Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas... Aí vai o penúltimo capítulo.

O próximo é o epílogo!

Espero que gostem... Sem mais delongas...

Enjoy!



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“Oi, Rose...” Lissa praticamente se jogou nos braços de Rose e só não caiu, porque Christian a segurou. Rose se afastou rapidamente e olhou para Viktória com mágoa nos olhos.

“Nossa Viktória, eu pensei que vocês realmente nos consideravam... Estamos indo embora! Não precisa esconder seus visitantes. Desculpe Chris, mas para mim não dá!” E entrou parecendo uma ventania. Viktória entrou atrás dela, fechando a porta na cara do casal Ozera.

“Rose... Rose, se acalme, nós não sabíamos que eles iriam aparecer aqui...”

“Quem apareceu aqui, Vik?!” Perguntou Olena, vendo a rapidez com que Rose reunia as crianças e as coisas da bebê. “Quem está aqui?!” Ela perguntou, confusa. A porta abriu e Lissa entrou.

“Eu. Eu... Bem... eu queria ver Rose e sabia que ela estava aqui em Baia. Não foi difícil descobrir que ela estava aqui...” Ela olhou para Anne e sorriu. Anne se encolheu um pouco e foi Natasha quem acabou falando, diante daquele silêncio constrangedor.

“Christian! Eu não acredito que você a trouxe aqui!!! O que deu em você, garoto??? E apertou levemente o braço de Rose que estava de costas para Lissa e olhava profundamente para Viktória, gesticulando com a boca um ‘desculpe!’, reconhecendo que ninguém ali sabia que Lissa viria.

“Ahhyh... Tia, me desculpe! Me desculpe, Rose. Não consegui impedi-la!” Christian estava constrangido e com medo de perder novamente a amizade de Rose. Rosemarie soltou de sua mão e correu para os braços de Rose a abraçando.

“Oi titia! A mamãe está bem agora e me trouxe para te ver! A senhora estava com saudades de mim???” Ela olhou para Rose tão feliz, que Rose não pôde resistir e a pegou no colo e assentiu.

“Sim, minha linda! Eu fiquei com saudades suas!!!” Aquilo foi tão comovente que Olena lacrimejou e olhou significativamente para Yeva que sorria assentindo.

“A senhora tem razão! Ela é realmente generosa... Não vai magoar uma criança por causa dos erros de sua mãe! Mas agora, o que fazemos???”

Adrian bufava ao olhar para Lissa. Ele se lembrou, naquele instante, de tudo o que houve no passado, de tudo o que fizeram para que Lissa se recuperasse e do olhar de pavor nos olhos de sua filha, a cada vez que Lissa invadia seu sonho. Ele não resistiu.

“Princesa, posso falar com você à sós?!”

“Mas... Mas eu preciso falar com a Rose primeiro...”

“Não. Você vai falar comigo primeiro! Olena, tem algum lugar onde posso ter privacidade, se não se importa?! Me desculpe a intromissão, mas...”

“Tudo bem, Adrian. Tudo bem. Venham. Me acompanhem.” Olena os levou até seu quarto, que era o mais distante da sala e também o maior. Tinha duas poltronas, uma mesinha de chá e eles poderiam conversar tranquilamente, sem qualquer interrupção. “Trarei um chá para vocês!” E saiu os deixando ali. Lissa estava se sentindo uma presa, nas mãos de um leão faminto. Adrian tinha no olhar, nada mais nada menos que ódio.

“Muito bem, Princesa, o que você quer com a minha mulher desta vez?!” Ela estremeceu no tom duro e frio que Adrian usou com ela e ele ficava lhe chamando de Princesa... Isso era tão incomum nele, ela pensava. Sua aura estava em um tom de vermelho e cinza, que significava que ela não deveria irritá-lo. Pelo que ela soube por Christian e todos, depois que ela se recuperou, Adrian tinha se tornado ainda mais controlado com seus poderes, além de desenvolver uma habilidade única para morois para luta. E era também um excelente estrategista.

“Adrian... Eu... Eu preciso que ela me perdoe!” Ele soltou uma gargalhada e apalpou seus bolsos à procura de um cigarro, mas não encontrou. Foi quando Olena entrou novamente no quarto.

“Olena, será que você se importaria se eu fumasse. Eu não tenho muito mais esse hábito, mas parece que a conversa aqui, vai me irritar mais do que o de costume?!” Olena sorriu.

“Não tem problema, Adrian. Você pode fumar.”

“Se importaria de pedir que Pavel ou Abe viesse até aqui?” Ela saiu do quarto. Logo depois Pavel entrou no quarto.

“Do que você precisa, Adrian?!” E olhou para Lissa com a cara muito fechada. Pavel tinha Rose como uma sobrinha ou afilhada ou algo assim e viu por tudo o que Rose passou e não conseguia se simpatizar com o fato da causadora do sofrimento de Rose estar ali.

“Pavel, eu gostaria, se não fosse pedir muito, que você me comprasse uns cigarros... Eu estou sem e acho que já estou precisando de um! Só não conte para Rose, porque ela vai ficar furiosa!!!” E sorriu para Pavel.

“Tudo bem. Eu compro e eu tenho alguns aqui. Pode ficar com eles. Daqui a pouco eu volto!” Saindo do quarto. Adrian acendeu um cigarro e aspirou com força. Ele queria, precisava se acalmar.

“Então...” E olhou para Lissa, que o observava em completo silêncio. “Vamos... Não temos o dia todo!” E deu mais uma tragada longa, tomando o chá oferecido por Olena.

“É isso! Eu precisava ver a Rose... Eu preciso falar com ela... Preciso me desculpar e agradecer pelo que ela fez por mim, por Christian, pela minha filha...” Ele estava perplexo! Ele não podia acreditar que ela estivesse ali, com aquela cara de pau, olhando para ele e dizendo que queria se desculpar com a sua Rainha, como se tivesse faltando a um encontro ou pisado em seu pé.

“Você ainda está maluca ou é cara de pau mesmo, Princesa!” O fato de Adrian ficar chamando-a de princesa o tempo todo, a estava irritando.

“Adrian, porque você está agindo assim??? Me chame de Lissa, droga!!! E não, eu não estou mais maluca...” Ela sussurrou esta última frase. Isso realmente a magoava muito.

“Então com isso, você está confessando que é mesmo muito cara de pau! Lissa, como você prefere, você tem que entender que o que você fez não tem perdão! Rose abriu mão de tudo o que ela idealizou na vida, pelo menos naquela época e fugiu porque quando a pessoa que ela mais confiava na vida, porque a pessoa que ela daria a sua vida, sequer quis entendê-la ou ouvi-la!!! Você, por ciúmes e por não entender o quanto ter um romance com o professor e ainda sendo menor de idade poderia comprometê-la, ao invés de ouvir seus motivos, resolveu repudiá-la e dizer que ela era uma maldita vadia e meretriz de sangue! Que não queria mais vê-la!! O que você espera agora??? Responde, ô princesinha???!” O ódio e o sarcasmo eram palpáveis naquelas palavras. Palavras frias como o gelo da Sibéria. “Você agiu como uma moroi mimada da realeza que queria o privilégio de ter o controle da vida de sua amiga!” Lissa levantou-se com um salto, como se tivesse levado um choque.

“ISSO NÃO É VERDADE!!!! EU NUNCA AGI COMO UMA MIMADA DA REALEZA!!! EU NÃO QUERIA CONTROLAR A VIDA DELA!!!! EU SÓ QUERIA PARTICIPAR...” Adrian se levantou e aplicou-lhe compulsão, para evitar gritos e evitar que chamassem muita a atenção, mas era quase impossível compelir alguém também usuário de espírito. “E NÃO TENTE ME COMPELIR, SEU... SEU...” Ela se sentou e com a cabeça entre as mãos, sentindo toda aquela energia ruim do espírito a invadindo, chorou.

“Não grite! Só... Não grite!” Adrian disse baixinho, verificando a aura de Lissa e vendo aquela sombra enorme e negra, a cercando como se fosse um laço. Ela chorou por um tempo e tomou um pouco de chá. Suspirou.

“Eu preciso que ela me perdoe...”

“Esquece Lissa. Duvido que ela sequer fale com você... Ainda mais depois do que você tem feito à nossa filha! Lissa, onde você anda com a cabeça, pelo amor de Deus, que fica invadindo os sonhos de Anne?! Por que você está fazendo isso???”

“Eu nunca quis fazer isso. Na verdade, eu nem sabia que era o sonho da filha dela que eu estava invadindo...” Adrian sentiu a fúria chegando novamente.

“Nossa filha! Minha e de Rose!” Ela o olhou assustada, com a frieza e o tom cortante dessas palavras e estremeceu. ‘Nossa... Esse não é o Adrian que eu conhecia! Ele é assustador...’ Esse olhar furioso e controlado... Não é o espírito, com certeza!’

“Desculpe...” Ela sussurrou. “Eu não sabia. Eu achava que estava invadindo a mente, os sonhos de Rose. Eu queria vê-la e pedir que me perdoasse! Eu queria agradecê-la... Mas vejo que isso será impossível mesmo! Eu fui uma vaca com ela e o que eu fiz... Obrigada Adrian! Obrigada por tudo! Obrigada por cuidar de Rose quando eu não o fiz... Obrigada por cuidar da minha filha com tanto esmero, com tanto amor, mesmo sabendo que eu sou a mãe...”

“Lissa, a criança não tem nada com isso e ela até salvou a Rose da fúria de Natasha!” Ele riu. “Rose é encantada com ela. Adora realmente Rosemarie e ela é de fato uma criança encantadora.” Lissa sorriu.

“É. É mesmo! Às vezes eu acho que nem sou digna de tanta doçura... De uma filha tão boa e generosa... Eu contei para ela o quanto eu amo Rose e que dei seu nome em homenagem a ela...” Ela sorriu triste.

“Eu sei. Ela nos contou. Ela disse que você mostrava fotos de vocês para ela e dizia o quanto Rose era importante para você! Lissa, eu sei, a Rose sabe que você se arrependeu, mas infelizmente, isso foi meio tarde demais! Você não sabe como eu achei Rose e então, é melhor eu te contar, desde o começo, para que você entenda porque Rose se ressente tanto assim de você e que você se conforme e nos deixe em paz...” E Adrian lhe contou desde que ele percebeu Rose fugindo da Academia e tudo o que houve depois, até àquele dia.

Lissa chorou muito. Achou que não suportaria tanto desespero que Rose passou. Entendeu porque Rose não a queria mais em sua vida e deu-lhe razão, mas ela ainda queria falar com ela, agradecer-lhe e pedir seu perdão! Ela sentia que precisava disso para conseguir viver...

Depois de cerca de quatro horas, Rose já estava pra lá de intrigada com essa conversa longa e depois que fez Tatiana dormir, subiu ao quarto de Olena e ouviu os lamentos de Lissa e sentiu o quanto ela realmente estava arrependida.

Sua mente dizia que Lissa não merecia o seu perdão, mas seu coração queria perdoá-la. Não para mantê-la em sua vida . Não mais, afinal, ela não confiava mais na Princesa Dragomir, aquela que foi sua única amiga por muito tempo e a quem considerava sua irmã, mas também não queria se manter longe de todo aquele carinho que Rosemarie lhe transmitia nem da amizade de Christian. Ela bateu na porta e entrou.

“Rose...!” Lissa arfou e se colocou de pé, já pronta para abraçá-la, mas se conteve e se sentou novamente, abaixando a cabeça. Rose olhou para Adrian, que tinha um aspecto cansado e chegou bem pertinho dele. Lissa teve então, a oportunidade de presenciar aquele amor, aquela cumplicidade que Christian tanto lhe falou. Rose se abaixou, na altura de seus olhos e sussurrou.

“Pode deixar, amor, eu já estou mais calma. Tatiana mamou e está dormindo, mas as crianças estão preocupadas, assim como o restante do pessoal. Eu falo com ela agora. Vá se alimentar... Você está exausto!!!” Rose o beijou com todo amor e Adrian, ao analisar sua aura e ver o perdão ali, rondando, lhe sorriu, acariciou seu rosto e a beijou na testa.

“Tudo bem, querida! Não demore muito, precisamos ir para casa.” Rose sorriu.

“Não antes do jantar que Olena está preparando. Ela disse que se sentiria muito ofendida se não esperássemos.” O abraçou e foi com ele até a porta, fechando-a.

“Rose... Eu...” Rose se sentou onde Adrian esteve sentado.

“Lissa, eu sei que você está arrependida, mas tem coisas que não tem muito conserto. Embora tenha se passado tantos anos, eu tenha crescido, amadurecido, eu me lembro como se fosse hoje cada palavra dita por você a meu respeito e dói todas as vezes em que me lembro, mas eu te perdôo sabe?! Eu te perdôo porque não quero carregar comigo mais nenhuma mágoa. Eu adoro a sua filha e Christian sempre será meu amigo e, em nome da amizade que sinto por Christian e do carinho que tenho pela sua filha, eu te perdôo. Não tenho qualquer intenção de tirá-los da minha vida, mas também não quero você de volta nela. Então, não sei o que dizer, mas por enquanto, fiquemos assim, okay?!” Lissa olhava para Rose e via em sua aura o perdão ali.

“Eu preciso te agradecer...”

“Não. Não precisa. Eu não fiz nada, afinal. Quem fez foi meu pai e Oksana...”

“Sim. Eles fizeram isso por você!”

“Bem, eu quero só te pedir mais uma coisa.” Lissa assentiu. Qualquer coisa que Rose lhe pedisse naquele momento, ela atenderia. Ela estava muito grata a Deus por ter obtido o verdadeiro perdão de Rose. “Quero te pedir para não tentar, de forma alguma, a entrar em meus sonhos ou minha mente. Você está atingindo a minha filha...”

“Sim. Adrian me falou. Rose... Eu... Eu não sabia! Eu juro! Eu jamais quis atingir a sua filha... Eu... Eu só queria mesmo era poder te ver e agradecer e me desculpar e... Ahhh... Rose! Me dê um abraço...! Eu preciso tanto...!” Rose abriu os braços e Lissa se jogou, literalmente nela. Rose a amparou e sentiu, naquele momento, que seu espírito estava em paz. Mas em momento algum deixou as barreiras caírem e entrar na mente de Lissa. Ela o fazia para dar-lhe conforto, não para retomar seus laços.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos os comentários e assim que possível, responderei a todos.

Espero que tenham curtido esse capítulo porque o próximo é o último!

Bjn. R.I.