Longos Passos até a Felicidade escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu mais rápido ein, mas em compensação é mais curtinho.
A gente conversa lá em baixo, beijos e boa leitura.



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Capítulo 12

“ – Contudo, você conseguiu penetrar a minha pele, invadir o meu sangue e se apossar do meu coração.

–  Parece mais um veneno do que uma pessoa. – foi tudo o que consegui dizer.

(...)

– Exatamente – Valek retrucou – Você me envenenou.”

(Estudos sobre veneno – Maria V. Snyder)

Narrador: Bella.

Eu queria ser capaz de poder afirmar que aquele beijo não mexeu comigo. Que foi apenas mais um beijo que eu poderia dar em qualquer outra pessoa. Boca com boca e fim de papo. Sem emoções envolvidas.


Mas ai, eu seria uma tremenda mentirosa.


Aquele beijo mexeu com o meu intimo, fazendo todas as vontades bobas de adolescente adormecidas a muito em mim retornarem. O pior de tudo, é que eu poderia ter evitado toda essa situação embaraçosa e constrangedora, mas naquele momento... Eu não queria evitar nada!


Eu queria estar mais conectada com ele do que uma mera amiga – empregada – poderia estar. Queria sentir o sabor de seus lábios, e acariciar aquele rosto lindo que ele tinha. Isso foi algo de momento, mas eu não posso negar para mim mesma que esse tipo de pensamento insano passou pela minha cabeça.


Fazem exatos cinco dias desde o ocorrido. Ando tão constrangida pela mansão que quando acho que posso esbarrar com Edward, eu simplesmente mudo de rumo. Agora a fujona da história sou eu, não posso negar. É só que eu pretendo estar restabelecida emocionalmente para poder voltar a olhar para a cara de Edward. Poder conversar normalmente, sorrir, soltar piadas e voltar a minha meta, de ajuda-lo. Mas eu tenho noção de que para conseguir isso tudo, primeiro preciso cuidar de mim mesma.


Tenho tentado meditar nesse meio tempo, pensando que talvez assim eu encontre o meu lado “zeen”, que consegue lidar com situações constrangedoras e embaraçosas. Não preciso nem comentar que isso tem sido um grande fracasso. Mesmo assim, não vou desistir, vai que em algum momento toda essa meditação da certo.


Olho para o relógio que fica no alto da parede da cozinha, e vejo que já passou das 18h. Mesmo evitando Edward, consegui manter meu ritmo nos afazeres da mansão, na verdade, enquanto não fico toda hora procurando por ele, as coisas tem andado até mais rápidas.


Preparo um potinho com a comida que preparei para o jantar, e pego um copo de refrigerante, pronta para correr para o meu refugio de todos os meus últimos cinco dias, só para não esbarrar com Edward.


Estou quase na porta de saída da cozinha quando escuto a voz dele.


- Isabella. – Ele chama meu nome e eu fico parada, de costas, sentindo minhas bochechas ficarem coradas.


Meu coração acelera ao escutar meu nome saindo de seus lábios; mordo o lábio inferior, mas não me viro.


- Hm? – Resmungo.


- Hm? – Ele repete parecendo indignado. – Isso é... serio? – Pergunta meio contrariado.


- Isso o que?


- Você me ignorar. – Sua voz parece chateada; escuto ele arrastar um banco.


- Não estou te ignorando. – Dou uma risada meio histérica, que denuncia minha mentira. Viro para encarar Edward, que está me olhando com uma cara meio puta da vida. – Serio.


- Está bem. – Ele da de ombros, e resmunga baixo algo que eu não consigo entender.


Ficamos ambos em silencio por um tempo. Eu vou até o armário, pego dois pratos, coloco comida para ele, e tira a minha comida do pote, depositando-a no prato. Coloco refrigerante para ele, e depois deixo tudo em sua frente.


Arrasto um banco para mim e começo a comer minha comida. Ficamos um bom tempo em silencio, apenas comendo e olhando um para cara do outro.


- Está bem, eu não estou te ignorando, e sim te evitando, é isso que quer ouvir? – Falo após beber um pouco de refrigerante. – Estou sem graça com tudo o que aconteceu, okay?


- Okay! – Ele responde fechando a cara.


Ficamos mais uns minutos em silencio até que nós dois arrastamos os bancos juntos e colocamos os pratos na pia.


Nossos braços se esbarram, e isso, por mais simples que possa parecer, causou um efeito enorme em mim. Por Deus, o que há de errado comigo? Estou parecendo aquelas mocinhas chatas de livro romântico.


Não querendo parecer grossa, ou irritar ainda mais Edward, permaneço no mesmo lugar, enquanto esvazio os pratos na lixeira. Edward por sua vez, só se afasta um pouco para me dar espaço.


- Olha Bella, eu não acho que deveríamos ficar assim por causa daquele dia... – No final a voz dele morreu, ele parecia estar com vergonha.


Parei o que estava fazendo e virei o rosto para encarar suas bochechas rosadas, e seus olhos determinados. Nunca tinha visto eles daquela forma.


- Você me chamou de Bella. – Falei dando um sorriso de lado assim que reparei que ele utilizara meu apelido.


- Bom, desculpe. – Edward cruzou os braços e ficou ainda mais corado.


- Não... Quer dizer, tudo bem! – Sem consegui me conter, mesmo constrangida, abri o sorriso para ele. – É só que... Bem, você nunca me chama assim.


- Não sei nem porque chamei agora. – Ele disse por fim relaxando o corpo. – Prefiro Isabella.


- Por quê? – Todos preferiam me chamar pelo apelido, era muito mais prático.


- Bella é meigo demais para você, quer dizer, não que você não seja meiga, mas além de meiga, acho que você tem uma personalidade forte, e Isabella combina mais com sua personalidade. – Enquanto dizia, Edward foi abaixando a voz e parecendo querer se encolher até sumir.


Nunca o tinha visto assim, além é claro, de quando estávamos naquele piquenique. Ele parecia estar se esforçando muito para não correr para o quarto e ficar lá, quietinho na dele.


Tomando vergonha na cara, chutei minha bunda mentalmente e decidi parar de ser hipocrita. O beijo tinha acontecido, e minha fuga de nada iria adiantar. Eu sabia muito bem que as minhas atitudes do presente não mudavam meu passado. Ele continuaria lá, paradinho, apenas esperando que eu o revirasse e me torturasse com o que eu não gostava – ou queria – lembrar.


Virei um pouco minha cabeça para a direita, e admirei o homem que estava na minha frente. Fosse o que fosse, ele estava tentando, e eu seria uma ridícula se atrapalhasse todo o progresso que ele conseguisse ter.


- Bem, eu nunca tinha pensado por esse lado, mas agora que você falou, gosto um pouco mais do meu nome. – Sorri para ele mais um vez e voltei a lavar os pratos.


Sabia que Edward ainda estava me olhando. E sabia também que ele agora sentia que me reconhecia. A Isabella destemida que queria o seu melhor. A sua Isabella que nunca, em hipótese alguma, fugiria de algo só por ser difícil de encarar.


O problema era que Edward não sabia, que no meio daquela Isabella persistente existia uma garota medrosa, que estava quase se borrando toda de medo, de onde aquilo tudo – de onde ele – iria leva-la.


(...)


Narrador: Edward.


Acho que eu fiz tudo errado... Eu só posso ter feito tudo errado, caso contrario Isabella não teria me evitado por dias.


Quer dizer, se ela tivesse gostado de me beijar, ela não iria me evitar, certo? Ela não iria sair correndo cada vez que escutasse os meus passos, ou muito menos deixaria de passar no quarto para vê se eu estava bem. Não... Isabella tinha detestado aquele momento que eu tanto gostei e por isso, por não querer me deixar chateado, ela vinha me evitando.


Sinto vontade de socar o meu próprio rosto só de imaginar o porque eu fiz o que fiz. Não que eu esteja arrependido, porque aquilo, aquela sensação, nada no mundo poderia me proporcionar melhor. É só que talvez, ela nunca mais venha ser a Isabella que eu – mesmo não gostando de admitir – gostava.


Passo vergonha mais uma vez na sua frente, falando o motivo de chama-la de Isabella. Sou tão ridículo!


“Isabella combina mais com sua personalidade.”

Ela poderia ter me dado um corte daqueles nessa hora. Quem era eu pra saber a personalidade de Isabella? Ou ao menos insinuar que a conhecia? Eu era só o ridículo que a beijou e que fez a mulher mais legal que poderia ter conhecido fugir.


Entro no escritório e me jogo na cadeira giratória. O que eu estava esperando mesmo? Que depois daquele momento ela iria me tratar como um namorado? Amante? Amigo-colorido? Quer dizer... Eu não deveria esperar nada na verdade. Certo?


Tento manter esse pensamento por algumas horas, de que esperar algo além daquele momento é besteira. Mesmo assim, quero manter Isabella por perto, quero que ela continue sendo a Isabella que sempre foi, companheira e amiga, que agora eu percebo, já faz parte da minha vida.


É loucura que em alguns meses uma pessoa se torne tão importante que seja indispensável? E que ela se infiltre tanto na sua vida, que você fica totalmente intoxicado dela, como se ela fosse um veneno que corre em suas veias sem antidoto?


- É bem provável que se houvesse alguma cura eu não fosse querer. – Resmungo para mim mesmo e dou um tapa no meu rosto.


De qualquer forma não importa, porque eu simplesmente já decidi algo para a minha vida naquele piquenique. Depois que eu senti o sabor da felicidade, eu tive vontade de querer mais e mais, e mesmo que Isabella não queira mais se envolver nisso... Bom, é a minha felicidade, e eu vou ir atrás dela, de qualquer forma.


É lógico que o caminho a percorrer é longo, é difícil e há relevos com diversos traumas, e que sem Isabella, na verdade tudo será muito mais complicado. Mas, se eu nem ao menos tentar, ou lutar contra as reviravoltas difíceis da minha vida, eu sempre um fracasso. E chega uma hora na nossa vida, que ser o fracassado não é mais uma opção, porque isso cansa. E machuca.


Coloco os braços na mesa a minha frente e apoio minha cabeça. Estou tão cansado de tudo, como se esses dias tivessem sugado toda a energia que eu consegui. Suspiro e fecho meus olhos, apenas tentando reunir todas as minhas forças, para ganhar a minha própria guerra se nessa jornada eu estiver só.


(...)

***

Há minha volta tem uma cidade muito luz, que mesmo na madrugada parece nunca dormir. As pessoas não se conhecem, porque cada um tem uma origem diferente. Elas andam apressadas de um lado para o outro, apenas procurando algum rosto conhecido. Começo a seguir o fluxo, mesmo sabendo que dificilmente haverá alguém que eu conheça.

Olho para uma cafeteria e vejo Alice. Ela está com o noivo, e a sua volta, tem tanta gente, que parece gostar tanto dela, que me sinto impelido de ir ao seu encontro. Então continuo a seguir o fluxo.

Vejo minha tia Sara logo em seguida, sentada em um banco lendo um livro. Ela parece tão longe e feliz por não precisar se concentrar nas pessoas ao seu redor, que apenas passo atrás de seu banco e continuo andando.

Imagino que será difícil agora encontrar alguém com quem eu possa ao menos me sentar e me sentir refugiado. Nesse caso, a minha ultima opção seria Isabella.

Continuo andando, as pessoas esbarram em mim como se precisassem correr, para não perderem seus compromissos ou as pessoas importantes de sua vida. Eu por outro lado, continuo andando tranquilamente, pois não sei qual a estrada eu devo pegar.

Um homem alto e magro esbarra em meus ombros enquanto corre. Ele se vira para mim como se eu fosse louco por andar tão devagar, e andando a passos rápidos ainda de costas, ele me avisa.

- Se não correr para achar seu caminho, vai perde as chances de viver a sua vida. – E ficando agora de costas para mim, ele começa a correr, rápido.

Começo a correr também, tentando seguir o mesmo caminho que o homem do aviso seguiu.

Chego a um pátio onde tem muitas pessoas, e elas olham fixamente para o céu. Percebo que são poucas as que estão acompanhadas, e essas, sem duvida alguma, parece muito felizes.

Olho ao redor, a procura de alguém conhecido, e vejo Isabella, perto de uma grande árvore, toda encolhida. Caminho até ela, e me sento ao seu lado, encostando meu ombro no seu.

- Finalmente achei você. – Ela vira o rosto para mim,e sorri.

- Na verdade, eu que te achei. – Respondo mais retribuo seu sorriso.

- Nós nos achamos então. – Ela deita a cabeça em meu ombro e suspira. – Isso é bom. – E então ela faz um movimento circulatório com as mãos. – Todas essas pessoas estão aqui, a espera de serem achadas.

- Como assim? – Ela levanta a cabeça rapidamente, olha em meus olhos, e volta a encostar a cabeça no meu ombro.

- Acha que somos os únicos solitários do mundo? – Ela pergunta e da uma risada seca. – Está com pessoas a sua volta não significa que você está acompanhado. Aquelas pessoas que estão contigo irão te acompanhar para o resto da sua vida? Te ajudar quando você mais precisar? Tentar secar as suas lagrimas e quando perceberem que não está funcionando, chorar junto de ti? – Ela balança a cabeça. – Não. Muita gente apenas tem conhecidos, mas e só. Estão sozinhas para resolver os grandes problemas da sua vida.

Fico em silencio absorvendo tudo o que Isabella diz. Eu nunca tinha escutado sua voz tão seca e enraivecida.

- Você acha que isso é culpa de alguém? – Pergunto.

- Além de ser culpa do próprio ser humano? – Ela faz uma pergunta retórica. – Não. Essa coisa, essa vontade de ser melhor do que todos estão entranhados em nós a tempo demais, para conseguirmos mudar assim, de uma hora para a outra. Isso deixa a gente assim, individualista e consequentemente, fria e solitária.

- Você parece ter raiva disso. – Digo e me afasto um pouco para olhar em seus olhos.

Isabella da uma risada seca, e faz que sim com a cabeça.

- É, isso me deixa meio puta da vida, mas bem.. – Ela olha em meus olhos. – Não me olhe dessa forma, também sou humana e tenho sentimentos ruins dentro de mim, sem contar, que eu erro. Muito.

- Eu sei.

- Não, você não sabe. – Ela passa as mãos pelos cabelos, e os prende. – Não sabe porque me olha como se eu fosse perfeita.

- Talvez você seja perfeita porque me encontrou e me tirou da solidão.

- É talvez eu seja. – Ela sorri e fica com as bochechas meio rosadas. – Mas se eu sou perfeita, você também é. Você também me achou.

- Eu não... – Ela me interrompe colocando os dedos nos meus lábios.

- Xii. – Balança a cabeça. – Não discuta comigo.

(...)


Escuto a porta do escritório sendo aberta e batendo. Dou um pulo e engulo um grito de susto.


- Ai meu Deus, desculpa! Eu juro que pensei que você estava lá em cima. – Isabella diz colocando o balde no chão.


- Eu pensei que você já tinha ido deitar. – Resmungo.


- Eu ia. – Ela ri meio sem graça. – Mas perdi toda a vontade de dormi, e decidi adiantar o serviço.


- Fique a vontade. – Estico o braço em direção a sala, e depois o cruzo.


Isabella começa a limpar meio desajeitada, e percebo o quanto ela está nervosa. Pode até ter parado de me evitar, mas a minha presença agora é incomoda. De qualquer forma, não saiu do meu lugar e fico apenas observando seus movimentos.


Seu corpo pequeno quando tenso, parece ainda mais frágil, e mesmo que eu talvez não seja forte para me proteger, eu não quero que nada de ruim lhe aconteça.


- Você vai ficar aqui? Encarando-me? – Ela para de repente, coloca as mãos na cintura e me olha.


- Você está mesmo pedindo para eu me retirar? – Pergunto e levanto uma sobrancelha.


Isabella fica corada, e deixa a vassoura encostada na parede e vem se sentar na cadeira a minha frente. A mesa é a única coisa que nos separa. Ainda corada, ela balança a cabeça.


- Não, eu não estou pedindo para você se retirar. Eu só estou sendo estúpida de novo. – Ela diz e fecha os olhos, relaxando o corpo na cadeira de couro. – Na verdade eu tenho sido uma grande estúpida há cinco dias. – Abrindo os olhos eu consigo vê seu arrependimento. – Sinto muito.


- Eu fui estúpido no piquenique, então estamos quites.


- Não, você não foi! – Ela da umas batucadas na mesa, sem saber se deve falar o que pensa ou não. Por fim, decide falar. – O que aconteceu, foi algo especial, pelo menos para mim. É bem provável que foi algo inevitável. Eu estava ali, você estava ali, estávamos falando de sentimentos, beijos, carinho, e as coisas afloraram. O desejo apareceu e então aconteceu. – Ela respira fundo, tomando coragem. – Olha, aquilo que aconteceu entre a gente foi bom. É eu acho que tenho te evitado porque eu gostei, e não me arrependo. Eu só não queria olhar dentro dos seus olhos, e vê que pra você foi errado, que aquilo nunca deveria ter acontecido, e me sentir envergonhada de não me arrepender. Porque olhar Edward, eu quero ser sua amiga, e só. Eu não tenho intenção de nada além disso, não vou ficar te pressionando, porque nós somos amigos, certo? – Ela me olha firme. – Ainda somos amigos, não é?


- Nunca deixamos de ser.


“Porque olha Edward, eu quero ser sua amiga, e só.” As palavras repetiram em minha cabeça, e por incrível que pareça, machucou. “Eu não tenho intenção de nada além disso.” Isso machucou mais ainda.


Tento controlar minha expressão fácil para não desmoronar na sua frente, e consigo dar um sorriso meio torto e destorcido para ela.


- Que bom! – Isabella diz e respira aliviada.


- É, que bom. – Levanto da minha cadeira, e dou a volta na mesa, ficando perto de Isabella. Seu corpo fica tenso comigo tão perto. – Somos só amigos, aquela loucura não vai mais se repetir. – Minha garganta está seca e meu estomago parece que tem um nó. – Mesmo assim Isabella me prometa uma coisa?


- O que? Nunca mais te beijar? – Ela tenta fazer piada, e ri sozinha.


- Não. – Seguro sua mão que estava em cima da mesa. – Apenas nunca mais me deixar. Acho que nesses dias que você me ignorou eu entendi que a sua presença na minha vida já é algo necessário.


- Você está brincando comigo não é? – Ela fica de pé para me olhar melhor.


- Não.


- Ai meu Deus. – Ela pula nos meus braços inesperadamente e me abraça. – Isso... Ai meu Deus. – Por ser bem mais baixa do que eu, ela fica meio pendurada. Aperto seu corpo retribuindo o abraço. – Eu prometo. – E se afastando um pouco, ela ri, feliz. – Estamos conseguindo. Você está conseguindo!


- Você está conseguindo.


- É você quem está melhorando, é você quem não quebra mais as coisas, essa vitória é sua. – Ela diz seria, mas logo em seguida sorrir.


- Não, devo tudo isso a você... – Isabella me corta.


- Xii. – Ela balança a cabeça. – Não discuta comigo.


Meu coração acelera ao perceber que ela disse a mesma frase do meu sonho. Mordo o lábio inferior percebendo que mesmo próximos, estamos longe. Que isso dói. E que a vontade de beijar seus lábios ainda está ardendo em mim. Não quero ser só mais um amigo. Quero mais que isso.


- Certo. – Me afasto abruptamente dela, e vou em direção a porta. – Boa noite Isabella.


- Boa noite Edward. – Ela responde ainda empolgada.


É essa a sensação de gostar de alguém e não ser correspondido? É isso que as pessoas sentem quando querem ser mais do que um simples amigo?


Bato a porta do escritório e suspiro.


Ai meu Deus, ai meu Deus! Eu estou tão perdido, e... E... Apaixonado.





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Notas finais do capítulo

Oi gente, e ai, tudo bem???
Bom, eu ia postar ontem, mas o site tava fora, ai nem deu.... Mesmo assim, esse capítulo saiu mais rápido né?
Gostaram? hihihihihi... Eu espero que sim.
Ah, obrigada pelos parabéns e pelas recomendações!!!!!!
Ai, hoje to meio entediada, então to sem assunto, rs
É isso, deixem mais comentários e recomendações.
Beijos e até logo.