Emmett que estava me girando até agora, parou ao olhar a mulher loira ao lado de sua mãe. Eu agradecia mentalmente por ele ter parado, pois eu já estava começando a ficar tonta.

-VOCÊ!

Capítulo 17

-VOCÊ! –exclamaram Emmett e Rosalie, juntos.

-Vocês já se conhecem? –perguntou Jasper,  com um olhar desconfiado que alternava de sua irmã pata Emmett.

Os dois desviaram o olhar rapidamente e abaixaram o olhar.

-Não. Na verdade... Para de falar junto comigo! –exclamaram ao mesmo tempo novamente.

-Eu agradeço se alguém me responder. –disse Jasper.

Rosalie arfou.

Em casa eu te explico, ok Jazz?

Jasper não respondeu, apenas olhou para sua irmã.

-Acho que chega não é. Então, vamos começar logo com tudo, não se esqueçam que falta pouco para a minha festa –se intrometeu Alice, quebrando o clima tenso que estava se instalando no ar.

-É, tem razão –Jasper disse, sem tirar seus olhos de sua irmã e de Emmett.

-Não era pra ter três casais aqui? –perguntou Rosalie.

-Sim, e nós somos três... mas, ué, café o Edward?

-Eu vi ele subindo as escadas –disse Jasper.

-Acho que ele não faz diferença, no estado que ele está. –disse Emmett –Aliais, alguém aqui sabe de o por que ele estar assim?

Ninguém disse nada. Alice apenas negou com sua cabeça e olhou para o chão, seus olhos estavam tristes.

-Se ele não está aqui, o que vamos fazer? –perguntou Jasper.

-Ora, a mesma coisa que estávamos fazendo antes, eu danço com a Bellinha e a Alice dança com você –respondeu Emmett.

-Mas, e quanto a mim?

-Ora, você finge que ainda não chegou.

Rosalie o olhou com um olhar cheio de ódio, parecia até que tinha faíscas saindo de seus olhos azuis.

-Alice, deixa que eu vou lá falar com ele, tudo bem: -perguntei baixo, assim que cheguei perto de Alice. ela assentiu.

-Ué Bella, pra onde você está indo: -ouvi a voz de Emmett enquanto eu subia as escadas.

-Ela foi falar com Edward –respondeu Alice.

-Mas o que ela vai falar com...

-Eu também não sei, mas vamos deixar ela ir falar com ele –Alice o cortou.

Eu subi as escadas o mais rápido que eu podia do meu jeito desastrado e azarado de ser. Assim que cheguei na porta do quarto de Edward, eu bati na porta. Como ele não se manifestou, eu bati na porta novamente.

-Edward, sou eu –bati na porta novamente e ele não a abriu. Suspirei –Bom, Edward, eu sei que você deve estar com muita raiva de mim, e que você deve estar me achando a pior pessoa do mundo, e até mesmo, talvez, que eu deveria morrer, mas, por favor Edward, dessa. Eu não estou pedindo por mim, se isso fosse pra mim, eu não viria aqui te obrigar, pois –suspirei –no fundo eu sei que você tem razão por estar com raiva de mim, alem do que, eu não faria uma festa tão grandiosa assim –eu ouvi risos bem baixos vindo de dentro do quarto –bom Edward, você não acha que sua irmã merece que você se esforce por ela, para que a festa dela seja tão maravilhosa quanto ela deseja? Eu não estou pedindo isso por mim, e sim pela felicidade de Alice –o silencio voltou dentro do quarto e ele não se manifestou, suspirei novamente –Por favor Edward, apenas pense nisso e se você achar que eu estou certa ao ponto de pensar que Alice merece tudo isso, dessa, nós estaremos esperando por você lá em baixo. –quando eu estava indo em direção as escadas, eu ouvi um barulho de porta se abrindo, quando me virei, era Edward que estava saindo de seu quanto, aparentemente ele foi tocado pelo meu discurso. Ele também concorda comigo em relação ao fato de que Alice merece o nosso esforço.

“Nosso esforço? E por um acaso você está fazendo algum esforço? Minha filha, você vai dançar com Edward Cullem” falou minha consciência.

-Não é Edward Cullen, é Edward Anthony Cullen, se for pra falar minha filha, fale direito pelo menos. –sussurrei para ela e ri.

Eu desci as escadas com toda cautela possível. Mesmo eu estando descendo de vagar, é melhor prevenir do que remediar, literalmente.

Quando chegamos a sala todos olharam, um pouco espantados, por eu ter conseguido trazer Edward em tão pouco tempo. Bom, Alice, da ultima vez, fez isso muito mais rápido, mas acho que o espanto, foi mais pelo fato de EU ter conseguido, já que ele e eu nos “odiamos”.

Antes que eles perguntassem qualquer coisa para mim, eu fui direto para a cozinha. Com certeza eles não perguntariam nada a Edward, então, tudo bem.

Mas, espera um minuto... Eu estou preocupada com o que? Eu não falei nada de mais para ele. Alem do que, não sei por qual motivo, razão ou circunstância eles fuçaram espantados daquele jeito, coitados, mal sabem eles que, ao invés de nós nos odiarmos, nós nos ama... não, espera, o que eu ia dizer?

“Você ia dizer que ama ele, ou melhor, que nós nos amamos”

-Sim, mas eu não amo ele. Sim tudo bem que não é mais ódio, nem repulsa, mas não é amor.

“Nós duas sabemos que é amor. E... EU ESTOU MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO FELIZ POR ISSO!” gritou minha consciência.

-Não, não é amor, o que eu sinto por ele... não é amor... ou é? Não, com certeza NÃO É AMOR!

“Não adianta mais negar, até você está em duvida, em uma coisa que eu já tinha certeza, mas isso não vem ao caso, o que vem ao caso agora, é que você o ama, e ponto final”

-Não vou discutir com você.

“Claro que não vai, pois, alem de você ser covarde, você sabe que o que eu estou dizendo é verdade. Agora, pare de enrolar aqui, e vá logo se aproveitar daquele corpinho maravilhoso, perfeito, exuberante e sensual que te espera na sala. Nossa, se eu pudesse, eu me materializava, te dava uns bons tabefes na fuça, te trancava em um armário, me declarava pro Ed, o agarraria e não soltaria mais. Eu iria me aproveitar daquele corpinho lindo, coisa que você não tem coragem e o jogaria na cama. Eu fazia...”

-Já chega não acha? –falei, quando estava entrando na sala, só que acho que eu falei um pouco alto de mais, pois todos pararam e olharam para mim.

-Eu falei alguma coisa errado? –perguntou Alice, com cara de choro.

-Não Alice, claro que não –respondi, envergonhada e com medo de que ela chorasse.

-Então por qual razão você disse “já chega” pra mim? –perguntou.

-Não foi pra você Alice, me desculpa.

-Se não foi para mim, foi para quem? -insistiu

-É... é... foi para... é... –pigarreei –me desculpe por te interromper Alice –e novamente aconteceu o que eu achava improvável, eu consegui ficar ainda mais vermelha que o normal.

Uma risada ecoou pela sala, chamando a atenção de todos, inclusive a minha. A risada era de Edward, o que ME deixou espantada. Alice sorriu.

Ela se aproximou dele e o abraçou por alguns segundos.

Quando ela se afastou dele, ele sorriu, se levantou e veio em minha direção. Por alguma razão, sua atitude fez meu coração bater mais rápido. Ele estendeu sua mão para mim, e eu a peguei, em um gesto completamente involuntário.

Edward então me puxou para perto de si e começou a conduzir a dança. Logo uma música começou a tocar, e todos começaram a nos imitar.

Até que eu não havia sido tão ruim, eu nem havia pisado muito no pé dele, e mesmo eu tendo pisado, ele não reclamou, nem fez nenhuma expressão de dor. Mesmo quando eu pedia desculpas, ele me ignorava como se nada tivesse acontecido. Ele agia como se eu não tivesse pisado em seu pé uma única vez, era como se... eu soubesse dançar.

Mesmo eu não querendo admitir, eu estava me sentindo bem nos braços de Edward... digo, dançando com Edward.

“O que não deixa de ser a mesma coisa. Eu ainda não consigo entender como certas pessoas tão tapadas tem tanta sorte, e não usufruem dela... francamente”

Eu estava me sentindo tão bem, tão leve, que nem para ao menos responder minha consciência eu tinha forças.

“Ei, não me ignora, me responde”

E todos nós ficamos dançando por horas, que pareceram minutos. Sim, pareceram minutos.

De alguma maneira ele conseguiu tornar uma das coisas que eu mais odiava fazer uma coisa suportável, até mesmo agradável.

-Bom, acho que está bom por hoje –disse Alice, parando a música.

-Concordo –disse Rosalie, meio áspera, olhando para Emmett. –Acho que já esta na hora de irmos. Vamos Jasper.

-Tudo bem, já estou indo. –ele respondeu, mas, antes de ir embora, ele foi se despedir de Alice, dando um beijo e, seu rosto. Só que, na hora que ele foi beijar seu rosto, Alice virou e ele deu um beijo em seus lábios. Os dois se afastaram, com os olhos ligeiramente arregalados e com os rostos corados. –A...até logo –e ele saiu correndo, puxando sua irmã pelo braço e não se despedindo de ninguém.

Antes deles passarem pela porta, Rosalie disse:

-Mas, Jazz, eu não sei voltar, nós vamos...

-Eu sei o caminho, não se preocupe, nós não vamos nos perder. –ele respondeu.

Enquanto ele saia, Alice ficou paralisada, ainda chocada, corada e com seus olhos arregalados.

-Crianças, Carlisle já está chegando, que tal nós... –Esme dizia enquanto descia as escadas. Ela havia ficado em seu quarto revezando alguns papeis de seu trabalho –Mas, o que houve com ela? –perguntou, alternando seu olhar de Alice para todos nós.

-Ela levou um beijo do pirralho que ela gosta –respondeu Emmett rindo.

-Oh –Esme sorriu –Bom, como eu ia dizendo, que tal todos nós nos arrumarmos e fazer um jantar surpresa para o pai de vocês?

-Eu acho uma boa –respondeu Emmett.

Edward apenas deu de ombros, Alice continuou paralisada.

-Bom, o convite se estendia a ela também –Esme se virou para mim, e sorriu.

-Bom eu... –comecei, mas Esme me cortou. Novamente eu digo, ô família que gosta de corar as cortas as pessoas.

-Nem eu nem Matt aceitaremos um não como resposta –Matt se aproximou de Esme, que o pegou no colo.

-Se não for nenhum incomodo.

-Claro que não vai ser um incomodo. –disseram Emmett e Esme, todos juntos.

-Já que é assim, eu aceito ficar. –sorri. Esme também sorriu, e subiu as escadas com Matt em seu colo.

Como Alice ainda estava em choque, eu fui tentar “ajudá-la”.

-Alice, você ouviu o que sua mãe disse?  -ela não respondeu –Alice a casa está pegando fogo. –ela continuou calada.

-Alice, Matt entrou no seu quarto com algumas tintas. Acho que aquelas suas roupas novas, vão ganhar um colorido diferente –falou Edward, indo em direção as escadas.

Alice, subitamente acordou de seu transe e subiu as escadas, correndo loucamente, mas, ela parou ao chegar ao meio. Ela se virou lentamente e me olhou, então ela desceu as escadas correndo, segurou minha mão e me puxou escada a cima, indo em direção ao seu quarto.

-Mas o que?... –comecei a perguntar.

-Você vai me ajudar a tirar Matt de lá.

-Mas ele não está lá Alice, Edward só falou aquilo pra te tirar do seu transe, pois sua mãe sugeriu para todos se arrumarem para fazer uma surpresa especial para seu pai, pois ele vai chegar cedo em casa.

-Oh... mas, de qualquer maneira eu tenho uma razão para te levar para o meu quarto. Eu tenho que te arrumar. Você vai ficar linda! –exclamou.

[...]

Depois de me fazer tomar um banho relaxante, fortalecedor e embelezante, de acordo com Alice, ela penteou meus cabelos, passou maquiagem em mim, e me pediu para colocar um vestido de mangas compridas com, que ia até meus joelhos. Depois de me “produzir”, ela foi se arrumar. E, em menos de 30 minutos, para a minha surpresa, ela já estava, praticamente pronto, faltava apenas ela se vestir. Acho que o motivo de tanta pressa era seu pai. Carlisle fazia plantões no hospital, praticamente todos os dias. Quando ele ia para casa, ele chega sempre quando todos estavam dormindo, e saia antes mesmo de todos acordarem. Era raro os dias como esse, que ele chegava cedo em casa.

Carlisle sempre fora um médico dedicado. Ele ama o que faz.

Bom, antes que alguém pergunte o motivo de eu saber sobre sua vida e comece a imaginar coisas perversas, é que Forks é uma cidade muito pequena, como eu já havia dito. Todos sabem da vida de todos, principalmente de pessoas públicas e tão populares. Alem do que, Carlisle é meu médico, e em todos os momentos que eu precisei de socorro médico por causa de meu azar, ele sempre estava lá.

Depois de estarmos prontas, nós descemos. Quando chegamos na cozinha, nos deparamos com a mesa já arrumada, todos já estavam presentes.

Mesmo Alice sendo rápida, nós demoramos, aproximadamente, duas horas e meia para descer, o que deu tempo de todos se arrumarem e até o jantar ser preparado.

Não demorou muito até que Carlisle chegasse. Ele se espantou com a surpresa e sorriu.

O jantar correu bem. Todos, até mesmo Edward, que parecia ser o mais apegado a seu pai, estavam sorrindo.

Parecia uma cena de comercial de margarina. A cena da família feliz.

Eu não sabia o que era isso, e, até mesmo estando aqui, eu continuo sem saber, pois não é minha família, mesmo eles me tratando como parte dela, eu sou apenas uma intrusa.

Uma lágrima involuntária escorreu pelos meus olhos junto a um sorriso. O jantar estava sendo emocionante e cruel para mim, tudo ao mesmo tempo.

Tentando disfarçar ao máximo, passei a mão pelo meu rosto levemente e rapidamente para que ninguém percebesse e levantei minha cabeça.

Edward, que havia se sentado em frente a mim a mesa, me olhava. Seis olhos pareciam preocupados e tristes, mas, a tristeza, depois daquele dia, nunca mais abandonou seus olhos.

Quando Esme se levantou para tirar os pratos e servir a sobremesa, depois de uma breve discussão comigo, quando eu disse que queria ajudar, começou a chover.

Enquanto todos comiam, a chuva ficava cada vez mais forte.

Quando todos terminamos, e fomos em direção a sala, eu comecei a me despedir de todos.

-Não Bella, você vai dormir aqui hoje –disse Esme –Está chovendo muito, e alem de zelar por sua segurança, eu zelo pela dos meus filhos; é perigoso dirigir a noite por essa área, principalmente se estiver chovendo tanto assim. Já está decidido, você irá dormir aqui hoje. –ela foi em direção as escadas –Vamos que eu vou te levar ao quarto de hóspedes. –ela subiu as escadas e eu fui logo atrás dela.

O quarto de hóspedes que eu iria ficar ficava no terceiro andar, de frente para o de Edward;

-Bom, esse quarto é igual aos outros da casa. No banheiro tem toalhas limpas e no armário á roupas de cama, como cobertores, caso aqueles não sejam o suficiente. Espero que você tenha uma boa noite e fique confortável.

-Obrigada –agradeci e sorri. Esme retribuiu o sorriso e desceu as escadas.

Eu entrei no quarto e logo me joguei na cama. Não se passou muito tempo e eu adormeci.

“Eu estava em uma casa que parecia com a minha casa. Eu estava na sala dessa casa. Então eu andei em direção a uma porta. E cheguei onde parecia ser uma cozinha.

Havia um casal. Abraçado lá.

–Você quer ajuda meu anjo?

–Não... Isso não pode acontecer, isso NÃO vai se repetir! Hoje, quando nós chegarmos há escola, vamos fingir que nada aconteceu, vamos agir como nós agimos todos os dias, antes da noite de ontem.

–Mas... porque?

–Por que o que aconteceu ontem não deveria ter acontecido.

–Mas... (...)

Por alguma razão eu não conseguia ouvir o nome que o rapaz dizia, na verdade eu não conseguia nem reconhecer o casal. Seus rostos eram familiares, mas eu não conseguia me lembrar de quem era.

–Me chame de (...)... (...).

–Tudo bem... (...)... Por que tudo isso? A noite de ontem foi maravilhosa, nós não podemos esconder isso de todos. (...), eu te amo, por favor, não aja como se nada tivesse acontecido.

Os olhos do rapaz, que agora estava de frente para mim, estavam cheios de lágrimas.

–Eu já esqueci o que aconteceu... Bom...

–(...) não faz isso comigo.

O rapaz, em um total gesto de humilhação, se ajoelhou, ainda chorando, em frente a garota e segurou suas mãos ente as suas.

–(...), não faz isso, levanta, por favor.

–(...)... .

–Não (...), é (...)... Se você ainda quiser comer, tem o que eu fiz ou você pode pegar o que quiser na geladeira.

A garota se afastou do rapaz.

-Como você pode? Deixa de ser cruel sua idiota. Olha pra ele. Você acha que ele está bem? Eu sei que eu não o conheço, mas ele não merece tudo isso. –eu gritava, mas parece que a menina não podia me escutar.

Enquanto eu gritava mais coisas, a garota passou por mim e, eu entrei em choque. A garota idiota e cruel, era... ela era eu.

Não, mas não podia ser eu, ela é idiota e insensível de mais para ser eu.

-Acorda sua tapada, é claro que é você, ou melhor... NÓS!

Eu me virei lentamente, e me vi, parada a minha frente.

-Q... que... quem é você?! -perguntei

-Eu achando que você era idiota, e, vejam só, eu estava certa. Oh sua tapada, sou eu, aquela pessoa sensata que sempre tenta abrir seus olhos... eu sou sua consciência. –ela respondeu grosseiramente.

-O-M-G. Eu já sei que eu estou certa em relação de você ser tapada, não precisa tentar mostrar isso toda a hora... –suspirou –Agora, presta atenção! –ela me segurou pelos ombros –Eu sou sua consciência.

-Não, isso não é possível, você faz parte da minha cabeça –falei, atordoada.

-Minha filha, acorda, nós estamos na sua cabeça, onde você acha que os sonhos ocorrem? No céu? Na padaria? Você está aqui, apenas pra ver o quanto eu estava certa, em relação de você ser idiota, tapada e, em relação a Edward Anthony Cullen. –deu uma paus –Agora preste atenção, faça esses seus poucos neurônios funcionarem pelo menos uma vez em sua vida. Ele te ama, de verdade, não deixe essa oportunidade escapar pelos seus dedos. Por mais que ele te ame, ele não vai te esperar pela vida toda. Pense nisso. –então ela me soltou e desapareceu.

-Espera, eu...”

Eu acordei completamente assustada.

Eu havia sonhado com o que aconteceu entre Edward e eu naquele dia. Mas, eu não tinha noção de o quanto eu havia sido cruel e insensível com ele, ele não merecia tudo aquilo, mesmo depois de tudo.

Eu precisava me acalmar, e colocar minha cabeça no lugar. Então me levante e fui tomar um copo d’água.

Quando eu estava chegando ao segundo andar, eu começo a ouvir uma melodia meio distante, vindo da sala. Parecia que alguém estava tocando um piano.

[N/A: Esse é o link da música que o nosso Ed está tocando (http://www.youtube.com/watch?v=yOYOSwUk_kU) eu acho essa música muito linda, e, mesmo não gostando de pedir para vocês ouvirem uma música enquanto lêem o capítulo, eu peço para que vocês leiam o diálogo do Ed com a Bella ouvindo essa música. Eu acho que a tradução combina muito com o momento. Eu vou deixar a tradição da música, para quem quiser ler, nos comentários finais.]

A melodia era linda, e tocava o fundo do meu coração.

Enquanto a música continuava eu descia as escadas. E, assim que vi Edward, eu parei, e fiquei apenas olhando ele tocar. Um milhão de coisas passaram por minha mente, e uma delas era que eu tinha que descer e conversar com Edward, para pedir desculpas para ele.

Sem pensar muito, pois eu iria perder a coragem, eu o fiz. Eu desci e fui falar com ele.

Edward assim que me viu, parou imediatamente de tocar.

-Não pare por minha causa, se quiser pode continuar. -ele não respondeu. –Bom, eu queria falar com você, Edward. –me aproximei dele. Ele não respondeu nada, ele apenas ficou encarando o piano. –Eu queria te pedir desculpas por aquele dia. Eu agi feito uma idiota sem coração. Eu não deixei você falar. Você tem todo o direito de ficar chateado e com raiva de mim.  -ele parou de encara o piano em sua frente e me olhou. Eu me sentei ao seu lado. -Eu quero te pedir desculpas Edward. Eu não agi direito com você naquele dia. Eu deveria, ao menos ter deixado você falar, e não ter te trado como um cachorro... -dei uma pausa. -Sabe... no fundo, eu... eu só te tradei daquela maneira, pelo fato... -suspirei -pelo fato de que eu não sou acostumada a ser amada. Isso tudo é muito novo pra mim e... -ele me cortou.

-Se você não é acostumada a ser amada, por qual razão, então, você aceitou Emmett? -perguntou.

-Por que ele não me ama. Isso é óbvio. E, você também sabe disso. Eu sei que ele é seu irmão, mas, eu não me vejo com ele. Na verdade eu também não me vejo dizendo o que eu vou dizer, mas, o que aconteceu com Emmett foi coisa de momento. Acho que nem ele nem eu levamos nada a sério. -quando terminei de falar, ele sorriu, e eu sorri junto a ele.

Nós ficamos por algum tempo em silêncio, até que ele o quebrou.

-Posso lhe perguntar uma coisa?

-Bom, você pode me perguntar mais uma coisa. -ele revirou seus olhos e eu ri.

-Por que você estava chorando, no jantar? -perguntou, sério, olhando fixamente em meus olhos.

-Por causa do que estava acontecendo. Como eu disse eu não sou acostumada ao amor. Essa atmosfera agradável, de família feliz, eu nunca vivi isso. É tudo novo para mim, por isso eu não tenho relações "normais" -fiz aspas.

O silêncio tomou conta do lugar novamente, mas Edward não desviou seus olhos dos meus uma única vez. Então, do nada, seu rosto começou a se aproximar do meu. Eu não tive reação, apenas fiquei paralisada. Só quando seu rosto estava a centímetros do meu, que eu finalmente me despertei do transe, e o afastei. Ele olhou bem fundo dos meus olhos por alguns segundos e se afastou.

-Desculpe -ele sorriu triste.

-Não, me desculpa você, eu... -ele me cortou.

-Tudo bem... -ele fez uma pausa -Será que eu posso te pedir uma coisa?

-Bom... acho que sim.

-Será que eu posso... eu posso tentar...?

-Tentar o que?

-Te conquistar? ARG, eu sei que isso é muito clichê e tudo o mais, que isso é fala de, praticamente, todos os livros de romance, mas, foi o que veio em minha mente agora... então, eu posso tentar... te conquistar?

"Fala que sim sua idiota, se não aquele seu sonho vai se tornar realidade, só que eu não vou ser tão boazinha quanto eu fui, eu vou realmente te dar uns bons tabefes na cara"   disse minha consciência, me fazendo rir.

-Bom, acho que se você tentar, não vai fazer mal a ninguém.

Edward não disse mais nada, ele apenas deu aquele seu típico sorriso torto, que só ele sabia fazer, e continuou a tocar a linda música que ele tocava antes.

É, se ele tentar, não vai fazer mal a ninguém. O máximo que pode acontecer, é ele conseguir, o que não vai ser impossível, se ele continuar desse jeito.

...

Ei, ei, ei, ei, espera um pouquinho ai. Não pense que acabou por aqui. Eu quero aproveitar essa clima de declarações, e eu quero dizer algumas palavras...

AAAH sim, antes de mais nada, quem está falando sou eu, a pessoa mais inteligente dessa história, digo, a segunda mais inteligente. Pois é, o Matt consegue me superar. Vocês já conseguiram adivinhar quem eu sou?

AH, esquece, eu não consigo ficar calada, sou eu, a consciência da Bella.

Eu queria fazer uma declaração aqui. Eu queria dizer, que, eu sou a favor da união da Bella com o nosso Ed, pois eu sou perdida e enlouquecidamente apaixonada... Se engana quem acha que é pelo Edward Cullen pessoa, eu sou perdidamente apaixonada pela consciência dele. Nossa, nós faríamos um casal perfeito não é?! Ele é inteligente, eu sou inteligente... ai ai, imaginem só, eu com ele. Bom, eu...

Espera um pouco, então quer dizer que você é...

AAAAAAAAAAH O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? EU NÃO ESTOU NA CABEÇA DA BELLA? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI???

Na verdade você não está na cabeça da Bella, o capítulo acabou. Você se esqueceu que, quando isso acontece, nós somos livres pra passear por ai?

Oh...

Pois é... mas, então quer dizer que você é apaixonada por mim?

Bom, é... digo...

Que bom, eu pensei que eu era o único a me amar... Brincadeira, brincadeira. Bom, já que nós dois estamos livres, que tal aproveitarmos para sair e tomar alguma coisa?

Eu adoraria.

Então vamos.

AAAH, antes de nós irmos, eu quero desejar a vocês, um feliz ano novo. E, não vão pensando que vocês se livraram de mim, pois eu ainda vou demorar pra desaparecer, pra falar a verdade, agora que a Bella tomou vergonha na cara, eu vou aproveitar e vou aparecer mais do que nunca!

Ei, então espera mais um pouquinho, e também quero desejar a vocês um ano novo, cheio de minha pessoa. E, também não se engane, agora que a Bela tomou vergonha na cara...  sem ofensas... é que eu vou aparecer com tudo, para ajudar o Ed a conquistar a Bella.

Feliz ano novo a todos de novo, pois desejar felicidades nunca é de mais.

Até a próxima.

Até a próxima