Malfeito Feito II escrita por Miller


Capítulo 16
Bienvenue à Paris (pt. I) - Capítulo Quinze.


Notas iniciais do capítulo

Notas lá embaixo :3



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Marlene McKinnon

– Até quando você pensa em ficar desse jeito? – Lene perguntou para Dorcas.

As duas estavam sentadas em frente à escola, com mochilas pesadas nas costas, esperando por Lily para poderem pegar o ônibus escolar que as levariam até o aeroporto.

– Eu não estou de jeito nenhum – Dorcas respondeu.

A antiga e animada Dorcas, aquela que fazia as mais diversas loucuras – incluindo simpatias assassinas – não parecia existir mais. Dorcas estava mais séria, menos engraçada e pior: parecia um morto vivo. O rompimento com Remo não foi uma coisa boa para nenhuma das partes.

– É claro que você está de um jeito: você parece morta Dorcas! – Lene disse. – Cadê minha amiga divertida e engraçada? Cadê aquela garota que estava sempre animada, e que metia tanto a mim quanto Lily nas maiores loucuras? Eu sinto saudade dela...

Dorcas deu um forte suspiro.

– Eu não sei onde ela foi parar – Dorcas disse. – Mas eu também sinto falta dela – ela disse.

– Você precisa falar com Remo – Lene disse. – Você, assim como outros milhares de pessoas, viu o vídeo onde ele acabou com a vadia. Sem falar que você devia acreditar nele D'. Ele te ama, está na cara que sim.

Dorcas apenas respirou fundo e levantou do chão.

– Lá vem a Lily – ela apontou, obviamente desviando do assunto.

Lene também se ergueu da calçada e olhou para onde ela estava apontando.

Realmente era Lily quem estava vindo na direção das duas.

– Hey meninas! – Lily cumprimentou as duas quando chegou onde elas estavam.

– Hey Lil' – Lene e Dorcas disseram.

Lene foi até a amiga e tocou na sua barriga.

– E como vai o bebê da titia? – ela perguntou.

– Vai bem - Lily disse. - Semana que vem, depois de voltarmos de Paris, vamos tentar fazer a ultrassom novamente – ela passou a mão carinhosamente pela barriga proeminente. – Está realmente difícil de saber o que é. James diz que é uma menina, porque não quer mostrar as partes.

As três riram. Até mesmo Dorcas que parecia incapaz desse feito ultimamente.

– Mas então, vocês pareciam estar brigando quando eu estava vindo – Lily disse e olhou para as duas. – O que foi?

– Nada – Dorcas reclamou.

– A Dorcas – Lene disse.

Os olhos muito verdes de Lily se voltaram para a loira em questão.

– Você sabe que ele não vai te esperar por toda a eternidade – ela disse séria.

– Eu sei – Dorcas murmurou. – Mas há algo que me impede de voltar – ela disse. – E eu não sei o que é. Tenho medo de que se eu conversar com ele, ai sim todas as nossas chances irão por água abaixo.

– Mas se você não falar com ele, vão continuar nesse impasse ridículo e por fim ele vai desistir de você D’ – Lily repreendeu.

– Vocês não entendem – Dorcas resmungou.

– Eu não entendo? – Lily perguntou incrédula. – Você lembra tudo que eu sofri o ano passado depois de ter beijado James na festa da Clair? Lembra de todo aquele chove e não molha? Por Deus, eu pensei que fosse enlouquecer de tanto discutir com James – ela jogou as mãos para cima. – E você vê, se eu não tivesse corrido atrás dele... Bem, talvez nada disso tivesse acontecido – ela indicou a barriga e o anel na mão esquerda. – Mas eu também não estaria tão feliz como hoje.

Os ombros de Dorcas caíram e seus olhos se encheram de lágrimas.

– Eu não quero mais falar sobre isso – ela disse e deu as costas para as duas, caminhando em direção ao ônibus amarelo que estava do outro lado da rua.

– Eu não gosto de vê-la assim – Lene resmungou. E não gostava mesmo. Era esquisito demais ter Dorcas como a depressiva do grupo. Geralmente era a loira quem fazia ela e Lily rirem quando estavam tristes.

– Ela precisa entender sozinha Lene – Lily disse. A maturidade com o fato de ser mãe e estar casada tão cedo havia aflorado nos últimos meses na ruiva. – Nós já tentamos de tudo o quanto era jeito a fazer enxergar os fatos. Agora é a vez de ela escolher o que quer.

– É – Lene concordou. – Bem, é melhor irmos pro ônibus de uma vez, antes que nos deixem aqui – ela disse. – E eu não perderia por nada nesse mundo uma excursão de graça para Paris. Sirius que se prepare, porque ele vai ter de me comprar um presente bem bonito de lá.

– Pobre Sirius – Lily balançou a cabeça, rindo, enquanto as duas entravam no ônibus.

– Como se você não fosse pedir alguma coisa para o James também, como daquela vez que você fingiu estar com desejo de roupa nova apenas para ele te dar uma blusa que você estava cobiçando – Lily ficou vermelho escarlate quando Lene disse isso.

– Hey! Eu não estava fingindo! Eu realmente estava desejando aquela blusa! – Lene riu.

As duas sentaram nos últimos bancos do ônibus, ao lado de Dorcas que estava com seus fones de ouvido no volume máximo.

Lene arrancou os fones da garota.

– Hey!

– Escuta aqui mocinha – e ela apontou o dedo para Dorcas. – Você até pode ficar toda tristonha e tudo o mais, eu entendo, mas você não vai nos ignorar a viagem inteira! – ela disse e apontou para Lily. – Lily está com desejo de que você converse conosco! E você não pode negar um desejo desses, a menos que você queira que o nosso afiliado nasça autista. Eu não te perdoaria por isso – Lene arqueou uma sobrancelha.

– Eu muito menos – Lily concordou.

Dorcas não pôde fazer nada além de sorrir.

A viagem até o aeroporto foi realmente divertida.

Dorcas Meadowes

Dorcas tinha total consciência de que não estava agindo certo ao ficar ignorando Remo. Mas o que ela podia fazer? Por mais que o amasse e que quisesse ficar com ele, ainda estava muito magoada por causa do acontecimento na última festa da Clair. Sem falar no depois da festa. Onde o taxista a seqüestrou. Dorcas sentia um calafrio só de lembrar.

Remo havia sido lindo e muito fofo se preocupando com ela quando Dorcas ainda estava no hospital, mas a lembrança de ele beijando outra, especialmente a outra sendo Emmeline Vaca-Vance, ainda fazia o coração dela se contrair de dor.

Sabia, assim como suas amigas disseram, que poderia perdê-lo se continuasse agindo assim. E isso doía mais do que qualquer outra coisa.

Talvez devesse tomar uma atitude.

Não!

Não teria nenhum talvez apenas o com certeza.

Com certeza deveria tomar alguma atitude.

Mas o que?

Bem, Dorcas, você está indo para a cidade do amor, dã! Talvez lá você tenha alguma idéia.

– Paris! – Dorcas exclamou feliz abrindo os braços e batendo em alguma coisa quando uma grande idéia brotou em sua cabeça.

– Outch! – a voz de Lily saiu meio abafada. Dorcas olhou para o lado e viu que havia acertado Lily na cabeça, deixando uma marca avermelhada próxima a sua testa. – Eu sei que Paris é o sonho de quase todas as garotas daqui desse ônibus Dorcas, mas precisava me bater?

– Me desculpe – Dorcas pediu corando um pouco. – É só que eu tive uma idéia.

– Idéia? – foi a vez de Lene perguntar.

– É, e eu vou precisar da ajuda de vocês – Dorcas disse, um sorriso que há muito tempo não aparecia, brotando em seus lábios.

– Sabe que eu tenho muito medo desse seu sorriso? – Lene resmungou.

– Contando que não existam mendigos, asma e nem cuecas eu estou dentro – Lily disse.

– Sem cuecas, por favor! – Lene pediu.

Dorcas riu e contou o que queria para as amigas.

Remo Lupin

– E então a Lily te convenceu a deixá-la vir? – Remo perguntou para James, enquanto desciam do ônibus no aeroporto.

– É ela me fez ver que eu estava sendo um idiota – James disse. – Sem falar que se eu tivesse deixado ela aqui, ficaria bem mais preocupado.

– Supondo que ela ficasse aqui – Sirius disse enquanto pegava as malas do bagageiro.

– O que você quer dizer? – James perguntou.

– Ah, Jamie, fala sério, você conhece a sua ruiva mais do que a gente e eu tenho certeza de que, sendo mais teimosa do uma mula, e me desculpe pelo palavreado, Lily JAMAIS ficaria aqui entalada com a possibilidade de você ir para Paris sozinho – Sirius disse, passando um braço pelos ombros de James.

– Bem, Sirius tem razão – Remo disse, abraçando James pelo outro lado. – Seria uma cena realmente hilária ver a sua cara quando chegássemos a Paris e Lily estivesse lá com suas amigas.

James bufou e Remo e Sirius riram do amigo.

– Bem, de qualquer forma, isso não importa – James deu de ombros. – Pelo menos a gente voltou a ficar bem – ele disse. – Já fazia mais de uma semana que vínhamos discutindo por causa desse jogo. E eu que pensei que as discussões não poderiam ser tão terríveis quanto antes – ele estremeceu.

– Mas se vocês não discutissem – Sirius disse dando de ombros. – Então vocês não seriam James e Lily, não é mesmo? Eu realmente me divertia com as discussões de vocês. “Você é um imbecil, Potter! É incrível que a cada dia que passa você consiga atingir um nível ainda mais alto de idiotice” – Sirius imitou a voz de Lily.

– “E você, Evans, que é tão sem sal que nem mesmo o professor Binns iria querer ter alguma coisa com você” – Remo imitou James. – Realmente, nós temos que admitir, ela tinha respostas mais legais que as suas James.

James bufou novamente.

Outro ônibus escolar amarelo estacionou no aeroporto.

Lily e Lene desceram e sorriram ao vê-los ali. Ou melhor, sorriram ao ver seus namorado e marido ali. Remo sentiu-se um intruso quando os dois amigos foram de encontro a elas e as beijaram.

Era estranha a sensação de vazio que aquela cena o fazia sentir. E dolorosa também.

No ano anterior, quando ele havia terminado seu relacionamento com Emmeline, nunca se sentiu assim quando via seus amigos com outras garotas, mas agora...

Bem, agora era diferente. Remo nunca havia gostava verdadeiramente de Emmeline, mas com Dorcas era completamente diferente porque ele a amava.

Infelizmente Dorcas não pensava o mesmo que ele. Ela vivia fugindo de Remo quando ele tentava conversar. E ele não fazia mais idéia do que fazer.

Bem, você está indo para Paris. Isso realmente não lhe dá nenhuma idéia?

– Paris – ele sussurrou com um pequeno sorriso curvando seus lábios. Bem, talvez houvesse uma saída. Só precisava da ajuda de James e Sirius para isso.

Lílian Evans

Depois de deixarem as malas para serem levadas até o avião, ela, Lene, Sirius, James, Remo e Dorcas – e esses últimos nem pareciam se olhar, embora alguns olhares furtivos fossem trocados – entraram no avião, junto com todos os outros alunos que participariam da competição.

A viagem foi bastante tranqüila e como Lily foi sentada ao lado de James, os dois passaram a maior parte do tempo conversando sobre as previsões para o jogo. O bebê estava um pouco agitado e James sorria a cada vez que ele mexia em sua mão. Pelo que parecia os dois haviam feito as pazes.

O vôo não foi muito longo e logo a aeromoça anunciou a chegada iminente em Paris em três idiomas.

Assim que o avião pousou – e Lily ficou extremamente feliz que não sentia enjôos – eles desceram e pegaram suas malas, os garotos tendo de se separarem delas para pegarem o ônibus do time de futebol que estava esperando. Ela e as lideres de torcida pegariam outro que as levaria para a escola também.

Dorcas parecia bastante nervosa, e Lily entendia o porquê, dado ao fato de que ela tinha um plano em mente – e graças a Deus não envolvia cuecas.

Lene veio saltitante para o lado delas e as três entraram no ônibus.

As paisagens eram lindas. Eram perfeitas para um casal apaixonado.

Um pouco antes de chegarem à escola, a Torre Eiffel foi vista ao longe.

– Bienvenue à Paris, garotas – Lene disse.




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Notas finais do capítulo

PRIMEIRO: Sinto informar - e realmente sinto mesmo-, mas esta fanfic está em fase final. Apenas mais CINCO(5) capítulos para o fim.
SEGUNDO: Eu realmente gostaria, como estamos na fase final dessa história, que vocês comentassem mais. Ao leitores fantasmas: NÃO CUSTA NADA DEIXAR UM REVIEW, SEM FALAR QUE ISSO IMPULSIONA UM AUTOR A CONTINUAR A ESCREVER.
TERCEIRO: Como o próximo capítulo está pronto - sim - eu quero pelo menos 25 reviews para postá-lo rapidinho.
QUARTO: O que acham de deixarem recomendações? *--*
E QUINTO: Espero que tenham curtido o capítulo!
Beijos e até o próximo post :)