Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs


Capítulo 12
E o tempo passou


Notas iniciais do capítulo

Hoje estou com pressa demais para postar, mas eu agradeço a todos os leitores que comentaram como sempre.
Revisem e comentem!



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- Eu não quero te deixar sozinha Bells! – disse Megh entre lagrimas.

Megh estava chorando desde que eu lhe disse que ficaria no castelo durante as férias de natal por que meu pai estava em uma viagem a trabalho e não poderia ficar comigo. Ela queria de todo jeito ficar comigo, mas sua mãe havia sido clara: o natal é uma data importante para sua familia e ela não poderia se alsentar de casa. Ficariamos praticamente um mês sem nos ver.

- Megh querida, você sabe que pode falar comigo sempre que quiser carinho, as bonecas funcionam a qualquer distancia.

- Mas não vai ser a mesma coisa, com quem você vai passar natal? É horrivel ficar sozinha durantes as festas familiares!

- Eu já estou acostumada Megh, não é a primeira vez que isso acontece, não se preocupe, está bem? – Disse enchugando suas lagrimas com um lenço de pano branco. – Agora você deve ir pegar sua mala para descermos ou você perderá o trem.

- T-tá bom.

Eu a acompanhei até as carruagens e me despedi, sem Megh e sem aulas as proximas semanas no castelo seriam incrivelmente tediosas. Suspirei e voltei ao castelo, andando distraida e sem realmente olhar por onde eu estava caminhando acabei por enfiar o pé em um daqueles malditos dregraus falsos da escada. Antes mesmo que eu pudesse gritar de surpresa uma mão grande e fria segurou-me pelo cotovelo e me pruxou para cima, com o coração disparado eu levei um minuto pra me acalmar antes de me virar e agradecer a ajuda.

- Muito obrigada, eu... – minha voz morreu enquanto eu falava.

Eu nunca tinha visto o cara que estava na minha frente, ele também não usava o uniforme da escola. Era alto, do tipo musculoso, tinha cabelos curtos e negros, seus olhos eram dourados e sua pele branca como leite, com certeza um vampiro. “Pior, com certeza um Cullen.”, pensei internamente, mas por fora eu sorri.

- ...Eu nunca te vi por aqui antes, meu nome é Isabella Swan, mas todos me chamam de Bella. Obrigado por me livrar de outro machucado.

- Outro? Não é o primeiro? – Ele riu alto, quase como um rugido. – De nada Bella, meu nome é Emmett, a diretora deixou que nossa familia passasse as ferias aqui com nosso pai e nosso irmão vão ficar aqui.

- Ah, então você é mesmo um Cullen?

- Como você adivinhou? É por que eu sou bonito, não é? – Ele flexionou seus musculos e eu ri.

- Eu já estou familiarisada com vampiros agora, vamos começar a estuda-los depois das férias.

- Pois se prepare, pois somos muito interessantes! – E rugiu uma risada novamente.

Eu olhei para ele e pensei, “Esse cara é tão grande e ri tão alto que até parece...”

- Um urso, não é? – Eu pulei e percebi que ele mesmo tinha dito isso.

- Você le mentes?

- Não, eu deixo esse trabalho para o Edward, eu só sabia por que todo mundo diz isso.

- Edward lê mentes?!

Ele deve ter percebido a burrada que fez pois bateu na própria testa, causando um som bem alto, e no segundo seguinte me pegou pela cintura, me arrastando para o andar de cima tão rápido que eu mal pude respirar. Quando ele me soltou tive que me apoiar numa parede para não cair, ele olhou para os lados por um momento e depois sussurrou para mim.

- Não conte a ele que eu te disse isso ou ele vai arrancar a minha lingua e esconde-la por um mês inteiro. O Edward é bem malvado comigo, sendo o irmão mais velho e tudo mais.

- Eu prometo não contar nada a ele, nós nem nos falamos mesmo, temos apenas algumas aulas juntos.

- Que alivio, isso me poupa de um mês conversando por sinais. – ele riu e eu o acompanhei de novo.

Eu me despedi e passei o resto do dia fazendo as lições de ferias, simplesmente para ter o que fazer, passei algum tempo brincando com Snow e depois fui jantar. O salão estava quase vasio, haviam uns quatro ou cinco garotos da sonserina, dois casais na lufa-lufa, Edward e mais duas meninas na corvinal e eu e mais um garoto na grifinória, todos comeram em uma unica mesa junto com os professores. Para minha sorte não havia nenhum vampiro na mesa.

Quando eu havia acabado de comer e já me preparava para levantar um homem chegou ao salão, ele era alto, moreno de olhos verdes e usava óculos, eu imediatamente reconheci seu rosto, eu o havia visto em muitos jornais bruxos diversas vezes, por isso não me surpreendi quando a professora Granger exclamou.

- Harry!

Como era de se esperar todos os alunos presentes viraram a cabeça para olha-lo adimirados, a professora pulou da cadeira e foi correndo abraça-lo, a prof. Granger é jovem, mas naquele momento parecia ter voltado a dolescencia, seu rosto transbordava de alegria. Ela abraçou o recem chegado e o puxou para a mesa, fazendo o sentar, ele cumprimentou os outros professores e começou a conversar com a amiga, eu não fiquei muito mais tempo, só me levantei e fui para a cama.

Como não havia ninguem no dormitório eu resolvi dormir na minha cama mesmo, mas acordei a meia noite como de costume e não consegui dormir, não tive outra escolha a não ser ir a sala magica como de costume. Só consegui dormir deitada na cama dele, melhor dormir com pesadelos do que não domir, não é mesmo?

No dia seguinte eu conversei um pouco com Megh pela boneca, ela ficou toda chateada por não ter visto o famoso eleito Harry Potter, mas eu a confortei dizendo que, pelo jeito que ele parece intimo da prof. Granger, ele provevelmente apareceria mais vezes na escola.

- Será que eles são namorados? - Perguntou para mim, seus olhos brilhando pelo espelho.

- Creio que não, eles teriam se cumprimentado com um beijo, não teriam?

- Acho que sim...

Minhas duvidas foram respondidas na vespera do natal, dias depois, eu havia acabado de desejar felicidades para Megh pela boneca e desci para a ceia, diferente das outras refeições todos os Cullens estavam a mesa. Eu já conhecia Edward, Carlisle e Emmett, mas na mesa tiram ainda três vampiras, uma loira tipo modelo, uma baixinha morena de cabelos espetados, e uma de cabelos cacheados com uma cor entre mel e castanho claro, e também havia mais um homem, esse era loiro de cabelos lisos e olhor distante.

Emmett não perdeu tempo, assim que eu passei pela porta e ele sorriu e começou a acenar, só isso em si já serviu para me constranger, mas o que ele gritou foi que realmente me fez corar.

- Hey Bella, caiu muito hoje?! - Perguntou rindo.

Eu não respondi de imediato, esperei chegar suficientemente perto do grupo para poder falar sem alterar a voz.

- Claro que não! - Disse a ele enquanto me sentava a sua frente na mesa, então lembrei de um tropeço que levei ainda a pouco. - Bem, pelo menos não na ultima hora.

Isso o fez rir ainda mais, mas ele se calou quando a diretora McGonagal pediu a atenção de todos, ela disse algumas palavras, agradeceu a presença de todos e liberou o jantar. Os Cullens não comeram mas conversaram e riram muito, eu procurei ao maximo não falar com eles, como vinha fazendo desde minha conversa definitiva com Edward, e me cosentrei em Potter, que parecia estar me lançando olhares desde o começo do jantar.

- Sua familia vai bem, senhor Potter? - perguntei a ele.

- Sim, vai muito bem, obrigada. Vou ver minha noiva assim que o jantar acabar, mas por favor me chame de Harry, Senhor Potter me faz parecer velho. - ele riu e eu o acompanhei.

- Será Harry então. - disse enquanto armasenava na minha cabeça a novidade para contar a Megh, Harry era noivo.

- E sua familia, vai bem também? - Finalmente ele havia tocado na ferida que estava se coçando para apertar.

- Meu pai vai muito bem, uma amiga da familia está se encarregando de alimenta-lo já que eu não estou lá para cozinhar.

- Charlie nunca foi muito bom na cozinha. - A prof. Granger comentou, ouvindo a conversa.

- Sim, mas acho que com essa proximidade ele vai acabar percebendo que gosta dela.

Harry deu uma risada sonora, todos que conheciam Charlie Swan sabiam que ele não compreenderia os sentimentos da sua amiga Sue nem se ela desenhase para ele. Eu recolhi minhas bombas de bosta e todos os outros brinquedos e doces que havia ganhado e me levantei, me despedindo, o jantar havia se prolongado e já era bem mais tarde do que o normal. A maioria dos alunos seguiu meu exemplo e se retirou, eu segui devagar até o dormitório, assim nem precisei esperar muito para ir a sala magica, gastei um tempo guardando minhas coisas e tomando banho, quando voltei já estava na hora de ir.

Quando passei pelo buraco do quadro tudo estava no mais perfeito silencio. Eu desci as escadas da torre em direção ao sétimo andar com pulos ageis, quando se tem vampiros por perto é sempre bom ter pressa, mas fui parada ao pé da escada por um som baixo e molhado, capitado apenas pelas minhas orelhas felinas. Meus olhos de cato puderam ver atrás da escuridão algo que eu realmente não deveria ter visto, a prof. Granger e o prof. Malfoy estavam aos beijos bem no meio do corredor e a alça da camisola dela pendia perigosamente dos seus ombros.

Meu constrangimento foi tal que me virei para correr para longe sem nem ao menos olhar para onde ia, sendo assim acabei dando de encontro com uma armadura grande e velha, esta balançou e caiu em cima de mim. Eu até tentei escapar, pulando para o lado, e consegui escapar da lamina do machado apenas com um corte, mas pior veio depois, cai de mal jeito e antes que pudesse me levantar todas as outras peças da armadura me cobriram, me pressionando contra o chão. Minha mão/pata fez um som estralado e eu gritei.

Obviamente o som chamou a atenção do casal, tirando um grito da professora, outras vozes se seguiram e eu só ouvi e gemi, na esperança que alguem me tirasse daqui de baixo. Minhas preçes foram atendidas mais rápido do que eu esperava, o peso gelado do ferro foi retirado de cima de mim e alguem me pegou no colo com cuidado, eu relaxei por um minuto, mas todo meu sangue gelou quando eu ouvi uma voz conhecida.

- Mas que inferno...? - Edward praquejou, ainda me segurando.

- Ela está sangrado! Seu pai pode dar um jeito nisso?

- Provevelmente sim... Você deve chamar a diretora e pedir para que ela me encontre na ala hospitalar, certo professora?

- A diretora? Mas por que...?

- Apenas faça isso por favor. Professor, você poderia ver se Harry ainda está aqui?

- Ele está em Hogsmeade, pode chegar em poucos minutos.

- Por favor faça isso.

Eu percebi que algo estava errado, me contorci e tentei fugir, mas ele e minha cabeça, que parecia prestesa estourar, não permitiram. Eu apenas observei enquanto Edward me levava a ala hospitalar, conformada com o meu destino, teria que contar parte da verdade a eles e isso ia ser um inferno. Carlisle ficou branco quando entramos na enfermaria e seu rosto ficou duplamente confuso quando nós viu, Edward foi até ele e me colocou sobre a mesa.

- Mas o que...? - começou Carlisle.

- Vamos esperar todos antes de tomar qualquer decisão. - A voz de Edward soou estranha.

Eu finalmente pude olhar para ele, seu rosto estava tão duro que ele mais parecia uma estatua do que uma pessoa e sua respiração, pelo que pude ver, estava presa. Ele pareceu sentir o peso do meu olhar pois olhou para trás, seus olhos estavam assustadoramente pretos, e ele se dirigiu a mim.

- Não vai dizer nada?

- "Tudo que eu disser pode ser usado contra mim no tribunal." - Enviei as palavras para a sua mente.

Ele apenas bufou e se virou para a porta, Granger, Malfoy, McGonagal e Potter entraram por ela no instante seguinte. A diretora não parecia muito feliz.

- Alguem pode me explicar o que esta acontecendo aqui? - Perguntou ela.

- Eu peguei um aluno fora da cama e achei que seria interessante se você e Harry o vissem.

- Um aluno...? - Potter deixou que seu olhar caisse em mim.

Eu desviei os olhos e pude ouvir quando outras pessoas entraram na sala, eram o resto dos Cullens.

- Ouvimos uma confusão, o que está acontecendo aqui? Eu pensei ter sentido o cheiro... - Perguntou a mulher de cabelos cacheados que me foi apresentada como Esme, antes de ficar surpresa demais para continuar.

- É o que estamos querendo sabe, vamos Edward, nos explique.

Edward trocou um ultimo olhar comigo e depois disse com todas as letras.

- O cheiro do sangue desse gato não é de um gato, é da garota Isabella Swan.

Dai já viu, parece que abriram as portas do inferno.

De novo.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor.



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