Chegar em casa e contar a Charlie sobre a minha mudança para a Flórida não foi nada fácil. Mas Forks não era o meu lugar.

 - Mas porque, Bella? - Charlie quis saber.

 - Forks não é o meu lugar! Nunca foi... Eu quero o sol... Estou com saudade de mamãe... - falei.

 Charlie ficou em silêncio por um tempo, o que me deixou meio que preocupada, mas deixei a preocupação de lado e esperei ele dizer alguma coisa.

 - Bom, tudo bem então... - mesmo ele concordando, eu percebi a tristeza em sua voz. - Se é isso que você quer... - ele abaixou a cabeça.

 - Me desculpe, pai - eu disse indo até ele e o abraçando.

 - Tudo bem - ele disse dando um sorrisinho falso e retribuindo meu abraço. - E quando pretende ir? Eu te levo até Seattle.

 - Ahn, acho que depois de amanhã... - falei.

 - Ok. Já vou providenciar as passagens... Já ligou para Renée?

 - Não, vou ligar. - fui até o telefone e disquei o número que eu já sabia de cór.

 Depois de três toques ouvi a voz da minha mãe num "Alô?".

 - Oi, mãe?!

 - Ahh, oi, Bella! Que saudades de você! - ela disse.

 - Eu também, mãe - disse.

 - E então? Quando pretende vir para cá? - ela quis saber.

 - Depois de amanhã.

 - Ahh sério? - ela perguntou surpresa.

 - Sim... Vou voltar para a Flórida... - falei, decidida.

 Entrei no carro. As bagagens já estavam guardadas e Charlie me esperava lá.

 Fomos em direção ao aeroporto de Seattle em silêncio, o que era meio que desconfortável.

 Enfim chegamos ao aeroporto. Charlie e eu fomos em direção ao porta malas do carro.

 - Bella - ele disse virando-se para mim - Saiba que vou sentir muito a sua falta.

 - Eu também, pai... Deveria ir para Jacksonville nas férias! - sorri.

 - Me parece uma ótima idéia! - ele sorriu e abriu os braços, esperando um abraço.

 Fui em sua direção e lhe dei um abraço forte.

 - Obrigada, pai... por tudo... - eu agradeci.

 - Não foi nada, Bells. Sempre será mais do que bem-vinda aqui. - ele sorriu e olhou para o seu relógio de pulso. - Acho bom nos apressarmos. Seu vôo sai daqui a 10 minutos.

 Charlie me ajudou a pegar as bagagens do carro e levar até o avião. Quando cheguei na porta do avião, Charlie disse: - Bom, acho que essa é a parte em que eu digo "tchau" - ele sorriu tristemente.

 - Pai... - o abracei. - Não fique triste. Ainda vamos nos ver. - sorri para ele.

 - Tudo bem, querida. Agora vá.

 Obedeci. Enquanto subia as escadas do avião, ouvi Charlie dizer um "Eu te amo". Virei-me e mandei um beijo à ele.