Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs


Capítulo 2
Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Mesmo sem comentarios ai está o capitulo 1, por favor leiam e apontem qualquer erro encontrado nos comentarios.



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Estação King’s Cross, 1° de setembro de 2003

Empurrei meu carrinho de bagagens com dificuldade pela estação a procura das plataformas 9 e 10, Dolly havia dito que me esperaria do lado de fora do trem para se despedir de mim, o que era desnecessário já que ela iria para Hogwarts também, e me deixara sozinha para encontrar a plataforma 9 e ½ e eu estava começando a duvidar que poderia fazer isso sozinha.

- Por que não fazem como em Nova York? – Resmunguei comigo mesma – Simplesmente usamos pó de flu e pronto: estamos na estação, mas não, os europeus tinham que complicar as coisas.

Nesse momento avistei uma mulher e sua filha empurrando apressadas seus carrinhos a alguns passos de mim, então pude ouvir quando a mulher disse:

- Corra ou vamos perder o trem para Hogwarts.

Nem hesitei em segui-las e logo estávamos entre as plataformas 9 e 10, observei discretamente enquanto a garotinha  atravessava a parede correndo para poder fazer o mesmo. A mulher pareceu me notar e se virou para mim fazendo com que seus longos cachos acobreados reduzissem e balançassem, seu rosto transbordava bondade.

- Olá querida, está perdida? – Sorriu para mim.

- Não, é só que eu não sei... Não entendo como...

- Como chegar à plataforma? – Eu apenas assenti com a cabeça.

- Não se preocupe. Basta caminhar diretamente para a barreira entre as plataformas 9 e 10. Não pare e não tenha medo de bater nela, isso é importante. Melhor fazer isso meio correndo se estiver nervosa. Pode ir antes de mim.

Agradeci e fiz exatamente o que ela disse, foi extremamente estranho quando atravessei a barreira, num momento havia apenas tijolos completamente sólidos e no outro eu estava em uma plataforma repleta de gente se despedindo e entrando em uma grande locomotiva vermelha. Um letreiro no alto informava Expresso de Hogwarts, 11 horas, fiquei ali parada por um momento imaginando como diabos iria encontrar Dolly no meio de tanta gente e por isso pulei quando a voz da mulher ruiva soou atrás de mim.

- É estranho uma aluna do quinto ano estar com problemas para entrar na plataforma depois de tantas viagens. – Ela parecia rir um pouco.

Olhei para trás e vi que a garotinha tinha se juntado a mulher, ela era igualmente ruiva e bela como uma boneca.

- Sexto ano na verdade. – Corrigi automaticamente – Eu fui transferida dos Estados Unidos para Hogwarts quando me mudei para Londres, é minha primeira vez em Hogwarts.

- Oh, é por isso que você tem esse sotaque, eu deveria ter percebido.

- Eu não tenho sotaque. – Para mim ela que falava engraçado e não pude deixar de corar constrangida.

- Eu acho bonito.

A menininha me pegou de surpresa, olhei para e ela retribuiu o olhar com um sorriso.

- Obrigada querida, desculpe minha grosseiria, nem me apresentei, eu sou Isabella Swan.

- Sou Victória Campbell e essa é minha filha Margareth.

- Prazer em conhecê-las.

Nesse momento avistei duas orelhas pontudas entre a multidão, animada gritei “Dolly”, assustando Victória e sua filha, no momento seguinte Dolly estava do meu lado chorando de alegria.

- Dolly estava tão preocupada com a senhorita! – Soluçou – Dolly não achava a senhorita em lugar algum! A senhorita precisa entrar no trem antes que ele parta, Dolly nem poderá ver a senhorita abrir o presente de Dolly.

- Presente? – Perguntei duvidosa.

- Sim, sim! Este aqui. – Disse me entregando uma caixa média e com alguns furinhos nas laterais.

Eu examinei a caixa por alguns momentos enquanto Dolly cumprimentava minhas novas conhecidas, por um segundo pensei ouvir um chorinho vir de dentro dela, infelizmente Dolly e Victória empurraram a mim e a Margareth para dentro do trem antes que eu pudesse abri-la. Nós acenamos para elas enquanto o trem começava a andar e depois procuramos uma cabine vaga, combinando de viajarmos juntas, e apenas no fim do trem encontramos uma sem garotos barulhentos ou garotas mal encaradas.

- O que você acha que a sua elfa te deu? – Margareth perguntou.

- Dolly não é minha elfa, ela é uma elfa domestica do FALE, nós a vemos mais como uma amiga do que como uma empregada. – Respondi séria, e depois sorri pegando a caixa. – E não faço a menor idéia do que ela aprontou.

Peguei a caixa branca que estava ao meu lado no banco e a coloquei no colo, hesitei um momento antes de abrir para fazer suspense e apenas tirei a tampa quando Margareth fez uma expressão que o faria ela mesma se eu não me apressasse. No mesmo momento nós duas suspiramos de choque e prazer, dentro da caixa havia um lindo filhotinho de gato, tão branco quanto leite fresco.

- Oh meu deus! É tão fofo que parece um mini-pufe!

- Um o que? – Estranhei.

Ela tirou uma bolinha pequena e felpuda de dentro da bolsa que trazia no colo, ela era rosa bebê e imediatamente soltou um guincho de êxtase quando Margareth a acariciou.

- Ela se chama Pulf, comprei a um ano no Gemialidades Wesley no beco diagonal, você deveria ir a essa loja qualquer dia, tudo lá é interessante e divertido, eles tem uma filial em Hogsmeade também.

Eu assenti e voltei a minha atenção para o gatinho dentro da caixa, ao lado dele havia um cartão branco e rosa. Rapidamente eu o peguei e li em voz alta para que Margareth escutasse.

Bella,

Dolly ficou tão preocupada em não poder vê-la o tempo todo em Hogwarts que pensou que seria bom lhe arrumar uma amiguinha para que a senhorita não se sentisse sozinha. Dolly descobriu que em Hogwarts permitem tem certos animais de estimação por isso comprei essa gatinha, Dolly espera que a senhorita tenha gostado.

Com amor,

Dolly

- É uma fêmea! – exclamei.

A gatinha bocejou, abriu os olhos cor de gelo e me encarou por alguns momentos, completamente desperta, extasiada, eu a peguei nos braços e afastei a caixa para o lado.

- Que nome você vai dar a ela? – Perguntou Margareth animada.

- Ela definitivamente tem cara de Snow, não imagino outro nome que combine com ela.

- Tem razão, ela realmente parece um floco de neve.

Passei toda a viagem conversando com Margareth, que involuntariamente acabei apelidando de Megh, e me afeiçoei à garotinha. Megh tinha apenas 11 anos e era seu primeiro ano em Hogwarts, por isso ficamos trocando comentários de como imaginávamos que era Hogwarts e ela me jurou que no lago do castelo havia uma Lula gigante, foi tudo muito divertido, tanto que nos assustamos quando o tem parou, já ao anoitecer.

- Esquecemos de por o uniforme! – Megh gritou.

Pulei de pé e larguei Snow sobre o assento, e assim como Megh comecei a arrancar as roupas o mais rápido possível, nos vestimos, pegamos nossos animais e saímos correndo do trem. Do lado de fora havia um homem enorme e peludo segurando uma lanterna sobre a cabeça dos alunos que gritava “Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui!”, nos dirigimos até ele.

- Com licença... – murmurei um pouco intimidada pelo seu tamanho.

- Olá, você deve estar meio perdida, os alunos vão para a escola de carruagem, daquele lado. – Ele apostou para uma trilha repleta de gente mais atrás. – Apenas os alunos do primeiro ano vêm comigo.

- Acontece que eu fui transferida e...

- Ah! – ele exclamou com uma expressão surpresa e alegre, eu já não o achava tão assustador – Você deve ser Isabella Swan, não é? Nesse caso seu lugar é aqui mesmo, você vem conosco.

Sorri para Megh e juntas seguimos o grandalhão que se apresentou como Hagrid por uma trilha estreita e íngreme, após algumas curvas chegamos a beira de um grande lago negro onde vários barquinhos esperavam na margem e após ele havia o castelo, grande e majestoso que se erguia quase que até o céu. Todos fizeram um coro de ”Oooooooooh!” e começaram a conversar animadamente.

- Certo, certo, entrem nos barcos, apenas quatro em cada um! – Embarquei com Megh assim como todos e me ajeitei com cuidado para não cair – Prontos? Então... VAMOS!

Os barquinhos largaram todos ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que mais parecia um espelho liquido. Hagrid gritou “Abaixem a cabeça!” e todos obedeceram, passando assim por uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco de que nos aproximávamos. Atravessamos um túnel escuro e atracamos em um pequeno cais de pedra, subimos por uma passagem aberta na rocha, nesse momento segurei firme a mão de Megh, pois não se podia ver muito mais do que a lanterna de Hagrid, até chegarmos ao gramado fofo a sombra do castelo, tendo a frente uma escada de pedra e uma pesada porta de carvalho. Hagrid seguiu até ela e bateu três vezes.

A porta se abriu imediatamente e uma mulher jovem apareceu imediatamente, de estatura mediana e com cabelos muito cacheados ela tinha uma expressão amistosa no rosto. Hagrid se virou para nós e informou.

- Alunos, essa é a professora de Transfiguração Hermione Granger.

- Obrigado Hagrid, eu cuido deles daqui em diante. – a professora sorriu – Alunos, por favor me sigam.

Apesar da voz aparente doce seu tom era do tipo que não admitia contradições, eu fiquei imaginando que tipo de professora ela seria enquanto seguia os alunos mais novos pela porta que nos levou a um enorme saguão de teto extremamente alto e piso de lajotas de pedra. O local estava iluminado por archotes flamejantes e a frente havia uma imponente escada de mármore, centenas de vozes vinham de uma porta grande a direita, onde provavelmente o resto dos alunos estavam reunidos, mas foi a uma sala vazia ao lado do salão que a professora se dirigiu conosco.

Quando todos se reuniram, parecendo nervosos, ela começou a falar num tom monótono, como um gravador, mas não menos envolvente por isso. Todos prestaram atenção quando ela começou.

- Bem vindos a Hogwarts - disse a Professora Granger. - O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal.

“As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Cornival e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer.”

“A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sintam-se a vontade para se arrumar, mas não precisam ficar nervosos, todo mundo já passou por isso.”

Todos começaram a ajeitar as roupas e passar as mãos pelos cabelos assim que a professora saiu, menos eu que tentava fazer Snow, que acordara com a bagunça dos alunos, ficar quieta no meu colo. Megh virou para mim desesperada.

- O que eu faço Bella? Estão falando que temos que fazer um teste ou algo assim, e nós nos vestimos tão rápido que meu cabelo deve estar todo bagunçado e...

- Megh! – Interrompi – Não se preocupe, tenho certeza que não a teste algum e você está ótima, nenhum fio fora do lugar.

- Mesmo, ainda bem, fiquei tão preocupada.

Ela pareceu aceitar tão completamente a minha opinião que eu cheguei a torcer para não haver nenhum teste mesmo. Megh veio imediatamente em busca de mim quando ficou com medo e eu tive a impressão de que seria assim pelo resto do ano, como se eu fosse sua irmão mais velha. Esse pensamento fez com que meu coração se aquecesse. Minutos depois A prof. Granger voltou a entrar na sala.

- Por favor, façam uma fila única e me sigam. – Ela esperou enquanto todos se moviam e olhou para mim. – Senhorita Swan, certo? Você ficará aqui, como é uma aluna transferida sua seleção será depois dos alunos do primeiro ano, eu voltarei assim que a seleção deles acabar e... – Ela olhou para Snow que se agitava nos meus braços. – Se quiser pode soltar seu gato, ele estará no salão comunal quando você subir.

Snow saiu junto com todos os outros e logo me vi sozinha na pequena sala, sem nada para me distrair acabei deixando que minha mente vagasse solta e a única coisa que pensei que realmente me incomodou no cômodo vazio foi “Novo país, escola nova, novo ano, uma vida inteira nova. Por Merlin, o que será de mim agora?”


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem. O capitulo 2 está sendo escrito e só será postado se comentarem.



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