Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Então... Estamos na reta final!!!!
Enjoy! Bjs. R.I.



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Quase um ano depois, em Baia.

“Mama, eles já devem estar chegando... Por favor, me ajude aqui com a mesa! Gean falou que eles são muito organizados e não quero que eles pensem que nós somos um bando de gente primitiva, sem educação à mesa e desorganizados com a casa! Queremos causar uma boa impressão, afinal! Nossa casa não é tão grande nem chique quanto Gean disse que é a dos meus sobrinhos, mas ainda assim, podemos causar boa impressão com organização e boa comida.” Vik estava maluca. Olena e suas irmãs estavam já cansadas de atender aos apelos de Vik, mas achavam engraçado a forma como ela agia. Ela corria para lá e para cá, dando ordens, arrumando tudo e deixando tudo impecável. Olhava os guardanapos da mesa, os copos, a distribuição dos talheres, se as cortinas estavam devidamente nos lugares, nem muito abertas, nem muito fechadas, se os quadros das paredes não estavam tortos e com marcas de dedos das crianças, que diga-se de passagem, não eram mais crianças... Essas coisas. Yeva estava se divertindo muito com a ansiedade de todos.

“Viktória, sossegue. Não é a Rainha que vem nos visitar e, pelo que Gean falou, são pessoas boas, que dão prioridade no amor e na unidade e não ao que o dinheiro possa comprar. E isso, filha, temos de sobra!”

“Ta bom vovó! O Gean é garoto e é adolescente... Acha mesmo que ele se preocupa se a mesa está arrumada ou se o tapete está limpo, ou ainda se penteamos os nossos cabelos?! Não! É claro que não, mas tenho certeza que pessoas adultas e bem educadas, vão reparar sim. Paul, tenha dó e coloque uma calça que não esteja rasgada!” Paul usava um jeans rasgado, mas que ele adorava.

“Mas estou de folga, Vik. Dá um tempo, esse jeans está na moda pelo menos! E você? Vai ficar com essa roupa de guardiã mesmo ou vai pelo menos tirar o uniforme?!” Ela se olhou com olhos arregalados.

“Aaaaarrrgh! Tenho que tomar um banho. Sonya, por favor, não deixe os meninos fazer bagunça! Eu tive muito trabalho para deixar tudo arrumado.” E subiu as escadas correndo. Tomou um banho e colocou seu melhor vestido. Era verão na Rússia e estava até bastante quente. Ela se deu ao luxo de colocar seu único Dolce & Gabanna que ganhou de sua protegida. Calçou uns scarpins e desceu, bem na hora em que a campainha tocou. Ela olhou para cada um de seus familiares e abriu a porta.

“Dimka!” Ela o abraçou e logo viu uma linda damphir, morena, com cabelos quase negros bem longos, olhos amendoados castanhos e uma boca que mais parecia um botão de rosa, com uma linda bebê moroi em seus braços. A garotinha tinha lindos e curiosos olhos verdes esmeralda, cabelos iguais aos da damphir quase chegando aos seus ombrinhos e cacheados nas pontas e um meio sorriso preguiçoso na boca. Ao lado delas, estava um moroi muito alto e de corpo bem definido, com os mesmos olhos verdes da garotinha e o mesmo sorriso. Logo atrás deles, dois adolescentes que tinham uma mistura perfeita daquela damphir com os traços da família Belikov. A garota, Vik observou, era bem parecida consigo e ela sorriu.

“Entrem, entrem!” Logo atrás, Abe Mazur e uma mulher baixinha, ruiva e também muito bonita.

“Mama, babuscha, meninas. Esse é o casal Ivashkov. Rosemarie e Adrian Ivashkov. Esta é a pequena Tatiana e, esses são Anne e Andrew Ivashkov. Abe Mazur, acho que vocês já conhecem e esta é a mãe de Rose, Janine Hathaway Mazur!”

A cena foi interessante pois, enquanto Olena puxava os gêmeos para um abraço de urso, Yeva fez o mesmo com Adrian e Rose, que ficaram estáticos, com Tatiana no meio. Yeva sussurrou nos ouvidos deles.

“Muito obrigada! Muito obrigada por nos dar esta felicidade! Vocês são realmente generosos e eu sempre soube disso!” Aquilo emocionou tanto Rose quanto Adrian e ela os levaram até o sofá. Olena não soltava os gêmeos e, por conta disso, quase ganhou uma bengalada de Yeva.

“Venham cá com a babuscha, crianças...” Ela os abraçou. “Ah... Estou tão feliz de conhecê-los!!!”

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Na madrugada, na casa de Abe...

O jantar havia corrido bem e Rose realmente gostou muito da família de Dimitri. Eles eram pessoas simples e amáveis. Pareciam sinceros em demonstrar tanta felicidade em conhecê-los e as crianças, inclusive Tatiana, adoraram todos eles, que não sabiam o que fazer para agradá-los. Rose estava acordada, amamentando Tatiana que agora dormia como um anjinho, quando ouviu Anne gritar. Seu grito era de pavor e ela entregou Tatiana para Adrian e correu para o quarto dos gêmeos. Andrew abraçava Anne tentando acalmá-la, mas ela ainda estava presa em seu pesadelo. Rose correu para ela e Adrian, que também foi para o quarto, tentava acalmar Tatiana que chorava assustada.

“Anne!!! Anne, acorde filha! Anne!” Anne acordou suada e ao fazê-lo deu um grito horrível e se abraçou a Rose. Adrian estava com Tatiana no colo que ainda chorava baixinho, ainda assustada pelos gritos da irmã. Andrew não soltava Anne e sussurrava que ficaria tudo bem. Ela olhou nos olhos da mãe e Rose imediatamente soube. Os sonhos.

“Mamãe! Eu a vi... De novo! Ah... Mamãe! Por que ela fica entrando em meus sonhos?! Ela queria conversar comigo e me tocou... Eu tive tanto medo!!! Ela ficava me chamando de Rose...” Aquilo enfureceu Rose. Lissa não tinha o direito de ficar entrando nos sonhos de sua filha. Rose sabia que ela havia se curado, pelo menos, não estava mais internada e que estava novamente no controle de seus poderes. Ela só não entendia porque ela não conseguia entrar nos sonhos de Anne.

“Se acalme filha, se acalme! Adrian, será que você pode pedir...”

“Rose, o que foi isso filha?” Janine entrou no quarto, descabelada, enrolada em um roupão que parecia ser de Abe. Rose só não riu porque estava nervosa demais para isso.

“Ah... Mãe! Lissa entrou novamente nos sonhos de Anne. Já fazia mais de um ano que ela não conseguia e quando o fazia, era involuntário, já que não controlava seu elemento, mas agora...” Rose fechou a boca em uma linha reta e fina, demonstrando absoluta contrariedade. “Ela está no controle... Por que ela resolveu torturar a minha filha?! Será que quase ter acabado com a minha vida há quase dezenove anos atrás não foi o suficiente para ela??? Será que ela é tão ingrata assim, a ponto de não reconhecer o que fizemos por ela e se acha no direito de amedrontar a minha filha, ainda por cima, a chamando de Rose?! Qual é o problema da Princesa Dragomir???” Ela cuspia cada palavra, em voz baixa, fria, letal.

Abe entrou no quarto e ao ver o estado de nervos de sua filha, resolveu fazer umas ligações.

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Oksana estava em Omsk na casa que Christian alugou até o término do tratamento e treinamento de Lissa. Seu telefone tocou e ela, ao ver no visor o numero privado de Abe, se assustou e atendeu rapidamente.

“O que houve, Abe?” Neste instante, Mark já estava de pé, se trocando, achando que algo estava acontecendo e ele teria que retirar sua amada dali.

“Eu gostaria de te ver logo pela manhã. Pavel está indo buscar você e Mark de helicóptero. Ele estará no heliporto em meia hora, no máximo, quarenta minutos. Será que você consegue chegar lá neste período? É Anne. Os sonhos. De novo!” Oksana entendeu o motivo da aflição de Abe e se predispôs a ir imediatamente, desligando o telefone.

“Mark, estamos embarcando para Baia. É urgente...”

“Eu ouvi, Oksana. Eu ouvi! Mas acho que você deveria falar com Christian pelo menos...” Oksana assentiu e se trocou rapidamente, indo bater na porta do quarto de Christian. Esse a atendeu, com um olhar confuso ao ver sua roupa de saída e não de dormir e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

“O que houve, Oksana? Para onde vocês estão indo?”

“Parece que Anne está com problemas nos sonhos de novo e não acredito, que depois de tudo o que foi feito pela sua mulher, ela continue a importunar a filha de Rose! Qual é o problema dela?! Agora eu tenho que sair no meio da noite, às pressas, para ver que tipo de amuleto eu poderei criar para bloquear a sua querida esposa dos sonhos daquela garota. Pelo amor de Deus!!! A menina acabou de fazer dezoito anos! Não é obrigada a conviver com esse tipo de coisa... Se você a visse depois de um sonho desses, você me daria razão. Agora, eu tenho que ir e a partir de hoje, sinto em lhe dizer, mas Lissa está por conta própria, porque se ela consegue controlar seu poder para importunar as pessoas em sonhos, ela consegue controlar para não enlouquecer novamente. Boa noite, Christian e sinto muito mesmo por você e por Rosemarie, mas acho que a minha missão aqui, terminou!” Com essa, ela saiu correndo com Mark e entrou no táxi que os aguardava, rumo ao heliporto.

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“Oksana foi embora de vez??? Mas por que, Christian???” Ele a olhou um bocado decepcionado. Ela havia prometido que não buscaria mais ninguém nos sonhos. “ E por que você está me olhando assim???”

“Por que, Lissa??? Porque você fez uma promessa e não cumpriu!!! Droga, Lissa, agora você está por conta própria porque Oksana saiu daqui furiosa para acudir a filha de Rose, que novamente teve seus sonhos invadidos por você! Merda, Lissa, esquece a Rose. Ela não quer saber de você e cada vez que você invade os sonhos da filha dela, ela só fica é mais furiosa com você!!! Será que você não entende isso!!! Agora Oksana e Mark foram correndo para Baia...”

“Perai!!! A Rose está em Baia???” Uma chama de esperança encheu seu peito. Ela tinha que ver Rose. Ela tinha que pedir perdão, ainda que de joelhos. Ela precisava ver Rose, tê-la de volta em sua vida!!! “Estamos indo para Baia!” Christian quase teve um troço. ‘Eu e a minha boca enorme...!’

“Não Lissa, não estamos.”

“Bem, se você não vai, vou eu. Eu preciso ver Rose... Será que você não entende, Chris!!! Eu preciso vê-la, pedir-lhe perdão... Eu... Eu preciso...” Ela começou a chorar. Ainda estava fazendo o tratamento para depressão e qualquer coisa a deixava chorosa e descontrolada. Ela pegou um objeto de cobre que era um enfeite e estava acima da lareira e se concentrou, canalizando toda a negatividade, toda escuridão que sentia se arrastando devagar para a sua aura. Isso era sempre muito desgastante, mas quando ela conseguia se livrar daquilo, ela se sentia melhor.

“Você entrou novamente no sonho de Anne e ela está apavorada, Lissa! Porque você sempre faz isso???”

“Eu não sei. Tudo o que eu fiz foi tentar localizar Rose. Eu queria falar com ela ainda que fosse em sonho, mas a encontrei um pouco diferente... E ela era adolescente ainda...” Christian então entendeu.

“Rose aprendeu a te bloquear de tal maneira, que você não a alcança, Lissa e ela usa um poderoso amuleto que garante o bloqueio. Eu já te disse isso, droga! Aí, de alguma forma, você acaba entrando nos sonhos da filha dela...”

“Bem, não quero saber. Não vou mais invadir a mente daquela garota, a menos que você me leve a Baia. Agora!” Christian suspirou e assentiu.

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A família Belikov convidou os Ivashkov para um almoço familiar e assim, poderiam passar mais tempo conhecendo as crianças. Eles sabiam que os Ivashkov voltariam para os EUA em alguns dias e não queriam perder um minuto sequer.

Os Ivashkov chegaram quase na hora do almoço, porque Oksana precisou fazer uma espécie de cura na mente de Anne e acabou limpando a mente dela do sonho que teve, para acalmá-la, portanto, ela não teria lembrança daquela noite. Oksana e Mark também foram convidados para aquele almoço, assim que Olena soube que eles estavam ali de volta em sua cidade.

Durante o almoço, foi bastante divertido. Natasha estava novamente grávida e muito feliz e conversava e sorria com Rose e Janine, sendo o tempo todo observada por Yeva e Olena, que não gostavam nada dela. Yeva chamou Olena de canto, depois do almoço.

“Olena, você notou como Natasha está à vontade aqui hoje? E como ela parece mais calma com essa gravidez??? Eu diria que ela está feliz e que Dimitri parece feliz também...” Olena assentiu.

“É... E parece que Rosemarie não se importa com a companhia dela. Elas estão conversando a um tempão e parecem estar bastante animadas. Isso é meio bizarro, sabendo de tudo o que Natasha aprontou com ela...!” Yeva sorriu, o que era raro, mas naqueles dias, estava bastante freqüente.

“Não, filha. Não é bizarro! Isso se chama perdão! Rosemarie a perdoou. Posso sentir isso, mas eu vi que Rosemarie não vai ficar feliz por muito tempo neste almoço...” Aquele brilho de sabedoria que Yeva tinha no olhar... Olena sabia que algo estava para acontecer e que sua mãe sabia. Como sempre!

“Mama, o que a senhora viu? Não vai haver nenhum ataque, ou coisa do tipo, senão, temos que avisar aos guardiões e a Dimka...”

“Não filha. Você vai ver e é agora...” A campainha tocou. Vik correu para a porta, saltitando, achando que era Nikolai, seu noivo. Quando abriu, quase caiu de costas. Saiu imediatamente, feito um furacão e fechou a porta atrás de si.

“Olá, Lord Ozera. Princesa... Estamos em uma reunião de família.” Dando a entender que eles não poderiam entrar e incomodar. Christian a olhou profundamente e ela notou seu olhar sofrido. Vik sabia da história de Lissa com Rose e não permitiria que Lissa incomodasse a mãe de seus sobrinhos. Não hoje que ela aparentava estar tão feliz e estava disposta a expulsá-los dali, se preciso fosse.

“Olá, guardiã Belikov! Eu preciso ver a Rose!” Disse Lissa, indo direto ao ponto. Rose sentiu falta de Vik, de quem ela havia realmente gostado e foi até a porta, segurando a mãozinha da pequena Tatiana que repetia: ‘Vik... Vik...’ o tempo todo. Abriu a porta repentinamente, não dando tempo de Viktória impedir.

“Li... Lis... Lissa?!?”


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Notas finais do capítulo

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