A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 13
Capítulo 12




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-Bom, eu acho melhor você ir para casa, está tarde –ele não disse nada, apenas me deu um beijo na testa, e voltou para o carro. Ele entrou, ligou o carro e desapareceu na escuridão da estrada.

A Babá Cap 12.


Depois que eu expulsei Matt do meu quarto eu fiquei andando de um lado para o outro.

-Eu tenho que me arrumar, eu tenho que me arrumar. Ela está vindo, e eu não posso aparecer igual a  um sem teto! –exclamei afoito e impaciente.

Depois de revirar meu armário eu me joguei na cama. Mas, logo Alice apareceu.

-Ed, você ainda não está pronto? –perguntou.

-Por que eu deveria me arrumar? –respondi com outra pergunta, me fingindo de desintendido.

-Ora, por que a Bel... –antes que ela pudesse terminar a frase, eu a cortei.

-Já sei, por que a Swan vai vir pra cá.

-Isso mesmo –sorriu.

-Baixinha, me ajuda em uma coisa? –perguntei, ela fez cara feia, mas assentiu –Me ajuda a escolher uma roupa legal?

-Claro –seus olhos brilharam.

-Então, procura alguma coisa no meu armário, me diz e cai fora. Enquanto você vê alguma coisa ai, eu vou tomar um banho –eu peguei uma boxer e fui para o banheiro tomar um banho.

-Edward –chamou Alice na porta.

-Fala.

-Usa a sua calça jeans normal e a sua camisa azul-marinho.

-Tá, ta –eu não havia ouvido o final, mas, ao liguei e continuei tomando meu banho.

Depois que eu terminei de tomar meu banho, eu vesti minha boxer e sai do banheiro.

-Qual foi mesmo a roupa que ela disse? Foi a calça jeans e... e... –cocei minha nuca –qual foi a camisa mesmo? –eu olhei para minhas camisas no armário –Por que ela não deixou a roupa em cima da minha cama? Mas, ela deve ter escolhido a preta... ou será que foi a azul-marinho? –eu peguei as duas camisas e fiquei as olhando –Quer saber, eu vou perguntar pra ela. –e eu sai do quarto, mas eu logo me toquei que eu estava só de boxer –A é, a calça –eu voltei, vesti minha calça rapidamente e fui descendo as escadas até o quarto da Alice, como ela não estava lá eu desci novamente, quando eu estava na metade das escadas, eu a aviste – Alice qual foi a camisa que você falou mesmo? Foi a preta ou a azul-marinho? –perguntei, olhando para as camisas em minhas mãos.

-Ora Ed, eu não acabei de falar que é a azul-marinho? –Alice respondeu em um tom impaciente.

-Ah, ta bom e... –eu parei de falar, assim que ergui minha cabeça e vi que a Swan estava ali. Eu a olhei de cima a baixo e parei exatamente em seus olhos.

Nós ficamos os olhando por algum tempo. Parecia que seus olhos prendiam os meus. Eu não conseguia e não queria desviar meus olhos dos seus. Eu não me importaria em me afogar naquele lindo mar de chocolate que eram seus olhos.

Essa não foi a primeira vez que nós ficamos desse jeito. Mas, isso não deveria acontecer, ela era a Swan, a nerd que sempre era zoada, por mim, na escola.

Quando eu voltei ao normal, dei meia volta e subi as escadas novamente. Asso, que eu tive certeza que ninguém mais estava me vendo, eu corri até meu quarto.

-O que está acontecendo comigo? –perguntei a mim mesmo em voz alta.

“Você já sabe o que está acontecendo, só não quer admitir” disse aquela voz na minha cabeça.

-Lá vem você, de novo!? –falei em voz alta.

“Você achou que iria se livrar de mim?”

-SIM! –quase gritei.

“Você só vai se livrar de mim, quando parar de agir como um cabeça dura, e entender que você gosta dela” respondeu a voz, no mesmo tom que eu.

-Dela quem?

“Você sabe de quem eu estou falando... Isabella Swan“

-Lá vem você... ou eu... AH sei lá... A única coisa é que eu sei, é que isso deve parar de acontecer! –exclamei, um pouco confuso.

“Pensa seu idiota! De uns tempos para cá, você não para de pensar nela, você não suportou a idéia dela ter ficado com o seu irmão... você até sonhou com ela, tudo bem que fora um sonho estranho, mas, mesmo assim foi um sonho. Pelo menos uma vez, faça esses seus neurônios imprestáveis funcionarem para pensar alguma coisa de útil!”

-Eu não sei se você sabe, mas, eu sou você.

“Não, você não sou eu... Se você fosse eu, admitiria, de uma fez por todas, que gosta da Bella e pararia de agir feito um otário... Se você fosse eu, tomaria uma atitude e lutaria por ela”

-Mas, como eu não sou você... eu não vou fazer nada disso... –suspirei –Alem do que, eu não gosto dela –disse, em um tom de insegurança, que havia sido uma surpresa até mesmo para mim.

“Tem certeza? Admite garoto. Você sabe que, quando um cara implica muito com uma garota, é porque, lá no fundo, ele gosta dela.”

-Ta ta, agora já chega com isso... Some da minha cabeça! –respondi, deitando em minha cama e colocando o travesseiro em meu rosto.

-É, eu realmente gosto dela –admiti para mim mesmo, depois de muito refletir.

“Finalmente, antes tarde do que nunca!” falou a voz na minha cabeça.

-Não enche... Já que eu já admiti, bem que você poderia SUMIR DE VEZ!

“Não, eu não posso... Não agora, eu tenho que ficar e te ajudar a conquista-la”

-AAAAH não, vai começar de novo?

[...]

Depois de mais uma discussão com a voz irritante da minha cabeça, onde ela queria que eu descesse e ficasse junto aos meus irmão e a Bella,discussão essa que, obviamente, a voz venceu. Então eu desci as escadas, e os procurei na sala. Como eles não estavam lá, eu fui para a cozinha. Quando eu cheguei na porta da cozinha, vi Emmett com a mão no rosto de Bella.

-ARAHM! –pigarreei, chamando a atenção deles para mim. Emmett, quando viu que era eu, se afastou um pouco de Bella.

-AH, oi Edward –ele me cumprimentou, em um tom estranho.

-Emmett –respondi frio.

“Você tem certeza que quer vez ela nos braços do seu irmão?” perguntou a voz.

-Você não ia sair Edward? –perguntou Alice, se aproximando de nós.

-Eu ia...? –parei por um segundo, tentando entende. “Ela deve ter achado que eu me arrumei para sair e não para ver a Bella, já que ela pensa isso, eu vou manter a farsa” –AH sim, eu ia, mas não vou mais –respondi, mas meu tom saiu meio confuso.

-E, por que não? –ela insistiu.

-É... porque... porque... Enfim, o por que não importa –bufei –O que vocês estão fazendo? –perguntei, mudando de assunto.

-Bolo –respondeu Matt, sorrindo.

-Então eu vou ficar bem aqui –apontei para uma cadeira, que estava bem próximo de onde Bella e Emmett estavam –e vou esperar o bolo ficar proto –eu me sentei, e comecei a encarar a ela e a Emmett.

[...]

Após eu ter chegado na cozinha, todos ficaram em silêncio. Quando a massa do bolo estava quase pronta Bella se levantou.

-Bom, já que o Cull... digo, Edward está aqui, nós não precisamos ficar e vigiar o bolo. –sorriu.

-Então vamos para a sala –Emmett disse, e a puxou pela mão em direção a sala.

-O que será que eles vão fazer...? –perguntei para mim mesmo, em um sussurro.  Então eu olhei para Alice, que me olhou e negou rapidamente com a cabeça.

-Não, não. Eu não vou ouvir a conversa de ninguém, se você quiser saber de alguma coisa, vá você ouvir a conversa. –ela disse, antes mesmo de eu abrir minha boca.

-Bm baixinha, eu não ia falar nada... Mas, bem que a sua idéia foi interessante –eu me levantei e fui para a sala –Mas, onde será que eles estão?

-Parece que seu plano falhou maninho –disse Alice, vindo para o meu lado, tentando prender a risada.

-Não, não falhou não... Eles devem estar em um dos quartos –disse para mim mesmo, alheio.

-Ei, Edward, onde você vai? –perguntou Alice, assim que eu comecei a subir as escadas. Eu não a respondi, apenas continuei subindo. Quando eu estava chegando ao topo, eu comecei a ouvir as vozes de Emmett e Bella, então eu fui subindo mais devagar.

Quando eu estava no topo das escadas, eu pude ver Emmett andando devagar e mais dois pares de pernas, que eram de Bella.

-Emmett, pra que tudo isso? –Bella perguntou em um tom, quase imperceptível, de ansiedade.

-SHI. Mantenha os olhos fechados, e sem trapaças em –Emmett disse, rindo. Ele então abriu a porta de seu quarto e logo pôs uma de suas mãos nos olhos de Bella, os tampando. Assim que Emmett fechou a porta novamente, eu fui correndo, sem fazer barulho, e parei atrás da porta para tentar ouvir alguma coisa.

-Nossa! –exclamou Bella. Depois os dois se calaram -Pensei que fosse desarrumado... –ela continuou, quebrando o silêncio.

-Na verdade, eu arrumei, porque tenho algo para falar para você... –respondeu Emmett.

O silêncio novamente se instalou no local.

-Como? –Emmett perguntou. Provavelmente Bella disse alguma coisa que eu não consegui ouvir.

-AAAH, nada, me desculpa, continua –respondeu Bella, seu tom parecia envergonhado.

“Aposto que suas bochechas estão corando nesse momento”

-É –sussurrei, respondendo a voz, e sorri.

-É, tudo bem... bom... –Emmett  começou –eu sei que é meio cedo para dizer isso... mas... –ouve uma pausa –Eu queria tentar alguma coisa com você. –terminou. As palavras dele, quase me derrubaram no chão. Eu não acreditei que ele havia dito aquilo mesmo.

-O que você quer dizer com tentar alguma coisa? –Bella perguntou

-Bom... na verdade eu queria dizer ter um relacionamento com você. Mas, eu acho que está cedo para isso. Então eu pensei que nós poderíamos tentar –ele suspirou ao terminar de falar

-Bom... eu... –ela começou, mas parou logo em seguida, até parecia que ela não sabia o que dizer.

-Será que ela gostou tanto do que Emmett disse, que ficou sem fala? –sussurrei para mim mesmo. A idéia dela aceitar a “proposta” de meu irmão, me fazia sentir um vazio no peito.

-Você não precisa me responder nada agora, alem do que, você está trabalhando, mas antes de qualquer coisa, eu queria te dar uma coisa – um silêncio torturante se instalou no quarto. Eu fiquei atrás da porta, lutando contra a vontade de abrir aquela porta com toda minha força, invadir aquele quarto, pegar Bella em meus braços e sumir dali. –Eu comprei isso para você, espero que goste –Emmett quebrou o silêncio.

-O que será que ele deu para ela?

-É muito bonito Emmett, mas, eu não posso aceitar. –Bella falou.

-Por que não? –Emmett perguntou.

-Alem de ter sido muito caro, eu não posso aceitar um presente seu. Mas, eu vou pensar no que você me disse. –ela disse. Quando eu comecei a ouvir passos vindo em direção a porta, eu corri em direção as escadas e as desci rapidamente. Quando eu estava virando para ir em direção a cozinha, eu avistei ela descendo. Quando ela estava nos últimos degraus da escada, ela tropeçou. Quando eu percebi que ela ia dar de cara no chão, eu fui correndo até ela e a segurei. Ela, que estava de olhos fechados, os abriu e me olhou.

Eu fiquei olhando dentro dos olhos dela por alguns segundos, eu não queria saltá-la, estava muito bom tela ali, em meus braços.

-Você pode me soltar agora –ela disse, me tirando de meu transe.

-AH, é, desculpa –eu a soltei, envergonhado meio envergonhado.

-Espera, você pediu desculpas? –perguntou ela, parecendo impressionada.

-É... isso não é o certo a se fazer Srta. Espertinha? – debochei, eu não queria que ela percebesse alguma coisa sobre o que eu sentia por ela.

-Você é ridículo Cullen –ela disse, passando por mim. Eu comecei a subir as escadas, fingindo que nada havia acontecido, mas, assim que eu cheguei no topo das escadas, eu ouvi a voz de Bella.

-O que foi Alice? –perguntou. Eu então me sentei no chão para dar um jeito de ouvir tudo e ver tudo.

-Nada, eu só estava vendo o quanto você está diferente –deu se ombros.

-Como assim, diferente? –Bella perguntou, com a expressão assustada.

-Ora, você está vestindo roupas melhore, sem ofensa , claro. E, não sei, parece que você está mais confiante também.

-Nossa, eu na percebi nada disso.

-Geralmente as outras pessoas que percebem. Mas, vamos deixar isso de lado, e vamos conversar sobre a minha festa de aniversário –Alice sorriu e puxou Bella para se sentar junto dela no sofá.

-Ok. Como está indo o andamento da sua festa? –Bella perguntou.

-Está ótimo. Logo tudo vai ficar pronto, agora só me falta arrumar o príncipe –Alice disse, sorrindo meio forçada.

-Deve ser difícil não é? Você deve estar cheia de garotos pedindo para ser seu par na sai festa. –Bella riu.

-Bom... é, mas... –Alice começou, mas parou logo de imediato.

-Mas o que?

-É que eu gostaria que uma certa pessoa fosse o meu par –seu rosto ficou vermelho assim que ela terminou de falar.

-Minha irmãzinha está apaixonada? –perguntei para mim mesmo, surpreso e intrigado.

-Então o convide. –incentivou Bella.

-Bem que eu queria, mas, ele é o garoto mais lindo de toda a escola. Eu duvido muito que algum dia ele olhou para mim. Alem do que, sempre que eu chego perto dele, eu nunca falo coisa com coisa. –isso o que ela disse, até lembrou a mim, quando estou perto da Bella.

-Bom, eu não sou a melhor pessoa para dizer isso, pois eu não conheço ninguém que gosta de mim ou algo do gênero, mas, tente sentar do lado dele ou algo assim, que o assunto vai vir naturalmente. E, sobre o fato dele nunca ter olhado para você, eu não acredito muito nisso, pois você é linda. Eu aposto que quando você o convidar, ele vai aceitar na hora.

-Bom, eu não acredito muito nisso, mas, eu não tenho nada a perder mesmo. –ela sorriu e se levantou –AAH, Bella, isso o que você falou, que não conhece ninguém que goste de você... você está muito enganada, pois eu conheço dois –ela começou a vir em direção as escadas.

-E quais são esses dois? –perguntou Bella, rindo.

-Ora Bella, o Emm e o... –quando ela ia terminar de falar, eu levantei rapidamente e corri em sua direção, e tampei sua boca com minha mão.

-Irmãzinha, nós temos uma coisa para conversar –eu tirei minha mão da sua boca, e a puxei escada à cima pela mão.

Assim que nós chegamos em seu quarto, eu abri a porta, e entrei junto com ela.

-O que foi Edward? –ela perguntou, assustada.

-O que você pense que estava fazendo?

-Conversando com a Bella? –disse, como se eu fosse louco.

-Não, você ia falar que eu gosto dela, não ia?

-Ia, mas... espera ai... Você acabou de admitir que gosta dela? –um sorriso enorme apareceu em seu rosto.

-Não eu... ARGH! Quer saber? Dane-se! Eu gosto dela, satisfeita?

-Sim, muito! –ela exclamou, e me abraçou apertado.

-Ta ta –ri –Ela não pode saber ta, nem ela nem ninguém!

-Tudo bem, tudo bem –ela me soltou, ainda sorrindo –Minha boca é um tumulo. AAAH, vocês dois vão formar um casal muito lindo.

-Mas, e quanto ao Emmett, você acha que ela gosta dele? –perguntei, em um tom baixo. Eu não gostava de falar aquilo em voz alta.

-Bom, eu não acho, mas, eu vou tentar investigar e, é claro, eu vou te ajudar

[...]

Depois de minha conversa com Alice, e a minha tentativa fracassada de tentar fazer com que ela mudasse de idéia em relação a me ajudar, eu desisti.

Bella, que ainda estava na minha casa, havia feito o jantar e estava conversando com minha mãe na sala, eu estava na cozinha com meus irmãos, nós havíamos acabado de comer lasanha no jantar, a pedido de Matt.

Alguns minutos depois que minha mãe havia chegado, ela apareceu na cozinha.

-Ela já foi? –perguntou Emmett.

-Sim, minha mãe respondeu, se servindo da lasanha de Bella. Emmett então subiu as escadas, sem dizer mais nada.

Bella havia vindo com Emmett, então ela estava sem carro. Sabendo disso, eu subi correndo para meu quarto, peguei as chaves do meu carro, minha jaqueta e desci novamente as escadas. Quando eu estava no final das escadas, a campainha toca. Então eu corri em direção a porta e joguei minha jaqueta e minhas chaves em cima do sofá. Quando cheguei em frente a porta, parei, respirei fundo e a abri.

-Você esqueceu alguma coisa? –perguntei, gentilmente assim que abri a porta..

-Bom, sim... –ela respondeu cuidadosamente –Eu me esqueci que eu havia vindo de carona –ela deu um pequeno sorriso envergonhado.

-Ah sim, bom, eu vou avisar minha mãe que eu vou te levar, espera só um minuto aqui fora, eu já volto –fechei a porta, peguei as coisas que eu havia jogado no sofá e abri a porta novamente. Depois eu me resolvia com minha mãe.

-Vamos? –perguntei.

-Ah, vamos... –respondeu. Nós então fomos andando em direção ao meu carro. Ela estava com uma expressão estranha no rosto, ela parecia estar pensando em alguma coisa muito intrigante e assustadora. Revirei os olhos e abri a porta do carro para ela. Mas, ela não entrou no carro, o que estava começando a me assustar, pois sua expressão não havia mudado.

-É, obrigada –agradeceu e entrou no carro. Eu então dei a volta no carro, e entrei. -É melhor você se segurar. –avisei, colocando a chave na ignição.

-Por que eu deveria... –antes que ela terminasse a frase eu comecei a dirigir rapidamente –Para o carro, ou anda mais devagar, eu não quero morrer hoje. – eu apenas ri e não a respondi e continuei aumentando a velocidade. Menos de cinco minutos depois, nós já estávamos na metade da estrada de Forks.

-Espero que você esteja se divertindo, pois eu estou muito! –exclamei, ainda rindo.

-Espera, nós já passamos da minha casa... Espera, de novo, nós estamos saindo dos limites da cidade. Pra onde você está me levando? –perguntou ela, aturdida. Não disse nada, apenas continuei a dirigir. Eu ia fazer o que a voz na minha cabeça sugeriu, eu iria leva-a para um lugar agradável.

-Você não precisa ter medo. Eu não vou chupar seu sangue ou algo do tipo. Eu não sou um vampiro igual ao da Saga Crepúsculo –disse, quando eu percebi que ela havia fechado os olhos. Então eu parei o carro e ri com o que eu havia acabado de dizer.  Depois de alguns segundos, ela abriu os olhos e olhou em volta.

-Eu não estava pensando isso. E, onde nós estamos? –perguntei.

-Nós estamos no meu segundo lugar favorito –respondi, olhando para o pára-brisa.

-Ta, e por que você veio para cá? –perguntou novamente.

-Por que me deu vontade de vir –respondi, dando de ombros.

-E você não podia ter matado essa vontade, depois de ter me levado para casa?

-Poderia, mas, ai vem a parte meio estranha... –suspirou –Me deu vontade de vir aqui com você. –ela ficou em silêncio por um tempo. Depois de alguns minutos, ela quebrou o silêncio entre nós, e disse:

-É... que lugar esse? –perguntou, coçando a nuca.

-Aqui é uma espécie de penhasco. Daqui é possível ver toda a cidade de Seattle –respondi sorrindo.

-Bom, eu não estou conseguindo ver nada. –eu não a respondi, apensas sai do carro, dei a volta e abri a porta do carro para ela.

-Bom, de dentro do carro não dá para se ver nada, mas, do lado de fora –sorri ainda mais e estendi minha mão para ajuda-la a sair do carro. Ela então a segurou  saiu do carro.

-Nossa, aqui é lindo, muito lindo –ela disse, maravilhada –Nossa, eu nunca pensei que você seria capaz de gostar de um lugar assim – comentei.

-Obrigada pela parte que me toca. –revirei os olhos –E, é, eu tenho a capacidade de gostar de um lugar assim. Eu vinha aqui com meu pai, nos fins de semana em que ele não trabalhava para ver o por do sol –sorri com a lembrança.

-E, vocês não fazem mais isso? –perguntou.

-Não. Ele ficou ainda mais ocupado e não pode mais. Minha mãe se ofereceu quando eu estava com 10 anos, mas, não era a mesma coisa. –respondi, olhando para a paisagem.

-Eu não sei o que dizer. Não, na verdade eu sei sim, eu tenho que ir embora. Eu não sei se você se lembra, mas amanha ainda é terça-feira, e nós temos aula. –ela foi em direção do carro e entrou na parte do carona. Logo em seguida, eu também entrei –Antes de você ligar o carro, você não precisa correr igual a um louco está bem?

-Tudo bem. Eu vou dirigir no limite de velocidade. –depois de responder sua pergunta, eu liguei o carro e comecei a dirigir.

Eu e Bella conversamos durante todo o caminho de volta. Durante a conversa, eu pude perceber que ela estava baixando sua guarda para mim. Depois de algum tempo, nós chegamos m sua casa, então eu parei com o carro.

-Bom, eu vou entrar. –ela disse, parecendo inserta.

-Tudo bem –respondi.

Nós ficamos em silêncio por algum tempo. Eu não queria que ela entrasse, eu queria que ela ficasse ali comigo.

-É, você quer entrar? –perguntou, me espantando. Eu não esperava ouvir essa pergunta dela.

-Claro –respondi, aparentemente calmo, mas, por dentro, eu estava pulando de alegria. Então eu sai do carro e ela me imitou. Quando nós estávamos chegando na porta de sua casa, ela se virou, dando de cara comigo. Seu rosto havia ficado a centímetro do meu e, sem resistir, eu comecei a aproximar meu rosto ainda mais do dela.

-Bom, eu acho melhor você ir para casa, está tarde – ela disse. Eu não disse uma palavra, apenas dei um beijo em sua testa, e voltei para o carro. Eu então entrei e comecei a dirigir.

Quando eu estava na metade da estrada, eu dei meia volta com o carro e parei apressadamente em frente a casa dela.

“O que você está esperando? Vai lá, bate na porta, e assim que ela abrir, diga tudo o que você está sentindo!”

-Não, eu não posso fazer isso.

“E, por que não?” perguntou a voz.

-Ela vai me rejeitar.

“Isso você só tem como saber, tentando”

-Você me convenseu, eu vou lá. –eu então sai do carro e fui para a porta de sua casa e bati, eu sabia que os pais dela não paravam em casa. Como ela ainda não havia aberto a porta, eu continuei batendo até ela vir abrir. Seus cabelos estavam úmidos, e ela vestia um short preto, curto, e uma camiseta branca, também curta. Eu a olhei de cima a baixo, quase babando m suas curvas. Quando eu sai do meu transe, olhei em seus olhos. Eu esperei por alguma reação ruim de sua parte, mas, ao invez disso ela me olhava surpresa, mas, também havia alegria em seus olhos.

-Cullen, o que vo... –ela começou, mas eu a cortei antes que ela continuasse.

-Eu não consigo mais Bella. Eu tentei lutar, mas, eu não consigo mais. Você está me enlouquecendo droga! –exclamei.

Em um ato, completamente impensado , eu a puxei com força contra meu corpo, esmagando seus lábios nos meus. Eu estava torcendo para que ela não me rejeitasse, me expulsasse dali e me mandasse nunca mais olhar ou falar com ela na vida. Mas, pelo contrário, ela não fez nada daquilo que eu imaginei, ao invez disso, ela pôs seus braços ao redor do meu pescoço e correspondeu ao meu beijo.

Fiquei surpreso com sua reação, por alguns segundos apenas, o que foi suficiente para que um raio de lucidez passasse por seu cérebro, então ela tentou me afastar, porém pressionai ainda mais meus lábios contra os dela, ignorando sua atitude.

Depois de muito tentar me afastar, ela cedeu novamente. Eu apertava sua cintura possessivamente. Eu ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo. Se isso fosse um sonho bom, finalmente, eu mataria se alguém me acordasse.

Ela era minha, finalmente minha e só minha.

Entrei com ela na casa, fechei a porta com meu pé e a conduzi em direção ao sofá, sem parar de beija-la. Minha língua dançava com a sua. Quando nós chegamos no sofá, eu me sentei e a coloquei sentada no meu colo. Minhas mãos, que não estavam mais em sua cintura, agra desciam por suas costas, pela lateral do seu corpo até suas coxas e as apertei de leve. Depois comecei a subir minhas mãos até a lateral de seus seios. Desci minhas mãos novamente, e entrei com elas em sua camisa.

Parei de beijar sua boca e desci até seu pescoço, onde eu dei pequenas mordidas. Minhas mãos, que inda estavam dentro de sua camisa, estavam tentando abrir seu sutiã. Quando eu finalmente consegui abri-lo, as mãos de Bella saíram de meu pescoço, e foram para minhas mãos.

Eu parei de beijar seu pescoço,  e olhei em seus olhos. Ela não disse nada, apenas tirou minhas mãos de onde estavam, se levantou e me puxou em direção as escadas para o segundo andar.


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Notas finais do capítulo

Meninas, depois desse Cap, eu vou demorar um pouco para postar o próximo, pois eu estou cheia de trabalhos para fazer, trabalhos esses que eu adiei, para terminar o Cap.
Então, eu peço compreensão com o fato da demora ok?
Até o próximo.