A Procurada escrita por Mariana_Black


Capítulo 43
Recomeço - PV Renesmee


Notas iniciais do capítulo

Pois é gente eu sei que mais uma vez demorei, mas não me intendam mal. estava realmente difícil escrever o capitulo. Mas finalmente ele chegou =D e apesar da demora por favor não me abandonem!
Enfim... eu estava dando uma olhada nos primeiros capítulos e eu tive que rir um pouco, principalmente ao ver como eu cresci e como meus textos mudaram ao longo da fic. Pois é, não parece mas já se foram DOIS ANOS de A Procurada. Como o tempo passou não é?
E fico realmente emocionada com o apoio de vocês que nunca me abandonaram e fizeram da fic o que ela é hoje. Muito obrigada a todas. sem vocês eu não seria nada. E obrigada por dar a essa iniciante escritora uma chance. Afinal é minha primeira fanfic. Porém espero escrever outras pra perturbar vcs mais um pouquinho rsrs
Mas então sem mais delongas...
Boa leitura e não deixem de comentar viu
bjocas



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PV de Renesmee


Quer saber a única coisa que vejo em mim?

Marcas.

E sabe tudo o que eu mais quero?

Esconde-las

Essas marcas que estão em cada pequeno canto de meu ser. Elas! estão me destruindo a cada dia

A cada segundo

E sabe o que eu vou fazer?

Nada

Apenas as deixarei entrarem mais profundamente

Por quê?

Eu simplesmente mereço


– Tem certeza de que quer ir embora? - ouvi Analia dizer trazendo-me de volta a realidade.

Olhei para ela e vi que a mesma estava com uma expressão triste no rosto e confesso que aquilo me abalou. Mas não podia prolongar mais o inevitável. Eu não podia ficar ali para sempre. Eu não devia.

Eu já havia ficado bastante tempo naquela casa. Agora era hora de voltar a corporação, a minha vida. Do contrario Hans mandaria algum dos seus capangas virem atrás de mim e me levariam a força e eu não deixaria eles tocarem em nem um fio de cabelo sequer de Anália.

Pois é, Renesmee Cullen se preocupa com alguém além de si mesma. Estranho, mas verdade

– Tenho. – disse arrumando minha mala que estava em cima da cama, não que houvesse muita coisa para ser arrumada, eu apenas não agüentaria olhar para aquela velhinha que me ajudara tanto, sem me arrepender de ter entrado em sua vida - Eu preciso voltar para a minha faculdade, minha família, estão todos me esperando. - completei obviamente mentindo para ela. Coisa que eu sempre fui boa. Mentiras.

Anália apenas sorriu tristemente e disse:

– Bom se é assim eu te levarei até Seattle para poder pegar o avião para onde quer que vá.

Assenti levemente com a cabeça e voltei a guardar minhas peças de roupa. Assim que eu chegasse ao aeroporto iria me encontrar com John. Ele me levaria de helicóptero para a corporação. Não correria o risco de pegar um avião, já que provavelmente minha foto deve estar espalhada por todos os lugares dos Estados Unidos.

Guardei absolutamente tudo e me virei para ela segurando a mala em minhas maos

– Saiba que foi muito bom ter você aqui comigo. Você é como se fosse minha neta.- ela disse com a voz embargada e em seguida me abraçando.

Confesso que fiquei um pouco desconcertada com aquilo, era como se ela transmitisse a tristeza que havia nela para mim, porque agora era eu quem estava ficando triste, podia sentir que ia chorar a qualquer momento, então decidi acabar logo com aquilo.

– Obrigada Anália, você é muito gentil comigo

Ela se separou de mim e disse:

– bom, tenho que terminar o almoço...


Apenas assenti levemente com a cabeça enquanto via Anália sair do quarto e permiti-me ficar por ali mais algum tempo e recordar das coisas que aconteceram neste mesmo lugar e foram tantas, que a maioria eu não lembro ou então pretendo esquecê-las.

De uma coisa estou certa, quanto mais longe de mim Anália ficar melhor.

Levantei a cabeça, ainda com a mala em minhas mãos e desci as escadas pela ultima vez. Odeio admitir, mas sentiria falta daquele lugar. Não sei, pode ser loucura, mas eu me senti amada ali, se eu me permitisse fechar os olhos podia sentir a brisa que vinha da janela, a comida recém saída do forno e o calor aconchegante daquela casa. Por um momento, apenas por um momento eu me senti em casa.

– minha filha? – Anália vinha lentamente em minha direção balançando a cabeça – aonde você pensa que vai de barriga vazia? Nada disso, não irá sair sem antes comer o que eu preparei especialmente para você

– Anália não precisava – disse enquanto ia sendo empurrada cozinha adentro

– lasanha! Espero que goste, é uma receita de família. Eu fiz com muito amor

Apenas sorri timidamente, coloquei minha mala no canto da cozinha e sentei-me na cadeira e logo após pude ver Anália se aproximando com dois pratos na mão e em seguida colocando um deles perto de mim e se sentando. Vejo que a lasanha está com um aspecto tão bom que posso ouvir meu estômago roncar em protesto e ao fundo ouço Anália soltar uma gargalhada.

Começo a comer e percebi que estava realmente faminta e em alguns minutos eu já havia terminado a minha refeição, como que de costume olhei para o meu relógio de pulso e vi que estava um pouco atrasada para me encontrar com John, levantei-me rapidamente da cadeira e peguei minha mala, que na verdade era uma mochila com minhas poucas roupas.

– er... obrigada pela comida, estava ótima

– sem problemas minha filha - abri um sorriso e fiquei olhando para seu rosto

– bom, eu tenho mesmo que ir, do contrário perderei o vôo

– ah sim sim, não quero fazer você se atrasar. Vou pegar a petúnia

– quem? – ela deu uma risada gostosa pela minha confusão e foi logo se explicando

– meu carro – com essa eu tive que rir, um carro que tinha nome. E de petúnia

– volto logo – e Anália saiu cozinha a fora, impressionante como uma velhinha ainda dirigia

Fiquei olhando aquela cozinha por mais um momento e segui para a sala onde dei mais uma olhada, guardando os pequenos detalhes em minha mente, pois sabia que nunca mais voltaria a vê-la e nem a este lugar. Sentiria falta.

– vamos? – Anália apareceu como num passe de mágica me dando um susto – desculpa – falou sapeca

Sorri e a acompanhei até a “petúnia” que a propósito era rosa

Sentei-me no banco do passageiro e tão logo a paisagem passava como um leve borrão na janela do carro de Anália.

Suspirei e pensei no quanto tudo havia mudado radicalmente, talvez se eu tivesse ouvido o conselho de Rosalie e não seqüestrasse Jake eu provavelmente estaria na corporação treinando os novatos ou então matando alguém em qualquer lugar de Nova Iorque.

O tempo parecia se arrastar, mas pelo o que parecia eu estava enganada e quando eu menos percebi e ergui os olhos nós já estávamos paradas de frente ao aeroporto de Seattle e pensei interrogativamente em como o tempo poderia ter passado tão rápido. Eu me despediria de Anália e seguiria para dentro do aeroporto para me encontrar com John.


– Bom, eu acho que é aqui que nos separamos. - disse quebrando o silêncio.

Anália apenas assentiu com a cabeça, pegou algo em seu bolso e colocou em minha mão, eu podia sentir o tecido felpudo da pequena caixinha em minha mão, não poderia aceitar aquilo. Mesmo sem saber o que era.

– Eu não posso aceitar.

– Eu faço questão que aceite, era da minha neta e deu a ela muita sorte, espero que te dê sorte também. - ela disse esboçando um meio sorriso quando terminou de dizer.


Sorte era uma coisa que eu não tinha há um bom tempo. Definitivamente estava precisando. Não que eu acreditasse muito nisso, mas é uma coisa a se ...repensar...



– mais uma vez... obrigada por tudo

– não tem de que. Uma velha como eu não tem muito que fazer, foi bom ter um pouco de alegria naquela casa. Sabe, estou pensando em comprar um gato.

– pelo o que sei cachorros são mais simpáticos – Anália pareceu pensar um pouco até que finalmente disse

– que sejam os dois então! – falou jogando as mãos para o alto. Dei um pequeno sorriso e antes de sair do carro abracei aquela senhora que havia sido tão condescendente comigo.

– nos vemos em breve minha filha

– nos vemos em breve – disse mesmo sabendo que aquilo não era verdade. Eu nunca mais iria ver Anália. Talvez se eu não levasse essa vida... mas como levava, estava condenada. Anália sorriu e acenou com as mãos, e eu prontamente fiz o mesmo. E se foi.


Virei-me e adentrei o local já caminhando pelos saguões um tanto cheios do aeroporto de Seattle, até que de repente sinto alguém envolver minha cintura e como sempre eu já estava pronta para dar um soco em quem estivesse fazendo isso quando logo ouço a voz de John inundar meus ouvidos:

– Nunca pensei que fosse ver Renesmee Cullen andar em um fusca totalmente velho e rosa.

Virei-me de frente para ele e percebi que havia mudado um pouco, seus cabelos castanhos estavam um pouco longos, mas não o suficiente, também estava mais alto, como se ele já não fosse alto o suficiente e seu olhar parecia mais maduro, eu não sabia explicar.

– Não fale assim da petúnia. - disse rolando os olhos.

Ele ficou um tanto surpreso com o que eu disse, deu um meio sorriso amarelo e disse:

– Você mudou

– pessoas mudam...

– pessoas. Não você

Dei de ombros e procurei não demonstrar o incômodo que senti ao ouvi-lo dizer aquilo.

– bom, acho melhor irmos – falei

– é, também acho. Meu pai não está nem um pouco contente com a sua demora. – só de pensar naquele cafajeste meu sangue ferveu de raiva

– ele já me destruiu não é já teve o que queria, então acho justo ter um tempo. Não que o seu pai conheça essa palavra – John me olhou dos pés a cabeça e pegou minha mala sem dizer nada. Ele não era muito fã do pai, mas ainda assim era seu pai


Andamos por um bom tempo até pararmos em uma porta de acesso restrito. John adentrou e eu o segui. Logo comecei a ver uma claridade surgindo ao fundo e quanto mais caminhávamos mais parecia intensa. Meus ouvidos podiam captar um barulho de motor forte e muito vento que se continuasse eu teria certeza de que ficaria surda

– toma, Poe isso- ele me deu uma espécie de fone que assim que coloquei diminuiu drasticamente o barulho. Vi que ele tinha posto o mesmo fone e que agora tinha um rádio em suas mãos. Parecia estar falando com alguém.

Não sei ao certo o quanto andamos até que pude ver um helicóptero parado diante de nós. Estávamos na pista de decolagem.

Fomos até ele e John abriu a porta me permitindo entrar. Ele ainda demorou um pouco para entrar e pelo que vi estava falando com um homem. Assim que entrou trocou seu fone colocando um que estava preso ao helicóptero mexendo em vários botões e falando em um rádio também preso ao mesmo. Sem que eu percebesse já estávamos levantando vôo.


Pelo que pude perceber John havia mudado um pouco, e se ele havia mudado logo os outros também haviam mudado. Por um momento eu realmente percebi que havia passado muito tempo longe da corporação, lugar onde passei tantos anos de minha vida.

Conseguia observar a paisagem de Seattle pela janela do helicóptero e parecia que havia sido ontem que eu estava chegando a forks com John, Rosálie e Jacob como refém. Confesso que era um tanto estranho pensar nisso, havia acontecido tantas coisas desde então...

Balanço minha cabeça e olho para minhas mãos, vejo que ainda estou segurando a caixinha que Anália havia me dado e que eu não tinha aberto. Seguro ela agora com as duas mãos e a abro revelando um cordão imensamente bonito, sua alça era de couro e seu pingente estava virado para baixo, escondendo o que estava na frente. Virei-o e arfei ao ver o que estava em destaque.

Um lobo. Um lindo lobo.







Continua...



Foto do colar: http://img.ibiubi.com.br/produtos/9/9/5/9/7/7/8/1/img/01_medalhao-pingente-crepusculo-lobo-e-cordao-de-couro_grande.jpg


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Notas finais do capítulo

e ai? gostaram?
espero que sim!
comentem muuuuitoooo
até a próxima
bjus