Dois anos depois... Na Corte

“Rose, como você agüenta essas crianças cheias de energia deste jeito?!” Lissa estava no final de sua segunda gravidez e vinha um garotão. Garotão porque ela estava enorme e feliz. Ela estava no jardim da Corte, sendo que Rose foi até lá com Adrian, uma vez que ele resolveu assumir seu lugar de direito no Conselho Real. Adrian iria assumir o lugar da família no Conselho, mas não abriria mão de seus afazeres nem de morar em Portland. Seu pai quis se aposentar para curtir os netos e viva babando desfilando os gêmeos e sua pequerruchinha Tatiana, que ele se orgulhava tanto que às vezes, parecia que iria explodir.

Nathan estava sentado no chão do jardim de calças jeans, camisa pólo e chinelos. Ele dizia que como estava aposentado, se despiu de vez dos ternos. Só os usaria em situações absolutamente formais. As crianças, como eles diziam, que hoje contavam com seus vinte anos e Tatiana com três, corriam pelo jardim como criancinhas mesmo, brincando de se esconder com Rosemarie. Daniella estava igualmente sentada no jardim, com toda sua elegância em um vestido de griffe, sorrindo feito uma pateta, das brincadeiras deles.

Anne, Andrew e Gean, embora já praticamente adultos, brincavam com os menores, Rosemarie, Tatiana e o caçulinha Ozera Belikov – Ivan – que contava com quase dois aninhos e era uma cópia fiel de Christian, sem problema nenhum. Sem aquela coisa de que não brincam porque já cresceram. Eles estavam felizes de unir as famílias. Rose olhou toda aquela alegria e respondeu:

“Lissa, naquele dia em que Adrian me encontrou e me convenceu a não abrir mão da minha gravidez... Quando eu os senti mexendo pela primeira vez em minha barriga... Quando eu ouvi o primeiro choro de cada um deles... Quando eu os senti mamando pela primeira vez em meu seio... Eu sabia que eu queria uma família! Uma família diferente da que se vê no mundo moroi, sabe? Uma família em que se cria os filhos, se corrige e apóia... Eu queria ser mãe e SER MÃE! Abrir mão de me formar e me tornar uma guardiã em detrimento de ser mãe, foi uma das decisões mais difíceis que já tomei na minha vida, mas... Quer saber??? Eu não me arrependo por um só instante! Eu queria dar um filho pro Adrian. Embora ele tenha criado os meus bebês como sendo deles, os amasse na mesma intensidade que eu, eu queria dar um fruto do nosso amor para ele e tentei por muitos anos, mesmo tendo sido... Desenganada... Pelos médicos de que eu não seria capaz mais de procriar. Depois, fiquei grávida! Nosso milagre!” Ela olhou com ternura para a pequena Tatiana. “E foi acho que, a coisa mais mágica que eu senti! Ter a capacidade de dar um filho só nosso, sabe? Dar um filho só nosso para o meu amor! Ahh... Liss!” Olhou para o barrigão de Lissa, acariciou e sorriu. “Acho que você sabe o que é isso! Bem... Resumindo: Eu sou uma pessoa muito feliz! Tenho minha família exatamente como sempre quis... Tenho um irmão maravilhoso... Uma prima maravilhosa... Pais maravilhosos... Tenho o carinho e o respeito da Rainha Tatiana e dos pais de Adrian...” Lissa riu.

“Carinho e respeito, Rose?! Eles te amam...” Rose sorriu.

“É. É verdade. As mágoas foram deixadas para trás.” Ela pegou a mão de Lissa. “Ficaram no passado. Hoje, Dimitri está feliz com sua família...”

“Graças a vocês! Se eles não tivessem convivido com vocês por aquele tempo, Natasha não teria procurado ajuda, Dimitri não teria procurado ajuda, Gean ainda seria um adolescente infeliz e taciturno...” Elas olharam na direção de Gean. “Olha, Rose, como ele sorri o tempo todo! Isso era tão raro...” Rose riu.

“É. Acho que eles entenderam do que se trata uma família...”

“É...” Disse Lissa, com lágrimas nos olhos e olhou para Rose, após um tempo admirando aquela festividade da família – antiga esnobe – Ivashkov, agora, acompanhados de Adrian e da Rainha Tatiana, assim como de Abe e Janine, Dimitri, Natasha e Christian. “É... E nós somos FAMILIA.” Rose e Lissa se abraçaram e ficaram ali, apreciando o amanhecer chegar.

fim