A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 7
Capítulo 6




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Capítulo 6 

Hoje eu havia acordado disposta a sair. Eu já estava cansada de ficar trancada em meu quarto. O que Edward me disse na escola, me machucou muito, mas, eu cansei, não vou deixar meras palavras me abalarem, principalmente, se essas palavras, vierem dele.

Então eu me levante e fui tomar um banho. Fiquei durante pouco tempo de baixo da água quente do chuveiro. Sai do banheiro, enrolada em uma toalha, e fui procurar alguma roupa em meu armário. Vesti uma roupa qualquer e desci para fazer meu café. Eu estava faminta, pois ontem eu não havia comido nada.

Depois que acabei de tomar meu café, lavei a louça, peguei minhas coisas, e fui em direção à porta. Quando eu abri, o Cullen fora com tudo ao chão. Ele me olhou, acenou para mim, e sorriu amarelo. “Mas, o que o Cullen estava fazendo aqui?!”

-O que você está fazendo aqui Cullen? – verbalizei meus pensamentos. Eu ainda estava com muita raiva dele, e muito espantada também.

-É, eu vim pedir, desculpas? –respondeu, só que isso mais me pareceu uma pergunta.

-Pelo que? –arqueei uma sobrancelha.

-Pelo que eu te falei na escola quinta-feira –respondeu. “Ele veio até aqui para me pedir desculpas? Que fofo. Esquece isso Bella. Acho melhor ouvir o que ele tem a dizer” pensei. Suspirei, e decidi ouvi-lo falar.

-Levanta dai Cullen –fechei os olhos, e suspirei novamente.

-Bom... –começou, mas eu o cortei.

-Entra, eu não quero que os vizinhos vejam... a provável tentativa de assassinato –sussurrei o final. Então eu dei passagem para ele entrar, e fechei a porta. –Pode se sentar – disse, um pouco embaraçada e indiquei o sofá para ele. Ele se sentou, e eu me sentei em minha poltrona preferida, que ficava de frente para o sofá onde ele estava.

Então, eu esperei ele voltar a falar. Mas, parecia que ele não ia, já que ele estava muito “ocupado” observando minha casa.

Pigarreei para chamar sua atenção. Eu já não estava mais agüentando aquele silencio, e comecei a falar.

-O que você veio fazer aqui, exatamente, Cullen? –perguntei, o mais fria que pude.

-Eu já disse, eu vim te pedir desculpas pelo que eu disse e... –começou, mas eu o corte.

-Você sabe que, o que você disse, não tem desculpas. –disse, ressentida.

-Eu sei mas...

-Nada de “mas” Cullen, o que você me falou naquele dia, me magoou muito, e, não tem perdão.

-Eu sei, mas....

-Você só sabe falar isso? –perguntei, sorrindo irônica.

-Se você me deixar terminar, nem que seja, uma frase se quer, pelo menos, eu consigo falar mais do que isso –respondeu grosso.

-Se for para ficar com grosserias, é melhor você ir embora. –disse. Ele já estava começando a me deixar com raiva.

-Eu só vou embora se você aceitar minhas desculpas –ele disse, cruzando os braços.

-É assim? –assentiu –Então, pode ficar, pois eu vou indo –me levantei, e fui em direção a porta –Quando você decidir ir embora, bate a porta –terminei, e sai o deixando, sozinho, em minha casa. Fui em direção a minha caminhonete e entrei.

Era muita petulância da parte dele, vir em minha casa e ser grosseiro. O mundo não gira em torno de Edward Cullen, muito menos, o meu mundo! Deixei os pensamentos de lado, e liguei minha caminhonete, que, como sempre, deu o seu famoso rugido ensurdecedor e parti, indo em direção a Port Angeles. Não havia muitas coisas para fazer por lá, mas era melhor, poucas opções do que nenhuma.

Depois de quase duas horas na estrada, eu finalmente cheguei em Port Angeles. Estacionei em uma rua perto de uma livraria. Sim, na mesma livraria em que eu fui quando conheci Matt e Alice. Quando entrei na livraria, fiquei, mais ou menos, uma hora escolhendo, cuidadosamente, algum livro para eu comprar. Como nenhum livro me interessou, resolvi ir para um shopping que havia ali perto. Eu, sinceramente, não gostava muito de shoppings, eu me sentia um pouco deslocada com todas aquelas roupas, sapatos e com todas aquelas pessoas. Mas, dessa vez, eu não tinha outra opção, ou eu ia para o shopping, ou eu voltava para casa. Então eu decidi ir para o shopping mesmo.

Assim que cheguei no shopping, comecei a olhar para as vitrines das lojas. Eu sei que eu não entendo nada de moda, mas para mim, todas aquelas roupas eram completamente ridículas.

Eu estava andando, enquanto olhava para as vitrines, quando eu, em total falta de atenção, esbarrei, bruscamente, em alguém. A pessoa, que estava segurando uma enorme quantidade de sacolas, perdeu o equilíbrio, e quase caiu. Mas, eu não tive essa sorte, nem esse equilíbrio, e, ao contrario do rapaz, fui com tudo de encontro ao chão.

-Eu mereço –resmunguei, baixo. O rapaz, que pareceu ter ouvido, riu e me estendeu a mão. Eu a peguei, e ele me ajudou a levantar.

-A senhorita devia prestar mais atenção no caminho que está seguindo e tomar mais cuidado, para não se machucar –disse, gentilmente.

-Obrigada. Mas, eu vivo caindo. Essa é a mais miserável de todas as minhas características –disse, enquanto limpava minha calça. Ele riu novamente. Então levantei a cabeça para olha-lo, pois eu ainda não tinha o visto. Quando eu olhei para seu rosto, quase cai para trás. Ele era extremamente lindo. Ele era alto, e bastante musculoso, quase tanto quanto a um levantador de peso profissional. Seus cabelos eram muito escuros e encaracolados. Seus olhos tinham uma linda tonalidade castanha. E, quando ele sorriu, eu pude perceber duas covinhas, que o deixavam ainda mais lindo. Eu fiquei ali, babando pelo rapaz desconhecido, até que ouvi uma voz conhecida me chamando.

-Bella –quando eu olhei para ver quem estava me chamando, eu avistei Alice, que estava vindo em minha direção, de mãos dadas com Matt.

-Oi Alice, oi Matt –sorri.

-Emmett Cullen, por que você não nos esperou na frente da loja, como eu havia mandado? –disse Alice, assim que eles chegam perto suficiente de nós. Matt, então, soltou sua mão, e veio me abraçar.

-Eu estava com saudades de você Bella. –me agachei para ficar de seu tamanho, e ele me abraçou apertado.

-Eu também estava morrendo de saudades de você –sorri, e correspondi a seu abraço. Assim que Matt me soltou, eu levantei e olhei para Alice, que olhava feio para o rapaz, que agora eu sabia que se chamava Emmett. Ele ficou olhando para mim, com uma expressão espantada.

-De onde vocês se conhecem?

-É uma longa historia –dei de ombros.

-Historia essa que pode ser ouvida depois. Mas, Bella, por que você não me avisou que vinha ao shopping? Se eu soubesse, eu não precisaria ter vindo com esses dois –apontou para Emmett e para Matt.

-Na verdade Alice, nem eu sabia que viria para cá. –sorri.

-Tudo bem... Bom, que tal se nós dermos mais umas voltinhas pelo shopping? –sorriu animada.

-Eu acho... –começou Emmett, dando alguns passos para trás –Uma péssima idéia –terminou, ficando atrás de mim.

-Não importa o que você acha Emmett. Alem do mais, você está me devendo uma –fez bico.

-Tudo bem baixinha –Emmett suspirou –Mas, nós só vamos passar em mais algumas lojas, e, depois vamos embora –Alice assentiu, sorrindo. Emmett então, deu alguns passos, e ficou de frente para mim –Você vem conosco Bella? –perguntou, olhando em meus olhos. Os olhos dele prendiam os meus de tal maneira, que eu não conseguia desviar o olhar, mesmo eu estando morrendo de vergonha. Ele era lindo, muito lindo. Eu poderia passar horas e horas olhando para seu rosto sem me cansar.

Todos os Cullen eram extremamente lindos, mas, a beleza dele, era diferente da dos demais. Ele tinha um semblante inocente, e, suas covinhas, davam-lhe uma aparência mais juvenil. A beleza dele era radiante que deixava todas as pessoas de queixo caído.

Nesse curto espaço de tempo que nós estávamos ali, algumas garotas quando passaram por nós. Elas suspiraram ao verem Emmett, outras deram risinhos, e outras acenaram, na maior cara de pau. Por alguma razão desconhecia, toda aquela atenção que ele recebia do sexo feminino, fazia com que meu sangue fervesse.

Ele sorriu de canto, então eu me lembrei de que ele havia falado comigo Muito envergonhada, por estar encarando-o por muito tempo, assenti com a cabeça, para o quer que fosse que ele havia dito.

-Então vamos. Bella, eu vi uma blusa que eu achei a sua cara –disse Alice, enquanto me puxava. Olhei suplicante para Emmett e Matt, que vinham logo atrás de nós. Emmett assim que encontrou meu olhar e viu meu socorro mudo, apenas riu e sussurrou um “Boa Sorte.”

Alice tagarelava coisas que eu não conseguia compreender, enquanto me puxava em direção a uma loja de roupas feminina. Assim que adentramos a loja, Alice começara a pegar algumas peças de roupas, enquanto me empurrava em direção aos provadores.

Depois de quase uma hora em um “troca-troca” de roupas, Alice, que estava me torturando com aquilo tudo, decidiu me liberar do castigo. Mas, no final, ela me obrigou a comprar todas as roupas que eu havia experimentado.

-Alice, comprar todas aquelas roupas, fora um exagero –resmunguei, enquanto saiamos da loja.

-Que nada, eu achei até que foram poucas. E, por isso, nós vamos a uma loja de sapatos. –respondeu, enquanto entrelaçava seu braço no meu.

-Não Alice. Seu irmão já está cheio de sacolas. E aposto, que Matt quer ir embora. –disse, parando para esperar Emmett e Matt que haviam ficado um pouco para trás.

-Mas, Bella, não adianta só comprar as roupas, tem que ser comprados os sapatos também –respondeu, batendo o pé.

-Mas, Alice... –eu comecei, mas Emmett, que já havia chegado, junto a Matt, perto de nós, me cortou.

-Nem adianta discutir com ela Bella, ela é uma cabeça dura –Alice lançou a ele, um olhar ameaçador.

-Não ligue para ele Bella, apenas não discuta –disse, e começou novamente a me puxar em direção a uma loja de sapatos.

[....]

Depois de, mais ou menos, meia hora dentro da loja de sapatos, eu consegui convencer Alice de não levar quase nada para mim. Por mim, eu não levaria nenhum, mas ela insistiu, e conseguiu me convencer a comprar. A única coisa que ela conseguiu me convencer fora a comprar uma bota preta de couro com bico fino e de salto agulha de, mais ou menos, dez centímetros.

-Eu to com fome –protestou Matt, quando nós já estávamos chegando perto da porta de saída do shopping.

-Que tal irmos tomar um soverte –sugeriu Emmett, sorrindo.

-A mamãe não vai gostar de saber que nós comemos fora de casa –respondeu Alice.

-Mas, nós só vamos tomar um sorvete. –retrucou.

-Mas, eu estou dizendo, a mamãe não vai gostar de saber disso –continuou ela.

-É, você tem razão... –Alice sorriu, ma, Emmett continuou a falar –mas, ela vai esquecer o assunto do sorvete, assim que eu contar a ela, que você estourou o limite do cartão... de novo –então ele, sorriu, vitorioso. Alice lançou a Emmett um olhar assassino, mas, não disse mais nada.

-Bom, então eu vou indo para minha casa. A viagem é longa –sorri, mas, quando fiz menção em pegar as sacolas que estavam nas mãos de Emmett, o próprio me impediu.

-Não, não. Você vai conosco.

-Mas... –comecei a argumentar, mas ele me cortou.

-Nada de mais. Você vai conosco e pronto. Alem do mais, você me deve essa pelo encontrão de hoje mais cedo –corei com a lembrança, e ele começou a rir.

-Tudo bem, eu vou, mas, só se você prometer que vai esquecer isso –seu sorriso aumentou mais, e ele assentiu com a cabeça.

-Então está decidido, vamos todos nós para a sorveteria. –disse, e nós começamos a andar.

-Bom, já que nós vamos para a sorveteria aqui perto, se você quiser, você pode deixar as sacolas no meu carro Emmett –ofereci para Emmett, que pareceu estremecer. “A cada instante que eu passo com os Cullen, eu percebo que todos eles, são mais loucos que o normal!” pensei.

-Não precisa. Elas não estão pesadas nem nada –garantiu.

-Mas... –comecei, mas ele me cortou. “O família que gosta de ficar interrompendo os outros enquanto eles falam!”

-Nada de “mas”, as sacolas não estão pesadas, e não estão me incomodando. Por tanto, não tem necessidade delas serem postas no seu carro –insistiu, firmemente.

-É melhor você nem discutir com ele Bella. Ele vai negar até a morte que tudo isso que ele está carregando não o está incomodando, por puro e simples orgulho masculino. –disse Alice, pondo uma de suas mãos em meu ombro.

-Não é isso. É que, realmente, as sacolas não estão me incomodando. É como se elas nem estivessem aqui. –retrucou Emmett, dando de ombros.

-Vocês vão ficar discutindo? Eu quero sorvete –Matt disse, emburrado.

-É, você tem razão. Vamos esquecer o assunto –olhou para mim serio –e vamos tomar sorvete. –terminou, e todos nós fomos em direção a sorveteria.

-Alice, você fica aqui sentada com o Matt, enquanto eu e a Bella, vamos trazer os sorvetes –disse Emmett, enquanto colocava as sacolas do lado de Alice, e depois fora para o balcão, comigo ao seu lado.

-Então você é amiga dos meus irmão –comentou, assim que chegamos no balcão.

-É, de dois terços pelo menos –ri.

-Como assim, dois terços? –perguntou, confuso.

-Bom, digamos que o Cul... digo, Edward não gosta de mim –dei de ombros.

-Edward não gosta de ninguém, apenas de si mesmo.

-Bom, eu concordo. Ele é um idiota, sem coração. Ele não respeita ninguém. Você acredita que ele... –eu comecei a falar, mas, Emmett me cortou.

-Vamos deixar o assunto “Edward” de lado.

-Tudo bem –nós ficamos em silencio, até que a balconista veio nos atender.

-No que posso ajuda-los? –perguntou a balconista, sorrindo, enquanto olhava par Emmett e me ignorou completamente.

-Bom, eu quero um sorvete de chocolate, um outro de baunilha e... –olhou para mim –Bella, você se importa em dividir o sorvete comigo? –perguntou sorrindo.

-Não –respondi, simplesmente.

-Bom, então eu vou querer um maior, de morango, com calda de chocolate... –ele pediu, mas, parou, e me olhou novamente. –Tudo bem, certo?

-Sim, tudo bem.

-Bom, então é isso mesmo... Ah, antes que eu me esqueça, coloque um pouco de castanhas por cima do de morango, ok? –piscou para a balconista, que suspirou e derreteu, visivelmente, mas, logo se recompôs, e fora pegar nossos sorvetes. Assim que a balconista se afastou, nós ficamos em silencio. Até que Emmett se virou para mim, e começou a me olhar.

-O que foi? –perguntei, corando levemente.

-Não é nada. Eu só estava pensando em uma coisa –respondeu, dando de ombros.

-Posso saber que coisa?

-Bom, é que... de onde você conhece o Edward? –perguntou, com o cenho franzido, o que tornou sua aparência mais seria.

-Bom, ele estuda na mesma escola que eu –dei de ombros.

-Ahh... –depois disso, um irritante e incomodo silencio se instalou no ar.

-Aqui estão os sorvetes. –pós as taças de sorvete em cima do balcão –E, se você precisar de qualquer coisa, pode vir falar comigo –sorriu, olhando para Emmett e mordeu o lábio inferior.

-Certamente eu não vou precisar de nada. –ele respondeu, simplesmente. O sorriso da balconista murchou e ela fez cara de idiota, o que me fez rir.

Depois desse pequeno fora, Emmett pagou a balconista, e nós pegamos as taças com os sorvetes, e nos dirigimos em direção a mesa onde Matt e Alice estavam.

-Por que vocês demoraram? –perguntou Matt, assim que colocamos as taças de sorvete, na mesa, e nos sentamos.

-Nós não demoramos –respondeu Emmett, enquanto pegara uma colherada de sorvete, e a colocou na boca.

-Demoraram sim... e por que o seu é maior que o meu? –Matt apontou para a taça de sorvete que estava entre mim e Emmett.

-É por que eu estou em faze de crescimento –respondeu Emmett, levando mais uma colher cheia de sorvete a boca.

-Não é isso. É por que ele vai dividir comigo –sorrindo para Matt.

-Mas... –quando ele começou a argumentar, Emmett o cortou.

-Se você não ficar quieto e tomar o seu sorvete, eu é que vou. –ameaçou. Matt não respondeu, apenas fez bico, e começou a tomar seu sorvete de morango.

Emmett, novamente, levou uma colher cheia de sorvete a boca e eu comecei a observa-lo, ou melhor, a admira-lo. Aquela simples cena, de vê-lo tomar sorvete, me deixou sem fôlego. Eu não conseguia pensar em outra coisa, a não ser em como ele era lindo. Ele, sem sombra de duvidas, era a pessoa mais linda que eu já vira. Tudo bem que eu quase não vejo ninguém, só aos mesmos rostos todos os dias na escola, e, às vezes, no pequeno hospital de Forks. Mas, Emmett era diferente. E, não era só o corpo dele que me atraia. Sim, eu falei atrair. Mas, afinal, quem não ficaria atraída por ele? Só alguém totalmente cego, provavelmente.

Os olhos, a boca, as covinhas, tudo, era lindo, mas, o geito que ele parecia ser era completamente inovador e novo para mim. As poucas horas que eu passei com ele, eu pude perceber o quanto ele era engraçado, inteligente, descontraído e divertido, alem de mostrar sem um bom irmão mais velho. Ao contrario de Edward que era um idiota, grosso... “Mas, afinal, por que eu estou pensando nele? A convivência com os Cullen, deve estar me deixando louca.” pensei

-Bella, é melhor você começar a tomar o sorvete, se não, o Emmett vai acabar com ele. –disse Alice, me tirando de meus devaneios.

-Ah... sim, claro –respondi, alheia e comecei a tomar o sorvete junto a Emmett. Ele, às vezes, me olhava, discretamente, o que me fazia corar, e ele sorria com isso.

Quando nós, finalmente acabamos, nós saímos da sorveteria.

-Bom, ate mais –disse, desajeitada, enquanto me afastava, lentamente.

-Espere, nós vamos com você –Emmett disse, rapidamente.

-Não precisa.

-Precisa, você não vai conseguir carregar tudo isso sozinha –indicou para as sacolas que estavam em suas mão. Ok, eu havia me esquecido completamente delas.

-Tudo bem –cedi, e nós fomos todos até minha caminhonete. Quando nós chegamos, eu abri a porta, e Emmett colocou a minha parte das sacolas, no banco do passageiro. Quando ele fechou a porta, eu pus a chave na ignição, e tentei ligar o carro. Tentei, novamente, e nada aconteceu. Tentei mais duas vezes, e minha caminhonete não deu nenhum sinal de vida.

Emmett chegou perto da janela da caminhonete, e bateou levemente no vidro.

-Algum problema? –perguntou, com uma sobrancelha erguida.

-Minha caminhonete não quer ligar –bufei.

-Tenta ligar novamente. –eu fiz o que ele mandou, então a caminhonete rugiu alto, mas, ela roncou, e desligou novamente.

Olhei para Emmett, esperando alguma resposta, pois eu não estava entendendo nada. Minha caminhonete nunca fizera isso. Sim, as vezes ela demorava para ligar, entre outras coisas, mas, isso nunca havia acontecido antes.

-Bom, parece que sua caminhonete morreu.

-E agora? Como eu vou para casa? E, como eu vou para a escola? Eu não posso perder mais aulas... –comecei a falar, loucamente, mas ele pôs o dedo em minha boca, para m fazer calar.

-Nós daremos um jeito. Eu te levo para casa, e em seguida, eu chamo o reboque –disse, tranqüilamente.

-Tudo bem –suspirei derrotada. Emmett sorriu largamente e todos nós o seguimos até uma rua onde havia um Jeep monstro. Os pneus dele eram mais altos que a minha cintura. Havia grades de metal sobre os faróis de milha, e quatro grandes holofotes sobre as barras de proteção. O capô era de um vermelho brilhante.

-Você gostou? –perguntou Emmett, que percebeu que eu não tirava os olhos de seu jeep.

-Ele é... WOU! –ele riu, desligou o alarme e abriu o porta-malas para colocar as sacolas. Depois, abriu a porta do banco de trás, e ajudou Matt e Alice a entrarem.

-Você vai precisar de ajuda também? –perguntou, vindo para meu lado.

-Acho que não –respondi, abrindo a porta do carona. Tentei subir para entrar no jeep, mas, escorreguei, mas, antes que eu chegasse ao chão, Emmett me segurou pela cintura.

-Cuidado... –disse, me ajudando a entrar no carro.

-Obrigada –agradeci, corando. Ele riu, e deu a volta e entro, sem dificuldade nenhuma, no jeep.

Assim que Emmett entrou no jeep, ele o ligou, deu a partida e começou a dirigi-lo.

-Onde fica sua casa? –perguntou assim que chegamos nos limites de Port Angeles.

-Bom, será que eu poderia ir com vocês? Eu gostaria de falar com sua mãe –respondi, olhando pela janela.

-Tudo bem –respondeu, e continuou a dirigir até sua casa

[...]

A viagem de Port Angeles até a casa dos Cullen, fora rápida. Talvez era por que Emmett dirigia super rápido, ou, por que eu fiquei totalmente distraída, olhando para Emmett, disfarçadamente, enquanto ele dirigia.

-Chegamos –disse, ele, assim que parou com o carro, em frente ha casa. Emmett desceu do carro, e ajudou Matt e Alice a descer, quando eu ia descer também, Emmett deu um berro:

-NÃO DEÇA! –exclamou, me assustando.

-O que foi? –perguntei, aflita.

-Não desça –repetiu, enquanto dava a volta no carro. Assim que ele chegou onde eu estava ele estendeu a mão para mim –Agora sim, você pode descer.

-Obrigada –sorri, e peguei sua mão. Ele me ajudou a descer, e depois fora pegar as sacolas com as compras no porta-malas.

-Alice, abra a porta pra mim –Emmett pediu, assim, que chegamos em frente á porta. Assim que entramos, Esme apareceu da cozinha e, assim que me viu, sorriu.

-Olá Bella –me cumprimentou.

-Olá Esme –sorri timidamente.

-Mãe, eu e a Bella iremos para meu quarto, daqui a duas horas nós descemos –ela começou a me puxar para as escadas –Emmett, será que você poderia...? –gesticulou paras as sacolas em sua mão.

Emmett, que parecia distraído, assentiu com a cabeça, e nos seguiu até o quarto de Alice. Quando nós chegamos, Alice o mandou colocar as sacolas em cima de sua cama, e depois o expulsou do quarto.

-Alice, eu... –comecei, mas ela me cortou.

-Bella, vamos trocar essa roupa –ela gesticulou para minha roupa, e começou a revirar as varias sacolas com as roupas. –Vista isso –me entregou uma regata branca colada ao corpo, e uma calça jeans preta, também colada ao corpo.

-Mas, Alice, por que eu iria trocar de roupa? –perguntei, enquanto olhava a roupa com uma careta.

-Porque, desculpa a franqueza, mas, essa sua roupa é muito esquisita, e, como sua amiga, eu tenho que te avisar isso. E, também, por que o Emmett achou que você ficou linda com essa roupa –sorriu matreira.

-É... é mesmo? –perguntei, enquanto corava fortemente.

-Sim. Ele ficou babando por você o dia todo.

-Bom, já que é assim... –eu ia ceder a vontade de Alice, mas, cai em mim rapidamente –Não, não importa se ele ficou me olhando ou não. Eu vim aqui para falar com sua mãe, e não para me tornar uma barbie gigante –terminei, meu pequeno discurso. Alice, me olhou emburrada, mas logo sorriu maliciosa e concordou com a cabeça.

-Tudo bem. Então vamos descer –ela entrelaçou seu braço no meu, e nós duas descemos as escadas.

-Ora, vocês não iriam ficar duas horas lá em cima? –perguntou Esme, assim que chegamos a cozinha.

-Sim, mas a Bella quer falar com a senhora –respondeu Alice.

-Pode falar querida –sorriu para mim.

-Bom, eu queria dizer que aceito a sua proposta –respondi sorrindo. Esme pareceu pensar por um momento e depois sorriu largamente.

-Obrigada querida, agora eu vou poder voltar a trabalhar –sorri para ela, e me virei para Emmett.

-Bom, será que você poderia me levar para casa agora? –ele se fez menção de se levantar, mas, Esme o impediu.

-Fique para almoçar conosco.

-Não, eu não quero incomodar

-Eu insisto, por favor.

-Tudo bem –sorri.

[...]

O almoço fora agradável e divertido. Emmett sempre que tinha oportunidade, fazia alguma piada sobre alguma coisa, geralmente de Alice, e deu seu tamanho. Assim que todos nós terminamos, fomos para a sala.

-Pena que Carlisle não pode estar aqui. Ele iria adorar te conhecer –disse Esme, se sentando em um sofá.

-Ele já me conhece –disse sem pensar.

-Conhece? –perguntaram todos ao mesmo tempo.

-Sim. Eu freqüento muito o hospital, eu tenho tendência a me acidentar –sorri, corando levemente.

-Isso eu já percebi. –disse Emmett rindo.

-Emmett –Esme o repreendeu.

-Tudo bem. É verdade. Bom, eu preciso ir. Será que você poderia me dar uma carona? –perguntei para Emmett.

-Claro –respondeu sorrindo  largamente, e se levantou.

-Espera, Bella, suas roupas –Alice levantou em um salto, me assustando.

-Eu havia esquecido –sorri amarelo. “Por que ela tinha que lembrar?” pensei.

-Emmett, vem comigo, para pegar as sacolas de Bella –Alice o puxou pela mão. Menos de cinco minutos depois, Alice volta, com um Emmett cheio de sacolas atrás.

-Bom, agora nós podemos ir –Emmett disse e nós fomos para a porta. Eu o ajudei abrindo a porta para ele passar. Assim que chegamos perto do jeep, Emmett pôs as sacolas no porta-malas e depois me ajudou a entrar no jeep. Depois ele deu a volta, entrou, ligou o jeep, e nós começamos a andar. Eu comecei a prensar total atenção no caminho, pois, de hoje em diante, eu seria a babá dos Cullen. Quando chegam, os a estrada, eu indiquei para Emmett o caminho de minha casa. Não demorou muito, e ele parou o carro na porta de minha casa.

-Bom, obrigada. –agradeci, mas, quando eu fiz menção de abrir a porta para descer, Emmett segurou minha mão. Quando eu me virei para olha-lo, seu rosto estava ligeiramente perto. Ele ficou olhando em meus olhos, até que falou:

-É melhor eu te ajudar. Se não você pode cair, de novo.

-É... é, você tem razão –murmurei, alheia. Ele segurou minha mão por mais alguns segundos, e depois se afastou e saiu do jeep. Deu a volta, abriu a porta e me ajudou a descer.

-Obrigada –sorri.

-Disponha –sorriu. Nós começamos a andar em direção a porta da minha casa, ainda de mãos dadas.

-Bom, você quer entrar? –perguntei, assim que paramos em frente a porta.

-Se não for incomodar –deu de ombros.

-É claro que você não vai incomodar. Alem do mais, é o mínimo que eu posso fazer pelo herói que me salvou de uma queda feia quando eu fui entrar no jeep. –ele riu alto, e eu o acompanhei enquanto abria a porta da minha casa.

Quando eu pus um pé dentro de casa, meu sorriso murchou.

-O que você está fazendo aqui?


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