeira de metal, baixou a cabeça e começou a soluçar, Yuuki-san voltou para seu lugar, como se nunca tivesse saído dali, e Itsuko fitava Haruki como se analisasse seu comportamento minuciosamente. O coro do clube de baseball podia ser ouvido do andar de baixo. Tirei a orelha da cabeça, satisfeita por pelo menos não ter sido exposta por tempo suficiente para que se lembrem disso no futuro.

— Mas que inferno, aqueles malditos professores sempre ficam no meu caminho – eles só estão fazendo o que devem fazer, Haruki. Se eles o deixassem sair por aí com essas fantasias depravadas, aí sim, estariam errados – Ah! É tudo culpa sua, Mitsuru. Se não tivesse chorado tão alto eles não reparariam – ele bradou por fim, batendo na mesa com força exagerada – Isso é tudo por hoje, estão dispensados.

Saí da sala imediatamente, levando minha mochila, antes que ele mudasse de ideia. Itsuko rumou para o banheiro, com o uniforme escolar nas mãos.

— O que você está esperando? – ouvi os gritos de Haruki mesmo já estando no final do corredor – apure e se vista. Por quanto tempo ainda vai ficar chorando como uma garotinha?

Enquanto eu descia as escadas lentamente, lamentando a sore de Mitsuru, Nagato me ultrapassou, silenciosamente como um gato. Por favor, pelo menos me deixe saber sua opinião sobre o assunto! Você nem esboçou reação ao ver Itsuko vestida daquela maneira, mesmo sendo um garoto!

Logo depois, Mitsuru surgiu no topo da escada. Sua figura fantasmagórica arrastava-se apoiado na parede.

— Kyonko-chan – sua voz soou quase como a morte. Por que você também me chama por esse apelido estúpido? E porque parece tão fofo quando você diz? – você acha que eu ainda posso manter alguma reputação?

Como não achei maneiras de mentir permaneci em silêncio. O que eu poderia dizer?

Quando imaginei se Mitsuru cairia sobre mim chorando como um bebê, ele apenas assentiu melancolicamente, e desceu as escadas com os olhos baixos e sem brilho.

No outro dia, Mitsuru não apareceu na escola.






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Notas finais do capítulo

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