And Now...? escrita por Nivea_Leticia, Lorena Harris


Capítulo 1
E agora... Depois de dois anos e dois meses?


Notas iniciais do capítulo

Oii, galerinha, saudade de vocês! *-*
Eu sei que já tinha postado no outro esse capitulo aqui, mas é que tenho de fazer separado ^^
Então, aqui com vocês a continuação.
Não vou começar a postar agora, mas vou tentar ser rapida!
Peço que não me deixem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121311/chapter/1

Annabeth Chase

Nós estávamos na estrada a mais ou menos cinco horas, não era longe para onde iríamos, mas nunca pareceu tão difícil chegar. Percy dirigia, cantando e rindo com nossos filhos que, no banco de trás, o acompanhava. Finalmente, éramos uma família feliz com duas crianças de cinco aninhos. Olhei para trás, achando os dois pestinhas trocando cochichos e sorrindo de canto para nós. Paris não tinha como ser mais igual ao pai, seus cabelos negros eram do mesmo modo liso, o gênio relaxado quando quer,e Danika que se mostrava cada vez mais inteligente.

- Nós sabemos para onde vamos - declarou ela como se fosse a Presidente dos Estados Unidos. Não pude evitar de rir de sua carinha seria.

- Ah, é - disse Percy  - Onde vamos?

- Dã, acampamento meio sangue. 

- Falei que ela era a minha filha - sussurrei para Percy rindo - Já sabe só de tantas vezes você ter falado.

- Mas, mãe.

- Sim, Paris?

- Pensa comigo - ele levantou um dedo - Meio Sangue, mais Meio Sangue não dá um inteiro?

- Esse é o seu filho, Percy.

Danika riu da minha fala, provavelmente entendendo a minha piadinha. Enquanto Percy sorria e Paris ficava emburrado. Mas, para minha sorte, havíamos acabado de chegar. 

- E aqui que vamos acampar? - Danika olhou pela janela a colina - Não tem nada alem de mato.

- Essa parte é minha - falou Percy antes de sair do carro. 

Andávamos de mãos dadas, descendo a nossa tão conhecida trilha. Peleus estava ainda maior se possível, enroscado no Velocino de Ouro e nem deu um oi para nós, simplesmente nos ignorando por já saber que somos. As crianças gritavam animadas com aquela pequena cidade grega, sorrindo a todo momento, e apontando para os chalés.

- Danika, Paris - gritou alguém conhecido. Um pouco longe, Lucien tentava fugir das garras de sua mãe, Thalia que parecia uma leoa de cabelos negros com pontas loiras. Era cômica aquela família. Aquele momento de distração da minha melhor amiga foi a brecha do seu filho correr para nós dois. - Oi tio Percy, tia Annabeth, posso levar os dois para conhecer o acampamento? 

- Toma cuidado com a minha menina, viu, Lucien? - brincou meu marido, deixando que nosso sobrinho sumisse com nossos filhos dizendo um “É maneiro aqui, tem esgrima!” . Quem diria que eles se dariam tão bem? O único que não estava junto ainda era o pequeno Kylle que se empoleirava nos braços de meu irmão, brincando com um dragão de pelúcia. Aqueles olhinhos negros herdados do pai e o sorriso amigável da mãe faziam dele uma criança merecedora de uma capa de revista sobre bebês. 

- Vem cá, Kylle - chamei-o estendendo os braços. Comigo, ele nunca hesitava em se jogar. Não foi diferente. - Ei, garotinho.

- Tia Ann - chamou ele sem conseguir terminar de pronunciar meu nome. Era extremamente fofo aquele menininho de dois aninhos. Dois meses após nosso casamento, Nicole também teve a agrade Val chance de sentir a dor do parto. E como eu e Thalia, tudo valeu a pena quando vemos aquelas criaturinhas fofas que se parecem tanto com a gente. 

- Oi, Ni - a cumprimentei com um sorriso, vidrada em seu filho - Kylle está tão lindo.

- Parecido com o pai - disse Nico nos fazendo rir da sua modéstia - E ai, como vão indo com Danika e Paris?

- Percy está quase enlouquecendo - falei - Principalmente quando trabalho o dia inteiro, quando chego em casa me pergunto se foi um furacão ou se foram um maremoto. É difícil de escolher, tem tanta destruição em ambos.

Percy sorriu para Kylle.

- Mas depois ela gosta quando cuido dela, se me entendem, não é, Sabidinha?

- O Lucien ainda me tira do serio - Thalia se aproximou de nós, segurando uma blusa pequena de frio que devia ser de seu filho - Incrível como ele é inquieto, mais do que eu!

- São genes, querida - Luke sorriu - Ou acha mesmo que ele não tem para quem puxar a vontade de fugir da gente ou escutar rock pesado, Thalia?

Arregalei os olhos.

- Ele já escuta rock?

- Fiz ele desenvolver um bom gosto logo, Annie!

Thalia sorriu perversa. Tadinho do garoto, mal cresceu e já deve estar pensando em ou colocar um piercing ou então fazer uma tatuagem. E se dependesse de sua mãe, ele poderia fazer isso.

- Hum... Kylle é calmo, não chora muito e adora ficar com esse dragão - explicou Nicole com uma fascinação pelo filho - Realmente, acho que são genes.

- Se for assim, Danika vai ser bastante tímida se seguir a mãe.

- E se seguir o pai, vai ser safado, certo, Percy?

Rimos dele ao assentir positivamente.

- Será que eles vão se dar bem aqui? - perguntou Thalia depois de um silencio tranqüilo, olhando para nossas crianças rindo de algo que faziam com Quiron. Ele era tão carinhoso com eles, já havia até mostrado uma boa parte dos chalés. Danika era a mais engraçada deles, os olhos brilhando enquanto absorviam as informações que lhe eram oferecidas. Era bonitinho ver que tinha seguido o meu legado de nerd da turma. 

- Vão sim - respondeu Percy com um braço a minha volta - Se nós conseguimos nos dar bem, por que eles não?

- Por que talvez eles fossem mistura de sangues? - Nicole falou o obvio - Pergunto-me como será a vida deles.

- Melhor do que a nossa, isso eu tenho certeza.

- Pode ser que seja melhor mesmo, Annie, mas também pode ser ruim.

- Vamos ter que apostar no caminho bom, Percy.

- Já contaram para eles que o pai deles morreu um dia e voltou? - questionou Nico desviando o assunto sobre o futuro para se virar para eu e Percy. Neguei com a cabeça.

- Ainda não disse nada, Nico, acho que vai ser pesado demais por essa idade.

- Tem certeza, Annie? Eles podem não gostar depois.

- Vão ter que aceitar, de um jeito ou de outro, mesmo que eu deseje que seja pacificamente. - suspirei - Mas, penso que algum dia diremos.

- Não demoraremos - prometeu Percy, indo atrás dos nossos filhos, que por acaso, haviam acabado de cair dentro do chafariz em que joguei Percy naquele primeiro dia depois de ganhar grandes cortes nas costas do cachorro do reino de Hades. - Danika, Paris e Lucien, saiam daí, vão ficar doentes, querem ficar na cama? - gritava ele sem importar com a água que caia em si, sabia que após isso bastaria pensar na água evaporar e ela faria. 

- Bem, acho que vamos ficar aqui por uns dias - falou Thalia já revoltada por seu filho estar molhado - Espero que tudo ocorra bem.

- Acho que todos nós queremos isso.

Então, ficamos ali, vendo meu marido correr atrás deles.

DOZE ANOS DEPOIS

Paris Chase Jackson

Ela bateu a porta com raiva assim que entramos em nossa casa. Danika estava cada vez mais nervosa comigo, mas o que eu podia fazer se aquele idiota do meu amigo deu em cima dela na minha frente e ainda quase a comeu com os olhos? Sem contar que antes dela sair da quadra, pois tinha ido me avisar que Papai e Mamãe tinham mandado a gente ir para casa assim que terminassem os treinos, ele quase a beijou! Agora, definitivamente iríamos para o Acampamento Meio Sangue, o local que mais desejava. Acho que ali seria mais calmo. Meu punho ainda doía e eu o mexia, afim de tentar sentir melhor. Minha irmã jogou a bolsa no sofá, e sem dizer nada para mim, ela foi para a copa, aonde nossos pais estavam. 

- Mãe, eu juro que qualquer dia desses Paris não volta para casa vivo - escutei ela dizer para Annabeth, minha linda mãezinha de olhos cinzas tão perfeitos quanto de Danika. Cheguei no cômodo, vendo o meu pai arrumar a mesa. - Ele bateu na cara do meu futuro namorado.

Minha mãe me fitou, pasma.

- Por que você bateu no... - Papai parou ao ver o que ia falar - Como é que é? Seu futuro namorado?

- É, o idiota do Derick, um amigo meu - sentei ao lado de Danika - Ele estava dando em cima dela.

- E precisava bater, Paris? - perguntou minha mãe com os braços cruzados sob o peito.

- Eu não bati, eu soquei ele. Acredita que ele disse que se a visse sozinha tinha pego ela de jeito?

- É - minha irmã revirou os olhos - Mas esqueceu da parte em que bateu tanto que tive que te segurar e os meninos Derick, caso contrario, teriam ido direto ao hospital.

Dei de ombros.

- Tanto faz, Danika, ele não ia ficar dando em cima de você.

- Eu sei me cuidar, Paris, não preciso de você.

Com essa tive que rir.

- Ah, ta, e eu sou Napoleão Bonaparte, Danny. Dá um tempo vai.

- Vocês dois, fiquem quietos - olhei para a pessoa que disse. Pela porta da cozinha que dava para o deck da casa, Lucien aparecia, acompanhado de Kylle que tinha em volta de seus quatorze anos. - Parecem cão e gato.

- Olha quem fala - sorri - O senhor certinho. O que estava aprontado dessa vez?

Ele apontou com a cabeça para Kylle.

- Fui buscar ele para irmos ao Acampamento, estou louco para chegar lá - Lucien deu um beijo na bochecha da minha mãe e um bater de mãos no meu pai - Fala, tio, tia.

- Boa tarde, Lucien - falou Annabeth sorrindo maternalmente para nós - Vão ficar para almoçar?

- Rango é com a gente mesmo - respondeu Lucien sentando-se entre eu e Danika, o que foi bom, afinal, sairíamos nos tapas caso ficássemos perto - E ai, o que aconteceu dessa vez para estarem se estapeando?

- Ele quase matou meu novo namorado. - acusou ela dando um beijinho na cabeça de Kylle - Como vai, K.?

- Indo - Kylle era que nem o meu tio Nico, calmo, relaxado e na sua. Alem de ser o mais novo da turma, era muito cabeça, sabia muito mais do que eu. Isso eu garanto. Dei um soco na sua mão estendida em punho, sorrindo. 

- Fala, Kylle, como ta indo com as gatinhas?

- Paris sempre pensa com a cabeça debaixo - cantarolou minha irmã para me provocar. Fiz uma careta para ela.

- Danika, me deixa, ok? 

Ela colocou as mãos para frente.

- Não está mais aqui quem falou, Paris.

Lucien sorriu animado enquanto brincava com o anel novo da minha irmã. Sinceramente, acho que os dois tinham um caso. Mas, quem sou eu para dizer algo? 

- Opa, quem vai dirigindo o meu novo Porsche? - perguntou o meu primo estendendo a chave para mim. Sei que meus olhos brilhavam ao ver aquelas coisas prateadas, me chamando para conferir o automóvel.

- Ah, cara, sua mãe te deu um Porsche?

- Pois é, depois daquela sumida rápida, ela ainda deixou, acredita?

- Isso que falo uma grande conquista - sorri para meus pais - Mãe, você vai deixar, não vai?

- Nem pense nisso, Paris Jackson - ela negou colocando os hambúrgueres nas frente de todos nós. Ela sempre fazia esse tipo de besteira para a gente quando meus primos vinham para cá, mas, nos demais dias, eram somente coisas saudáveis. Dizendo ela para manter o meu corpinho perfeito esculpido pela natação. Não dizia nada. - Você ainda não pode.

- Mas, Mãe....

- Nada de mais, Perseu Junior - disse-me ela me dando um beijo - Tão teimoso quanto o pai.

- Eu não era teimoso - brigou meu pai lhe abraçando por trás - Eu só era um pouco difícil, mas deixa o menino dirigir, sabidinha, não tem o porque ser mal assim.

- Tudo bem, Paris, você ganhou essa!

- Yes.

O sol estava quente quando caímos na estrada, loucos para chegarmos ao Acampamento. O caminho foi engraçado. Kylle fazia a gente rir, Lucien dizia besteiras e cantava alegremente enquanto a minha irmã não olhava para mim escutando o seu Ipod. Acho que errei de novo quando disse que Lucien e ela tinha um caso. Não, eles pareciam somente irmãos. Vai entender eles? Já estava a cento e oitenta no velocímetro, cada vez implorando que aquela belezura fosse mais rápido. Era bom sentir o vento no cabelo, colocar os óculos de sol para ver as arvores sem precisar colocar a mão afim de desviar a brisa, apoiar o braço na porta do carro conversível. Era perfeito aquele carro. Do jeito que eu queria. A floresta começou a ficar mais densa e por fim, soubemos que chegamos no lugar. Depois de três horas, havíamos desligado o carro no topo da colina.

- Acampamento Meio Sangue - falou Lucien dando uma de louco ao abrir os braços de olhos fechados - Aqui vou eu.

- Tenho até medo do que vá fazer - brinquei descendo ao lado de Danika que as vezes pedia minha ajuda. Quer um irmão melhor do que eu? Não existe. 

- Curtir muito - falou ele, pulando os galhos e quase caindo.

Eu sabia que seriam apenas alguns dias, mas quem sabe não fossem bons? Pois é, a minha vida é essa. Ser filho de um herói com a melhor menina daqui, famoso e bonito. E loucamente apaixonado nela, Dafne La Rue  Schmidt, a filha de Clarisse com Louis, ambos amigos de meu pai. Agora, mal sabia eu, que minha vida mudaria completamente. Pois, aquilo que eu e Danika éramos, estava alem do normal, alem da compreensão. Agora sim, seria diferente. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, rewis? *-*