Harry Potter e a Arma de Slytherin escrita por Shanda Cavich


Capítulo 4
Capítulo 4 – Solaria Sanguini




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Havia uma brisa fresca vindo da grande janela da sala do professor Hazel. As cortinas verde claras esvoaçavam pelas paredes, enquanto o novo professor escrevia no quadro o conteúdo do trimestre, e dava uma descontraída de vez em quando, perguntando coisas aos alunos. Scorpio Malfoy já respondera duas delas com sucesso, garantindo vinte pontos para a Sonserina. Rose já estava impaciente.

– Alguém poderia me dizer o que são grindylows?

Sem levantar a mão, Rose Weasley respondeu:

– São demônios da água. Essas criaturas perigosas gostam de viver em lagos onde é mais fácil arrastar crianças desavisadas para baixo d’água. Alguns os consideram bichos-papões aquáticos.

– Muito bem, Srta. Weasley. Dez pontos para a Grifinória.

O professor Hazel era muito alegre. Respondia atentamente a cada pergunta que lhe era feita. Alvo estava sentado na última carteira com Malfoy, folhando o livro novíssimo da matéria.

– Professor? – perguntou a voz suave de Rose. – O senhor poderia nos contar sobre os dementadores? Ouvi dizer que...

– Sinto muito, Srta. Weasley. – disse o professor com um ar tristonho. – Dementadores são estudados a partir do terceiro ano. Este ano estudaremos apenas feitiços de defesa essenciais. – ele voltou a sorrir.

Scorpio deu uma risada falsa. Alvo entendeu o por quê. Percebeu que Scorpio já havia aprendido muita coisa antes de se matricular em Hogwarts. Mas não era motivo para agir de maneira tão arrogante.

O sinal tocou. Todos foram se levantando das carteiras preguiçosos. Rose foi até a carteira de Alvo.

– Está gostando, Al? – perguntou Rose.

– Ah, claro. – respondeu automaticamente.

– Achei que você iria para a Grifinória. – disse ela, sem querer. – Quero dizer... Foi muito...

– Já entendi, Rose. Se decepcionei alguém, a culpa não foi minha.

Scorpio estava atrás dos dois, conversando com três alunos de sua casa. Mas logo se virou para Alvo.

– Que diabos vocês dois estão falando? – Scorpio já falava alto. – Potter, você não deve desculpas a ninguém por ter entrado para nobre casa de Salazar Slytherin. – Scorpio encara Rose. – E... Weasley...

O silencio tomou conta do ambiente por alguns instantes. Rose respirou fundo e saiu porta a afora. Alvo pegou seu livro da carteira.

– Vamos logo, ou iremos nos atrasar para a aula de herbologia.

Realmente. Chegaram alguns minutos atrasados na estufa do professor Longbottom. Alvo já o conhecia. Harry Potter era um grande amigo do professor. O visitava com freqüência.

Alvo e Scorpio se posicionaram no fim da mesa de vidro, onde se encontravam pequenas florzinhas cor de laranja cobertas por um plástico. Havia várias delas espalhadas pela grande mesa.

– Olá, Alvo! – exclamou sorridente o pançudo professor, parecendo não se importar com o atraso dos recém-chegados.

Alvo cumprimentou-o retribuindo um sorriso. Scorpio continuou seriamente desdenhoso, como o de costume.

– Muito bem. Na nossa primeira aula, iremos aprender a indentificar as partes venenosas dessas plantinhas que vocês estão vendo. Parecem inofensivas. E sim. Elas têm o poder de anestesiar dores e até mesmo curar ferimentos leves, como arranhões. Alguém pode me dizer que planta é essa?

Rose Weasley levantou a mão.

– São nabos solares.

– Correto. Dez pontos para a Grifinória. – disse o professor, erguendo uma das plantas.

Scorpio Malfoy reparou as feições de felicidade dos grifinórios presentes. Não se conteve:

– Nabos solares são plantas terrestres que só sobrevivem quando são regadas com sangue. A maioria delas é criada em estufas especializadas onde há muita luz do sol. Essa planta é uma mutação do nabo verde da Escócia. É também muito perigosa. Uma vez que alguém aspira seu aroma, se torna dependente e o excesso de absorção de sua substancia pode matar. Seu nome verdadeiro é Solaria Sanguinia.

Novamente silêncio.  Scorpio ergueu uma de suas sombrancelhas para a menina ruiva Weasley. O professor pegou um regador pequenino que estava ao seu lado.

– Muito bem, Sr. Malfoy.  Creio que agora nem preciso mais explicar. – deu um leve sorriso para a turma.

– Dez pontos para a Sonserina! – provocou Malfoy, secamente, imitando a voz engraçada de Longbottom.

O professor Longbottom se surpreendeu. Por um momento se desconcertou.

– Ah, claro, Sr. Malfoy. Dez pontos para a Sonserina. – falou baixinho, mas foi o suficiente para Alvo perceber que ele se chateara.

Os olhos cinzentos de Scorpio brilharam de malícia. Parecia que queria competir até com os professores. Era doentio. Rose o encarava com indignação. A voz de seu pai lhe passou pela cabeça, lembrando que ele havia dito para ela superar o tal Malfoy.

A aula passou rápida. Os alunos saíram da estufa carregando seus pertences. Alvo foi até o professor, que terminava de arrumar os vasinhos na prateleira.

– Professor Longbottom? – disse Alvo. O professor se virou para ele.

– Vai ser um ano e tanto pra você, não é, Al?

– Acho que sim. – Alvo riu. – Ainda mais agora...

– Ah, como você se parece com o seu pai... Harry ficaria surpreso por você ter ido para a Sonserina, mas nunca decepcionado. – disse Longbottom, gentilmente – Você será um grande exemplo de seu sobrenome, assim como seu irmão Tiago.

Alvo hesitou. Algo o incomodou na fala do professor.

– Não gosto que me avaliem assim. – respondeu Alvo Potter, sombriamente.


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