Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs


Capítulo 5
Primeiro contato e Carlisle cullen


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer,como sempre, as leitoras Dycynha, Wilceia, Mandy e Amis pelos comentarios e dedicar esse capitulo a elas. Por favor me avisem de qualquer erro no texto e comentem.



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Aconteceu em apenas um segundo, no mesmo instante em que ele me encarou ele desviou os olhos, voltando a conversar com Jessica, que talvez nem tivesse percebido sua reação, mas seus olhos continuavam negros.

- Hey Jessica, que bom te ver. Como foram suas férias? – Sua voz era baixa e grave, do tipo que te deixa hipnotizada.

- Não foram tão boas sem você Baby. – Lutei para não deixá-la perceber o quanto eu achei a cantada barata.

Angela deve ter pensado o mesmo, pois engasgou e deixou cair a pena que estava em sua mão, já Lauren nem prestou atenção, estava com a mente muito longe enquanto babava com a visão do vampiro. Edward ia responder a Jessica, seja lá o que for que se responda a uma coisa dessas, mas a professora mandou todos sentarem para iniciar a aula. E foi uma longa e constrangedora aula, a professora Granger conseguia ser simpática e firme ao mesmo tempo e sua aula não era chata, mas eu tive a impressão de ser encarada o tempo todo e não tive coragem de me virar para ver quem era. “É só minha imaginação fértil agindo outra vez.”, disse a mim mesma.

- Na próxima aula, - ouvi a professora dizer quando voltei a terra – vocês devem trazer seus animais para treinarmos a transfiguração, certo? Podem ir agora.

Todos os alunos concordaram e começaram a guardar as penas e pergaminhos. Eu estava colocando minha pena na bolsa quando Angela esbarrou em um dos seus livros sobre a mesa, fazendo-o cair sobre minha perna, nem me lembrava do roxo na minha cocha até o livro fazer contato com ele, a dor foi intensa e eu pulei da cadeira soltando uma exclamação de dor. Angela pulou também, assustando comigo, e recolheu o livro.

- Desculpa, desculpa, desculpa mesmo! – Ela olhou para mim com os olhos suplicantes. – Você está bem?

- Qual é? Um livrinho desses não deve ter doido tanto assim. – Zombou Lauren, que não parecia gostar muito de mim.

Puxei a saia escolar um pouco para cima, deixando a mostra o enorme roxo que agora latejava contra minha pele. Angela, Lauren e Jessica ofegaram, surpresas.

- Onde você conseguiu isso? – Perguntou Jessica.

- Talvez eu tenha me esquecido de dizer que cai em um daqueles degraus invisíveis na escada. – “Duas vezes”, completei mentalmente, com o rosto corado.

- Seria melhor você ir ver meu pai, pode não parecer grande coisa mais é sempre bom prevenir. – Disse Edward atrás de mim.

Eu pulei, de novo, e abaixei a saia, atrás de mim Edward tinha uma expressão séria, até mesmo preocupada, no rosto. Meu choque foi tanto que não pude processar direito o que ele disse, estava hipnotizada exatamente como eu previ que ficaria.

- Seu pai? – Perguntei me sentindo tola.

- Sim, ele é o médico da escola, assim como madame Pomfrey.

- Você tem razão, farei isso após o almoço, obrigada. – Sorri para ele, meio hesitante.

- Por nada. – Ele sorriu de volta. – Ah, quase me esqueci, você é nova e eu nem me apresentei. Eu sou Edward Cullen.

- Prazer, Isabella Swan, mais todos me chamam de Bella.

Ele estendeu sua mão para mim e eu a segurei, ela era fria e macia, mas eu podia sentir a força contida nela, como veludo estendido sobre aço. Infelizmente ele soltou minha mão rápido demais, me lançou um de seus sorrisos brilhantes e se virou para ir embora, voltando-se apenas para se despedir com um “Até meninas”. Quando ele se afastou o suficiente Lauren e Jessica soltaram juntas o ar.

- Ele é muito gostooooooso! – Lauren disse se abanando.

- Você sabe que ele pode ouvi-la certo? – Perguntei.

- Como se fizesse diferença, ele deve ouvir isso o tempo todo. Que inveja, ele até tocou em você! – Essa inveja não parecia do tipo amigável.

Saímos rindo e conversando da sala, planejando ir direto para o salão almoçar, quando estávamos no topo da escada Megh apareceu correndo e se jogou em meus braços.

- Bella! – Disse entre risadas.

Eu teria rido também se ela não tivesse batido na minha perna, dessa vez a dor foi mais forte e me fez dobrar para frente, gemendo e esfregando a ferida como se pudesse afastar a dor. Megh entrou em desespero, achando que tinha me machucado, igualzinho a uma certa pessoa agora pouco. Será que todo europeu é assim, estressado?

- Você está bem Bella? Eu te machuquei? Desculpa, eu...

- Megh. – interrompi. – Não foi nada, você apenas encostou no machucado que eu fiz quando cai no degrau da escadaria, lembra? Eu ia esperar até depois do almoço para ir até a ala hospitalar, mas estou vendo que com a minha sorte é melhor eu ir agora antes que eu perca a perna.

- Oh, bem... Eu vou com você então, eu acompanhei um menino até lá durante a aula de Herbologia por que ficou cheio de espinhos e por isso seu o caminho.

- Obrigada Megh. – Sorri para ela e me voltei para minhas amigas. – Vocês podem ir almoçar, eu não me importo.

- Se você diz, - disse Lauren – então está bem. Vamos garotas.

Angela até parecia que iria me acompanhar, mas foi arrastada pelas duas garotas escada abaixo, Megh e eu rimos das duas e fomos andando. Como Megh já havia comido, por seu horário livre ser antes do almoço, e eu não possuir o costume de almoçar, nós caminhamos devagar, comentando sobre os professores e as matérias por isso chegamos a ala hospitalar distraídas. Quando abri a porta duas pessoas estavam conversando e pela minha desatenção só pude pegar o final da conversa.

- Não á nada de preocupante nisso senhorita. – Disse a voz masculina.

- Mas eu estou te dizendo, os olhos dele... – A dona da voz de interrompeu quando nos viu.

Eu reconheci a voz feminina imediatamente, por isso não me surpreendi ao ver a professora Granger se virar na nossa direção. Seu sorriso saiu um pouco amarelo, mas ela procurou disfarçar e me cumprimento.

- Olá novamente senhorita Swan, senhorita Campbell. O que as trazem aqui?

- Bem, eu gostaria que o senhor Carlisle desse uma olhadinha na minha perna. – Disse meio envergonhada. – Eu cai em um dos degraus invisíveis da escada e já bateram no meu machucado duas vezes...

- Ela caiu da escada duas vezes – Dedurou Megh, rindo. – E teria caído uma terceira vez se eu não tivesse segurado.

- Bem, - disse o doutor Cullen rindo um pouco, assim como a prof. Granger – Deixe me ver o que posso fazer. Sente-se aqui, por favor.

A professora Granger se afastou quando eu sentei, se dirigindo para a porta.

- Eu já vou indo então, nós conversamos mais tarde doutor Cullen. – Seu tom de voz era significativo e ela saiu sem olhar para trás.

O doutor não disse nada, apenas levantou um pouco minha saia e examinou o machucado e enquanto ele fazia isso eu comecei a reparar nele. Se não contássemos as características da espécie e a beleza absurda poderia ver que Carlisle não era muito parecido com Edward, seu rosto era comprido e gentil, seus cabelos eram loiros e seus olhos eram igualmente dourados ao de Edward. Isso me intrigava muito, eu supus que eles, os Cullens, tomavam sangue médico dos trouxas, eu sabia que eles não atacavam pessoas então pensei assim, mas se era dessa forma seus olhos deveriam ser vermelhos, certo?

- Eu não entendo... – dei voz aos meus pensamentos sem perceber e logo me arrependi.

- O que você não entende Senhorita? – Perguntou doutor Cullen me olhando um breve momento antes de se levantar para mexer num armário de poções no canto.

- Ah... Bem, eu... Eu estava pensando, - comecei constrangida, com o rosto queimando, fazendo Megh olhar curiosa para mim. – o senhor não deve tomar sangue humano doado, como os trouxas quando perdem sangue, por que seus olhos são dourados e não vermelhos. Eu disse que não entendo como eles ficam dessa cor.

- Bem, - começou ele enquanto voltava para o meu lado com um potinho de meleca azul e pegajosa – eu e minha família nos alimentamos de animais, o sangue deles tem uma composição diferente da dos humanos por causa do seu tipo de alimentação, isso deixa nossos olhos dourados. Ah, e quando estamos com fome ou zangados e eles escurecem também.

- Quer dizer que, - pensei sobre o assunto enquanto o doutor melecava minha pele com a gororoba – se você tomar sangue só de herbívoros a cor dos seus olhos ficaria diferente de se você tomasse sangue só de carnívoros?

O doutor Carlisle ficou pensativo e um pouco surpreso com a minha observação, ele observou minha pele absorver a meleca azul enquanto pensava. Megh deixou seu olhar vagar de mim para ele, totalmente entediada com o assunto, mas quando a meleca sumiu totalmente – junto com meu machucado roxo – ele comentou.

- Sabe que eu nunca tinha pensado nisso? – Ele pareceu animado – Talvez eu possa testar sua hipótese, tenho certeza que Emmett adoraria ser minha cobaia...

- Fico feliz que tenha gostado da idéia, mas agora eu e Megh temos que voltar ao salão comunal, às aulas da tarde vão começar e ainda não pegamos nosso material. – Me desculpei.

- Claro, claro... – disse ele distraído, sorrindo e murmurando consigo mesmo.

Quando saímos da ala hospitalar e alcançamos o fim do corredor, Megh soltou de repente.

- Ele é um médico ou um cientista?

- Não sei, acho que ele só achou a idéia interessante.

- Por que a cor dos olhos de alguém seria interessante? – ela perguntou entediada – Eu nem sei por que você estava pensando nisso.

- Foi só um pensamento que me ocorreu ok? Não é como se eu me interessasse por vampiros ou algo assim...

- Sei... – ela me olhou de forma sugestiva.

Ela deixou o assunto de lado e continuamos a caminhar. O resto do dia não foi realmente interessante, aulas, conversas, risos e pequenos acidentes já estavam começando a fazer parte da rotina, eu até me lembrei de enviar uma carta a loja de Hogsmeade pedindo os petiscos para Snow, que eu não iria experimentar de jeito nenhum apesar de ser muito curiosa. O que realmente foi significativo, e assustador, aconteceu a noite quando passei pelo buraco do retrato com Snow, nós fomos diretamente para o sétimo andar, tudo estava tranqüilo e calmo mas de repente Snow chiou alto.

Foi realmente estranho já que eu nunca a tinha visto chateada antes, todos os pelos das suas costas se levantaram e elas se arqueou, emitindo outro chiado alto e agressivo. No segundo seguinte ela disparou corredor a fora, morta de medo e me deixou para trás, eu até tentei chamá-la mentalmente – pois tenho grandes suspeitas que ela ouve – mas foi inútil, algo a assutara demais. Antes que pudesse correr atrás dela eu senti a presença que a de quem a assustou, uma presença já familiar para mim, engoli em seco e olhei para trás com todos os pelos da minha forma animal arrepiados.

“O que eu faço agora?”


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem.



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