Youre The Only One Who Can Save Me escrita por itsClaraMalik


Capítulo 11
His Smile Is My Biggest Weakness


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, prometo tentar voltar a postar todo dia de novo :)



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Justin ficou comigo até a hora do almoço, quando ele disse que sua mãe estava esperando ele em casa.

Aquilo já estava começando a virar uma coisa comum, ele sempre ia embora logo, estava tão comum quanto minhas pernas ficavam bambas quando ele sorria diretamente para mim.

Mas apesar de seus mistérios, Justin tinha todo aquele ar de garoto fofo. Ele parecia ter saído de um conto de fadas daqueles em que só crianças acreditam, os mais mágicos e eu tive sorte de encontrá-lo. Ou melhor, dele ter me encontrado.

Arrumei a casa, o que não foi tão boa idéia, pois ir ao quarto dos meus pais me trazia todas as lembranças de uma vez, eu não estava preocupada pra enfrentar isso, mas tentei.

Depois peguei o telefone e liguei pro meu trabalho, depois de tudo o que acontecera, nem sequer havia dado satisfação e apesar de aquele lugar me sustentar agora, eu iria me demitir. Não era apropriado para uma garota de 16 ficar no meio de muitas pessoas bebendo o tempo todo.

O dono do bar atendeu, ele sempre me tratou bem e lamentou muito a grande perda que eu tive, a conversa não durou muito, ele disse que se eu precisasse de algo era só falar com ele, mas claro, meu orgulho sempre falava mais alto e eu nunca faria isso.

Olhei para o relógio digital do aparelho de som na sala, e percebi que eu tinha que ir me arrumar, pois iria até o parque para ver meu mais novo amigo Chris.

Por mais que estar com Chris fosse bom, nada superava o efeito que Justin tinha pra me fazer rir, ou para fazer meu coração bater descompassado.

Subi para meu quarto, tomei um banho rápido, escovei os dentes e fui até o guarda-roupa, não queria vestir nada muito extravagante então coloquei um short jeans e uma regata rosa clara, junto a uma sapatilha amarela. Amarrei meu cabelo em uma trança e desci.

Saí de casa alegre, talvez a Mel tivesse razão, as coisas iam mudar para mim, na verdade, já estavam mudando.

Todos ao meu redor pareciam mais felizes, e agora o Sol estava começando a aparecer mais. Até mesmo as nuvens pareciam estar contribuindo comigo.

Era inevitável conter um sorriso, as pessoas poderiam pensar que eu fosse uma louca, mas eu precisava me expressar de alguma maneira, qualquer que fosse ela.

Cheguei ao parque e fui logo para o lago, eu ia esperar o Chris por lá mesmo.

Hoje havia muito mais crianças por lá, todas elas brincando, atrevi-me a lembrar de como era ser uma criança, sem todos os problemas, sem as preocupações e ficar o tempo todo sorrindo, sem ter o que impedir.

Pensar nisso foi o que mais mexeu comigo, se pudesse, não cresceria nunca, somente para não passar por esse sofrimento.

Observei mais e avistei Chris sentado na grama, na mesma árvore em que estávamos ontem, sorri pra mim mesma e fui até lá.

Ele estava observando as crianças, do mesmo jeito que eu estava antes de vê-lo.

-Pensando? – Perguntei me abaixando junto á ele.

Ele rapidamente virou assustado, mas logo em seguida sorriu pra mim.

-É eu estava pensando em quando eu ainda era criança. – Ele falou olhando fixamente para suas mãos.

-Até parece que foi a uma eternidade do jeito que você está falando. – Ri, ele corou e continuou olhando as pessoas que estavam ali.

-O que foi? Você parece triste... – Falei percebendo que ele não estava mais animado e tagarela como ontem.

-Anh... Não é nada. – Ele falou hesitante.

-Ah, vai, me conta. – Falei insistindo.

-Não é nada, é besteira... – Ele falou forçando um sorriso.

-Tudo bem então. – Falei sorrindo também.

-O que você quer fazer, Kris? - Ele perguntou levantando.

Pensei um pouco e logo levantei, com uma ideia na cabeça.

-Sabe onde eu nunca mais fui? - Perguntei, era mais como uma pergunta retórica, ele balançou a cabeça negativamente. É claro que ele não saberia, nós nos conhecíamos há apenas dois dias.

-No Playground. - Falei sorrindo.

Eu realmente nunca mais tinha ido lá, no parque tinha um, era tão legal ficar lá.

-Você só cresceu por fora, não foi? - Chris perguntou rindo, o acompanhei e depois assenti, ainda rindo.

O único problema era que ficava no lado oposto do parque, eu não me incomodava de andar, mas talvez o Chris sim.

-Você quer ir lá ou tem uma ideia melhor? - Perguntei.

-Não, eu gostei da sua ideia e também faz um bom tempo que eu não vou até lá. - Ele falou pegando minha mão e começando a andar.

Andamos até lá conversando e tomando o sorvete que compramos no começo do nosso pequeno trajeto até o parque.

Comecei a avistar muitas crianças brincando juntas e deduzi que estávamos mais perto. Seria estranho pra mim estar no parque, uma garota grande junto a muitos pequenos, sem contar com o Chris que também contava como um pequeno.

-Tem certeza de que quer continuar com essa ideia? De repente a gente pode jogar alguma coisa. - Falei nervosa quanto à ideia que eu tive de ir até o Playground. Chris riu e continuou me puxando, como se essa fosse a resposta.

Chegamos a um grande cercado azul claro, o gramado mais verde, talvez sintético e vários brinquedos. Balanços, escorregas, castelos, eu estava me sentindo um gigante perto de todos aqueles brinquedos em miniatura.

Abrimos o pequeno portão embutido no cercado e entramos.

Várias perguntas se passaram em minha cabeça, mas a que eu mais dei atenção foi "Será que isso não é um crime?", na verdade, não deveria ser, mas não parecia muito certo.

Christian saiu correndo em direção aos balanços, só havia dois deles, os outros estavam quebrados.

Eu fiquei parada, esperando para ver o que exatamente ele ia fazer.

Ele sentou e colocou a mão no outro, me chamando.

Sem nem pensar ou me importar, saí correndo também, sentei e depois nós ficamos apostando quem balançava mais alto.

Algumas crianças estavam nos olhando com medo, as outras ignoravam e continuavam brincando.

-Chris, estou ficando cansada. - Falei em meio a risos.

-Ah não! Agora você não vai mais sair daqui! - Ele falou pulando no ar, eu sempre tive medo de me machucar fazendo isso, por isso nunca o fiz, depois ele foi até o meu balanço e empurrou mais forte. Eu gritei e ele riu mais ainda, empurrando muito mais forte.

Nós ficamos rindo como dois loucos, até que ele resolveu parar.

-Obrigada, meu estômago já estava revirando. - Falei descendo do balanço.

Ele riu mais um pouco e depois olhou para um relógio em seu braço. 

-Kris, eu tenho que ir, minha irmã já deve ter chegado. Mas eu adorei passar essa tarde com você. - Ele falou me dando um beijo na bochecha e um abraço. 

-Ah, eu também adorei. - Falei sorrindo.

-A gente podia fazer outra coisa juntos. - Ele falou também sorrindo.

Assenti em resposta.

-Toma, esse é o número do meu celular. - Ele falou me entregando um pedaço de papel.

Depois ele saiu andando e eu fui para o outro lado, eu iria pra casa também.


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Notas finais do capítulo

Só isso por hoje, amanhã não sei se consigo postar, mas prometo que assim que der eu posto.Beijos ;*