Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, bem, a fic está chegando ao final...
É... Eu sei, é realmente uma pena, mas só três capítulos e o epílogo.

Como eu sou uma pessoa boa e quero receber cinco reviews em cada capítulo postado pelo menos, vou fazer desta postagem uma dobradinha e vou postar mais um na seqüência.

Espero que gostem. Bjn. R.I.



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No Hospital, em Potland...

Adrian voltou para o hospital e foi direto ao berçário. Sua pequena Tatiana ainda não tinha ido para lá. Ele foi falar com Janine e ao ver sua tia, a abraçou e chorou. Ela o segurou firme e murmurava que iria ficar tudo bem.

“Calma, filho! Fique calmo... Rose está estabilizada e a pequena Tatiana ainda está na UTI neonatal, mas vai ficar bem também. Ela está lá porque é prematura e por ser moroi, precisa ser monitorada e ser alimentada de sangue. Fique calmo, Adrian!!! A Rose precisa de você. Precisa que você seja a força dela, como sempre foi.”

“Ai tia, eu estou tão preocupado. Eu a vi quase morrendo e... Ah... Eu não vou agüentar se eu perdê-la!” Janine o abraçou também.

“Hey! A Rose é forte. Ela vai ficar bem. Eu tenho certeza...” E deu um olhar significativo para Tatiana.

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Em Baia...

Dimitri estava em seu antigo quarto, hoje destinado a Gean, arrumando suas coisas para voltar a St. Petersburgo quando Yeva entrou.

“Eu vim falar com você, filho.” Dimitri nem a olhou. Ele estava envergonhado por ter sido expulso de sua própria casa. Ele jamais pensou que aquilo fosse possível.

“Sim, vovó! Pode falar... A senhora veio garantir que eu fosse embora rápido ou veio me acusar de ser um... Argh! De ser igual ao meu pai também?!” Ele se virou e a encarou, mas quando ele o fez, sentiu-se comovido com o olhar que Yeva lhe lançou.

“Sente-se aí, Dimitri!” Ela exigiu e ele a obedeceu. “Você não é o seu pai. Nunca foi nem nunca será. Sabe por que, filho?!” Ele abanou a cabeça negativamente. “Porque você é um Belikov!” Os olhos dele marejaram, mas ele sabia que se soltasse uma lágrima na frente de Yeva, que ela o acharia um fraco. Bem, ele estava enganado. Ela o abraçou.

“Eu sei que você cometeu muitos erros. Os erros que cometeu, não têm conserto mais Dimitri, mas existe algo que você possa fazer: Convença-a! Convença Rosemarie ou até o seu marido de que nós queremos fazer a coisa certa. Tente fazer com que eles nos deixem conhecer seus filhos. Tente criar Gean de uma forma mais familiar. Aqui, filho, ele se sente em casa e sabe por quê?!” Dimitri não conseguia falar. Se ele falasse, desmoronaria, mas ele sabia.

“Porque aqui, nós vivemos como família. E foi isso que ele viu na casa dos irmãos dele! E foi isso que você aprendeu, Dimitri... Você se esqueceu de como é uma família? Você se esqueceu da união, da compreensão, do amor que nós tentamos te dar, mesmo com a falta de seu pai? Porque diabos você cria Gean como se ele fosse um vizinho e não um filho?! Onde foi que você aprendeu que filhos não precisam de carinho, amor e sim de conforto e um bom colégio. Uma boa formação?! Um bom homem só é feito quando ele aprende a ser bom. Com exemplos de bondade. Você viu tudo isso e não sei onde a receita desandou. Mas ainda acredito que você, lá no fundo, pode voltar a ser um bom homem. Faça a coisa certa daqui para frente, Dimitri. Você é um Belikov!!!! Se orgulhe do seu nome, da sua família e haja com tal. Como um Belikov!!!”

“Ai, vovó... Eu não sei o que está acontecendo com a minha vida! Eu... Eu... Só... Não sei!!!!” Ele suspirou cansado. “A Natasha está louca de ciúmes. Desde que encontramos Rose e sua família em Portland, ela está maluca! E não ajuda em nada, Gean ficar elogiando e idolatrando Rose: ‘Ahhh... Ela é tão boa mãe! Ahhh... A dona Rose é tão carinhosa! Ahhh... O sr. Adrian é tão legal! Ahhh... Eles têm uma casa tão bacana! Ahh... Eu queria ter uma mãe assim, igual a dona Rose! Ahh... Eu queria ter uma familia assim!’ Nada disso está ajudando. Aí, eu descubro que tenho dois filhos que Rose nunca teve o bom senso de me dizer que eu tinha. Poxa, ela sabia onde me encontrar... Por que ela não me disse???” Ainda com Dimitri deitado em seu colo, Yeva disse:

“Você a usou Dimitri e ela achou que você a amava! Quem sabe ela não iria te contar? Quem sabe ela não te viu todo carinho com a sua esposa naquele dia que ela não apareceu? Você ao menos perguntou para ela por que ela não te contou??? Tenho certeza que não, mas isso já faz anos e não importa mais. O que importa é que você tem que construir uma família para o seu filho que está aqui, ao seu lado. Ele precisa disso. Arregace as mangas e arrume a bagunça, Dimitri. Antes que seja tarde demais! E quanto a Natasha, eu não gosto dela, mas para você ter ficado tanto tempo com ela e construído uma família, você deve gostar. Então, faça um favor a si mesmo e por seu filho: Reconstrua sua vida com ela e a faça feliz!”

Yeva saiu do quarto e o deixou ali, sentado, pensativo, analisando o que fez de sua própria vida e pensando que em nome do amor que sentia pelo seu filho – Gean Paolo – ele iria dar um jeito em tudo isso.

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Um mês depois... Portland

“Ah, Adrian... Ela é tão linda! Olhe só para ela amor!” Rose estava babando em seu pequeno milagre. Tatiana. Adrian, com os olhos marejados, disse:

“E faminta!!!! Wow! Como ela mama, huh?! Desse jeito ela não vai deixar nadinha de peito para mim!” Eles riram e Tatiana parou um pouquinho de mamar, sem soltar o seio da mãe e, abrindo os seus lindos e enormes olhos verdes, iguais aos do pai, os olhou com curiosidade.

“É... A minha miniatura de Adrian em formato feminino realmente tem o meu apetite...” Neste momento, Tatiana segurou firme o dedo de Rose e deu um meio sorriso. “E a minha força...” Adrian deu o mesmo meio sorriso que a filha e disse, cheio de orgulho:

“E o meu sorriso!” Janine e Abe entraram no quarto.

“Rose, querida, você tem visita.” Ela olhou para a porta e quem estava ali era Gean. Ele sorriu, tímido, e perguntou:

“Posso entrar, dona Rose?” Ela assentiu. “Ahh... Ela é tão linda! MeuDeusdocéu!!! Ela é tão linda...” Tatiana o olhou também com curiosidade e deu mais um meio sorriso, logo se distraindo com o peito da mãe e fechando os olhinhos. “E como mama!!!” Todos riram e o casal Mazur saiu do quarto.

“Gean, querido, você está meio longe, huh?!” Rose perguntou. Adrian o abraçou e disse:

“Seja sempre bem vindo, querido! Esta casa também é sua casa!” Ele retribuiu o abraçou e se emocionou com aquelas poucas palavras de boas vindas.

“Era feriado na Rússia. Um dos pouquíssimos que temos e a Academia deu folga por uma semana. Pedi ao meu pai para me trazer. Eu queria ver meus irmãos, a senhora, o senhor e conhecer a pequena Tatiana.” Rose sinalizou para ele chegar mais perto e o abraçou com um braço só, dando-lhe um beijo na testa.

“As crianças chegam daqui a pouco do colégio. Acho que você deve estar cansado e com fome. Adrian, prepare um quarto de hóspedes para ele e fale com a Safira para ela preparar um lanche para todos. Vou terminar a mamada aqui e desço em seguida!” Adrian deu um beijo amável em sua linda esposa que se recuperava de maus bocados que passou no parto e depois e em sua filhinha.

“Venha Gean. Senão a nossa pequena curiosa se distrai e acaba levando o dobro do tempo para mamar!”

No corredor, a caminho da escada, Gean achou melhor contar.

“Senhor Adrian, meu pai está aí em baixo e a minha mãe também. Eles vieram me trazer. Desculpe...” Adrian reprimiu um suspiro e uma careta para não deixar o garoto ainda mais constrangido que já estava e assentiu.

“Adrian...”

“Dimitri... Natasha...” E foi para a cozinha, pedir a Safira que preparasse algo para todos lancharem e voltou à sala. “Safira está preparando um lanche...”

“Não precisa se incomodar, Adrian. Não ficaremos. Só viemos trazer Gean porque ele estava doido para ver os irmãos. Já estamos de saída para o Hotel...” Natasha estava calma, mas visivelmente sem graça. Adrian analisou a aura dela e de Dimitri e viu que ali havia muito mais que arrependimento. Havia remorso e Dimitri parecia querer... Alguma coisa. Ele estava ansioso?!

“Fiquem para o lanche. Rose já desce. Ela está amamentando.” Natasha ia falando alguma coisa, mas se conteve. Dimitri foi quem falou.

“Adrian, se importa de me dar alguns minutos em particular?” Adrian foi em direção ao escritório/ biblioteca. Abe entrou também. Dimitri o olhou. “Sr, Mazur, se não se importa, eu queria falar com Adrian em particular!”

“Sim, eu me importo. E tenho certeza que Adrian não terá segredos para mim.” E deu um olhar significativo para Adrian que assentiu.

“Pode deixar, baba. Tenho certeza que Dimitri não se atreveria a vir na minha casa para me insultar.”

“Olha, Dimitri. Eu não quero, de forma alguma, que Rose fique nervosa. Ela quase morreu no parto e não precisava ter sido daquela forma se ela não tivesse passado todo nervoso do mundo com você e sua digníssima esposa. Sem contar o fato de que ela não podia voar naquele estágio da gravidez, o que fez com que ela ganhasse Tatiana antes do tempo. Então, por amor a tudo o que você considera sagrado, não faça nenhuma idiotice. Ela está amamentando, ainda está muito fraca e anêmica, está de repouso absoluto, ou quase, porque ela não fica mesmo deitada todo tempo que precisa e não precisa, de jeito nenhum, de sobressaltos, sustos, raiva nem nada parecido. Respeite esta casa, pelo menos desta vez!” E saiu marchando do escritório, soltando fogo pelas ventas.

“Adrian... Eu... Eu queria em primeiro lugar, me desculpar por todo inconveniente que causamos em sua vida. Estou sendo o mais sincero e franco que eu posso. Estou realmente arrependido de ter causado todo aquele contratempo e indiretamente, quase matando Roz... Rose.” Ele fez uma pausa e como viu que Adrian não diria nada, prosseguiu.

“Eu não sei exatamente porque eu fui tão... Idiota... Egoísta... O tempo todo... Desde que conheci Rose. Ela era brilhante e linda e sexy, mas era minha aluna e menor e tinha todo potencial e uma linda carreira pela frente e, eu estraguei tudo e... Eu sinto muito mesmo! Eu sinto também por tudo o que eu fiz e causei depois que nos reencontramos. Eu achei que deveria dizer isso a você porque eu devia isso a você Adrian, que cuidou dela nos seus piores momentos e eu não o fiz. E hoje, ela é feliz e graças a você! Eu quero te agradecer também pelo que fez por meus filhos...”

“Meus filhos! Eles são meus filhos, Dimitri! Você foi apenas o provedor! Sinto muito em te dizer isso, mas já que você hoje vestiu a carapaça da sinceridade, me permita também ser bem sincero com você: Desde sempre, eles são os meus filhos! Eu sou o pai que eles conheceram e que reconhecem, inclusive perante a lei que te rege! Eu espero que você nem tente em querer tirá-los de nós novamente, porque eu vou lutar até o resto de minha existência para manter as coisas como estão!”

Dimitri abaixou a cabeça e teve que reconhecer que ninguém amava mais aos gêmeos que aquele pai que estava ali em sua frente. A inveja o corroeu mais uma vez. O desespero na voz de Adrian era evidente e ele não se sentia no direito de protestar.

“Eu não farei isso! Eu só quero pedir que deixe que minha mãe, minha avó e minhas irmãs os conheçam. Elas estão ansiosas e se quer saber, a vontade delas é a de arrancar a minha pele por conta do que houve. Elas ficaram sabendo agora sobre os gêmeos e disse que elas queriam conhecê-los e que como fui eu quem estragou tudo, então que eu viesse aqui e consertasse. Elas pediram que vocês permitissem que elas os conhecessem. E eu estou aqui para isso. Estou aqui, calçando a minha cara e implorando a você, em primeiro lugar, para que permita que a minha família conheça os seus filhos.” Adrian ficou desarmado diante disso. A aura de Dimitri era de um pavoroso tom cinzento que demonstrava uma enorme dor.

“Vou falar com Rose. Se ela permitir, você as traga para cá. Rose não pode viajar. E se é só isso, preciso realmente de um café e Rose já deve ter descido.” Assim, deixaram o escritório um Adrian muito preocupado com a reação de sua mulher e um Dimitri, embora aliviado, não se sentindo realmente perdoado.

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Em Baia...

“Será mama, que o casal Ivashkov vai permitir que conheçamos os filhos de Dimitri?”

“Não sei Karol, mas espero que Dimitri consiga isso. Não gostaria de ter que conversar pessoalmente com Abe Mazur a respeito disso...”

“Ele vai conseguir, filha. Dimitri vai conseguir e você vai conhecer seus sobrinhos...” Yeva tinha mais uma vez, aquele sorrisinho do gato que comeu o passarinho nos lábios.


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