Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs
Notas iniciais do capítulo
Queria agradeçer a todos os 10 leitores que comentaram no capitulo anterior.
Por favor comentem e avisem se virem qualquer erro no capitulo.
Naquele momento todos começaram a falar ao mesmo tempo, a prof. Granger estava tão vermelha que parecia que iria estourar, na verdade, cada um teve uma reação diferente, o que causou uma algazarra sem fim. A diretora McGonagall não pode suportar isso.
- CHEGA! – Berrou ela.
Todos calaram a boca imediatamente. Ela olhou para cada um e depois pousou seu olhar em mim.
- Isso é verdade?
- “Sim.” – Coloquei a resposta na mente dela.
- Pois voltei ao normal então, temos muito que conversar.
- “Não posso.” – Disse o obvio – “Se eu me transformar com o braço desse jeito ele ficará ainda pior.”
Eu mostrei a pata deslocada e ela franziu as sobrancelhas e se virou para Carlisle.
- Por que ainda não tratou dela?
- Eu sou médico e não veterinário, não posso usar uma varinha para concertar o osso fraturado e não posso lhe dar uma poção com ela dessa forma. – Disse Carlisle um pouco insultado.
- Eu faço isso, sou bom em concertar pequenos ossos. – Harry se ofereceu.
Eu fiz o possível para ficar impassível, Harry se aproximou e eu estendi a pata para ele murmurou “Brackium emendo”, houve só uma dor rápida acompanhada de um pequeno estralo, mas nada de mais, sempre fui acostumada a quebrar coisas. Harry se afastou enquanto eu testava o abraço, que estava perfeito, então eu pulei da mesa e voltei ao normal, Carlisle imediatamente estava ao meu lado com outra pasta gosmenta.
- Deixe-me ver o seu corte.
Eu subi a minha blusa apenas o suficiente para expor um longo corte vermelho na lateral do meu corpo, Carlisle prontamente o cobriu com a pasta igualmente vermelha e colocou uma atadura em cima.
- Retire a atadura manha de manha e lave. – Eu apenas assenti confirmando.
- Harry, Edward e Isabella, vocês viram comigo até meu escritório. Granger e Malfoy, eu falo com vocês amanha de manha.
McGonagall saiu da sala e nós três a acompanhamos, eu andei de cabeça erguida e ignorei os olhares que Harry me lançava, não sei se o jeito que Edward me encarava podia ser chamado de olhar, era mais uma promessa de assassinato. Chegamos a uma grande gárgula e McGonagall a abriu, revelando uma grande escada espiral, subimos por ela e chegamos ao escritório do diretor, McGonagall contornou a enorme escrivaninha e se sentou.
- Sentem-se. – Quando todos obedeceram ela continuou. – Agora, conte para nós onde você estava indo Isabella.
- Eu estava indo dormir.
- Transfigurada e na direção contraria para a sua torre?
- Eu nunca dormi no meu dormitório, eu durmo na sala mágica no sétimo andar.
- A sala precisa?! – Harry se surpreendeu.
- Deve ser assim que se chama. – Confirmei.
- Como você descobriu esse lugar? – Perguntou ele antes que McGonagall pudesse continuar.
- Dolly, a elfa domestica, me contou.
- E por que você dorme lá? – Perguntou a diretora antes que Harry pudesse interromper de novo.
- Para ninguém saber dos meus problemas de sono.
Harry engasgou.
- Tem algo a nos dizer Harry?
- Eu conheço os pais de Isabella desde um pouco antes da guerra, eram amigos dos meus pais e lembro-me bem de quando ela ficou internada no St. Mungus após a guerra, desde então ela tem que tomar uma poção para dormir todas as noites. – Eu confirmei o que ele disse com a cabeça.
- Se você toma poção por que ainda foge do quarto.
- Por que... – eu abaixei os olhos, envergonhada pela primeira vez. – Ela meio que não está fazendo mais efeito.
- Não está fazendo mais efeito?! – Repetiram Edward e Harry juntos.
- É, eu fico sonolenta quando tomo a poção mas isso não impede mais os pesadelos e os gritos... – Minha voz foi sumindo enquanto eu falava até terminar em um sussurro.
Houve um minuto de silencio incomodo, depois McGonagall voltou a perguntar.
- Por que não pediu aos seus pais uma poção mais forte? – Harry desviou os olhos de mim nesse momento.
- Minha mãe morreu durante a guerra e meu pai perdeu todas as memórias que tinham a ver com magia já que é um trouxa, para ele mamãe havia morrido quando eu era só um bebê. Eu aprendi a me virar sozinha, eu ainda consigo dormir então não é tão ruim assim. – Edward passou a mãos nos cabelos, frustrado com minhas palavras.
- Você sabe que um animago que não se registra pode ser preso, não sabe? – Perguntou a diretora.
- Sei sim, mas minha mãe me disse para só me registrar quando fizesse dezessete anos ou o ministério ficaria no meu pé.
- Mas sua mãe morreu á seis anos atrás. – Disse Harry espantado.
- Eu sei.
- Você já era uma animaga aos 10 anos? – Edward não conseguiu evitar a pergunta.
- Por isso minha mãe pediu para eu esperar antes de me registrar. – Confirmei.
- Vamos esclarecer mais uma coisa. – Continuou McGonagall após o momento de choque. – Se seu pai é um trouxa quem cuida de todas as finanças da sua família?
- Eu mesma, eu sou legalmente emancipada, já posso responder por mim como uma adulta, mas mesmo assim não posso usar magia fora da escola, ainda tenho meu rastreador.
- Entendo. Edward, você nunca viu Isabella andando pelo corredor?
- Encontrei-a duas vezes no corredor, mas nunca passou pela minha cabeça que fosse ela.
- Você não ouviu os pensamentos dela? – Perguntou ela intrigada.
- Eu nunca pude ouvir os pensamentos de Bella. – Ele disse.
- Você não pode ouvir meus pensamentos?
- A pergunta não deveria ser “Você realmente lê pensamentos?”? – Perguntou ele.
- Não, eu já sabia que você lia pensamentos. – Eu percebi o que havia visto e fechei a boca, ele ia perguntar algo mais a diretora interrompeu.
- Pois bem, então você não tem culpa de nada, a única pessoa que recebera um castigo será você mesmo. – Disse se referindo a mim. – Mas como eu não quero estragar o clima natalino de todo mundo eu vou decidir isso amanha. Edward, você poderia descer e pedir para Carlisle pesquisar alguma poção para Bella e prepará-la? Harry pode ir também, lamento ter te tirado do lado de Gina, mas achei que você deveria estar aqui.
- Claro. – Ambos concordaram e se foram.
- Isabella... Bella. – Ela disse, se rosto sério de repente mais suave. – Você sabe que não faz mal pedir ajuda de vez em quando, todos precisam dividir a carga as vezes ou acabam esmagados por ela.
- Eu decidi a muito tempo que nunca dividiria meus problemas com ninguém, vou apenas aceitar a poção de Carlisle para aprender a prepará-la como faço com a poção do sonho-sem-sonhos. Eu aceito qualquer castigo ou detenção que você me dê, mas isso não vai mudar meu modo de ver.
- Eu lamento por isso, só espero que você mude de idéia antes que seja tarde. Boa noite Isabella.
- Boa noite.
Eu desci as escadas e encontrei Edward me esperando no fim dela, nós não conversamos, apenas caminhamos juntos até o meu dormitório. Na metade do caminho Edward disse.
- Você sabe que eu não vou realmente esconder a língua do Emmett, não sabe?
- Sei. – Ri um pouquinho. – Mas eu havia prometido a ele que não contaria.
- Ele praticamente se entregou quando eu voltei. – eu ri de novo e Edward ficou sério. –Você poderia simplesmente ter me contado.
- Não, eu não podia. Você ouviu o que eu disse a McGonagall.
- Bem, já que eu já sei o seu segredo e tudo mais... – Edward parou na frente da escada da torre e me olhou. – Não a mais motivo para eu fuçar na sua vida.
- Eu sei. – Concordei sem perceber a onde ele queria chegar.
- Então você não precisa mais ficar desconfiando de mim. – quando eu não respondi ele acrescentou. – Talvez possamos ser amigos.
Eu pensei sobre isso, obviamente eu ainda tinha segredos que não estava nem um pouco disposta a contar para ele, mas Edward não sabia disso. Ele queria ser meu amigo, tinha certeza que ele não contaria nada a ninguém sobre essa noite também, talvez pudesse dar certo... Talvez...
- Nós podemos apenas tentar. – Sugeriu ele.
- Apenas tentar... – o som das palavras não parecia assustador. – Acho que nós podemos tentar isso.
- Não vou deixar você se arrepender disso. – Prometeu Edward.
Nós ficamos nos olhando por um tempo, mas de repente a cabeça de Edward se virou e ele suspirou, parecendo repentinamente cansado. Uma das vampiras Cullens apareceu, era a pequena morena chamada Alice, eu e Edward a observamos se aproximar quase que dançando com um frasco na mão. Quando ela chegou perto o suficiente ela o entregou para mim.
- Carlisle me pediu para trazer isso para você.
- Ele foi rápido. Que poção é essa?
- Sonum Lunos, Carlisle disse que a ensinaria a fazer se quisesse.
- Eu gostaria disso. Muito obrigada Alice.
Eu observei atentamente enquanto ela parecia se contorcer no mesmo lugar, quase quicando como uma bolinha enfeitiçada, Edward suspirou novamente.
- Você não pode Alice.
- Mas por que Edward.
- Nós já conversamos sobre isso Ali, e eu disse não.
Eu observei confusa enquanto eles falavam praticamente em códigos, quando Edward a proibiu de fazer seja lá o que fosse, sua expressão mudou completamente, ela fez uma cara arrasada de total desconsolo. Eu não pude deixar de tentar ajudar, ela parecia desolada.
- Edward! – Repreendi e me aproximei de Alice, que agora balançava os ombros levemente, como quem contem um soluço – O que foi Alice? Você pode me dizer.
- Posso mesmo? – Ela olhou desafiadoramente para Edward e se virou para mim.
- Claro que pode querida, me conte o que quiser.
- Eu sou uma vidente. – Contou ela, quicando novamente. – Eu vi uma parte do seu futuro!
- Mesmo? – Perguntei.
- Aham, eu vi que nós seremos grandes amiga! – Ela pulou alegre, como estivera evitando fazer até agora.
Eu fiquei surpresa por ela prever isso no meu futuro, mas vi que não era tão impossível assim, Alice era adorável e deve ser difícil não ser amiga dela.
- Eu adoraria ser sua amiga Alice, você é uma ótima vidente.
Ela brilhou mais ainda, pulou e me abraçou, colocando braços ao redor da minha cintura, e depois se foi com um “Até amanha belinha!”, foi embora, eu ri um pouco do seu entusiasmo e me virei para Edward.
- Até amanha para você também Edward.
- Até amanha. – Disse ele, e depois completou. – É melhor descansar bastante, agora que você deu rédea solta para Alice ela não vai te deixar em paz.
- Vou acreditar em você. – Ela parecia uma bola de energia.
Edward sorriu e se foi também. Mais tarde, quando eu estava tomando a minha poção para dormir um pensamento muito perigoso passou pela minha cabeça, “Talvez confiar em Edward não fosse tão ruim, eu poderia contar tudo a ele.”, mas eu sabia que isso acarretaria muitos problemas para ele.
Eu só esperava do fundo do coração que ele ignorasse meus avisos e tentasse mesmo assim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Por favor comentem.