Longos Passos até a Felicidade escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii gente bonita! Sinto muito pela demora, mas eu to aqui!
Boa leitura, e lá em baixo a gente conversa.



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Capítulo 18

“A felicidade a acertou como um trem nos trilhos

Indo na direção dela, não há pra onde fugir

(...) Os dias de cão acabaram

Os dias de cão chegaram ao fim.”

(Dog Days Are Over - Florence and The Machine)

Narrador: Isabella

Os ovos mexidos e o bacon já estão no prato prontos para serem levados para Edward. Dou mais um tapinha no meu rosto tentando ganhar uma cor mais “saudável” e pego a bandeja.

Eu não deveria estar tão preocupada com a minha aparência, mas hoje de manhã foi impossível não pensar em qual roupa eu ficava mais feminina, e inevitavelmente, eu percebi que toda essa nossa relação estava fazendo uma parte morta em mim voltasse à vida.

Subo as escadas sentindo aquela ponta de insegurança, não queria acorda-lo ou parecer uma garota desesperada para agradar, mesmo que antes de tudo o que aconteceu com a gente eu já fizesse isso.

Mantenho o foco ao alto da escada e coloco meu melhor sorriso em meus lábios. Não vou resmungar nem uma vez hoje, mesmo que eu sinta vontade. Às vezes reclamos tanto da vida sendo que tem gente que vive dramas bem piores que o meu.

- Isabella? – Escuto a voz de Edward quando termino de subir a escada e ele ia saindo do quarto.

- Oi. – Abro mais ainda meu sorriso. – Você já acordou. – Comento feito uma idiota e reviro meus olhos sem deixar de sorrir. – Bom, eu ia levar seu café da manhã.

Edward abre novamente a porta do quarto fazendo um convite mudo para que eu entre. Sem esperar que ele diga alguma coisa, caminho para dentro do seu quarto que diferente do que eu encontraria meses atrás, está em perfeito estado.

Coloco a bandeja no criado mudo e me viro para Edward, ainda sorrindo. Ele está lindo, de banho tomado e com os cabelos ainda úmidos, veste uma camiseta branca e uma calça de moletom.

- Que cabeça a minha, esqueci de dar bom dia. – Meus lábios formam uma linha fina no mesmo tempo que meu coração da um pequeno pulo.

Edward fecha a porta olhando em meus olhos e me da um sorriso de lado, como se de alguma forma, achasse maravilhosa a ideia de eu estar em seu quarto.

- Ótimo dia. – Ele responde e abaixa a cabeça dando um sorriso mais aberto e tentando esconde-lo de mim. – Como foi a sua noite?

- Boa, e a sua? – Saindo de perto da porta ele caminha para a cama e se senta, batendo com a mão para que eu me sente também.

- Tive um sonho. – Ele solta e depois fica em silêncio. Faço um sinal para ele prosseguir com a mão e ele encolhe os ombros. – Sonhei com você.

- Sonho bom ou sonho ruim? – Pego a bandeja e coloco entre nós dois.

- Sempre quando sonho com você é algo bom, sempre me ajuda. – Ele fala baixo.

Aperto minhas mãos uma na outra nervosa. Mas uma declaração – ele sonha comigo sempre. Respiro fundo e tento jogar a vergonha para longe, mesmo sabendo que meu rosto está vermelho.

- Bom. – Falo baixo sentindo Edward me olhar.

- Você fica muito bonita assim. – Levanto meus olhos e encaro-o.

- Obrigada. – Edward da de ombros e pega um pedaço de bacon.

Ajeito meu corpo na cama tentando me controlar e parar de parecer tão frágil ou insegura. Eu tava bem antes de chegar ao quarto, porque eu tinha começado com isso agora? Mando uma mensagem para que meu coração pare de bater aceleradamente e que minha boca pare de pensar o quanto é bom beijar a boca dele.

- O que você sonhou especificadamente? – Pergunto finalmente.

- Achei que não fosse perguntar. – Ele sorri de novo daquele jeito acanhado. – O sonho foi estranho na verdade, mas foi bom. – Edward suspira e olha para o teto branco. – Fazia tempo que eu não sonhava em sair da mansão, sair de verdade, ir para um lugar e interagir com todos.

- Você sonhou que saiu da mansão? – Pergunto tentando entender onde eu me encaixava.

- Nós saímos, na verdade. – Ele me olha de lado, e dessa forma, seus olhos verdes parecem brilhar. – Fomos ao casamento de Alice.

- Nossa. – Abro um sorrisinho. – Isso é um sinal, você sabe... De que deveríamos ir.

- Isabella, por favor... – Ele me olha um pouco torturado e eu me sinto mal.

- Não está mais aqui quem falou. – Interrompo-o. – É só que eu acho que seria bom, você sabe, ir ao casamento da sua prima.

- Sinto muito... Mas eu não consigo! – Ele resmunga parecendo terrivelmente chateado e envergonhado. – Alice é muito esperta, ficaria prestando atenção em nós dois, e eu não a quero se metendo entre nós. Não quero que nada estrague isso aqui Bella.

Faço sinal positivo com a cabeça e me recosto na cabeceira da cama dele. Ele tem razão, é obviu. Com que cara eu iria aparecer no casamento da prima do homem que deixa meu coração doido sendo que eu sou empregada dele? Tudo bem que Alice não parece do tipo que ficaria me julgando, mas seria no mínimo algo estranho.

Por isso, jogo todo o meu desejo de querer comparecer ao casamento fora e me contendo em ficar aqui com ele, porque assim ta bom. Estamos bem, mesmo que aquela pitada de insegurança possa aparecer uma vez ou outra. E eu sei, que se alguém estivesse olhando para a gente agora, ficaria obviu que existia sentimento e entrosamento – mesmo desajeitados.

- Você tem toda razão. – Estico minha mão e aperto a dele rapidamente. – Mas, que tal depois que você comer a gente ir fazer uma coisa.

- Que coisa? – Ele pega outro pedaço de bacon.

- Por enquanto e segredo, ta? – Sorri para ele. – Apenas coma e depois falamos da coisa que a gente vai fazer.

- Por quê? O que você está pensando? – Edward para de comer e franze o cenho.

- Só quero tentar uma coisa, certo? – Aperto a mão dele e levanto. – Te espero lá em baixo. – Dou um beijo rápido na bochecha dele e saio do quarto, deixando ele com uma interrogação na testa.

Caminho apressadamente para fora da casa e vou para o meu quarto. Não sei se o que vou fazer é o certo, mas pensando no sonho dele agora, sinto que chegou a hora de tentarmos algo novo.

Prendo meus cabelos e coloco uma blusa mais fresca. O sol está um pouco forte e como vamos andar não quero frita dentro das minhas roupas.

Pretendo levar Edward até os grandes portões da mansão, tentar fazê-lo atravessar para a estrada que nos separa do centro de NY. Nós não vamos andar da mansão até o centro, mas caminhar um pouco fora dos grandes muros da mansão, provavelmente fará bem a ele. Ele quer sair, caso contratio seu subconsciente não estaria mandando aquele tipo de alerta.

Respiro fundo e me olho no espelho. Pareço confiante e em nada pareço estar fazendo errado. Acho sinceramente que isso é o certo, que é assim que ele começará a reagir. Não pelo casamento que eu queria ir – agora eu estou voltando em mim e fazendo pelo motivo certo, porque isso é bom para ele.

Deixo meu quarto e volto correndo para a mansão. Encontro Edward deixando a bandeja na pia.

- Coloque uma bermuda, está quente lá fora.

- Onde nós vamos Bella?

- Vamos tentar uma coisa, está bem? – Caminho para perto dele e pego em sua mão. – Confia em mim, não confia?

- Sim.

- Então, não precisa ficar preocupado. – Dou um sorriso de lado.

- Está bem, me espere aqui. – Edward solta minha mão e corre para chegar ao quarto.

Encosto-me na parede gelada esperando sinceramente que eu não esteja fazendo uma grande besteira, e que de tudo certo. Que ele consiga ultrapassar esse obstáculo. Porque ele pode, ele é um lutador e nessa guerra interna ele já está vencendo. Já venceu.

(...)

Narrador: Edward.

Coloquei uma bermuda confortável e chinelos, descendo a escada correndo em seguida. Não sei o que Isabella pretende para mim, mas ela parece confiante de que eu consigo, então, acredito que não será nada alarmante.

Acho que ela cansou um pouco de insistir a situação do casamento – mesmo que estivesse tentando agradar Alice quando jogava aquelas indiretas em cima de mim, parecia que finalmente tinha percebido que era algo pesado demais para eu carregar. Não conseguiria fazer aquilo nem mesmo por ela.

Encontrei ela na cozinha com a cabeça um pouco baixa e os olhos fechados, parecia esta fazendo uma prece ou algo assim, mas assim que percebeu que eu a estava observando levantou a cabeça e sorriu para mim.

Isabella estava linda, seus olhos seguros brilhavam de expectativa e seu corpo agia com total naturalidade agora, não mais incomodada com a minha presença como tinha parece mais cedo.

- Vem. – Ela estende sua pequena mão e eu a pego, segurando com firmeza.

Começamos a caminha em direção ao portão da mansão, que fica um pouco afastado da entrada em si. Não falamos nada, mas acho que ela percebeu que eu começava a ficar nervoso.

- Onde estamos indo? – Pergunto de novo, mas parecendo um garotinho do que um homem.

Xingo-me internamente por parecer tão incrivelmente idiota. Como Isabella pode beijar um homem como eu? Sou tão, tão...

- Edward, pare já com isso. – Ela aperta minha mão e continua andando. – Vamos tentar uma coisa, mas você não precisa ficar nervoso, estamos só na primeira tentativa, então, se você achar que é demais paramos.

- Que coisa é essa?

- Vamos tentar caminhar pela estrada, certo? Sair de dentro da mansão. – Paro de andar na mesma hora e ela para também e se vira para mim. – Não vamos ir muito longe. – Ela da um passo e fica ainda mais próxima de mim. – Vamos apenas tentar, certo? – Vendo que eu nada dizia continuou. – Se você não quiser tudo bem, mas enquanto vamos até o portão, você vai pensando, não decide nada agora.

- Bella...

- Eu só quero o seu bem, e acho que isso vai fazer bem a você.

- Talvez, mas... – Eu paro. – Isso é por causa do casamento?

- Por favor, esqueça esse casamento. – Suas pequenas mãos pegaram meu rosto, para que eu olhasse bem dentro de seus olhos. – Isso é por causa de você, não percebe? – Mordo o lábio inferior e balanço a cabeça negativamente. – Você já venceu uma etapa, precisa ultrapassar outra, e essa etapa é isso. Sair daqui. Ou pelo menos tentar.

- Eu... – Balanço a cabeça e tento dar um passo para trás, mas Isabella me segue não me largando nunca. – Isso é complicado, está bem? – Olho por cima de seus ombros, não estamos muito longe do portão, e andar até lá não mudaria em nada. – Não quero decepcionar você, mas... Não posso fazer isso.

- Por quê?

- Isabella! – Resmungo.

- Você nunca saiu daqui de dentro? – Ela volta falar comigo, chamando a minha atenção. – Nunca nem quis tentar?

- Eu saí daqui a muitos anos atrás. – Respiro fundo. – E por mais que esse lugar aqui me traga muitas lembranças desagradáveis, aqui é a minha casa, não sei o que fazer fora desses muros.

- Você não precisa fazer nada. – Ela estende a mão para que eu segure novamente. – Vamos, se chegarmos ao portão e você disser definitivamente que não, então voltamos para casa e fazemos o que você quer fazer. 

- Tudo bem. – Pego em sua mão novamente e retomamos o caminho.

Meu coração está acelerado e a adrenalina já começa a andar pelo meu corpo. Não é como se eu fosse pular de um prédio ou algo assim, mas para mim, sair daqui de dentro tem o mesmo sentindo. Como assinar meu atestado de óbito.

Lembro-me de cada sonho onde Isabella me incentivava a prosseguir, onde ela queria a minha vitória e que mesmo que ela estivesse guiando o meu caminho, eu também tinha que fazer algo. Talvez fosse mesmo à hora de colocar alguns sonhos em pratica, apenas para variar.

Isabella não falava nada, como se quisesse que eu pensasse mesmo em como aquilo poderia ser bom para mim, um passo a mais para eu me transformar em outra pessoa – uma pessoa que eu queria ser.

Passei a mão no cabelo nervoso, eu poderia ao menos tentar. Chegar ao portão e vê se eu tinha coragem o suficiente para abri-lo e sair por ai sem rumo. Eu precisava disso, não só porque eu queria Isabella orgulhosa de mim – eu quero – mas porque assim eu realmente iria quebrar uma barreira.

- Aqui estamos. – Isabella disse quando paramos em frente ao portão.

- Sim. – Respondi e dei um passo para trás.

Ela não me impediu, soltou minha mão e se virou para me olhar, encostando o corpo no portão. Estava tranquila, como se de alguma forma, soubesse que eu faria a escolha certa. Isabella não disse mais nada para me persuadir a atravessar os portões, e isso sinceramente, me assustou.

Estava tão acostumado com ela me dizendo o que eu deveria fazer e como fazer, porque daquela forma seria melhor para mim. Era como se de alguma forma ela já tivesse dito tudo e agora a escolha era minha. Como uma verdadeira mãe que sabe que o filho não fará a escolha errada, mas se fizer, não tem problema porque ela irá cuidar dele mesmo assim.

Dei outro passo para trás e seus olhos chocolates pararam de olhar o que eu fazia. Colocando a mão para proteger os olhos, ela tentou olhar para o céu. Talvez estivesse fingindo não estar ali para eu ter o meu momento de escolha.

Minhas mãos estavam suadas e minha roupa também. Dei um passo para frente ainda com medo.

- Bella?

- Sim? – Ela voltou a olhar para mim.

- Você acha mesmo que eu consigo?

- Sim. – Sorrindo ela continuou. – Pode não se hoje, ou amanhã, mas eu acredito em você. Acredito que você realmente pode mudar o rumo da sua vida, e nem que você tenha que tentar mil vezes para conseguir, eu vou continuar acreditando que você consegue.

- Por quê?

- Mas que pergunta em! – Ela começa a rir. – Desde que cheguei aqui, a única coisa que eu faço é acreditar em você.

- Eu sei.

- Vamos, vem até aqui. – Isabella estende a mão. – Não estou falando para ultrapassar o portão, apenas venha aqui onde eu estou Edward.

Isabella sacode as mãos e eu caminho até ela, pegando sua mão. Em um ato que eu esperei que demorasse um pouco para ela fazer, ela simplesmente me abraça e fica apoiando a cabeça em meu peito. Retribuo o abraço apertando ela mais ainda em meu corpo.

- Sinto muito se pareço estar forçando a barra e sendo incompreensível. – Ela afasta o rosto do meu peito e me olha nos olhos. – Quero o melhor para você.

- Eu sei... Está tudo bem. – Isabella me da um sorriso de leve e fica na ponta dos pés, selando seus lábios nos meus. Quando nossos lábios se separaram dou um sorrisinho idiota e completo. – Valeu até a pena, na realidade.

- Edward! – Isabella exclama e começa a rir.

Trocamos alguns beijos a mais, mas nenhum muito aprofundado. É como se ela se sentisse exposta beijando-me no portão, ou uma menina arteira. Por fim, ela para de me abraçar e suspira.

- Deveríamos voltar. – Isabella diz do nada.

Olho para além dos portões de grade. Há uma outra mansão em frente a de onde eu moro, e eu sei que quase nunca tem gente. Há alguns quilômetros a frente tem outras. Será que eu conseguiria andar por essa rua depois de tantos anos? Parece-me tão absurdo essa ideia.

- Vou tentar. – Falo do nada, e Isabella volta seu olhar para mim. – Mas preciso que você me ajude.

- Certo. – Ela responde e se vira para esconder o sorriso que eu sei, está estampado em seu rosto. – Quer que eu vá na frente?

Faço que sim com a cabeça, e Isabella abre o portão, deixando-o escancarado para que eu passe também. Ela caminha alguns poucos passos segura de que nenhum carro irá passar pela rua, e então, se vira. Com as mãos atrás das costas, um lindo sorriso estampado no rosto e seus cabelos começando a ficar embolado em cima de seus olhos. É a visão mais linda do mundo e quando vejo-a assim, sinto que poderia ultrapassar muralhas e vencer mil homens em uma guerra.

Respiro fundo e controlo a pequena vontade de correr para dentro do meu quarto e me trancar. Eu sou mais forte do que isso, do que o meu passado, minhas angustias e medos. Se eu quiser mesmo, posso ir até o meio da rua, onde Isabella se encontra.

Dando um passo de cada vez, eu chego ao começo da rua. Apenas mais um passo, e eu quebro essa barreira. Um único passo... Que parece ter o peso de uma vida inteira.

Tiro os meus olhos do chão e encaro Isabella novamente, ela abre mais ainda o sorriso e me estende a mão, em um convite mudo e cheio de promessas. Sem respirar dou dois longos passos para o meio da rua e seguro sua mão.

- Eu sabia que você iria conseguir! – Isabella se joga em meus braços me abraçando com força. Ficamos algum tempo assim até que ela levanta a cabeça para me olhar. – Ei, você ta chorando? – Ela pergunta do nada.

Solto minha respiração e passo a mão em um lado do meu rosto, só agora percebendo que eu realmente chorava. Talvez fosse a emoção da vitória, ou quem sabe um sonho sendo realizado e aquela queimação na barriga de missão cumprida.

- Não. – Respondo mesmo assim, porque não quero que ela me veja chorando novamente.

Ela ignora a minha tentativa de dar uma de “machão” e se desgruda de mim, olhando rapidamente para o céu feliz.

- Qual é a sensação? – Pergunta.

- Não sou um perdedor.

- Nunca foi. – Ela me olha de lado. – Ter medo não significa que a pessoa é perdedora. E enfrentar esse medo só mostra que ela faz parte do grupo dos mais corajosos.

- Você sempre tem algo a dizer, não é?

- Penso sempre em você. – Ela solta e da uma risadinha. – Sempre nas palavras que eu gostaria de te dizer.

- Não precisa ficar pensando, você pode simplesmente falar.

- Algumas coisas são melhores quando ficam só com a gente. – Ela passa a mão nos cabelos. – E então, o que você quer fazer agora? – Balançando as sobrancelhas ela sorri arteira. – Temos uma estrada imensa a nossa frente e nas nossas costas, ou podemos voltar para dentro de casa.

- Não! – Olho para os dois lados da rua. – Quero ir por ali. – Aponto para a minha frente. – Nada de voltar atrás, quero só andar para frente.

- Então vamos. – Isabella começa a andar na minha frente. – Que tal uma corridinha? Duvido que você me ultrapasse. – E começa a correr.

Como duas crianças começando a conhecer o mundo, corremos. Isabella na frente rindo porque eu corro devagar e eu admirando tudo a minha volta e tentando pegar a mulher da minha vida.

Não preciso mais brincar com a Alice de gira-gira para saber que o mundo começa a girar ao meu favor. Isabella ter aparecido em minha vida já foi prova o suficiente do universo que por mais que você sofra, vai chegar uma hora que as coisas darão certo.

Estão dando agora. Sou um outro homem, ainda com seus momentos caídos, mas feliz. Pela primeira vez na minha vida, depois de tantos anos, sei que a felicidade é linda e que todos tem o direito de senti-la.

Estou caminhando para chegar ao seu auge, estou bem próximo de ter essa grande guerra finalizada. Mas tenho consciência de que para conseguir isso mesmo, preciso ser sincero. Comigo e com quem está me ajudando.

Chegou a hora de eu contar a verdade e mostrar para Isabella quem era aquele homem que ela conheceu no começo. Vou fazer isso mais tarde, é uma promessa, mas enquanto isso, vou continuar correndo rumo ao meu futuro e sentindo o gostinho da felicidade, que é maravilhoso.


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Notas finais do capítulo

Primeiro de tudo, quero pedir desculpas pela minha demora. To com uns problemas em casa, a minha prova da UERJ ta chegando, acabei de sair da semana de prova da escola então já viram tudo, to atolada de coisas! To tentando me organizar mas parece impossível, sempre tem algo a mais para fazer e as tarefas parecem nunca diminuir.
Esse capítulo era pra ser assim, gigante, mas para não enrolar mais ainda preferi deixar o resto para o próximo capítulo, porque eu já demorei demais para postar!
Gostaram? Não sei bem se ficou muito bom, parece que esse monte de coisas ta sugando a minha criatividade, mesmo quando eu já sei todo o rumo dessa história.
Ai espero que tenho gostado!!!!
Sejam bem-vindos os novos leitores e muito obrigada pelas recomendações!
Beijos e até logo (dessa vez se Deus quiser mais rápido)!