Harry Potter e a Arma de Slytherin escrita por Shanda Cavich


Capítulo 9
Capítulo 9 – Clube dos Duelos




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O salão principal havia se transformado. As quatro longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, tendo toda a sua volta iluminada por velas que flutuavam no alto.

Naquela noite era a vez dos alunos do segundo, terceiro e quarto ano experimentarem o clube liderado pelos professores Emperor Hazel e Nestor Wood – que ensinava Feitiços. O clube dos duelos já se tornara tradição em Hogwarts e algumas regras foram modificadas. Os alunos não precisavam necessariamente duelar com um aluno da mesma idade. Era como uma aula mais dinâmica, onde os alunos aprendiam a duelar e a se defender.

Os dois professores fizeram uma longa e divertida demonstração de como se iniciava um duelo. Primeiro os bruxos faziam a reverência, em seguida empunhavam suas varinhas para o alto como se fossem espadas. E quando contassem até três, lançariam seus feitiços de ataque um ao outro.

O professor Wood derrubou Hazel com o famoso Expelliarmus. Alvo teve a ligeira impressão de que Hazel permitiu que isso acontecesse de propósito.

– Muito bem, alunos! Quero que façam quatro filas. Uma de cada casa! – exclamou o professor Wood, simpaticamente.

Os alunos se empurravam para serem os primeiros. Glória Vallet foi a primeira da Corvinal. Duelaria com Julius Smith, um menino pequeno e ruivo da Lufa-Lufa. No início nenhum dos dois conseguiu desarmar o adversário. Mas assim que Julius lançou o feitiço da perna presa, Glória de desequilibrou e deixou sua varinha cair. O próximo aluno a lutar com ele seria Jack Roman da Grifinória.

Alvo estava ansioso para que chegasse sua vez. Scorpio já havia vencido três vezes consecutivas, motivo pelo qual foi mandado esperar atrás do palco, junto dos demais alunos que igualmente conseguiram esta proeza, assim podendo dar oportunidade a todos de participar.

Finalmente chegou a sua vez. Subiu no palco confiante. Seu adversário era Henri Mayer do quarto ano da Lufa-lufa. Assim que se curvaram e ergueram suas varinhas, o prefessor Wood começou a contar:

– Um... Dois... Três!

Estupefaça! – Henri rapidamente apontou a varinha para Alvo, que se protegeu utilizando o feitiço ‘’Protego’’ de forma muda, como se tivesse transformado sua varinha num escudo invisível.

Os alunos encaravam Alvo impressionado. Conjurar um feitiço mudo era considerado algo muito avançado.  Apenas no quinto ano isso era ensinado. Até agora os únicos alunos que utilizaram feitiços mudos antes de Alvo foram Scorpio Malfoy e Gary Campbell, da Grifinória.

Estupefaça! – Henri berrou novamente, dando passos para trás. Alvo andava para a sua direção, olhando o adversário nos olhos. Estupefaça!

Henri estava quase na ponta do palco. Alvo ainda se defendia.

Expelliarmus! – disse Alvo, calmamente. A varinha de Henri foi arremessada para longe. Henri quase caiu do palco.

Os alunos aplaudiram Alvo enormemente. Os professores estavam admirados.

– Muito bem, Sr. Potter! – disse o professor Hazel, cumprimentando-o. – Vejo que o senhor andou estudando.

Alvo concordou com a cabeça. Feliz por finalizar o duelo vitorioso.

O professor Wood fez um gesto com a varinha, então o silêncio dominou o salão.

– Para encerrarmos a noite, faremos um Duelo Final. – disse o professor de Feitiços, fazendo com que os alunos se empolgassem de imediato. – Serão escolhidas uma dupla de cada casa! A dupla que vencer estará arrecadando cinqüenta pontos!

Os alunos se tumultuaram esperançosos.

– Escolham as duplas que disputarão o título!

Finalmente os campeões de cada casa foram selecionados.  Alvo foi um dos escolhidos, juntamente com Scorpio. A dupla sonserina seria a última a duelar. As primeiras foram da Grifinória contra Lufa-Lufa. Gary Campbell e Louis Hilton ganharam duas vezes seguidas. Gary estava no segundo ano e Louis no quarto.  Se os dois vencessem Alvo e Scorpio, os alunos da Sonserina enlouqueceriam.

Potter e Malfoy subiram no palco. Os grifinórios já estavam a sua espera. Quase todos os alunos de Hogwarts assistiam ao espetáculo, inclusive Tiago. Antony Longbottom o cutucou com o cotovelo:

– Acha que os dois vencerão Gary Campbell? Ouvi dizer que o moleque é dos bons.

Tiago deu de ombros:

– Não é para menos. É parente do antigo professor Flitwick.

– Mas não se compara a seu pai. – Longbottom sorriu para o amigo. Tiago ficou tímido. Por mais que soubesse que seu pai, Harry Potter, fosse um grande bruxo, não queria se gabar disso. Queria ser reconhecido por seus próprios esforços e não pelo seu sobrenome. Neste ponto ele concordava com o irmão.  – Só achei estranho ele ter entrado para a Grifinória, já que Flitwick era um Corvinal nato.

A voz do professor Hazel fez todos os alunos olharem para o palco:

– Um... Dois... Três!

Então iniciou-se um fervoroso duelo mudo. Os participantes, dois contra dois, pareciam estar numa verdadeira guerra. Era possível ouvir os murmúrios dos professores para que não levassem tão a sério. Jatos de luzes vermelhas saíam das varinhas para todas as direções. Os alunos da Sonserina torciam bravamente.

Impedimenta! – finalmente a voz fria de Scorpio foi ouvida. – Louis Hilton foi lançado para longe, caindo do palco. O que fez os alunos da Grifinória esbravejarem palavrões.

– Agora são dois contra um! Não é justo! – indignou-se Rose Weasley, que assistia atentamente. Dito isso dois alunos terciários da Grifinória subiram no palco, lançando feitiços em Alvo e Scorpio. Louis Hilton ainda estava no chão. Algumas alunas faziam uma roda em volta dele.

Augusto e David Murray eram irmãos gêmeos. Sentiram-se impulsionados a lutarem contra Scorpio novamente. Visto que da primeira vez os dois fracassaram. Alvo começou a ficar nervoso. Os professores não conseguiam controlar a situação. Wood gritava constantemente para que parassem e Hazel atendia o garoto do quarto ano caído no chão.

– Nunca vai me vencer, Potter! – disse Gary Campbell, encarando-o com seus olhos amendoados e escuros.  – Devia ter entrado para a Grifinória enquanto teve chance!

Alvo clamou ‘’Protego’’ mentalmente assim que o adversário atacou.  Seu sangue já estava lhe fervendo as veias.

– Agora é tarde demais. Você já se tornou um deles! – provocou Gary. – Quem sabe os antigos seguidores de Você-Sabe-Quem o adotem como mascote agora que é um típico son-se-ri-no!

Sectumsempra!

Os irmãos Murray pararam de lutar instantaneamente.  Scorpio olhava abismado para o corpo de Gary no chão, juntando sangue por todo o seu uniforme. Algumas alunas que estavam perto dele começaram a gritar. O professor Wood aproximou-se do garoto apontando-lhe a varinha e murmurou um contra-feitiço que Alvo desconhecia.

Alvo Potter estava atordoado consigo mesmo. Agiu por impulso e por raiva. Não imaginava que causaria tanto estrago. Todos os alunos o encaravam apavorados, como se ele fosse uma aberração. Gary Campbell despertou, mas ainda assim parecia enfraquecido.

– Venha comigo Sr. Potter. – disse o professor Wood, muito sério. – E o senhor também, Sr. Malfoy.

Scorpio seguiu o professor, junto com Alvo. Enquanto andavam até a porta do salão todos falavam sobre o acidente, apontando Alvo como um monstro. O professor Hazel levava Campbell nos braços, provavelmente para a ala hospitalar.

Alvo não sabia o que estava pensando enquanto lançou o feitiço. Mas assim que Gary tocara no nome de Lord Voldemort, o ódio falou mais alto. Tudo parecia estar se virando contra ele. Será que o fato de ter entrado para a Sonserina era a única justificativa?  ‘’Muito improvável. ’’ – respondeu a si mesmo.


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