" Ele estava recostado na cabeceira da cama e com os olhos fechados quando sentiu o pé dela deslizar, lentamente, por toda extensão de seu peito. Sorrio colocando a mão sobre ele, acariciando-lhe o tornozelo.

Ele se endireitou na cama, segurando-lhe o pé, em seguida levou-o à boca e deu-lhe um beijo enquanto a observava, lá, deitada na cama, o lençol cobrindo apenas parte de seu corpo, deixando um de seus seios à mostra. Os olhos estavam fechados enquanto mordia o lábio inferior, de uma forma sensual aos olhos dele. 

Ele deslizou as mãos e os lábios para o joelho. Tudo o que ele queria naquele momento era sentir, pela segunda vez, a pele macia dela. Beijar-lhe cada parte do corpo. Ouvir os gemidos sussurrado por ela em seu ouvido enquanto ele a preenchia por completo.

Escutou-a  suspirar quando uma de suas mãos deslizou pela parte interna da coxa dela, provocando a pele com as unhas. Sentiu seu corpo ficar excitado de novo. Estava com tanta vontade de tê-la que nem parecia que tinham acabado de transar. 

Levou os lábios para a coxa dela, onde, instantes atrás, sua mão estava. Deu uma pequena mordida no  local enquanto uma de suas mãos alcançava suas partes intimas, provocando-a com a ponta dos dedos. Escutou-a gemer e seu corpo estremecer sob seus toques. 

Era tudo o que ele queria, que ela aproveitasse aquela noite,  afinal, ela tinha esperado tanto por aquilo. Ou melhor, ELES tinham esperado tanto por aquilo e , era normal que ainda não estivessem saciados. Ele necessitava mais que qualquer coisa tê-la novamente e, pelo gemido que ele acabara de escutar, ela também necessitava tanto quanto ele.

Seus lábios alcançaram o seio descoberto, arrancando-lhe mais um gemido. Sugou-o, não deixando de tocá-la em nenhum instante. Sentiu a mão dela em sua cabeça, os dedos se enterrando em seus cabelos enquanto ela gemia mais uma vez. 

Ele subiu seus lábios para o pescoço dela enquanto retirava o lençol que ainda estava sobre seu corpo e se endireitava sobre ela. 

Ele olhou para ela, seus cabelos espalhados sobre a cama, a mecha branca misturada com os outros fios. Acariciou suas bochechas com o mesmo cuidado que teria acariciando a mais fina porcelana. percorreu com os dedos cada curva do rosto dela, sentindo a pele suave e macia, enquanto ela o olhava com expectativa.  Então aproximou seus lábios dos dela e a beijou com intensidade, como se estivesse mergulhando dentro dela. Sem se preocupar em  ter que se afastar. 

Ainda a beijando ele separou as pernas dela, e se posicionou entre elas. Separou seus lábios dos dela e observou cada expressão de seu rosto enquanto a penetrava lentamente. Viu-a fechar os olhos e gemer, mordendo o lábio inferior.

 Começou a se mover lentamente, podia sentir o quadril dela se movendo no mesmo ritmo que o dele, e isso encorajou a ir mais rápido e mais forte. 

Agora seus movimentos eram  mais irregulares. Sentiu as unhas dela arranharem suas costas enquanto ele investia contra ela com ainda mais força e velocidade. Ela gemia alto, e isso o excitava ainda mais. 

De repente ele sentiu o corpo dela estremecer  sob o seu, e as paredes internas dela o apertarem enquanto ela gemia segurando-o com força. Só então foi que ele, já não agüentando mais, se permitiu gozar também, se derramando dentro dela. 

Ele a olhou, ambos ofegantes  e suados. Ele abaixou a cabeça e deu-lhe um beijo curto nos lábios. " 

Ele abriu os olhos. 

Estava deitado em sua cama e tentava dormir quando lembrou-se daquilo.

Se as outras lembranças já o havia deixado confuso, aquela havia piorado tudo.

Se eles havia transado era porque eles ainda estavam juntos quando ela tomou  a vacina e, se a Tempestade havia lhe dito que ela tinha entrado em coma logo após tomar a vacina, então porque ele havia ficado 3 anos longe dela? O que havia acontecido para que ele tivesse ido embora? E porque diabos ele havia deixado tomar aquela vacina? 

Se ele tivesse a impedido ela não estaria lá, imóvel, deitada naquela cama.

A culpa era toda dele.

Ele era o culpado por ela ter decidido tomar a vacina da cura. Ele era o culpado por ela estar naquela situação.

Ele era o culpado.

Se ele não tivesse dado aquele beijo nela, naquela noite, naquele banco no jardim, talvez ela não estivesse desse jeito agora.

" - Ah, com certeza ela não estaria desse jeito agora." - pensou ele.

"- Isso não é verdade... " - a voz dela ecoou em sua cabeça.

Ele congelou na hora.

Aquela era mesmo a voz dela?

Ele olhou para o quarto em sua volta e não achou nada.

Não. Não poderia ser ela. Era impossível. Ela esta lá desacordada, como ela poderia estar falando com ele se nem poder de telepatia ela tem. Ou melhor, ela não tinha nenhum poder. 

" - Isso é impossível. " - pensou ele.

Mas sinceramente, ele já havia visto muitas coisas, teoricamente impossíveis nessa vida. Muitas. Desde que havia voltado e passou a ser atormentado por aquelas memórias, não sabia mais se existia algo impossível. 

Afinal, ele era um mutante. Um  " Acidente" genético. Prova de que realmente nada é impossível. 

Ele afastou aqueles pensamentos de sua cabeça. Era claro que ele não havia escutado a voz dela. Ele apenas estava com sono, e seu subconsciente estava fazendo brincadeiras com sua mente. E brincadeiras nada engraçadas.

Ele voltou a fechar os olhos e tentou dormir. Já era tarde e na manhã seguinte ele teria que acordar cedo, já que iria acompanhar Ororo a um passeio com os alunos para um acampamento em uma floresta, para eles aprenderem a como sobreviver em um local como esse.

Ele não queria ir, afinal não queria deixar a Vampira sozinha. Mas Ororo lhe falou que iria deixar o medico e uma enfermeira  cuidando dela o tempo todo. E para não deixá-la desconfiada de alguma coisa, ele acabou aceitando o pedido dela para ajudar nessa tal aula de sobrevivência.

Enquanto pensava naquilo ele acabou caindo no sono. 

Aquele dia tinha sido tranqüilo. Assim como ele havia previsto mais cedo. Nada de tão extraordinário  havia acontecido.

Pelo menos nada que devesse ser lembrado.