A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

oi gente!!! a Tati ã tah conseguindo postar o cap entao eu dei um jeitinho de aparecer...
bjusss e nos vemos lah em baixo!



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Capítulo 3

Eu não avia dormido direito, e acordei bem cedo, pois a minha caminhonete ainda estava na escola. Então, depois de fazer tudo o que eu sempre fazia, eu sai e fui para a escola.

Eu não demorei muito para chegar lá, foram apenas quarenta minutos, mais ou menos. Fora um tempo bom, considerando o meu cansaço e o clima frio e chuvoso.

Quando eu cheguei na escola, ela estava vazia, com certeza eu estava atrasada, então eu me apresei mais e, quando eu estava quase chegando na sala, alguém me chamou.

-Swan –pela voz parecia ser o Cullen.

-O que é Cullen, você veio tacar mais uma bola na minha cabeça? –perguntei ríspida. Eu estava tentando imaginar o motivo dele vir falar comigo.

-Não, bem que eu queria, mas não –respondeu ele, sorrindo cínico.

-Então o que é Cullen, fala logo –eu disse rude. Eu já estava começando a ficar estressada.

-Será que você poderia parar de ser grossa por um instante para eu responder?

-Eu não sei por que ainda não respondeu –respondi, ainda ríspida e cruzando os braços em frente ao peito.

-Eu não respondi, por que você não fica quieta e me deixa terminar... –ele ia dizendo, mas eu o cortei.

-A, cansei Cullen –disse, virando as costas e comecei a andar novamente.

-O Matt quer te ver de novo, por isso que eu vim falar com você –disse ele. Assim que ele disse o nome de Matt, eu parei, e ele logo me alcançou.

-Ta, mais, como eu vou fazer para ver ele novamente? –perguntei, olhando para o Cullen.

-Eu estava pensando em... –ele ia dizendo, mas eu, novamente, o cortei.

-Não creio, você pensa? –disse, fingindo espanto.

-É claro que sim Swan, agora, fica quieta pra eu terminar... –ele disse, então eu resolvi me calar e deixar ele continuar –Posso continuar? –assenti –Bom, como eu ia dizendo, eu estava pensando em levar você lá pra casa, depois que eu buscar o Matt e a Alice na escola –terminou ele, dando de ombros.

-Ahh... parece ser... éér... uma boa idéia –respondi, relutante em admitir que o Cullen, pela primeira vez em, provavelmente, toda a sua vida, teve uma boa idéia. Ele se limitou a sorrir torto e respondeu:

-Bom, quando eu voltar da escola com os meus irmãos, provavelmente você já vai estar em casa, isso, é claro, se aquele trambolho que você chama de carro, conseguir alcançar mais de 50 K/h –disse o Cullen idiota, sorrindo irônico.

-Mas é claro que o meu trambolho... quero dizer, a minha caminhonete consegue passar dos 50 K/h –eu disse, ofendida.

-Bom, se isso acontece ou não, e é claro que não, não me intereça, assim que eu voltar da escola com os meus irmãos, eu passo na sua casa e te levo pra minha –disse, e depois começou a andar.

-Tudo bem –respondi, então esperei ele se afastar um pouco e comecei a andar novamente.

Por causa da conversa com o Cullen eu cheguei bem atrasada na sala de aula e levei uma advertência, a coisa só não foi pior, porque a Srta. Stiverson reconhece minhas boas notas e sabe que eu, em todos os meus anos escolares, nunca me atrasei.

A aula passou lentamente, as horas praticamente se arrastavam. Eu confesso que eu estava um pouco ansiosa para ver o Matt de novo, eu realmente avia gostado muito dele. Ele era tão fofo e educado. Ele parecia um anjo. E, Alice, também era um doce, ela era só um pouco doidinha, mas, ela parecia ser boa pessoa. Eu ainda não conseguia entender de o por que o Cullen idiota ser tão diferente de seus irmãos, que eram um poço de simpatia.

Fui tirada de meus devaneios por uma bolinha de papel voadora que atingiu minha cabeça e caiu em cima da minha mesa. Assim que eu olhei para trás, na tentativa de descobrir quem jogou a bolinha, eu vi o Cullen, que estava sentado no fundo da sala, com um sorriso torto estampado em seu rosto. Eu então virei para frente e olhei para a bolinha de papel, e, por alguma razão eu a abri, para saber se tinha algo escrito. Fofoqueira? Eu? Imagina.

Assim que eu abri o papel, me espantei ao ver uma caligrafia impecável, de dar inveja a qualquer um, inclusive a mim, que tenho uma letra extremamente horrível.

No papel estava escrito assim:

“Eu vou passar na sua casa, junto aos meus irmãos, as duas e meia, então, esteja pronta!”

Tudo bem, aquilo era muito estranho. Ele falando comigo no corredor da escola era uma coisa, mas, insistir no assunto. Isso está muito estranho.

Quando eu ia amassar novamente o papel, eu percebi que havia mais uma coisa escrita nele.

“PS.: Swan, aquele trambolho que você insiste em chamar de carro, com certeza, não passa dos 50 K/h

Eu não acredito que ele queria insistir com aquele assunto!

Irritada, eu amassei novamente a bolinha de papel, e me virei, na intenção de tacar a bolinha novamente nele, mas, antes que eu tivesse a chance de devolver a bolinha a ele, da mesma forma como ela veio até mim, para a minha infelicidade, eu ouço a Srta. Stiverson pigarrear.

-Srta. Swan, o que a senhorita pensa que está fazendo? –perguntou ela, me fuzilando com os olhos.

-Professora Stiverson... eu... érr... bom –eu balbuciava palavras sem nexo, na tentativa, completamente inutiu, de achar alguma resposta coerente para dar a professora de inglês, que continuava me encarando como se quisesse me matar por ter atrapalhado sua aula, e, com certeza, devia ser exatamente isso o que ela estava pensando no momento.

-Já chega Swan, eu cansei, se mais algum episodio como esse ocorrer nessa sala hoje, você vai ficar na detenção –disse ela, alterada e elevando o tom de voz.

-Tudo bem, isso não vai se repetir –eu respondi, me encolhendo no lugar.

Depois desse pequeno chilique, ela voltou a escrever no quadro, aparentemente, calma.

Depois dessa aula, graças a Deus, era o intervalo. Mas, eu ainda teria que agüentar mais algumas aulas, incluindo biologia, onde eu era obrigada a dividir a bancada com o Cullen.

O intervalo, assim como todas as aulas anteriores, passou bem lentamente. A única diferença, para a minha sorte, era que o Cullen ficava com os amiguinhos do basquete e as malditas lideres de torcida sem cérebro, o que significa que ele ficava o mais longe possível de mim!

Logo o sinal, que indicava que mais uma aula martirizante com o idiota do Cullen, tocou. Eu, a contra gosto, me levantei então e fui para a aula de biologia.

Quando eu cheguei ha sala, eu vi que não tinha ninguém, apenas o Sr. Banner. É, eu havia sido a primeira a chegar, como sempre, ou melhor, quase sempre, já que eu havia me atrasado para a primeira aula.

-Bom dia Swan –disse o Sr. Banner, assim que eu passei por ele.

-Bom dia Sr. Banner –eu o respondi, sorrindo. Se não fosse pelo idiota Cullen, biologia seria a melhor aula que eu teria.

Aos poucos, os alunos foram chegando, e a sala logo se encheu. E, como sempre, o Cullen fora o ultimo a chegar, provavelmente ele só fazia isso para chamar a atenção, atenção essa, que ele sempre conseguia receber.

-Desculpe o atraso Sr. Banner –disse o Cullen, assim que entrou na sala.

-É, eu sempre desculpo, e eu ainda não sei por que eu ainda os tolero –respondeu, enquanto o Cullen se sentava ao meu lado.

-Me deixa adivinhar... é por que o senhor me ama não é?

-Muito engraçado Cullen, muito engraçado. Bom, vamos abrir o livro no capitulo 3 pessoal –disse o professor Banner, se virando e indo em direção ao quadro.

Assim que o professor começou a escrever no quadro, o Cullen começou a me encarar, me deixando completamente constrangida, por eu não gostava de ser encarada, principalmente por ele.

-O que foi Cullen, perdeu alguma coisa? –perguntei, criando uma espécie de cortina entre mim e ele com os meus cabelos.

-Não, é que eu estava imaginando, o que os meus irmãos viram pra gostarem tanto de você –respondeu ele, pensativo.

-E, o que você acha que eles viram em mim? –perguntei, realmente interessada em sua resposta.

Ele pareceu pensar um pouco, e respondeu:

-Bom, eu não sei o que eles viram em você... mas... deixa pra lá – então ele olhando para frente. Mas uma fez, ele tentou esconder as coisas de mim.

-Ah Cullen, responde logo –eu disse, olhando para ele impaciente.

-Não, eu não vou te responder.

-Ah! Qual é, Edward? Você não pode ficar fugindo das minhas perguntas para sempre! Eu mereço respostas! – eu nunca tinha dito o primeiro nome dele em voz alta, com tanta intencidade, mas eu gostei do som quando este saiu pela minha boca. Eu não deveria gostar, mas eu gostei e, se eu pudesse eu o repetiria mais vezes, só para ter essa sensação mais vezes.

-Eu não fujo das suas perguntas. E, também, eu não te devo resposta alguma.

-Ah, eu desisto Cullen –eu disse, irritada. Então eu me virei e comecei a copiar a matéria do quadro.

A aula de biologia fora terrivelmente horrível, ela fora pior que a orimeir, além dela ter passado terrivelmente lenta, o Cullen passou a aula toda me encarando.

Eu sei que todas as garotas de Forks High School, que são todas as garotas de Forks, praticamente, dariam um braço, uma perna ou até mesmo sua dignidade, para vivenciar esse momento, mas, eu não sou uma dessas garotas. Eu sei que ele é extremamente lindo, charmoso, e quando ele está na aula de educação física, com aquela camisa que permiti ver aqueles braços fortes e musculosos enquanto ele corre em volta da quadra e os seus cabelos desgrenhados, que se movem com o vento por causa da velocidade atingida pela corrida, os deixando perigosamente sexy que me provoca pensamentos inadequados e me faz sentir um calor no corpo que vai se espalhando e... érr... enfim, deixa pra lá.

Tirando todas as qualidades físicas que ele tem, que são muitas, devo admitir, ele é um completo idiota!

-Srta. Swan –disse o Sr. Banner, me acordando de meus devaneios.

-Sim Sr. Banner? –eu respondi, mas isso mais soou como uma pergunta.

-Eu acho melhor você ir, se não você vai chegar atrasada na próxima aula –respondeu ele, dando de ombros.

-Ah sim, claro –eu disse, com certeza meu rosto deveria estar atingindo altos níveis de vermelho, pois eu sentia minhas bochechas pegando fogo. Eu nem avia percebido que a aula já havia acabado. Então eu me levantei rapidamente e, antes de sair, me despedi do professor Banner, sem aguardar a resposta.

Cerca de três minutos depois, eu cheguei na sala para a aula de cálculo, que já estava cheia, mas, sem professor, para a minha sorte.

O ruim de chegar atrasada na sala, é que não sobram muitos lugares para você escolher. O único lugar que restou, fora ao lado do Cullen, o que eu achei estranho, pois, geralmente, ele está rodeado de garotas, todas elas sem amor próprio, é claro. Mas, hoje não.

Estranho, muito estranho!

Bom, já que eu não tinha outra escolha, eu fui me sentar ao lado dele.

-Swan, você por aqui. Nossa você realmente quer chamar a minha atenção não é, está até me seguindo –disse ele, assim que eu me sentei ao seu lado.

-Sabe Cullen, mais atenção do que você me deu na aula de biologia, que você não parava de me encarar? Eu acho impossível Cullen, IMPOSSÍVEL! –eu o respondi, cínica e enfatizando a ultima palavra.

-Eu não estava te encarando, você é muito presunçosa Swan –respondeu ele, carrancudo.

-Mais do que você Cullen, com certeza eu não sou! – afirmei, olhando para frente.

-Eu não vou discutir sobre isso com você Swan. –ele disse, pronunciando meu nome com desdém.

-Você não vai discutir por que sabe que eu estou certa –eu disse, o olhando novamente.

-Não, eu não vou discutir, por que eu não quero gastar saliva com uma cabeça dura feito você!

-Eu? Cabeça dura? Se toca Cullen, quem é cabeça dura é você –respondi, emburrada.

-Eu não tenho paciência para discutir com você Swan

-Então não discute, fica quieto e me deixa em paz!

-Eu realmente não sei o que os meus irmãos acharam de tão interessante em você –comentou ele.

-Por que você não pergunta para um deles, ao invés de fazer essa pergunta pra mim? –eu realmente não estava mais agüentando ter aquela discussão com ele.

-Eu só estava tentando entender.

-Sabe, eu também estou tentando entender uma coisa –o olhei seriamente.

-Que coisa? –perguntou ele, interessado.

-Por que você não cala a boca? –respondi, verbalizando meus pensamentos.

Espantado, pois, obviamente, ele não esperava esse tipo de coisa, ele abria e fechava a boca, enquanto procurava por uma resposta. Enfim, quando ele ia responder, alguém entrou gritando na sala:

-NÃO VAI TER AULA, NÃO VAI TER AULA, O PROFESSOR NÃO VEIO, NÃO VAI TER AULA! –pela voz afeminada, só podia ser Eric Yorkie, um outro idiota, só que esse era, assim como eu, um nerd.

Então, ao invez de me responder, ele se levantou e saiu da sala, sendo imitado por todos. Assim que a sala ficou vazia, eu, calmamente, me levantei e sai da sala e depois da escola, indo em direção ao estacionamento, para, finalmente, ir para casa com minha caminhonete.

Eu tive que forçar um pouco mais para faze-la ligar, mas, graças a Deus, isso não demorou muito. Logo ela rugiu alto, avisando que já estava pronta para andar novamente. Então eu logo a coloquei na estrada.

Depois de quase uma hora na estrada, eu consegui chegar em casa. Minha caminhonete avia parado umas 5 vezes durante o percurso. Quando eu fui a pé para a escola eu demorei menos tempo do que quando eu voltei. Eu acho melhor começar a ir a pé para a escola, é mais rápido.

Assim que eu entrei em casa, eu fui direto para o meu quarto tomar um banho. Eu tinha que estar apresentável para ir há casa dos Cullen.

Depois que eu acabei de tomar banho e de me arrumar, eu fui para a sala esperá-los.

Eu esperei, e esperei, e esperei, até que eu não agüentei mais esperar, e cai no sono.

Eu acordei, assustada, com uma buzina insistente de carro que vinha do lado de fora da casa. Eu não sei por quanto tempo eu fiquei dormindo no sofá, eu só sei que fora tempo suficiente para eu ficar com uma dor horrível no pescoço.

A buzina continuou tocando, só ai eu me lembrei, que Edward viria, junto dos irmãos, me buscar. Então eu me levantei rapidamente, peguei minhas coisas, e sai de casa.

-Que demora –disse Edward, assim que eu entrei no carro -eu até cheguei a pensar que você tinha desmaiado, ou entalado no vaso –terminou ele, rindo na ultima parte.

-Olha Cullen, não pense muito, pois, se não, seus poucos neurônios, vão se cansar com tanto esforço –ele me olhou com um olhar assassino e começou a dirigir –Oi Alice, oi Matt –eu disse, por fim, os cumprimentando, enquanto colocava o sinto de segurança.

-Oi Bella –responderam os dois juntos.

Nós ficamos em silêncio por algum tempo. Até que eu não agüentei mais, e o quebrei.

-É, falta muito para nós chegarmos? –perguntei.

-Um pouco –respondeu Edward.

-Onde vocês moram, dentro da floresta por um acaso? –perguntei. Serio, isso me lembra alguma coisa... um livro, eu acho, que tem vampiros... eu acho que ele se chama... Crepúsculo.

Nossa, reparando bem, eles são exatamente, bom, não exatamente, exatamente, mas, em fim. Eles são extremamente lindos, eles são extremamente pálidos, apesar de que eu também sou, enfim, isso não vem ao caso, e eles moram na floresta de uma cidade chuvosa, e eu nunca vi o Edward nos raros dias de sol que tem em Forks.

É eu sei que isso é completamente idiota, mas, eu estou começando a cogitar a idéia de que eles são uma família de vampiros.

-Sim –respondeu ele, tirando-me de meus devaneios.

-Sim o que?

-Sim nós moramos. Algum problema com isso? –perguntou ele, me encarando.

-Não, imagina, problema nenhum –respondi, olhando para fora do carro pela janela e impedindo dele ver meu rosto corando fortemente por causa dos meus pensamentos absurdos.

-Mamãe adora o ar livre, o campo, a floresta e coisas do gênero. Alem dela adorar a paisagem, ela acha que é melhor para a saúde. Apesar de que, nós não precisamos nos preocupar, já que, aqui em Forks, não tem muita movimentação de carros. –disse Alice, dando de ombros.

Nós ficamos em silêncio, enquanto passávamos sobre a ponta do rio da cidade, pegando a estrada que ia para o norte, as casas passando por nós, estavam ficando maiores. Então passamos por outras casas coladas umas nas outras, dirigindo na direção da vasta floresta.

Eu estava pensando se seria melhor perguntar novamente se nós já estávamos chegando ou ser paciente quando ele virou numa estrada sem pavimento. Não havia sinalização, ela era praticamente invisível entre as árvores. A floresta se estendia pelos dois lados, deixando a estrada á frente visível apenas por causa de alguma curva em formato de serpente, ao redor das árvores antigas. E então, alguns quilômetros mais á frente, havia algo brilhando por entre as árvores, e então de repente apareceu uma pequena clareira, ou será que era um quintal?

O brilho da floresta, no entanto, não desapareceu, pois haviam seis árvores enormes que circundavam o lugar em todas as suas arestas. As sombras mantinham suas sombras seguras sobre as paredes da casa que se erguia por entre elas, tornando obsoletas as minhas primeiras explicações.

Eu não sabia o que esperar, mas definitivamente não era isso. A casa era antiga, graciosa, e tinha provavelmente uns cem anos. Era pintada de um branco suave, fraquinho. Tinha três andares, era retangular e bem proporcionada. As janelas e portas faziam parte da estrutura original ou de uma restauração muito bem feita. Eu podia ouvir um rio por perto, escondido pela obscuridade da floresta.

-Nossa –eu disse, totalmente deslumbrada com a casa.

-Swan, fecha a boca –disse o Cullen, totalmente debochado, me tirando de meus devaneios.

-A casa de vocês é muito bonita –eu disse, assim que eu sai do carro.

-A mamãe vai amar ouvir você dizendo isso –comentou Alice, entrelaçando seu braço ao meu.

-Por falar na mamãe, você sabe onde ela foi? –perguntou Edward, já dentro da casa.

-Não, eu não sei se você esqueceu, mas, assim como você, eu acabei de chegar –respondeu ela enquanto entravamos na casa.

Definitivamente, essa família se ama!

Eu então comecei a prestar mais atenção na parte de dentro da casa. E, ela era ainda mais surpreendente, menos previsível do que do lado de fora. Ela era muito clara, muito aberta e muito grande, isso, originalmente, deve ter sido vários quartos, mas, as paredes foram removidas em muitas partes para criar um espaço maior. O fundo, virado para o sul foi inteiramente substituído por vidros, e, além da sombra das árvores, o quintal terminava num rio enorme. Uma escada gigantesca dominava o lado oeste da sala. Ao lado esquerdo da porta, havia um piano enorme e espetacular. As paredes, o teto, o chão de madeira, e os finos tapetes, eram todos de tons variantes de branco.

-É melhor eu tirar os sapatos não é? –perguntei a Alice, antes de pisar nos tapetes.

-Deixe de ser boba Bella, não tem problema você pisar de sapatos no tapete –respondeu ela, me empurrando para cima dos tapetes.

-Bella –Matt me chamou, enquanto puxava minha camisa levemente para baixo.

-Sim Matt.

-Você quer conhecer o meu quarto? –perguntou ele, com os olhos brilhando.

-Claro... –antes que eu pudesse terminar, Alice pegou minha mão e disse:

-Não, primeiro ela vai conhecer o meu quarto –ela começou a me puxar.

-Não, o meu –respondeu Matt, começando a me puxar também, só que para o lado oposto.

Eles ficaram em um puxa e repuxa, enquanto disputava para que quarto eu iria primeiro.

-Já chega, os dois! –Edward disse, irritado, enquanto adentrava a sala. Onde ele estava? Não faço a menos idéia!

-Edward, fala para essa Polly mal feita, que a Bella vai conhecer o meu quarto primeiro –disse Matt, se manifestando.

-Não Edward, fala para esse... esse... em fim, fala pra essa criatura, que a Bella vai comigo para o meu quarto –retrucou Alice.

-Se vocês dois não pararem agora, ela vai para o meu quarto –disse Edward, em um quase grito, me espantando. Eu sei que ir para o quaro de Edward Cullen, junto ao próprio, é o sonho de todas as garotas que o conhecem e, provavelmente, as que não o conhecem também, porem, não é o meu.

AH! Tudo bem, em meu subconsciente eu também sonho com isso, fazer o que?! Todo ser humano tem seu ponto fraco, e o meu é aquele corpo sarado, aqueles olhos hipnotizantese e aquele cabelo desarrumado super sexy.

-É... esqueçam o que eu disse, e... voltem a discutir –ele disse, quebrando o silêncio constrangedor que começava a se formar e passou a mão pelos cabelos, detalhe, ele estava ficando vermelho.

Qual era o problema desse garoto? Hora ele me ataca e pensa em me assassinar, hora ele cora de uma sugestão me envolvendo? Ele definitivamente não batia muito bem.

-Gente, antes que você comecem a discutir, novamente, por que vocês não fazem um acordo... amigável? –perguntei, esperançosa, pois, se eles não parassem de me puxar, com certeza, eu seria partida ao meio.

Eles pensaram por alguns segundos, e concordaram me soltando em seguida.

-Você pode ir com ele –Alice disse, sorrindo –Mas, assim que você acabar, leve ela diretamente para o meu quarto, ela está precisando, urgentemente, de uma reforma no visual –disse ela, já subindo as escadas.

-Espera ai Alice, o que você quis dizer com “Reforma no visual”? –perguntei, atônita.

-Você vai descobri depois –respondeu ela, sorrindo. Confesso que eu fiquei com medo dela agora.

-Então... vamos Matt?

-Vamos –respondeu ele sorrindo. Ele então pegou minha mão, e me levou em direção as escadas.

No primeiro andar Matt começou a me puxar pela mão ansiosamente até a primeira porta do corredor, Alice seguia impaciente logo atrás. Logo ele entrou por uma das portas e então eu entrei num quarto azul cheio de pôsteres de carros que pareciam caros e potentes. Em frente à janela tinha uma escrivaninha cheia de potes com lápis e canetas, além de revistinhas sobre carros. E havia duas portas, uma que supus ser seu banheiro e a outra seu closet.

-E então? O que você achou, Bella? -Matt perguntou com os olhos brilhando.

-Você realmente gosta de carros não é mesmo? É um quarto bem legal, Matt.

-Agora vamos ver o meu quarto!!! -Alice exclamou me arrastando para fora do quarto.

Assim que nós chegamos no final do corredor Alice me levou para o seu quarto. Ela, então, abriu a porta e, me deu um “empurrãozinho” para eu entrar em seu quarto.

O quarto de Alice era lindo. As paredes eram pintadas com vários tipos de rosas, a cabeceira de sua cama era, assim como as paredes do quarto, em um tom de rosa e era em formato de coração. Aviam alguns enfeites nas paredes, aviam vários pôsteres de bandas e de alguns filmes.


-Então Bella o que achou? –perguntou Alice, assim como o Matt fizera antes.


-Eu adorei seu quarto Alice, ele é lindo –respondi, sorrindo.


-Se você gostou do meu quarto, você vai adorar meu closet –disse ela, sorrindo alegremente enquanto me puxava em direção a uma das duas portas que havia em seu quarto. Assim que nós chegamos em frente à porta, Alice a abril revelando seu enorme closet, ele era tão grande, que parecia ser, to tamanho, ou até maior que meu quarto.


-Nossa, Alice, o seu closet é bem grande –comentei, deslumbrada.


-Isso aqui, originalmente, era um quarto, mas minha mãe o reformou e o transformou nesse lindo closet para mim –respondeu ela, animada, enquanto pulava e batia palmas, animadamente.


-Aqui é lindo, e bem maior que meu quarto. –comentei, rindo.


-Bella, que numero você veste? –perguntou Alice, derrepente.


-36, por que? –respondi, receosa.


-Perfeito –disse, sorrindo, sem me responder. Ela então fora para um canto de seu “closet” e logo voltou com alguma coisa azul marinho nas mãos.


-O que é isso Alice?


-É um vestido, e eu quero que você o vista –respondeu ela, sorrindo, enquanto me entregava o vestido.


-Por que eu...? –eu comecei, mas ela me cortou.


-Apenas vista –repetiu ela, enquanto puxava Matt em direção a porta.


-Não Alice, eu quero ficar –protestou Matt.


-Não Matt, você não pode ficar, ela vai trocar de roupa –retrucou Alice, ainda o puxava.


-I dai?


-ARGH! Sai Matt –bufou o empurrando para fora do closet, mas, antes de sair, ela me olhou –Você só vai sair dai quando estiver pronta –disse, e então saiu fechando a porta logo em seguida.


Assim que ela saiu, eu analisei a peça que ela me dera. Um vestido azul marinho, tomara-que-caia liso, com alguns poucos detalhes no busto. Sem escolha, eu logo vesti a peça e me olhei no grande espelho que havia ali.


Até que o vestido havia ficado bem em mim. O azul contrastava com minha pele branca. Eu até poderia dizer que eu estava bonita, apesar do all star preto que eu usava e meu rabo-de-cavalo.


Assim que sai de meus devaneios, fui em direção à porta, a abrindo.


-Matt, Alice...? –chamei, assim que sai do closet. Como eles não estavam no quarto, eu resolvi me aventurar pela casa.


Primeiro eu os procurei no corredor, mas, eles não estavam, então eu decidi descer e procura-los na sala. Quando eu estava nos últimos degraus, eu avistei Edward sentado no sofá. Eu, então, fui em sua direção.


-Ei, Cullen, você sabe onde estão os seus irmãos? –perguntei, já ao seu lado.


-A baixinha fora atender a um telefonema “importante” –fez aspas –e o Matt fora obrigado a ir com ela –deu de ombros.


Nós ficamos em silencio por alguns longos minutos, torturantes, até que ele o quebrou.


-Se você for ficar aqui, pelo menos, senta –disse, rude, enquanto se virava para me olhar.


-Ok –respondi, no mesmo tom que o dele, e fui me sentar, na outra ponta do sofá, o mais longe que eu conseguia.


Novamente um silencio se estabeleceu no ar. Mas, além do silêncio, eu tive que agüentar o Cullen me encarando, pela segunda vez nesse mesmo dia.


-O que foi? –perguntei. Minhas bochechas estavam pegando fogo.


-A sua roupa, você não estava com esse vestido quando chegou aqui. –respondeu, sem tirar os olhos de mim.


-É que Alice me pediu para colocar essa roupa.


-Até que o vestido caiu bem em você –comentou desviando o olhar e dando de ombros.


-O...obri...obrigada –gaguejei, minhas bochechas deveriam estar atingindo altos níveis de vermelho, isso se fosse possível elas ficarem ainda mais vermelhas.


Após esse pequeno dialogo, nós ficamos em silêncio novamente até Alice descer as escadas puxando Matt com sigo.


-Gente, vocês não sabem... Nossa Bella, você ficou linda nesse vestido -comentou, olhando para mim.


-Obrigada –sorri, timidamente, olhando para minhas mãos que repousavam em me colo.


-Enfim, gente, vocês não sabem quem acabou de me ligar para aceitar ser o meu par na minha festa de aniversario. –ela deu uma longa pausa -O Jasper –suspirou após dizer o nome e então soltou Matt e começou a pular, enquanto cantarolava pela imensa sala –“O Jasper vai ser o meu príncipe, o Jasper vai ser o meu príncipe, o Jasper vai ser o meu príncipe...”


-Quando vai ser seu aniversario Alice? –perguntei, rindo de sua atitude.


-Bom, ele será no mês que vem, no dia 21 –respondeu ela, vindo em minha direção e se sentando ao meu lado no sofá. Então ela completou –E é ai que entra você Bella... –ela me olhou com um olhar pidão. –Eu queria que você fosse na minha festa e eu queria que você usasse esse vestido.

Mas mal ela avia acabado de pronunciou as palavras e Edward levantou do sofá irritado.

-Como é que é? Você ficou louca?! Quer que eu passe um dia inteiro aturando ela? –desdenhou, apontando para mim –Você pirou de vez baixinha?

-Edward, como você pode falar assim? Bella é minha amiga, além do mais, a festa é minha, e eu convido quem eu quiser –Alice respondeu indignada e irritada.


E então eu me levantei e disse sem conseguir conter a magoa e irritação em minhas palavras acidas:

-Obrigada Alice, eu fico muito lisonjeada em ser sua amiga. E, tenha em mente que eu gosto muito de você e de Matt. Mas, eu também não suportaria ficar em um lugar onde eu não sou bem-vinda. –sorri, tristemente –Eu vou deixar o vestido em cima da sua cama, tudo bem?

-Não Bella, o vestido é um presente. Repense sobre a festa, eu realmente queria muito que você fosse –disse, magoada.

-Eu não sei Alice... mas, eu prometo pensar –respondi e então subiu as escadas.

Assim que eu entrei no quarto de Alice, eu peguei minhas roupas em seu closet, e me troquei, voltando para o quarto e deixando o vestido em cima da cama.


As palavras de Edward, apesar de eu não querer demonstrar, me magoaram muito. Eu sei que eu não deveria me importar, afinal, ele é um completo idiota, e eu já deveria esperar isso dele, mas, quando ele falou aquilo tudo, eu senti um aperto no coração. Uma lagrima solitária, caiu involuntariamente de meus olhos.


Eu sou uma idiota mesmo. Por pensar, que ele, em algum dia, pudesse ser uma pessoa agradável, que desse para conviver.


-Posso entrar Bella? –Alice perguntou, do outro lado da porta.


-É claro –respondi, passando as mãos por meus rosto, secando qualquer vestígio de lágrimas.

Alice então entrou, e veio se sentar ao meu lado em sua cama.


-Não ligue para o Edward Bella, ele não mede as palavras antes de dizer.


-Eu não ligo pra ele Alice, se eu ligasse, com certeza eu teria dado um jeito de parar de vê-lo. –suspirei.


Nós ficamos em silencio, até a porta ser escancarada e Matt vir correndo em minha direção.


-Bella, você vai parar de falar comigo? –perguntou, se sentando em meu colo. Sua voz estava embargada e seus olhos estavam cheios de lágrimas.


-Não, claro que não, isso nunca passou pela minha cabeça. –respondi, o abraçando.


-Olha Bella, não se preocupa com o Edward, eu te protejo dele. –disse ele, me olhando seriamente.


-Tudo bem, obrigada pela ajuda, agora eu me sinto bem melhor sabendo que você vai me proteger –sorri.


-Então vamos descer? Eu to com fome –ele levantou, e pegou minha mão.


-Eu acho melhor eu ir embora, eu não quero mais arranjar confusão com seu irmão.


-Não, você vai ficar, eu já disse, eu te protejo do bobão do meu irmão.


-É Bella. Fique, pelo menos, até minha mãe chegar, ai ela pode te levar pra casa –interviu Alice.


-Tudo bem então, eu fico, mas, só até sua mãe chegar –Matt então sorriu, e pegou minha mão, me puxando para fora do quarto e me levando até as escadas.


-Bella, você sebe fazer bolo de chocolate? –perguntou Matt, enquanto nós descíamos as escadas, com Alice logo atrás de nós.


-Sei, por que?


-Por nada.


-Você quer que eu faça um? –perguntei, já no ultimo degrau.


-Quero –ele olhou para mim, com os olhos brilhando e com um sorriso se orelha a orelha.


Assim que nós passamos pela sala, eu, involuntariamente, procurei por Edward, que não estava em lugar algum ao alcance de meus olhos. “Estranho, onde será que ele esta?” pensei. Tentei esquecer de Edward, e olhei para Matt.


-Tudo bem, eu faço o bolo, mas, você me ajuda?


-Ajudo –respondeu, ainda sorrindo, e me guiou até a cozinha.


A cozinha, assim como o restante da casa, era enorme e totalmente branca. As bancadas e os armários eram de mármore branco. Havia também uma mesa redonda com algumas cadeiras. A mesa, assim como as bancadas, eram de mármore branco A única coisa que não era em tom de branco, eram o fogão e a geladeira, que eram de inox.


-Você que ajudar também Alice? –perguntei, olhando para ela, que havia se sentado na bancada da cozinha.


-Se eu não sujar minha roupa, tudo bem –sorriu, saiu de cima da bancada, e veio em minha direção.


-Bom, eu vou precisar de farinha, de açúcar, de fermento, de chocolate em pó, de ovos e de manteiga.


-Quantos ovos? –perguntou Alice, na porta da geladeira.


-De três –respondi –Eu também preciso de uma tigela, uma colher de sopa, uma colher para misturar os ingredientes e um batedor de ovos. Onde eu posso pegar? –disse, depois que eles trouxeram tudo o puseram sodré a bancada.


-Eu pego as colheres e o batedor de ovos, a tigela estão ali em cima –respondeu Alice, apontando para um armário um pouco alto.


Então eu estiquei minha mão, e com bastante dificuldade, eu consegui abrir a porta do armário. Qando eu tentei pegar a tigela, eu não consegui, pois ela estava muito alta, eu tentei pular, mas, mesmo assim, eu anda não consegui pega-lá.


-Alice, como sua mãe consegue pegar ela lá am cima? –perguntei, desistindo.


-Ela geralmente pedi para alguém –respondeu, dando de ombros.


-Vocês estão precisando de ajuda? –perguntou Edward, atrás de mim. Eu não o respondi, apenas o encarei com uma sobrancelha arqueada.


-Precisamos sim Edward. Pega aquela tigela, por favor –disse Alice, apontando para o armário. Ele, então, com toda a facilidade, ergueu seu braço, e retirou a tigela de dentro do armário e a entregou para mim.


-Obrigada –agradeci, a contra gosto.


-Acho que vocês não se iportam se eu me sentar aqui e ficar olhando –disse, e se sentou em uma das cadeiras há mesa.


Eu gostaria de dizer que me importava, mas, preferi ficar calada.


Enquanto eu colocava as coisas dentro da tigela e começava a misturar, Alice se sentou ao lado se Edward há mesa, e me perguntou:


-Bella, por que você não usa a batedeira?


-Por que, assim, fica melhor, alem de ser mais relaxante, e menos ensurdecedor. –dei de ombros.


-Engraçado, minha mãe diz a mesma coisa –comentou, alheia.


-Bella, falta muito pro bolo ficar pronto? -perguntou Matt, que estava ao me lado, ansioso.


-Falta, e eu ainda tenho que por ele para assar –respondi. Ele bufou, e foi se juntar aos irmãos.


Assim que eu terminei de bater a massa, eu pus a tigela na bancada, me virei para olha-los e perguntei:


-Onde fica o tabuleiro?


-Deixa que eu pego –disse Edward, enquanto se levantava e vinha em minha direção. Então ele abriu outro armário –Você prefere um retangular ou um redondo? –perguntou, olhando pra mim.


-Tanto faz –respondi, então ele retirou um retangular, e me entregou. Quando ele me entregou o tabuleiro, sua mão encostou-se à minha. Uma corrente elétrica percorreu todo meu corpo, da raiz do cabelo, até a ponta do meu dedo do pé. Como eu não sabia explicar o que era aquilo, eu puxei minha mão, junto com o tabuleiro, e o levei a mesa. Depois fui para a pia, lavar minha mão. Então eu voltei há mesa, retirei um pouco de manteiga com a colher, e pus no tabuleiro.


-O que você vai fazer Bella? –perguntou Matt, com os cotovelos apoiados na mesa.


-Eu vou espalhar a manteiga para a massa não grudar no tabuleiro –respondi, enquanto espalhava com o dedo, a manteiga por todo o tabuleiro. Depois que eu terminei, eu desejei a massa no tabuleiro, e o coloquei dentro do forno, o ligando em seguida.


-Pronto, agora é só esperar 40 minutos que já deve estar pronto –disse, me recostando na bancada. Eu queria ficar o mais longe possível de Edward.


-Ok, agora, quem vai lavar essa louça? –perguntou Edward, me encarando.


-Por que, você, não lava? –retruquei, o encarando também.


-Deixa ai, depois nós damos um jeito –interviu Alice.


-Tudo bem –dissemos eu e o Cullen, juntos.


Enquanto nós esperávamos o bolo assar, nós ouvimos a porta ser aberta.


-Acho que alguém chegou –comentou Edward.


-Não me diga, Sr. Obvio.


-Crianças, cadê vocês? –perguntou, o que parecia se uma mulher, da sala.


-Na cozinha –gritou Edward.


Assim que a mulher apareceu na porta, eu me surpreendi. Ela era completamente linda. Ela tinha o mesmo rosto pálido e lindo que Matt, Alice e Edward tinham. Alguma coisa no formato de coração do seu rosto, seus cachos macios, de uma cor caramelada, me fez lembrar de filmes épicos. Ela era pequena, mais esbelta, mas, mais angular.


-Edward, por que você não me avisou que ia trazer sua nova namorada? –perguntou a mulher, que sorria para mim. No instante que ela disse a palavra “namorada” meus olhos se arregalaram, e minhas bochechas começaram a pegar fogo.


-Ela não é minha namorada mãe –respondeu Edward, com a cabeça baixa, e depois ele murmurou outra coisa, mas, fora tão baixo, que eu não consegui entender. Mas, parece que Alice o ouviu, pois ela se virou para ele, com os olhos arregalados.


“Será que ele falou mal de mim? Com certeza ele deve ter dito, que nunca namoraria com uma pessoa igual a mim, cujo a aparência, nunca chegaria aos seus pés.”  Pensei. Eu não sei por que, mas, ao pensar isso, meu coração se apertou.


-Oh, me desculpe então –se desculpou, me tirando de meus devaneios. Ela então veio em minha direção, e se apresentou.


-Muito prazer, meu nome é Esme –estendeu sua mão.


-Isabella, mas, pode me chamar de Bella. É um prazer conhece-la –sorri, apertando sua mão.


-É, bem se vê que você não é namorada do Edward... Você é educada de mais –sorriu, e sorri de volta, soltando o ar, que nem eu sabia que estava prendendo. Em um momento, eu pensei que ela diria “Você é feia de mais” ou “Mal arrumada de mais”. Mas, confesso que ela me surpreendeu. É, pelo visto, de todos os Cullen, só Edward, era ignorante, arrogante e que se acha superior.


-Bom, já que a senhora chegou eu.. –comecei, mas ela me cortou.


-Por favor, não me chame de senhora, assim eu me sinto velha, me chame apenas de Esme.


-Tudo bem, Esme, já que a senh... quero dizer, você chegou, eu gostaria de pedir uma carona para ir embora.


-Não Bella, fica mais um pouco, por favor –pediu Matt, vindo em minha direção enquanto me olhando pidão.


-Não Matt, é melhor eu ir.


-Fica, pelo menos, pra comer o bolo. –ele continuou a me olhar, seus olhos te brilhavam. Como eu não consegui resistir eu aceitei. Ele então sorriu largamente, e me abraçou.


Depois disso, não demorou muito para o bolo ficar pronto.


-O bolo já deve estar pronto –comentei, assim que olhei no relógio da parede.


-Um bolo? –perguntou Esme, com o cenho franzido.


-Sim, a Bella fez um bolo pra mim –respondeu Matt, sorrindo.


-Não, ela fez o bolo pra nós –corrigiu Alice.


-Chega de briga, todos nós vamos comer o bolo –disse Esme, enquanto ia em direção ao forno, e retirava o bolo. –Edward, pegue os pratos, os talheres e os copos por favor –pediu, assim que pôs o tabuleiro com o bolo em cima da mesa.


Depois que Edward colocou tudo na mesa, nós nos sentamos. Esme pegou uma jarra com suco da geladeira, e nos serviu.


-Nossa Bella, está delicioso –comentou Alice, depois de comer um pedaço.


-Obrigada.


-Realmente está muito bom. Foi sua mãe que te ensinou a cozinhar Bella? –perguntou Esme, depois de experimentar o bolo.


-Na verdade não, eu aprendi sozinha. –respondi, sorrindo triste.


-Mas, sua mãe deve estar muito orgulhosa de você, por saber cozinhar tão bem.


-Na verdade, nem minha mãe, nem meu pai, já comeram alguma coisa que eu fiz. Eles não tem tempo pra isso.


-Como assim, não tem tempo? –dessa vez, fora Alice que perguntara.


-Bom, eles viajam muito, e não tem tempo de ficar em casa –dei de ombros.


-E, você mora sozinha?


-Sim, tecnicamentr.


-E, por que você não viaja com eles?


-Como eu disse, eles viajam muito. Eles nunca ficam em um lugar por muito tempo. Então isso atrapalharia em meus estudos.


-E, por quanto tempo eles ficam em casa, quando voltam?


-Bom, isso varia muito. Esse mês, por exemplo, eles chegaram ontem, mas ouve um problema, e eles retornaram a viajar hoje de manha.


-E... –Esme ia perguntar, novamente, mas, Edward a cortou.


-Mãe, já chega de perguntas, você não acha?


-É, tem razão. Me desculpe o interrogatório Bella.


-Não tem problema –sorri, um pouco triste. Era meio doloroso lembrar de meus pais. Eles nunca passavam muito tempo em casa. Eu sempre soube me virar sozinha, mas, as vezes, eu sinto falta de um abraço do meu pai e do colo de minha mãe.


-Bom, eu acho melhor eu ir embora. Eu já incomodei o baste –disse, me levantando. Mas, a ultima frase fora para o Cullen.


-Ora, você não incomodou nada-disse Esme, sorrindo pra mim.


-Bom, será que você poderia me dar uma carona pra casa? É que eu estou sem carro.


-Mas, é claro. Você espera só um minuto para eu pegar minha balsa.


-Ok.


-Bella, já que vocês está brigada com o Edward, como nós vamos nos ver de novo? –perguntou Matt.


-Ah... e se eu te der meu numero de telefone ai você liga pra mim, que tal?


-Ok –sorriu. Nesse mesmo instante Esme apareceu na porta da cozinha.


-Vamos?


-Mãe, você tem papel e caneta?


-Pra que você quer papel e caneta meu filho? –perguntou, desconfiada.


-Pra Bella escrever o telefone dela pra mim. –respondeu. Ela olhou pra mim, e eu assenti. Então ela retirou um bloco de notas e uma caneta de sua bolsa, e o entregou para Matt, que logo passou para mim. Eu escrevi o numero do meu telefone e do meu celular e entreguei para Matt.


-Aqui está, você pode ligar pra mim quando quiser. E, isso vale pra você também Alice –sorri.


-Ok, eu te ligo para nós marcamos um dia para fazermos umas comprinhas –respondeu, sorrindo, e piscou para mim.


-Tchau Alice, tchau Matt –me despedi.


-Tchau Bella –disseram Alice e Matt, juntos.


-Até amanha Bella.


-Até amanha Cu... Edward.


Depois de me despedir, de todos, eu e Esme saímos da cozinha, passamos pela sala e saímos da casa. Assim que descemos as escadas da porta da casa, Esme desligou o alarme do carro e entrou. Seu carro era lindo, ele era preto e bem discreto. Se eu não me engano, seu carro era uma Mercedes Guardian.


-De onde você conhece Edward? –perguntou, assim que entrei no carro.


-Da escola, eu e ele estudamos no mesmo ano, e fazemos todas as aulas juntos –respondi, enquanto colocava o cinto de segurança.


-O Matt parece ter gostado de você –comentou, enquanto ligava o carro e começou a dirigir.


-Sim, e eu também gostei bastante dele –sorri.


-Sabe, que ele só permite que apenas eu e minha família o chamemos de Matt. E as outras pessoas ele só responde por Matthew.


-Por que?


-Bom, eu e meu marido achamos que e por que ele é muito fechado. Até mesmo na escola ele não fala muito. As professorar me dizem, que ele fica sempre sozinho, nem com elas ele fala direito. Eu acho que você fora a primeira estranha que ele, realmente, baixou a guarda.


-Isso é bom, não é?


-Sim. E eu gostaria de perguntar uma coisa, a quanto tempo você conhece ele e Alice?


-Bom, eu os conheci ontem. Eu estava em uma praça, lendo, quando Matt se sentou ao meu lado no banco. Então, como ele estava sozinho, ele me pediu para leva-lo até a sorveteria, onde Alice e o Cu... Edward estavam.


-Como assim, ele estava sozinho?


-Bom, acho que Edward se distraiu, e Matt se aproveitou para se afastar. –respondi. Eu não sei por que, mas, eu senti a necessidade de defender o Cullen.


-Quando eu chegar em casa, eu vou ter uma conversinha com ele.


-Não brigue com ele, ele realmente não teve culpa –intervi. Eu sei que eu não devia, mas, eu estava defendendo Edward Cullen.


-Eu vou tentar –sorriu –Bom querida, onde fica sua casa? –perguntou, assim que chegamos a estrada. Então eu a guiei, indicando o caminho. Depois de algum tempo, Esme finalmente parou o carro.


-Bella, posso perguntar uma coisa?


-Sim, claro


-Será que você aceita ser a babá do Matt e dos outros? 


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Notas finais do capítulo

esperam que comentem bastante.... qria sbr se gostaram ou nao... bjussss