Era uma manhã fria de inverno. O dia de neve estava lindo. Nesse dia, Severo decidiu levar Lizzie para um passeio no Beco Diagonal. Lizzie se vestiu com a ajuda do pai. Ela vestia: uma saia de pregas e um casaquinho tipo blazer de poliéster marrom, uma blusa azul bebê, meia-calça e sapatos de boneca pretos. Prendeu os cabelos em maria-chiquinhas na nuca com a franjinha no meio da testa. Severo com suas costumeiras vestes pretas.

No Beco Diagonal, Lizzie estava radiante. Nunca fora ao lugar e agora que o visitava se sentia encantada. Olhava tudo ao seu redor. As lojas tinham entradas calorosas e coloridas que deixavam Lizzie curiosa. Entrar na loja de Madame Malkin foi, para ela, a melhor loja de todas. Se sentiu tão bem que saiu de perto do pai.

Severo parou um instante. Olhou ao redor, onde estava sua princesa? O pensamento de desespero passou a tomar conta de Severo que já estava preocupado com o súbito desaparecimento de sua princesinha. Isso está ficando fora de controle, pensou ele, Onde foi parar essa menina? Ai, Lizzie, já não é a primeira vez. Severo começou a procurá-la em todos os lugares, jamais imaginando o que realmente aconteceu.

Lizzie estava feliz caminhando sozinha, sem perceber, pelo Beco Diagonal. Olhava tudo curiosa. Depois de certo tempo caminhando, ela deu falta do pai. Começou a procurá-lo, já que não o via. Após dez minutos de sofrimento, pelo ponto de vista dela, Lizzie começou a chorar. Sentou-se no banquinho público e dasatou o choro. Uma senhora ruiva ouviu esse choro. Chegou mais perto e disse docemente:

- Olá, querida. Onde estão seus pais?

- Meu papai... Eu me perdi, senhora – disse a pequena, ainda chorando.

- Sou Molly Weasley. Como seu pai é? - perguntou a sra. Weasley, dispota a ajudar a menina

- Alto e tem o cabelo e olhos da cor dos meus. Ele está de roupa preta.

A sra. Weasley olhou ao redor. Tinham várias pessoas vestidas de preto. E agora?, pensou a sra. Weasley, Mas, que droga! Eu tenho que achar o pai dessa menina. Olhou novamente e viu um homem que parecia desesperado. Deve ser ele, concluiu. Isso até ser interrompida por Rony, seu penúltimo filho.

- Mamãe, quem é ela? - perguntou Rony – Eu sou Rony ou Ron. E você?

- Lizzie – respondeu, enxugando os olhos – Você tem sorte por ter uma mãe tão legal.

- Você não tem? - ele perguntou – Todo mundo tem mãe.

- Eu não. A minha mamãe foi pro céu.

- Desculpa. Quer brincar de adoleta?

- Quero – respondeu Lizzie, agora sorrindo.

Molly ficou feliz por Rony ter uma nova amiguinha, mas, ainda estava preocupada em achar o pai dela. Com tantas pessoas de preto, seria quase impossível encontrar o pai dela. Afinal, quem poderia ser o pai dela?

- Qual é o seu nome completo, Lizzie?

- Meu nome todo é Elizabeth Alexandra Marshall Snape, sra. Weasley.

- Snape? Ora, essa é uma surpresa! Tudo bem, vamos achar seu pai.

Começaram a procurar por Severo que foi encontrado perto a um alto-falante para avisar que Lizzie havia sumido. Lizzie ao vê-lo corre para os braços do pai. Esse, por sua vez, a abraça forte com muito receio de soltar.

- Papai, esse meu novo amigo, Rony – apresentou Lizzie. Severo reprimiu uma careta. Um Weasley?, pensou Severo, Qualquer um seria melhor! Mas... Por que o Weasley?

- Sua filha é adorável, Snape – disse Molly – Um amor.

- Obrigado, por achar minha filha. Eu fiquei, realmente, preocupado.

- De nada... Nem precisa agradecer. Espero que possamos nos ver de novo, mocinha – disse a Sra. Weasley, agora se dirigindo a Lizzie que sorria.

- Será um prazer, sra. Weasley.

Despediram-se. Severo e Lizzie caminharam e tomaram um sorvete antes de voltar para “casa”. Lizzie se sentiu muito bem ao lembrar do dia maravilhoso que teve ao lado de seu pai e do novo amigo que conheceu, Rony Weasley. Isso a fez lembrar de uma frase de seu padrinho: “Os melhores perfumes estão nos menores frascos. Assim, também é com as pessoas. A pessoa mais simples pode ser a melhor de todas. Por ser amiga e leal.” Esse foi o último pensamento da menina antes de cair em sono profundo.