O Diário de Uma Ex-black escrita por igorleon


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Diário Misterioso


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic de HP. Espero que gostem!



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O sol de verão reluzia sobre o cabelo azul marinho de Ninfadora Tonks, fazendo um formoso reflexo sobre sua cabeça. Há mais ou menos uma hora a jovem bruxa encontrava-se num campo aberto perto da sua casa, a treinar feitiços ofensivos contra um boneco de pano preso a um pedaço de madeira a três metros de distancia dela. Apesar dos primeiros sinais de cansaço e das gotas de suor que surgiam sobre sua testa, Ninfadora estava disposta a não descansar enquanto não lançasse um Feitiço Redutor eficiente contra o seu adversário improvisado.

Reducto! – gritou ela, arfando, pelo que lhe parecia ser a centésima vez só naquela manhã.

Um jorro de luz azul saiu de sua varinha e atingiu a cabeça do boneco, fazendo-o se mover de leve. “Droga!” sussurrou a garota, indignada.

Quando estava se preparando para lançar mais uma vez o feitiço, uma voz familiar lhe tirou a concentração.

– Ninfadora!

Uma mulher de cabelos longos e castanhos vinha caminhando em sua direção, com uma expressão emburrada. Apesar da aparência cansada e um tanto quanto descuidada, ela possuía traços muito finos e delicados. Era Andrômeda Tonks, sua mãe.

– O que é dessa vez, mamãe? – respondeu Ninfadora, impaciente.

O que é dessa vez?! – repetiu a mulher, que agora se encontrava ao seu lado, – Vejamos: A dias que não vejo você pegar no seu livro de Poções! Ou devo lhe lembrar que quem tira um “Excede as Expectativas” nessa matéria não entra no Ministério? Você já tem dezesseis anos, está na hora de ter responsabilidades!

– Não mamãe, não precisa me lembrar disso de novo! – respondeu Ninfadora, revirando os olhos – Bom, e minha responsabilidade no momento é fazer daquele trapo ali, pó. Além do mais, não sei se conhecer as propriedades do bezoar vai me ajudar na hora de capturar um bruxo das trevas...

– Oh Merlin, ainda com essa ideia estúpida de ser Auror... E o tonto do seu pai ainda te encoraja...

– Pois fique a senhora sabendo que não tem nada de estúpido em ser Auror! – retrucou Ninfadora, já aborrecida – Não sei se lhe informaram, mas é por causa dos Aurores que a senhora e todos os outros bruxos, e até mesmo os trouxas, estão seguros! Além do mais, vou poder viajar pelo mundo com o papai, ganhando 700 galeões ao mês e lutando contra as forças das trevas... – os olhos dela brilharam sonhadores ao dizer isso. Ser Auror era seu sonho, ou melhor, sua ambição de infância. Desde que se entendia por gente, Ninfadora queria ser como o pai, o atual chefe do Departamento de Aurores, Ted Tonks. Mas como conseguiria isso se nem uma droga de Feitiço Redutor ela conseguia executar direito?

Puft –Andrômeda soltou um bufo de reprovação – Agora suba já para o seu quarto e ai de você se até às quatro horas de hoje você não ter decorado todo o capitulo sobre os venenos exóticos da Ásia!

– Ok então. Quando um bruxo das trevas me lançar uma Maldição, vou tacar-lhe um nabo asiático na cara – zombou Ninfadora enquanto se dirigia relutante de volta para sua casa.

– Já chega Ninfadora! Vou precisar te deixar de castigo pra que você veja que eu não estou brincando! Diga adeus àquela final de quadribol com os Chuck Cansons no Domingo!

– A FINAL DOS CHUDLEY CANONS CONTRA OS FALMOUTH FALCONS??? VOCE FUMOU PÓ DE FLU MULHER? EU NÃO POSSO PERDER, É O JOGO, TIPO ASSIM, DO SECULO!!!! EU TENHO INGRESSOS PRA ÁREA VIP!!!

– Sinto muito, mas você não me da alternativa... – respondeu Andrômeda em tom de encerramento.

– Ah cara, eu odeio você! – berrou Ninfadora, correndo em direção a sua casa, no mesmo momento em que a raiva que estava sentindo fez suas madeixas ficarem laranja intenso. É o que acontece quando se é metamorfomaga: as oscilações de humor modificam as características físicas do bruxo.

Andrômeda seguia logo atrás, ainda resmungando sobre como um exímio preparador de poções tem lugar garantido em todas as profissões que existem no mundo mágico.

Poucos minutos depois, as duas chegaram em casa, primeiro a filha, depois a mãe. Era um imóvel simples, de dois andares, construído com madeira e situado num campo totalmente inóspito.

– E vê se trate de mudar esses seus cabelos pra castanho escuros! – repreendeu Andrômeda da cozinha, enquanto Ninfadora subia as escadas para o seu quarto. – Só porque você é metamorfomaga não precisa se portar como os que os trouxas chamam de “penk”, ou seja lá como for o nome.

– É PUNK! – berrou Ninfadora, já adentrando no seu quarto – E você tem razão, eu vou mudar mesmo. ROSA combina mais comigo.

Ninfadora ouviu a mãe murmurar qualquer coisa de lá de baixo, mas não dera atenção.

Ainda indignada por saber que não iria ao jogo do seu time de quadribol favorito, ela deitou-se na cama e segundos depois, levantou-se rápido. Precisava pegar o livro de Poções, para o caso de se a mãe entrar de supetão no quarto, não flagra-la deitada na cama, sem fazer nada. De qualquer modo, ela não iria estudar mesmo. Não fazia isso nem em Hogwarts, mesmo antes das provas, quanto mais em casa, de férias.

Procurando pelo malão onde costumava guardar os materiais da escola, Ninfadora lembrou-se que o deixara no quarto da mãe, pois o seu já era apertado e bagunçado demais, obrigada. Foi até o quarto dos pais, que ficava ao lado do seu e, abaixando para olhar debaixo da cama de casal, ela percebeu algo.

Havia um pequeno caderno posto embaixo do colchão. A jovem, deixando-se tomar pela curiosidade, fez força para levantar o acolchoado e pegou o tal objeto. Analisando-o, constatara que aquele caderno devia ter anos de idade, a julgar pelo estado da capa e as folhas já amareladas, sem contar a quantidade de teias de aranha que haviam. “Provavelmente é um livro de receitas dela, ou algo do tipo” pensou. Mas, ao abrir na primeira página, animou-se ao constatar que o caderno velho era muito mais do que isso.

Este diário pertence à Andrômeda Black. 1950.

Um sorriso maroto surgiu entre os lábios de Ninfadora. Um diário... Quantos segredos do passado sua mãe certinha devia esconder nele? O que ela aprontara durante a sua adolescência? Sim, porque pelo ano, ela não deveria ter mais do que 17 anos. Ninfadora estava certa de que esses tipos de coisa que ela estava prestes a descobrir.

Esquecendo-se completamente do malão, Ninfadora correu até seu quarto, trancando a porta ao passar por ela, e se jogou na cama com o diário aberto. Virou a primeira folha, e, com uma tinta que já estava quase que apagada, ela pode ler.

16 de Dezembro de 1970

Bela flagrou-me mais uma vez escrevendo para o Ted.

Em seguida tudo aconteceu muito rápido. Uma luz intensa que quase a cegou reluziu do diário e Ninfadora cobriu os olhos com os braços para se proteger, e quando os abriu se deu conta de que não estava mais no seu quarto. O aposento em que ela se encontrava agora era enorme e luxuoso. E sentada numa escrivanhia logo a sua frente, escrevendo algo num pedaço de pergaminho, havia uma mulher.

Apesar de sua face estar mais jovem e bonita, e os cabelos mais saudáveis, Ninfadora reconheceria o rosto de Andrômeda Tonks em qualquer lugar do mundo.

- Mãe?


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Notas finais do capítulo

Enfim... reviews?