And Now...? escrita por Nivea_Leticia, Lorena Harris


Capítulo 8
E agora.... ele me beija.


Notas iniciais do capítulo

OIII =)
Siim, podem me matar, estrangular e fazer o diabo a quatro.
Eu fui uma porra de uma mal escritora que deixou MESES sem postar algo e que sabe que merece apanhar por isso.
Realmente minha imaginação resolveu não voltar e acabei me dedicando a uma outra coisa TOTALMENTE diferente [e inutil]
Mas que os deuses queiram, eu volto com tudo de vez. =)
Beem, espero que gosteem e quem ama o casal PARIS&AMY levanta a mãao o/
kkkkk
Boaa leitura [existeisso?]



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Amy Beauregard Beckendorf.

Lá estava eu, sentada em cima de um pano quadriculado, com uma faixa contra minhas costelas segurando meu ombro no lugar, enquanto o sol iluminava todo o campo de gramas verdes e altas que havia ao redor do acampamento. Era um lugar que eu gostava de ficar, tranquilo, calmo e sem nenhuma pessoa perguntando se poderia me ajudar a andar. Tudo bem que eu entendia esse ultimo, mas precisava de um pouquinho de espaço. E o único espaço do mundo seria exatamente onde eu não deveria estar pelo fato de ocorrer tantos ataques em poucos segundos e por causa de Kylle, que disse a Quiron sobre as coisas estranhas que aconteciam na floresta. Não me perguntem o que era. Como ele não invadia a minha privacidade, eu fazia o mesmo.
Virei lentamente mais um pagina do novo livro que Danika tinha me dado hoje de manhã, lendo as ultimas letras da borda em grego quando senti algo diferente. Ignorei-a. A leitura me dava asas a imaginação, e eu não queria um passo para o pessoal pensar que eu estava louca. Não mesmo! Sem contar nos remédios de Will que me deixavam bastante dopada. Seria o suficiente para eu ficar vendo coisas onde não existem?
E lá estava eu de novo saindo do rumo de pensamentos que em nada me ajudava a seguir uma boa linha de raciocínio sobre aquele romance.
- Argh - revoltei quando passei os olhos pela quarta vez na mesma frase.
Remédios não me ajudavam. Paris não ajudava. Romeu e Julieta não me ajudava. Problemas não me ajudavam.
Muitas coisas se passavam na minha cabeça requerendo atenção, e não permitiam que eu fizesse o que devia. Que, no caso, era aprender um pouco mais de grego.
Deitando-me com cuidado, para não doer mais do que era preciso, comecei a procurar formas nas nuvens azuis do céu americano, curtindo um pouco daquele silencio tão.... Acolhedor agora.

Eu me lembrava de poucas coisas de quando era mais nova [o que eu já considerava uma dádiva, uma vez que são poucos o que tem algo a recordar] e Charles, meu pai, voltava mais cedo do seu trabalho.
- Ei garotinha - dizia ele sempre com um sorriso terno, bagunçando levemente meu cabelo.
- Pai.
- O que fez hoje? - se sentou ao meu lado nas escadas da nossa casa, sem se importar que seu terno estivesse sujando, algo que mamãe sempre brigava.
- Ajudei mamãe com a loja e fiquei aqui, brincando - nunca falava sozinha, pois era contra as regras de mamãe se sentir triste, o que para muitos, era engraçado o jeitinhos louco dela de viver. - E o senhor?
- O de sempre, e ai, topa tomar um sorvete? - outro daqueles sorrisos - Está quente hoje, acho que cairia bem, mas não conte a sua mãe. Sabe que ela vai dizer sobre comer fora de hora e tirar o apetite. Segredinho de escoteiro? - perguntava com o dedo mindinho estendido. Nunca neguei aquilo.
- Segredinho de escoteiro.

Aquela simples menção a minha vida antiga, onde monstros eram apenas debaixo da minha cama, frutos da minha imaginação. Perigo era deixar o copo de vidro cair e a diversão era brincar com bonecas dentro de casa enquanto mamãe fazia roupas para sua grife. Aquilo sim era uma vida e fazia-me sentir tão... Triste e deslocada naquele mundo diferente.
Então, o sol tinha sumido do meu rosto.
- Eu te procurei o dia inteiro - uma voz bastante conhecida disse quase forçando-me a olhá-lo na hora. Podia até mesmo imaginar os seus braços cruzados, os cabelos loiros e os olhos verdes me fitando. - Deixou a Danika, o Will e todo mundo mais louco. Tem idéia do que nós fizemos para te encontrar? Até Quiron entrou na historia.
Nesse momento, eu não estava mais calma, e sim em desespero. Todos tinham ido atrás de mim?
- Me desculpe, meus deuses - levantei em um pulo com um gemido de dor pela movimentação brusca - Eu não sabia... Eu... Eu fiquei aqui lendo e... Ai - droga, aquilo doía.
Entre muitas coisas que você um dia poderia conhecer, uma delas chamada: “lança em seu ombro“, corte de sua lista. Não é algo que deseje em nenhum momento.
- Ei, ei - ele segurou minha cintura - Agora eu te encontrei, pode relaxar.
- Mas o pessoal, eu tenho que dar uma explicação a eles, Paris.
Provavelmente querendo me acalmar [uma péssima idéia no momento], Paris pôs delicadamente alguns fios do meu cabelo castanho atrás de minha orelha, deixando que o sol tocasse bem meu rosto e quase me cegasse. Ao final, foi tudo ao contrario, minhas bochechas queimaram de vergonha, meu olhar abaixou e eu me vi fitando a sua mão que ainda permanecia em meu queixo. Depois daquilo na enfermaria, o que piorou muito o meu jeito ao seu lado, mal conseguia ficar perto dele. Quer dizer, o garoto tinha, tecnicamente, me abraçado. Isso não é uma atitude que esperamos de um amigo, correto?
- Seus olhos são bonitos - disse-me ele. Sim, eu sabia que tinha de responder algo inteligente, mas, se imagine na situação: o cara mais lindo do acampamento com você em um campo, um braço em sua cintura e o outro segurando seu rosto para cima em um quase ato de beijo. Ok, eu sei que vejo muito. E, como eu falei, eu precisava de algo esperto.
- Hum... O-Obrigada - gaguejei. Tá ai a timidez que acaba com tudo. O que um garoto como aquele um dia iria querer comigo? Hãn, mas eu nem se quer estava na lista de namoradas dele. Apenas um amiga. Disso, eu tinha certeza. Pois, pensemos juntos, um garoto vai trocar a garota mais bonita, por uma menina tímida que parece mais uma nerd do que uma popular? Isso é extremamente impossível.
Paris poderia ser o sonho de qualquer menina. Até da melhor amiga de sua irmã gêmea. Ele era meigo, um pouco inteligente [quando se tem filha da deusa da sabedoria é difícil comparar], sabia fazer você se sentir bem, não me tratava mal, até mesmo permitiu que eu cuidasse de seus ferimentos, divertido e acima de tudo, sabia me fazer gaguejar mais que o normal. Será que eu... Abri meus olhos pasma com o que tinha acabado de descobrir sobre algo que estava lá a mais de quatorze anos. Não, aquilo não seria possível. Qualquer coisa, menos aquilo. Seria idiotice da minha parte um dia pensar que poderia se quer beijar aquele garoto perfeito demais. Quantas garotas não tinham caído na mesma que a minha e agora estavam por ai, dizendo besteiras para as amigas e talvez até mesmo chorando? Não, isso não poderia acontecer.
Como eu nunca havia notado aquela interrupção nos movimentos do meu coração todas as vezes que via aquele simples vislumbre dos cabelos loiros lisos? Isso é tão... Ridiculamente possível!
Uma imagem voltou a minha mente, de vários anos atrás. Era da minha mãe, Silena, sentada ao meu lado, assistindo um filme de romance em que a personagem principal se apaixonava pelo seu melhor amigo[na verdade, o único], se não me engano “A filha do presidente” e ela dizendo baixinho somente para mim “Isso acontece as vezes, sabia, querida? É um sentimento pequeno mas que quando vai crescendo” ela tocou meu coração “Vira uma linda flor e ai, tudo fica de cabeça para baixo. Você deixa de saber o que é cima e o que é baixo. Ele passa a ser importante.”
“Eu nunca vou conhecer isso, mamãe” lembro de ter dito “Vou casar com um príncipe e vamos morar em lindo castelo com grandes arvores no nosso jardim, igualzinho você e papai”
Aquela sua risada ecoou pela minha mente, até eu conseguir acordar ao agora.
- O que foi, Amy? - a voz preocupada - Aconteceu algo? Está sentindo dor?
O que aquilo importava? O pior estava acontecendo. O que eu sempre quis que nunca ocorresse, agora se desencadeava na minha frente. Mamãe poderia errar em tudo, mas, poderia ser ao menos nos meus relacionamentos? O filho do herói do Olimpo comigo? Esse era um conto de fadas mais improvável do que os da Branca de Neve.
- Amy - sua mão afagou a minha bochecha quando pequenas lagrimas escorreram dos meus olhos enquanto tinha a visão daquelas orbes verdes tão lindas, tão... Erradas - Amy, você está me assustando, me diga.
- Na-nada - tratei de negar quando pude.
Pela sua expressão foi possível ver que não acreditou em minhas palavras.
- Me fale, Amy, o que foi? - ele era carinhoso demais.
“Sentimentos são difíceis” escutei um eco da voz de meu pai naquele dia de sol em que tomamos sorvete.
- Nada me-mesmo, Paris.
- Você está chorando e vem me dizer que não é nada, Amy, conte outra.
Sim, ele estava completamente correto sobre essa, mas não iria dar meu braço a torcer. Não até  ter certeza do que estava acontecendo.
Sem deixar mais tempo para conversas, sentindo dor mesmo com o ranger de dentes, apanhei o pano sobre qual minutos antes estava deitada e o meu livro, que por acaso estava em uma parte bastante... Amorosa. Não, aquilo agora não.
- Vamos, eu vou ver a Danika e avisar para ela que eu estou bem - disse não permitindo que meu olhar caísse sobre o seu, também notando que quando eu era mandona, nem mesmo minha voz me traia.
- Mas... Amy.
- Eu não quero deixá-los preocupados, Paris - sussurrei baixinho na minha voz habitual.
- Amy, eu queria te dizer algo.
- Depois me fale, por favor, vamos.
Mais um minuto, e tudo estaria bastante constrangedor. Não deixando que ele me dissesse coisas estranhas ou até mesmo desnorteantes agora, fui andando na frente limpando as lagrimas e desejando que eu não fosse como mamãe que a qualquer coisinha ficasse chorando.
- Amy... - foi quando ele puxou levemente meu braço bom, rodando-me para a sua frente.
- Paris, por favor, vamos.
- O que foi que aconteceu? Algo que fiz? Que eu disse? Amy, uma resposta!
Não, não dava mesmo para dizer algo.
Talvez eu pudesse falar “Sabe, eu acho que estou sentindo algo por você a um bom tempo e agora que fui notar!” ou então “Paris, desculpe mesmo por isso, mas eu estou apaixonada por você”. Aquilo não podia estar acontecendo comigo, não quando eu sabia até mesmo os seus gostos, os seus desenhos favoritos e sua cor preferida. Sim, sim, sim. Eu podia e cai igual um patinho nessa. Como pude ser tão... Inocente?
- Não vai me dizer, Amy?
Novamente, fiquei em silencio, olhando para os seus tênis brancos que estavam sujos nas laterais, provando que realmente esteve atrás de mim. Isso deveria ser bom ou ruim? Afinal, o que eu estava pensando?
Minha cabeça começava a doer, tanto pela a força que pulsava contra meu ombro, quanto pelo turbilhão de coisas que se passavam em minha mente, deixando-me louca. Eram como milhares de acessos em uma só pagina, com o nome “Paris”, todos desejando entrar e mexer nos arquivos que compunham o local. Muito para mim. Sentindo dor, mordi meu lábio inferior afim de mudar o ponto e tentar esquecer qualquer coisa que pensei.
Ele provavelmente deve estar imaginando que sou uma covarde, falei a mim mesma, apertando ainda mais os dentes, o que deixaria uma bela marca.
Uma respiração que demonstrava derrota.
- Você deve adorar me deixar incapacitado - murmurou ele para mim, tão perto que podia até mesmo colocar a mão em seu peito, onde dias atrás deviam estar os seus hematomas. Acho que dali, seria possível sentir as vibrações daquele coração forte.
- Nã-não - neguei na mesma hora, movendo a cabeça que acabou em mais dor para mim. Uma dor que valeria estar comigo se ele parasse de me fazer sentir culpada, uma reação normal e rotineira minha. Com ele, eu nunca queria raiva, ódio ou até mesmo, pena.  - Eu jamais...
- Amy - ele pegou meu rosto que parecia tão pequeno entre suas mãos masculinas, fazendo meu coração pular loucamente com a mínima distancia e meus batimentos ficarem cheios daquelas pequenas ondas de energia vitalícias dele.
- Paris, e-eu não gosto de te deixar impotente - eu sabia que era sobre aquele sentimento, aquele em que ele tocou no assunto comigo na enfermaria - Nunca, eu... Eu...
- Shhh, Amy, eu só queria sua atenção - dito isso, seu braço me apertou contra ele. Sua mão se abrindo em minhas costas de um jeito possessivo e protetor, acordando todos os hormônios do meu corpo. Provocando batimentos desgovernados, sangue bombeando com mais força. Então, a acariciar a minha face, ele foi chegando perto. Sua boca tocou a minha levemente, levando choques para minhas veias, arrepiando em meus cabelos e logo, seus lábios me beijavam com vontade. Aquilo para mim, poderia ser o beijo de príncipe que sempre sonhei. Seu gosto era mais... Doce, quase um morango místico que não havia como definir. Seus dedos, que estavam presos aos fios dos meus cabelos, acariciavam-me da forma mais terna possível. Suspirei. Eu poderia ficar ali para sempre, naqueles braços fortes.... Minha mão escorregou lentamente para seu peito, no local em que pensei ser seu coração, o órgão pulava tão loucamente quanto o meu em uma corrida em que ninguém saberia o vencedor. E deixando-me levar por aqueles sentimentos, deslizei meus dedos para seus cabelos, encontrando aquele loiro absurdamente lindo e macio contra minhas unhas, um leve arranhar. Quase pude escutar seu ronronar, se fosse um gato. Não dando-me espaço e nem tempo para sentir algum tipo de sentimento alem de uma luxuria envolvente, e muito menos pensar, ele me puxou ainda mais, colando meu corpo ao seu, um... Pecado.
Ficamos assim por tanto tempo, curtindo aquele ato, que quando parou, pensei ter ficado embaixo da água por horas que nem se quer consegui voltar a abrir os olhos. Sem duvida, aquele fora o beijo mais... Complexo da minha vida. Havia tanta coisa em jogo, tantos sentimentos, ao menos da minha parte.
- Amy - murmurou ele uma vez mais, finalizando do seu jeito perfeito.
Quantas vezes uma pessoa pode ir a lua? Essa era a pergunta idiota que se passava em minha cabeça que por acaso estava encostada naquele homem tão... Brutalmente delicado comigo. Meus ouvidos ainda zumbiam com o som dos meus batimentos descoordenados, quando mãos fortes subiram em movimentos irregulares em meus braços apertados contra meu peito com as mãos abertas no seu, quase ouvindo o martelar do sangue na sua veia do pescoço. Ainda arfava, não somente pelo beijo, mas pelo ombro também, então, virei o rosto, podendo colocar o ouvido contra seu tórax e escutar, bem alto, o tamborilar do seu coração.
Algo estava errado, bem errado.
- Paris - sussurrei baixinho, levantando o olhar para ele um pouco atordoada. - Eu.. Eu..
Cor escura entrou em minha visão, incapacitando o verde de me fitar, e então estava de volta.
- Amy, você está bem? - como sempre preocupado, e pela primeira vez, em justa causa. Não, eu não estava nada bem. Não era mais por causa do beijo que meu sangue batia contras as minhas veias com velocidade, era aquilo, era o meu ombro.
- Não - mesma metamorfose de cores escuras para claras - Saindo de foco. Minha visão, está saindo de foco.
- Ei, não desmaia, agora não - brigou fazendo algo que meu corpo nem mesmo reagiu - Está ouvindo, Amy, nada de desmaiar.
- Cores diferentes, mas não vou desmaiar - prometi dando o que lhe podia.
Entrando e saindo de vista, meus olhos começaram a ver coisas. Eram formas estranhas, idéias estranhas e então, um menino. Sim, era um menino de olhos azuis e cabelos muito negros que de alguma forma fazia com que meu corpo entrasse em modo de batalha. Ele também parecia me reconhecer. Iris tão... Claras que chegavam a serem anormais e emanavam poder.
“Não esqueça, o mal chegou, Amy” aquela mesma voz como final.
Então, voltei ao normal, com a cabeça contra o pescoço do loiro e sendo levada em seu colo por Paris para provavelmente ao Acampamento. Como pensei que aconteceria caso alguém me visse assim, o pessoal foi parando onde estavam, conversas novas sem duvida sobre mim naquele estado e logo, Will era um entre eles, vindo em nossa direção.
- Encontrei ela aqui pertinho - escutei Paris dizer em sua voz mais rouca que o de costume.
- O que aconteceu? - a voz do líder do chalé de Apolo pertinho.
- Ela estava bem, já vínhamos para cá e então, ela começou a passar mal dizendo estar com a visão turva - dedos que criavam correntes elétricas em mim afagaram minha cintura. Um jeito que para mim deu a entender ser possessivo demais, quase como um “Pode deixar que eu mexo nela, só diz o que fazer” - Acho que não chegou a desmaiar, mas esteve calada.
- Amy, você está me escutando?
Com uma dor infernal, assenti levemente. Por que aquilo estava acontecendo somente comigo? Por que comigo? Isso não deveria ser coisa da Rachel, a nossa oráculo? Só de pensar, minha cabeça formigou pelas pontas como agulhas contra meu crânio.
- Consegue dizer alguma coisa?
Mais um movimento que de brinde ganha um premio horrível.
- Acho que ela só precisa descansar. - murmurou o médico daqui - Devem ser a drogas.
Na mesma hora, sabendo que não poderia adiar mais, abri os olhos e com eles, chamei Paris para perto. De algum modo ele entendeu, e me puxou mais para cima, onde minha boca pode tocar sua orelha.
- Mal, de novo - sussurrei com a minha melhor voz, evitando a dor transpassar por ela também.
- A mesma voz da outra vez? - perguntou no mesmo tom de voz.
Assenti, voltando ao meu cantinho, contra o seu peito. Onde aquele frio e aquele medo que faziam meu corpo tremer, sumia, dando lugar a algo como amizade, carinho e, agora, amor.
- Vou levar ela no meu chalé - disse Paris como um porta voz para Will - Depois, quando ela estiver descansada, chame Quiron. Temos algumas... Coisas, para conversar com eles.
- Qualquer coisa que precisar, chame Hyanna.
Não ouvi mais nada, e logo, o leve sacudir do andar de Paris me fez dar conta que ouve uma conversa silenciosa entre os lideres, da qual, provavelmente, eu teria descoberto caso não estivesse tão confortavelmente abraçada ao neto de Poseidon. Paris também deveria saber que eu não estava em condições de falar, com aquela mesma dor desgraçada da ultima vez que encontrei aquela voz, e se aproveitou daquilo. Tentei mais uma vez olhar para cima, sem que o sol pegasse em meus olhos, para assim conseguir enxergar o loiro, mas todas foram inúteis, menos a ultima, que era bem previsto, uma vez que estávamos naquele chalé que tinha cheiro de maresia.
- Durma - sussurrou ele para mim, de um modo bem terno.
- O que..
Antes que tivesse a chance de terminar, ele colou nossos lábios por poucos segundos, em um “Calada”. Eu entendi que não daria para conversar com ele desse modo, então, o melhor que tinha a fazer, era aceitar. Só não esperava que quando me deitasse em sua cama de casal, ele viesse junto e me aconchegasse em seu abraço. E seus dedos começassem a se passar entre meus cabelos, fazendo um cafuné que sempre me fazia dormir. Foi nesse momento que notei o meu corpo tremendo fortemente, quase como se estivesse com frio.
- Nada vai acontecer com você, Amy, pode relaxar.
Sinceramente? Fiz diversas tentativas, e, quando ele puxou um cobertor para cima de mim, que, finalmente consegui dormir com uma pergunta em minha mente “Por que eu?”


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Notas finais do capítulo

Eee aaii, o que acharam??
Kisses E DESCULPEEM POR TUDO =)