A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7

-O que você está fazendo aqui? –perguntamos Emmett e eu, juntos.

-Eu estava esperando por ela - respondeu Edward se pondo de pé. Emmett arqueou uma sobrancelha e me encarou.

-Eu não faço a menor idéia do que ele está falando - menti descaradamente.

-Como não sabe, eu... –Edward começou, mas eu o cortei.

-Cu... Digo Edward, posso falar com você? –perguntei entre dentes.

-Claro - sorriu.

-Na cozinha - rosnei.

-Ok - disse e foi em direção a cozinha.

-Emmett, enquanto eu falo com seu irmão, você poderia trazer as sacolas com as coisas que Alice me obrigou a comprar hoje de manha? –perguntei. Eu não queria que ele ouvisse minha provável discussão com Edward.

-Claro - respondeu, e se dirigiu a porta, mas antes de sair, ele olhou em direção a cozinha onde Edward estava a minha espera, com os olhos estreitos. Assim que Emmett saiu, eu fui para a cozinha atrás de Edward.

-Pode falar - disse, assim que cheguei na cozinha.

-Eu não havia mandado você ir embora? –perguntei o mais ríspida possível.

-Você não me mandou ir embora, diretamente.

-Tudo bem, mas estou mandando agora Cullen. Vá embora da minha casa, e da minha vida também. Me deixa em paz! Você realmente acha que pode fazer tudo aquilo comigo, e sair ileso com um simples “me desculpe”? – Encolhi os olhos para ele, que não tinha mais aquele sorriso torto no rosto. Ao invés disso, ele passava a mão freneticamente em seus cabelos.

-Tudo bem Swan. Eu realmente estava arrependido do que falei, e eu realmente queria me desculpar com você, mas quer saber - fez uma pausa e suspirou pesadamente - Eu não preciso das suas desculpas! –gritou.

-Sai agora daqui Cullen. Eu não quero te ver nunca mais na minha vida. Nunca mais dirija a palavra a mim! –gritei ressentida. Quem ele pensa que é para fazer isso!?

-Eu não deveria ter vindo aqui te pedir desculpas - ele sussurrou e saiu. Escutei a porta bater, porém continuei parada.

-O que aconteceu? Assim que eu entrei o Edward saiu, e ele estava com uma cara estranha - ele adentrou a cozinha, e veio em minha direção - O que aconteceu Bella? –perguntou enquanto estudava meu rosto.

Sem conseguir responder, pois um nó havia se formado em minha garganta, eu encurtei o espaço entre nós, o abracei apertado começando a chorar. Emmett, que ainda estava parado, me abraçou, e começou a me guiar até a sala e me sentou no sofá. Nós ficamos em silencio, até eu parar de chorar.

-O que foi que aconteceu Bella? –perguntou secando minhas lágrimas.

-Não é nada - respondi entre soluços.

-Não parece ser nada. Olha Bella, eu sei que nós nos conhecemos há pouco tempo, mas, eu realmente gostei de você, e não quero te ver mal - disse, e pôs uma mão em meu ombro.

-Eu também gostei de você - sorri fracamente.

Emmett continuou com sua mão em meu ombro enquanto o silencio se instalou na pequena sala da minha casa. Depois de alguns minutos extremamente torturantes, Emmett o quebrou.

-Bom, eu acho melhor eu ir - disse, e se pôs de pé.

-Você não gostaria ficar para jantar? –perguntei esperançosa, enquanto me colocava de pé também.

-Bom... Eu não quero incomodar.

-Você não vai incomodar. Na verdade, vai ser muito bom ter sua companhia - sorri. A presença de Emmett havia me animado um pouco. Mesmo o conhecendo há pouco tempo dava para perceber que Emmett, mesmo sem falar nada, conseguia animar as pessoas. Na verdade, o simples fato dele estar no local animava a todos a sua volta.

-Bom, já que é assim, eu aceito - sorriu abertamente.

-Bom, então... O que você gostaria de comer?

-Qualquer coisa... Eu estou morrendo de fome - disse e pôs as mãos em volta do estomago.

-Bom, então que tal nós comermos pizza? –perguntei sorrindo.

-Eu acho uma ótima idéia. Eu adoro pizza – respondeu pegando o telefone – Qual é o numero da pizzaria de Port. Angeles?

-Eu estava pensando em nós fazermos a pizza, pois se nós pedirmos ela vai demorar - dei de ombros.

-Bom, eu vou ter que confessar uma coisa - ele pôs o telefone de volta na mesa, e abaixou a cabeça - Eu não sei cozinhar - disse e se sentou no sofá novamente, aparentemente cabisbaixo.

-Não tem problema –ri –Modéstia a parte, eu sei cozinhar muito bem - pus uma mão em seu ombro. Emmett então levantou a cabeça e me olhou sorrindo.

-Bom, já que é assim –ele se levantou –Vamos por a mão na massa. Literalmente - sorriu, pegou minha mão e me puxou para a cozinha.

-Bom qual vai ser a cobertura da pizza? –perguntei assim que chegamos à cozinha.

-Eu gosto de calabresa... E de mussarela - respondeu enquanto olhava para o vazio totalmente alheio.

-Tudo bem então. Eu faço duas de mussarela e duas de calabresa - sorri e comecei a pegar todas as coisas necessárias para fazer a pizza. Assim que eu coloquei tudo a mesa, Emmett puxou uma cadeira e se sentou.

Enquanto eu misturava todos os ingredientes para a massa em uma tigela, Emmett observava todos os meus movimentos. Quando a massa estava quase pronta, Emmett, que até então estava calado, se manifestou.

-Bella cansei de ficar sentado. Eu quero te ajudar - se pôs de pé e deu a volta na mesa, até ficar ao meu lado.

-Bom você pode cortar os tomates para fazer o molho - disse, e continuei a fazer a massa. Quando a massa ficou pronta, eu joguei um pouco de farinha em cima da mesa e depois coloquei a maça sobre a farinha.

-É nessa parte que você vai começar a mexer na massa não é? –perguntou Emmett de repente.

-Sim - dei de ombros.

-Bom, será que eu posso ajudar? –perguntou olhando diretamente em meus olhos.

-Tudo bem - sussurrei estranhado sua pergunta. Ele então sorriu, e foi lavar as mãos na pia da cozinha. Assim que  as secou, ele veio em minha direção e se pôs atrás de mim, colando seu corpo ao meu, e colocou suas mãos em cima das minhas.

-E então. Por onde começamos? –perguntou baixo, em um quase sussurro. Sua boca estava praticamente colada ao meu ouvido e seu queixo estava apoiado em meu ombro.

-Bom... –tentei recuperar a linha re raciocínio, o que estava difícil, pois era complicado pensar com um corpo como o de Emmett colado ao seu. A única coisa que passava por minha mente, era o quanto a boca dele estava distante da minha - Bom... Primeiro... –pigarreei, pois um nó havia se formado em minha garganta novamente. Minhas mãos estavam suando frio e minha respiração estava entrecortada. Pelo canto do olho pude ver que Emmett sorria a me ver naquele estado. Provavelmente ele sabia que, o que estava causando tudo aquilo, eram seu corpo forte e quente colado ao meu. Deixei meus pensamentos de lado tentando me concentrar em coisas não relacionadas ao corpo de Emmett envolvendo o meu.

Quando finalmente me lembrei o que tinha que fazer, eu falei para ele e nós começamos a mexer com a massa. Ele mantinha suas mãos segurando as minhas, enquanto eu mexia a massa, coisa que estava sendo difícil de fazer, já que sua respiração quente estava batendo em meu pescoço.

-Eu acho que já está bom.

-O que? –perguntei totalmente alheia.

-A massa. Eu acho que nós já devíamos montar as pizzas - respondeu ele entre risadas.

-AHH... Há, sim, já está bom. Nós já podemos parar - paramos de mexer a massa, mas Emmett não se afastou de mim, ao contrario do que pensei, ele envolveu seus braços em volta da minha cintura, e continuou com seu corpo colado ao meu.

-E agora, o que nós vamos fazer? –perguntou ele em meu ouvido. Vários arrepios começaram a correr por minha espinha.

-Bom, nós deixamos a massa descansar e vamos preparar o molho - respondi com um pouco de dificuldade, pois minha respiração estava entrecortada e os arrepios agora estavam se tornando constante.

-AH... Eu me esqueci de avisar. Não terminei de picar os tomates - ele disse, e pelo canto do olho percebi que ele sorria amarelo.

-Sem problema, eu termino de fazer isso - eu ri e ele começou a passar a ponta de seu nariz, por toda a extensão do me pescoço. Um suspiro involuntário escapou por meus lábios, o fazendo rir, e o estimulou a continuar com a tortura prazerosa.

-Então vamos começar a trabalhar - disse ele. Sua respiração quente batia em meu pescoço, o que fez meus arrepios aumentar.

Depois de picar todos os tomates, tirei suas mãos de minha cintura. Ainda meio desnorteada, pois Emmett havia tirado toda a linha de raciocínio que ainda me restava, andei até a geladeira e peguei alguns ingredientes para pizza, e os coloquei em cima da mesa.

-Bellinha, o que você vai fazer com isso tudo?

-Por na pizza, é claro - falei, sendo o mais obvio possível, e me virei para pegar o molho de tomate na geladeira.  Assim que eu fui em direção a mesa, para colocar o molho de tomate, eu tropecei em meus próprios pés e quase todo o molho, que estava na tigela em minhas mãos, caiu em cima de Emmett.

-Vai ser assim é? –ele pegou um punhado de farinha que estava em cima da mesa, e começou a vir em minha direção.

-Não Emm –ofeguei –Foi sem querer, você viu que eu tropecei - comecei a andar para trás.

Mas Emmett não disse nada, apenas continuou vindo em minha direção, e eu continuei andando para trás, até que eu fiquei encurralada entre a parede e Emmett, que continuou vindo em minha direção.

Desistindo de tentar fugir, fechei os olhos, esperando pela farinha, mas o inesperado aconteceu. Ao invés dele jogar a farinha em mim, ele me deu um beijou na bochecha e foi trilhando um caminho por toda a extensão do meu rosto, enquanto eu ofegava esperando ansiosamente, que seus lábios tocassem os meus. Depois de alguns longos minutos de tortura, ele finalmente me beijou.

Não foi exatamente o que eu esperava para meu primeiro beijo, mas mesmo assim foi bom. Eu não sabia o que fazer quando sua língua tocou meus lábios pedindo passagem. Desajeitada entreabri meus lábios, milhões de sensações se apossaram do meu corpo quando nossas línguas se tocaram. Minhas mãos, que agora tinham vida própria, foram para sua nuca, puxando-o mais pra mim e foram descendo por suas costas infiltrando-se dentro de sua camisa. Minhas mãos subiam e desciam por suas costas, até que alcancei seu peitoral definido, suspirei involuntariamente. Senti um sorriso vindo de Emmett, mas ignorei.

Ainda envolvida no beijo, senti o que eu menos esperaria neste momento, Emmett jogou a farinha toda em meus cabelos e se afastou rindo. Chocada, peguei o resto da calabresa perto da mesa, e joguei tudo de uma só vez em seu rosto. Ele arqueou uma sobrancelha e pegou a verdura que estava toda cortada, jogando tudo no meu rosto. Não ficando por baixo, joguei todo o orégano em seus cabelos. Ele então foi até a mesa e pegou dois ovos que estava lá.  “Essa não, eu tenho que fazer alguma coisa” pensei.

-Espera. Tudo menos isso - falei, já indo em direção as escadas.

-Bellinha, eu não quebro os ovos em você, com uma condição - disse serio caminhava em minha direção.

-Que condição? –perguntei arqueando a sobrancelha.

-Se você me der outro beijo.

-Bom, já que a condição é essa... -fiz uma pausa -Tudo bem -fui a sua direção, e parei a centímetros dele. Ele envolveu minha cintura com um de seus braços, e encurtou a mínima distancia que havia entre nós, colando seu corpo ao meu. Repetindo o mesmo gesto de antes, pus minhas mãos em sua nuca, e o beijei com o mesmo fervor e ansiedade do mesmo.

-Tudo bem, agora eu preciso tomar um banho - sussurrou em meus lábios. “Você poderia tomar banho no meu quarto, junto a mim” pensei.

-Tudo bem - suspirei, eu não queria me separar dele - Bom, então vamos tomar um banho - Emmett arqueou as sobrancelhas. Daí eu me dei conta do que havia dito.

-Qu-quer dizer, você toma um banho em um banheiro, e eu em outro, digo.. – comecei a gaguejar e corar violentamente, mas Emmett me cortou.

-Eu entendi Bellinha, você não precisa corar –riu –Bem... Aonde eu vou tomar banho?

-No segundo andar à direita, vou pegar algumas roupas do Charlie pra você - examinei seu corpo, parando em seu abdômen. “Como eu gostaria de passar a mão ali novamente” pensei. Ele pigarreou tirando-me de meus devaneios. Corei violentamente, pois eu ainda estava encarando seu abdômen, fazendo com que Emmett risse.

-Vou ver as maiores pra você - corri para subir as escadas com Emmett atrás de mim. Assim que cheguei ao segundo andar, parei em frente da porta do quarto de hóspedes.

-Esse é o quarto de hóspedes. Dentro do banheiro tem um armário com toalhas limpas. Você já pode ir tomar banho, eu vou pegar as roupas do meu pai, e vou deixar elas em cima da cama - falei enquanto ia em direção ao quarto dos meus pais. Assim que cheguei à frente da porta, olhei para Emmett pelo canto do olho e pude perceber que ele havia tirado a camisa. Corei um pouco, e tratei de entrar rapidamente no quarto.

Agora eu havia arranjado um problema, pois certamente, nenhumas das roupas de Charlie caberiam em Emmett. Peguei a maior que havia no armário, e fui para o quarto de hóspedes. Assim que entrei, pus as roupas em cima da cama, e desci as escadas para pegar as sacolas com as roupas que Alice havia me obrigado a comprar hoje pela manhã.

Assim que peguei as várias sacolas com as roupas, voltei a subir as escadas, só que dessa vez devagar, pois Emmett não estava aqui para me ajudar se eu tropeçasse. Quando cheguei ao segundo andar, fui direto para meu quarto tomar um banho.

Enquanto eu tomava meu banho, fiquei pensando em qual roupa eu usaria. “Por que não usar as roupas que Alice havia me obrigado a comprar de manhã? É, seria bom mudar de visual. Alem do mais, Emmett merece jantar com uma pessoa vestida em roupas decentes, ao invés de uma mal trapilha”

Sai do banho com esse pensamento ainda em mente,  fui até a cama abrindo as sacolas com as roupas. Escolhi então, a roupa que Alice dissera que Emmett havia gostado. Uma calça jeans preta, que era bem colada ao meu corpo, uma regata branca, também justa sem detalhes e de manga, e calcei uma sapatilha preta, que tinha um pequeno salto. Assim que terminei de me vestir, passei uma maquiagem leve e penteei meus cabelos, e os deixei soltos.

Assim que terminei de me produzir, sai do quarto descendo as escadas lentamente, com medo de cair. Assim que eu cheguei à sala, vi Emmett que estava sentado no sofá. Quando ele me viu, se levantou e veio m minha direção. Assim que veio para frente do sofá eu o pude observar  melhor,  como as roupas de Charlie ficaram apertadas nele. Eu tentei de todas as formas não rir, mas eu acabei não conseguindo e cai na gargalhada.

-Você está rindo mim? –perguntou arqueando uma sobrancelha.

-Imagine Emm, você está lindo - respondi entre risadas. Ele então, olhou para si mesmo e como as roupas ficavam nele, e deu um sorriso amarelo.

-É... Eu sei que as roupas ficaram um pouco estranhas em mim, principalmente as calças, mas elas dão pro gasto –pigarreou e me olhou - Você está linda Bellinha. Estonteante - sorriu. Core, violentamente olhando para meus pés.

 -Obrigada. –murmurei. Eu agradecia mentalmente por ter escolhido aquela roupa.

Emmett apenas riu e disse:

-Nós ainda temos que terminar de fazer as pizzas.

-Tudo bem, mas dessa vez eu faço tudo sozinha -disse e comecei a ir em direção a cozinha.

-E o que eu faço? -perguntou atrás de mim.

-Você pode ficar sentado na sala, vendo TV se quiser - dei de ombros.

Depois de terminar de montar todas as pizzas, coloquei duas no forno e logo fui me juntar a Emmett na sala.

-Terminou? –perguntou se levantando.

-Sim, mas não graças a você –brinquei.

Ele riu, e se levantou.

-Bom, então nós já podemos comer.

-Não as pizzas tem que assar primeiro - ele se sentou puxando-me para me sentar em seu colo

-Então o que nós vamos fazer até lá?  - perguntou enquanto brincava alheio, com uma mecha do meu cabelo.

-Bom... Eu tenho algumas idéias - falei me inclinando para beijá-lo. ”Onde foi parar minha vergonha na cara?“ pensei "Bom, onde ela foi parar eu não sei, mas espero que ela não volte até o Emmett ir embora"

Nós ficamos nos beijando até o ar se tornar necessário. Mas Emmett manteve seus lábios em minha pele. Ele foi beijando meu pescoço e foi descendo até meu ombro depois mordeu o lóbulo de minha orelha. Minha respiração já estava entrecortada.

-Acho que as pizzas já devem estar prontas - disse me levantando rapidamente, assim que percebi onde aquilo iria parar. Ele suspirou pesadamente, mas se levantou, e me acompanhou até a cozinha. Assim que chegamos lá tirei as pizzas do forno com a ajuda do Emm.

-Você tira a outra, enquanto eu arrumo a mesa - disse já me afastando. “É melhor eu manter distancia dele, pois se não eu vou acabar o agarrando de novo!” pensei.

-Pode trazer Emm! –o chamei assim que terminei de arrumar a mesa.

Emmett teve que fazer duas viagens para trazer todas as pizzas. Quando todas as pizzas já estavam em cima da mesa, como um perfeito cavalheiro, ele puxou a cadeira para mim.

-Obrigada - agradeci enquanto ele se sentava a minha frente à mesa.

Peguei o cortador de pizza, e desajeitada, tentei fatiá-la. Vendo que eu não estava conseguindo, Emmett riu, segurou minha mão, e começou a fatiar a pizza.

-Obrigada- agradeci.

Depois de nos servir, nós comemos em silêncio, não um silêncio incômodo, mas sim um silêncio agradável.

-Sabe Bellinha. Eu estive pensando em sua caminhonete - comentou Emmett quebrando o silêncio.

-O que tem minha caminhonete? -perguntei. Até esse exato momento, eu havia me esquecido completamente de minha caminhonete.

-Bom, eu estava pensando. Você precisa de um carro novo - deu de ombros.

-É você tem razão... –comentei alheia. Eu realmente estava precisando de um carro novo, não voltaria a andar na minha picape, não por vergonha, eu a amo, mas sim para preservá-la, ela é uma lenda, e já está velha, precisa de um descanso.

-E o que você me sugere? –Emmett pensou por uns instantes

-Que tal um Mustang GT vermelho?  - vi seus olhos brilharem quando ele falou do carro.

-Hein? Você pode traduzir para mim? Eu não entendo essa linguagem de carros. –ele riu

–Bom, que tal amanhã irmos ver? Dai você me fala o que acha do carro. E se você não gostar, pode escolher outro que te agrade - disse e piscou para mim.

-Tudo bem – finalizei rindo.

Depois do assunto da caminhonete, nós terminamos de comer.

-Bom, eu acho que já está na hora de eu ir –disse Emmett, se levantando –Dona Esme já deve estar preocupada –riu.

-Tudo bem. Eu te levo até a porta –me levantei e nós fomos até a sala.

-Olha Bellinha, amanhã eu devolvo a roupa do seu pai, está bem? –perguntou, assim que chegamos na porta.

-Não precisa devolver, ela ficou tão linda em você –ri de sua expressão.

-Amanhã eu lhe devolvo –insistiu.

-Tudo bem então –dei de ombros e abri a porta. Ele então saiu, mas, antes que eu pudesse me despedir, ele me beijou, mas, não fora um beijo qualquer, e sim um daqueles de tirar o fôlego.

-Tchau Bellinha –sorriu.

-Tchau Emm –disse, com dificuldade. Eu estava tão alheia, que eu nem lembrava do meu nome direito.

Eu estava tão alheia, que nem avia percebido, que Emmett já estava dentro de seu jeep, acenando para mim. Assim que eu sai de meu “transe” eu acenei para ele, que ligou o carro e partiu. Quando eu tive certeza de que ele estava bem longe, eu fechei a porta e gritei de animação, pois Emmett havia me beijado, e fora mais de uma vez!

Depois do meu surto, eu subi as escadas rapidamente, entrei em meu quarto e fui deitar em minha cama. Assim que me deitei, eu me esqueci de tudo e de todos, pois eu só conseguia me lembrar de Emmett. E, fora com esse pensamento, que eu adormeci, e acabei sonhando com ele.


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