Minha Amada Serpente escrita por Luana Araújo


Capítulo 6
Girlfriend


Notas iniciais do capítulo

Muisca: Girlfriend
Artista: Avril Lavigne



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POV Pansy Parkinson

                                      Hey, hey, you, you

                       I don't like your girlfriend (No way, no way)

                                    I think you need a new one

             Don't you know what I can do to make you feel all right?

               Don't pretend I think you know I'm damn precious

                   And hell, yeah I'm a motherfucking princess

                   I can tell you like me too and know I'm right

Oh, meu Merlin, é mesmo a Granger!

Tudo estava muito calmo, Blás e eu falávamos sobre o sumiço da Granger, enquanto Draco só ouvia.

-Droga! – Draco arfou irritado.

Blás e eu olhamos pra ele, ele olhava pra uma garota bonita que conversava com a Weasley na entrada do salão principal, eu ri baixinho, era definitivamente a Granger, só que ela havia mudado os cabelos, feito as unhas, se maquiado, colocado botas – que a deixava sexy – e encurtado seu uniforme escolar. Por mais incrível que pareça, eu gostei, apesar de sentir uma pequena pontada de inveja.

Levantei da mesa da Sonserina e segui desfilando até ela e a Weasley, percebi que a Granger fazia de conta que não tinha notado todos os olhares maliciosos pra cima dela, e por Merlin, onde é que ela escondia aquelas pernas?

-Granger? – chamei.

-Parkinson, o que você quer? – perguntou a Weasley.

Olhei pra ela e sorri, ela pareceu meio confusa. Olhei pra Granger.

-Gostei das mudanças em seu visual, garota! – disse com aprovação.

Elas abriram a boca surpresas, notei que todos nos olhavam agora, devia ser meio traumatizante pra eles verem duas Griffinórias e uma Sonserina conversarem civilizadamente.

-Obrigada Parkinson! – A Granger disse um minuto depois.

-Não por isso – respondi -, mas acho melhor eu dar o fora!

-Por quê? – perguntou a Weasley.

-Estamos chamando demasiada atenção!

Sai andando pelo salão até as grandes portas, gostava de ficar sozinha, principalmente à noite – Hogwarts era um lugar bem agradável a noite, por causa do silencio. Fui para os jardins e sentei-me em uma arvore cheia de flores amarelas e brancas, era um de meus lugares favoritos.

Pensei no quanto as coisas estavam diferentes depois da guerra; Draco, Blás e eu estávamos mais maduros. Draco passou a sentir uma clara atração pela Granger, Blás deixou de ser o idiota de sempre e passou a agir como ser humano, e eu aprendi que nem tudo no mundo é maldade e que a paixão que eu pensava sentir pelo Draco era só coisa de criança, nós três crescemos e aprendemos coisas que levaremos pra sempre.

Ouvi uma risada histérica vindo do hall do castelo, olhei; eram Ronald Weasley e sua namorada escandalosa Lilá Brown, ela estava agarrada em seu pescoço como a vadia que sempre foi.

Suspirei cansada.

Voltei pro castelo andando lentamente pra que eles não me vissem, mas se vissem também não importa, eu soltaria um comentário sobre os cabelos de palha dela e pronto, afinal – apesar de tudo – eu ainda sou uma Sonserina.

 

                 - Algumas linhas sobre Ronald Billius Weasley –

Ron Weasley é impulsivo, fofo, insensível, engraçado, medroso, corajoso e tímido (ao mesmo tempo), é o melhor amigo do Potter e da Granger, é irmão de G. Weasley e de mais cinco ruivos, é namorado da (idiota) Brown. Ron Weasley é diferente e isso me irrita.

                                          -*-

Voltei ao salão comunal, Draco e Blás já estavam lá, droga! Aquela ia ser uma longa noite e eu não estava a fim de ouvir do Draco falando o quanto a Granger é desprezível e idiota quando nem ele mesmo acredita nisso.

-Accio violão! – sussurrei da estrada.

Peguei meu violão e andei pelos corredores em busca de uma sala vazia, entrei numa do terceiro andar, sentei na mesa do professor de costas para a porta e comecei a tocar uma musica que aprendi no verão, na verdade eu ouvira o Weasley tocar e tinha roubado as partituras dele para aprender. O que mais me irritava era que não tinha titulo no papel, então eu não sabia o nome da musica.

“Mama, take this badge of me

I can't use it anymore.

It's gettin' dark, too dark to see

I feel I'm knockin' on heaven's door.

Knock, knock, knockin' on heaven's door

Knock, knock, knockin' on heaven's door

Knock, knock, knockin' on heaven's door

Knock, knock, knockin' on heaven's door

Mama, put my guns in the ground

I can't shoot them anymore.

That long black cloud is comin' down

I feel like I'm knockin' on heaven's door…”

Senti alguem respirar atrás de mim e me retrai.

-A musica se chama knockin' on heaven's door, é de uma cantora trouxa. – ele disse em meu ouvido

Ouvi sua voz tão próxima a mim me fez arrepiar, seu hálito quente tocava minha nuca acariciando-a. virei-me para encará-lo.

-O que faz aqui Weasley? – perguntei da maneira mais impertinente possível.

-Vim descobrir porque roubou minha partitura.

Eu devo ter deixado transparecer toda a minha surpresa, pois ele riu.

-É eu sabia que tinha sido você, só não sabia o porque! – ele me disse confuso.

-Gosto dessa musica, fala sobre a guerra. – tentei explicar.

Ele se aproximou de mim, ficando entre minhas pernas e me olhou nos olhos. Fazia algum tempo que eu sentia um tipo de desejo sobrenatural por ele, algo que eu não sabia explicar, eu queria beijá-lo e tocá-lo, mas agora que ele estava ali – tão perto – eu não sabia o que fazer.

-Porque você não vai logo atrás da Brown e me deixa em paz. – perguntei irritada.

Eu sempre preferi o método “ataque” e não o “defenda-se”.

-Porque eu estou confortável aqui! – ele respondeu tocando meu rosto com a ponta dos dedos. Riu baixinho. – Você corou!

Droga, o que esta acontecendo comigo? Normalmente o atacaria falando mal da família dele ou dos amigos, mas agora eu simplesmente fiquei parada o olhando e possivelmente corando ainda mais.

-Tenho que voltar pro dormitório! – lhe disse.

Quando o método “ataque” não dá certo, a gente tenta o “fuja”.

-Tudo bem!

Ele me estendeu a mão e ajudou-me a descer da mesa, depois pegou a musica que estava em cima da mesma.

-Você não precisa mais dela. – sussurrou pra mim.

-Mas eu a quero, como uma lembrança de algo que não vai voltar! – eu respondi baixinho.

Ele sorriu e me entregou a partitura. Sai da sala o mais rápido que pude.

Talvez esta noite eu tenha me arriscado de mais, mas no fundo eu estava gostando de ser apenas a Pan, sexy, forte e Sonserina, mas não má!


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Notas finais do capítulo

espero que gostem, é um de meus favoritos!
bjus, agora só posto segunda!