Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Bem, o segundo capítulo da dobradinha postado.
Agora só faltam dois capítulos e o epílogo.

Aproveitem!



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Ainda em Portland...

“Safira...” Rose olhou para Dimitri e Natasha e fechou a cara.

“Belikov... Natasha... Pensei que tinha ficado claro que vocês não eram bem vindos em minha casa!” O casal Ozera se olhou, mas foi Natasha quem falou.

“Rose... Bem, o Gean queria ver os irmãos e eu gostaria mesmo de falar com você!” Rose levantou uma sobrancelha.

“Falar comigo?! Eu não tenho nada a falar com vocês.” Ela quase cuspiu cada palavra e Natasha se encolheu. Os florais que ela estava tomando realmente a estavam ajudando. Rose se sentou. “Então...?!”

“Em particular.” Rose apontou a porta da cozinha e saiu em direção ao seu quintal enorme que mais parecia os jardins da Casa Branca. Sentou-se em um banco, se sentindo exausta. Ela ainda não estava bem, mas não demonstraria fraqueza para aquela que só lhe fez mal.

“Pode falar. Sou toda ouvidos!”

“Bem, eu... Eu queria... Eu queria não, eu preciso me desculpar com você!” Por essa Rose realmente não esperava. Ela olhou para Natasha e ao ver tamanho constrangimento estampado na cara dela, continuou ouvindo calada. “Eu fiquei... Ah... Rose, eu fiquei maluca de ciúmes quando eu vi o jeito que Dimitri, o homem que eu sempre amei, desde a minha mais tenra juventude, olhava para você. Ele nunca me olhou daquela forma. Nunca! Parecia que ele estava encantado com você, o tempo todo e, depois que Gean, meu único filho, só ficava te elogiando o tempo todo, eu surtei e acabei fazendo uma merda atrás da outra e você nunca mereceu isso. Eu sei que te ofendi e te ataquei usando magia e eu realmente sinto muito mesmo! Estou um pouco melhor! Estamos fazendo terapia de casal, sabe!” Ela deu um sorriso sem graça. “Para aprendermos a ser pais melhores e para isso, o terapeuta disse que temos que tentar reparar os erros, aprender a pedir desculpas e se arrepender sinceramente. Eu estou sinceramente arrependida de tudo o que eu fiz e espero que você possa me perdoar um dia! Eu vi como você e Adrian agem com seus filhos e gostaria de ser metade da mãe que você é. Se um dia eu conseguir isso, eu serei uma mulher realizada como verdadeira mãe!” Natasha estava com lágrimas nos olhos, verdadeiramente emocionada. Rose não pôde resistir e a puxou num abraço forte. Primeiro, Natasha retesou e depois chorou como uma garotinha, sentindo que havia sido perdoada e ela se sentia muito, muito melhor por isso.

“Fique calma! Shhh... Acalme-se! Você vai conseguir ser uma mãe melhor, viu? Tenho certeza disso! E Gean tem sorte de ter você como mãe, sabia? Porque você reconheceu seus erros e está lutando e fazendo o que está ao seu alcance para ser uma mãe melhor e vai conseguir! Acredite!” Natasha, ainda soluçando, viu generosidade nos olhos de Rose.

“Sabe, Rose, você é ainda muito melhor do que eu pensava! Eu nem me considero realmente digna de seu perdão, porque o que eu fiz, o que Dimitri fez, chegando a colocar a sua vida em risco com aquela maluquice na Corte... Não tem perdão e se fosse eu em seu lugar, não sei se seria capaz de perdoar... Obrigada! Obrigada mesmo!” Levantou-se e foi em direção à porta de entrada da casa, pelo jardim. Rose entendeu que ela queria ficar um pouco sozinha, deu um pequeno sorriso e ao olhar para a parta da cozinha, viu sua mãe sorrindo também.

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Em Omsk...

“Oi Liss, tudo bem meu amor?” Lissa olhou para Christian e sorriu tristemente. Ela estava retomando a sua consciência e com ela, todas as lembranças. Lembranças de Rose. Christian havia lhe contado sobre tudo o que houve, com ajuda de Oksana e da Dra. Sharon que era a sua psiquiatra. Lissa ainda estava internada e mal podia esperar pelos horários de visita.

“Oi. Você... Você tem notícias dela?” Rose era sua nova fixação e esse era um dos motivos que ela ainda não teve alta da internação para fazer somente tratamento ambulatorial.

“Sim, querida! E Rosemarie está com ela ainda. Nós só vamos trazê-la de volta quando voltarmos pra a nossa casa. Na Corte. É melhor e, quanto a Rose, ela está melhor, em casa e sua bebê está em casa também. Falei com Adrian ainda ontem e eles estão bem.” Ela encheu os olhos de lágrimas.

“Ela... Ela nunca via me perdoar, não é mesmo?!” Seu olhar tinha esperança, mas ela conhecia bem seu marido e ele não lhe daria esperança alguma se não houvesse, porque ele era o Christian Ozera. Aquele que, não importasse a quem doesse, sempre diria a verdade. Sempre seria sincero.

“Não sei, querida. Sinceramente, não sei. Ela é a Rose e hoje, posso te dizer que é uma outra pessoa, mas ainda assim, a sua essência é a mesma. Então, não sei!” Ela o abraçou e chorou.

“Eu... Queria... Tanto... Que... Ela... Me... Perdoasse...!” Ele sabia que não tinha muita chance disso, mas também não queria fazer sua mulher se perder de uma vez.

“Vamos ver, querida... Vamos ver!” A manteve ali, aninhada em seus braços até que ela dormisse.

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“Ahhh... Rose, mas ela é tão linda!” Natasha estava com a pequena Tatiana no colo, toda emocionada, arrulhando coisas delicadas e Tatiana estava com seus olhos abertos olhando para ela, prestando atenção em tudo. “E ela é tão, tão esperta! Ela tem um mês e é prematura! Nossa... Isso é incrível!” Rose estava sorrindo toda orgulhosa de sua caçulinha e vinha com uma mamadeira de sangue humano nas mãos.

“Venha querida, com a mamãe! Está na hora de sua mamadeira, pequena gulosa!” Todos riram, mas o fato é que a pequena Tatiana era mesmo um tanto esfomeada.

“Você a está amamentando?” quis saber Natasha.

“Sim. E ela adora mamar... Acho que ela vai ser igual ao Andrew e mamar em mim até os dois anos de idade!” Andrew, que já havia chegado do colégio, rosnou e saiu da sala. Anne soltou uma gargalhada e o seguiu, acompanhados de Gean e Rosemarie.

“Andrew mamou até os dois anos? Nossa Rose, como é isso? O Gean mamou até seis meses e eu já não agüentava mais! Acho que eu o amamentei pouco, então...” Era nítido o arrependimento na voz de Natasha e Rose resolveu consertar aquilo.

“Natasha, o tempo mínimo para amamentar é seis meses e, muitas mães não têm mesmo paciência ou tempo disponível para mais que isso. Não se martirize à toa... Tem mães que não querem amamentar nenhum mês!!!” Tasha sorriu, entendendo a intenção de Rose.

Dimitri observava aquela cordialidade entre Rose e Natasha e não entendia o que poderia ter havido para que Tasha tivesse conseguido consertar o que fez tão facilmente e ele não ter conseguido sequer falar com Rose ainda. ‘Deve ser coisa de mulher mesmo!’ Pensou.

“Gente, agora eu vou me deitar um pouco, porque fiquei mais tempo que eu poderia aqui. Mas sintam-se a vontade! Com licença!”

“Eu levo Tatiana, Rose.” Disse Janine, já pegando Tatiana dos braços de Rose e subindo as escadas. Rose estava bastante debilitada, repararam Dimitri e Natasha. Subia as escadas devagar, segurando no corrimão e se via, era notório o esforço que fazia. Abe e Adrian entraram na sala e olharam Rose terminar de subir as escadas. Adrian fez um semblante de dor e Abe o amparou, sutilmente, com a mão em seu ombro e assentindo.

“Bem, Adrian conversou comigo Dimitri, sobre o pedido de sua família e eu, particularmente, acho que para quem esperou dezessete anos, pode esperar mais alguns meses. Acho que notaram que Rose não está bem ainda, está se recuperando de um parto muito difícil, cheio de complicações e está amamentando. Não quero correr o risco de minha filha ficar nervosa, secar o leite e não poder amamentar a minha neta. Amamentação é a coisa que Rose mais presa na maternidade. Ela adora amamentar e eu não vou correr o risco de alguma coisa acontecer e ela perder essa capacidade. Sinto muito. Adrian e eu conversaremos com ela a respeito e acredito que ela não vai impedir a sua família de conhecer as crianças. Isso se eles quiserem. Família é algo muito importante na vida de Rose e ela não vai privar seus filhos de conhecer seus familiares por parte... Por parte do pai biológico. Eu peço que não toquem neste assunto com ela, nem falem sobre a Princesa. Só se ela perguntar.”

“Tudo bem, Sr. Mazur. Eu não tenho interesse nenhum em causar mais dor em Rose. Obrigada pela sinceridade e obrigada Adrian, por ter sido tão receptivo.” Disse Dimitri e Natasha emendou.

“Bem, de minha parte, tudo o que eu quero é agradecer a oportunidade de me permitir me desculpar pessoalmente com Rose. Adrian, você tem uma mulher maravilhosa e hoje, livre de todo aquele ciúme, eu posso te dizer que a verdade é que eu sempre a admirei e vou admirá-la pelo resto de minha vida. Acho que o período de convivência com vocês foi que acabou, de certa forma, me abrindo os olhos e vendo onde estava errando e estou fazendo o que posso para consertar isso. Sabe... Eu... Eu estou fazendo terapia e usando uns florais e está me fazendo muito bem...” Ela disse isso como se fosse um desabafo e completamente sem graça.

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Enquanto isso...

“Ai Gean, que bom que está aqui!” Anne o abraçou forte e depois Andrew.

“É mesmo, cara. É realmente bom te ver de novo! Como foi a viagem à Rússia?” Gean estava muito feliz e pegou Rosemarie no colo que o abraçou e deu-lhe um beijo enorme.

“Foi legal... Eu estava com saudades das minhas avós e das minhas tias. A tia Vik estava de férias, porque ela é guardiã, e estava lá. Eu... Eu fiz uma idiotice. Meu pai não tinha falado nada para ninguém sobre vocês e eu acabei soltando, meio sem querer e agora elas querem conhecer vocês...” Anne sorriu largamente e Andrew ficou sério.

“Não acho que seja uma boa idéia, Gean...” Disse Andrew.

“Pois eu acho ótimo! Será que a mamãe deixaria a gente ir para a Rússia?!”

“Não sei não, Anne! E a mamãe não pode ficar passando nervoso... E se esse assunto a deixar doente de novo! Ela quase morreu...” Disse um Andrew com um pavor na voz que chegou a esfriar a espinha de Anne.

“É... Tem razão, Andrew! É melhor não falarmos nada, pelo menos, por enquanto. Sabe Gean, aquela aventura do SEU pai de processar minha mãe, quase custou-lhe a vida. Ela não podia ter viajado de avião por causa da gravidez. Ela teve a nossa irmã prematura e quase as duas morreram.” A tristeza na voz de Anne acabou comovendo Gean a ponto dele deixar escapar uma lágrima.

“Eu... Ahhh, me desculpem! Eu sabia que tinha sido difícil, mas ninguém falou o quanto! Eu sinto muito! Mas meu pai mudou um bocado e a minha mãe também, por incrível que pareça. Sabe... Ela está tentando! Ela agora faz terapia e tem tomado uns troços que ela chama de florais. Seja lá o que for, parece estar funcionando. Ela disse que quer ser uma mãe melhor para mim... Eu... Eu só queria dividir isso com vocês!” Com tanta dor nestas palavras, o que Gean ganhou foi um abraço coletivo de novo, com Rosemarie no meio.

“Agora...” disse Anne limpando as lágrimas. “Vamos mexer essas bundas grandes e treinar um pouco, huh?! Gastar as calorias da comida de Safira!” Todos riram e foram correr nas esteiras, inclusive Rosemarie, que achava aqueles treinos com os gêmeos, cada vez mais divertidos e já havia aprendido bastante golpes.


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Notas finais do capítulo

Já sabem... Cinco reviews e eu posto mais, senão...
Bem, talvez eu demore um pouco.

Bjn. R.I.