Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Bem... Finalmente mais um capítulo novo para vocês.

Quero em primeiro lugar, me desculpar com todos os leitores ou leitoras, dizendo que foi pela mais absoluta necessidade de trabalho que eu fiquei tanto tempo ausente.

Minha profissão é um tanto complicada e tivemos um procedimento que seria como uma auditoria... Que é feita duas vezes ao ano!

Por esse motivo, fiquei muito atrapalhada de serviço e não pude postar antes... Espero que compreendam.

A Barbara também está em época de provas, ficando assim, mais complicado para escrevermos, visto que estamos nos falando apenas por email, ultimamente!

Estou dizendo tudo isso para que compreendam a nossa dificuldade e achamos que vocês leitores (as), que são a parte mais importante de uma história, mereciam essa consideração!

Muito obrigada em nome de Barbara e em meu nome, pela compreensão e paciência!

Sem mais enrolação... Capítulo 29 para vocês!
Enjoy!



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POV Gean

Nossa, nunca imaginei que meu “pai” fosse continuar com aquela loucura, de pedir a guarda dos gêmeos, mas adivinhe a surpresa... Ele o fez! Mas se fosse só isso tudo bem, mas não, minha “querida, mamãe” teve que dar  um barraco que foi como se eu estivesse  vendo uma novela mexicana! Só que tinha uma diferença: Essa novela mexicana é nada mais nada menos do que a minha vida!

Fomos para a Sibéria. Eu queria poder ter aceitado o convite de permanecer o resto das minhas férias em Portland, mas não porque a minha mamãe ficou  pau da vida, quando soube que a filha do Chris ia ficar lá. Ele foi ver a Lissa no hospício e enquanto isso a minha mãe ficava falando mais e mais, mas tudo piorou quando ele chegou e as noticias não foram nada boas.

“Se a sua grande amiga Rosemarie tivesse aceitado a pegar um pouco da escuridão dela, isso já teria sido resolvido, mas não! Ela não pode porque está gravidinha, coitadinha!!!”  Nesta hora eu surtei, não podia mais ouvir minha mãe falando mau da  dona Rose.

“MÃE! CALE A BOCA! Já chega ou eu...”

“Ou você o quê, seu insolente?”

“Ou eu fujo e vou para Portland ficar com a dona Rose e com os meus irmãos!!! Tenho certeza que nem ela, nem o Lord Ivashkov se importariam de cuidar de mim.”

A essa altura do campeonato já estava berrando e o que a minha adorável mãe fez???? Me deu uma bofetada. Isso mesmo: Ela me bateu!

“Escuta aqui, moleque atrevido, nunca mais se refira àqueles bastardos como seus irmãos e nunca mais diga que vai voltar lá, nem pronuncie o nome daquele bêbado idiota ou daquela vadia meretriz de sangue e eu te arrebento! Agora, você se prepare, porque amanhã cedo você vai para a Saint Basil.” Ah, não! Ela já acabou com a minha vida e agora quer acabar com  as minhas férias?!?!?!?!?

“Mas ainda tenho duas semanas de férias!” Disse.

“Mas você é mal educado e perdeu o privilégio de ir para a casa de sua avó. Isso não é uma discussão. É UMA ORDEM!!!” Ah! Que ótimo! Que bela hora para ela dar uma de mãe!!!

Meu papai, por outro lado, nem interferiu. Devia estar pensando nos gêmeos e num jeito de conseguir a guarda deles.

“Pai...” Tentei.

“Faça o que a sua mãe disse.” Foi só o que ele respondeu. Sai bufando e fui para o meu quarto pensando em tudo o que não era agradável para qualificar a Senhora Natasha Ozera.

Quando já estava a um bom tempo arrumando as malas, meu pai chegou ao quarto. Lancei-lhe o meu melhor olhar de desprezo, pois acho que é o único sentimento que tenho pela minha adorável família!

“Filho...”

“Ih! Pai, nem comece você também... Eu to cansado dessa merda de vida que eu tenho levado! Eu to cansado, mas na primeira oportunidade que eu tiver, vocês vão se ver livres de mim para sempre! Agora me deixe em paz!!!”Disse, já  com alguns planos na minha adorável e magnífica mente.

“Gean Paolo, eu vim te dizer que amanhã você vai para Baia. Quer Natasha queira ou não. Eu não vou permitir que ela estrague o resto de suas férias, mas você tem que me respeitar. Eu não vou permitir também que você fale assim comigo.” Ele disse e, a partir do seu tom de voz, já ia tomar cuidado com o que falar. “Agora sente-se e, eu vou colocar essa bolsa de gelo no seu rosto. Está vermelho e inchado.” Obedeci, pois acho que é a primeira vez em que sinto que tenho um pai!

***********************************

Baia – Casa da Vovó Olena

“Oi babuscha!” Ela me puxou em um abraço. Ela era demais! Não sei como meu pai pôde ser criado por ela e se tornar o que se tornou.

“Querido! Que saudades... como você está, hein?!” E olhou para o meu olho roxo e para o meu pai. Ela tinha um leitor para coisas erradas. Ela sempre sabia que tinha algo errado. Aliás, ela era a única que sempre sabia das minhas trapalhadas na Academia porque, como a minha adorável mamãe e o meu digníssimo papai nunca estavam presentes, de vez em quando ela ia até lá nas minhas reuniões.

“Eu estaria melhor se pudesse estar com meus irmãos... Mas eu amo a senhora e amo estar aqui também!” Ela arregalou os olhos. Ops! Acho que o meu papai querido não lhe contou sobre os gêmeos. Ponto pra mim!

“Irmãos, querido? Que irmãos?!  A Natasha está grávida de novo Dimka?!” Meu pai me olhou como se visse um strigoi. Ele queria me empalar, com certeza.

“Longa história...” Vovó Olena não deixou por menos.

“Eu tenho tempo... Pode começar a falar, Dimitri Belikov!” Nisso, a minha velhinha preferida, Yeva, entrou na sala apoiada em sua bengala. Eu corri e a abracei.

“Como está, meu netinho! Você então conheceu seus irmãos?! E como eles são?” Ela sabia. Ela sempre sabia de tudo!

“São bem legais, vovó e nos demos muito bem. Eles são felizes, ao contrário de mim...” E olhei para o meu pai. “E têm uma ótima família... A dona Rose e o senhor Adrian são bem legais também e todos eles sabem lutar muito bem... Eles moram em Portland...”

“CALE A BOCA, GEAN PAOLO!” Meu pai gritou. Eu me assustei com o grito porque isso não era típico dele. A vovó Olena estava roxa de nervoso, parada em pé, com a mão na cintura. Yeva esboçava um sorrisinho indescritível nos lábios. Não sei se era de alegria ou se deboche. Eu me calei. Depois da bofetada da minha mãe, achei melhor não provocar o velho.

“Vamos Dimitri, o que está esperando? Eu botar um ovo e chocar? Eu quero saber dessa história de irmãos de Gean e quero saber agora! Vamos! Desembucha!” Eu nunca tinha visto a vovó Olena tão zangada. Ela era sempre simpática, tranqüila e nunca, nunca mesmo, se alterava. Ainda bem que a louca da minha mãe foi para a nossa casa em St. Petersburgo...

“Olha mãe, é uma história longa e eu estou cansado e com dor de cabeça. A Natasha parece louca e tenho que voltar para St. Petersburgo até depois de amanhã, senão ela acaba de enlouquecer...”

“Dimitri Belikov, acho muito bom você começar contar a tal longa história agora mesmo. E me conte também como o Gean ficou com o olho roxo! Vamos Dimka! Se mexa!” E foi para a cozinha seguida pelo meu pai que me olhava como se fosse me estrangular, recebendo da minha vovozinha Yeva um olhar não muito amistoso.

A vovó foi direto para o fogão e pegou um chá que estava ali e serviu ao meu pai. Olhou para mim.

“Venha cá filho. Deixe-me ver esse olho!” Eu me aproximei e fiquei entre ela e Yeva. Que com certeza, não deixariam que meu pai fizesse comigo tudo o que ele tinha em mente. Eu não podia ler mentes, mas podia ler a linguagem corporal dele e sei que não era nada bom os seus planos para mim.

Ele abaixou a cabeça e podia quase ouvir as engrenagens em sua mente, tentando amenizar a forma de contar o que ele fez com a dona Rose. Era até engraçado ver o famoso badass Dimitri Belikov, com os ombros encolhidos e de cabeça baixa diante das minhas duas mulheres preferidas na Rússia. Acho que minha avó Olena se cansou de esperar.

“Bem querido, já que seu pai não fala nada, que tal você me contar que história é essa de irmãos?!” Ela falava comigo, com as mãos trabalhando rapidamente com um ungüento no meu rosto, mas seus olhos, eu pude perceber, não saíam do rosto do meu pai. Eu achei por bem não dizer nada, mas ela insistiu.

“Filho, seu pai não vai fazer nada com você. Se ele puser as mãos em você, terá que enfrentar a minha fúria que é rápida, mas tão eficiente quanto a dele.” Eu suspirei junto com ele.

“Fique quieto Gean, eu falo com a minha mãe!” Eu segurei um sorrisinho, porque sei que se eu sorrisse ali, eu seria fulminado. Ele estava realmente furioso comigo. Tenho certeza que ele achava que eu tinha dito aquilo de propósito, mas juro que não foi. Foi realmente sem querer! Achei mesmo que ele tinha dito a ela sobre a dona Rose e os gêmeos, mas ele jamais acreditaria em mim, como sempre!

“Mãe, quando eu fui trabalhar na Saint Vladimir, acabei me envolvendo com uma aluna damphir. Ela é linda...!” Seu olhar ficou sonhador como se não estivesse mais ali. Foi bem esquisito, mas depois de eu saber que ele agarrou a dona Rose, em sua própria casa e grávida, bem, sei lá! Nem sei mais quem é esse homem na minha frente, que sempre pregou a lei da integridade e isso, foi o que o faltou por tudo o que eu soube e que ele não negou.

“Ela havia fugido com a Princesa Dragomir... A Lissa... E fui eu mesmo quem as resgatou e as levou para a Academia. Eu me comprometi a treinar Rosemarie. Esse é o nome dela. Rosemarie Hathaway Mazur.” A minha avó Olena arregalou os olhos.

“Mazur?! Você disse Mazur?!” E suspirou. Ele só assentiu e continuou a contar.

“Ela era linda naquela época e tinha 17 anos de idade. Ela era ótima lutadora e tinha um enorme potencial. Tenho certeza de que se ela tivesse se formado, seria a melhor guardiã!” Ele falava e o orgulho em sua voz era palpável, assim como a dor. Yeva sentou-se e colocou novamente aquele sorrisinho sarcástico na cara e ficou ouvindo a história tão em silêncio como se estivesse em uma missa. A vovó Olena também se sentou e cruzou as mãos em cima da mesa.

“Eu senti uma atração enorme por ela e lutava com isso todos os dias, mesmo porque, estava comprometido com Natasha e iria ser seu guardião em pouco tempo, mas ela era irresistível de linda e forte e... Bem, ela também tinha uma fama horrível com garotos. Ouvi diversos comentários de que ela era fácil e que havia ficado com pelo menos metade dos damphirs e morois da Academia antes de fugir com a Lissa.”

“Continue... Não estou gostando muito da forma que você está falando de uma garota de 17 anos de idade e ainda por cima, sua aluna!” Minha avó Olena só fechava a cara enquanto que a minha avó Yeva, se deleitava com a história.

“Bem, acabei ficando com ela um dia em que ela absorveu a escuridão do espírito de Lissa. Elas têm uma ligação. Roza é shadow-kissed de Lissa. Lissa a trouxe do mundo dos mortos em um acidente de carro que matou a família dela e que Roza estava junto. Nós... Ai, mãe! Nós transamos e ela era virgem!” Ele abaixou a cabeça por entre as mãos que estavam na mesa. A dor que ele sentia naquele momento me comoveu. Ele nunca demonstrava seus sentimentos e ele parecia realmente arrependido!

“Então quer dizer que você dormiu com a sua aluna menor de idade, só porque ela tinha má fama, Dimitri Belikov?! RESPONDA!!!!” Ele se encolheu e eu também. Até comecei a ficar arrependido de ter tocado naquele assunto.

“Não foi assim, mãe! Ela claramente me queira e eu estava enlouquecido de desejo por ela, MERDA!”

“DIMITRI! Não fale palavrões em minha casa!”

“Desculpe-me...” Ele murmurou. “Então, eu passei a evitá-la e não falei nada para Tasha. Um dia, depois de um mês mais ou menos do ocorrido, eu a aguardava no ginásio para dizer que partiria naquele dia e que seu novo instrutor seria o guardião Alto, mas ela não apareceu e depois, eu fiquei sabendo que ela e Lissa haviam brigado e que ela havia fugido novamente da Academia. Só que sozinha dessa vez! Só não liguei o fato de que Adrian Ivashkov havia sumido também!” Ele disse esta última frase quase rosnando. Estranho! Será... Será que... AimeuDeus! Será que meu pai está apaixonado pela dona Rose?! Afff! Era só o que faltava! Yeva, parecendo ler meus pensamentos, sorriu para mim e assentiu com a cabeça. Credo! Minha família é toda estranha...

“Bem, e esses seus filhos? Onde é que entram na história?!”

“Quando ela fugiu ela estava grávida de mim.”

“Mas ela é damphir...” E foi aí que a minha avó Yeva resolveu falar.

“Ela é uma shadow-kissed! Tudo é possível com um shadow-kissed! Ela pode conceber filhos com outros damphirs, assim como pode dar filhos morois ou damphirs a um moroi!” E sorriu satisfeita, como um gato que comeu o passarinho.

“Mas...” Meu pai a interrompeu.

“Então é isso! Aí, acompanhei Tasha até Portland, junto com Gean e com a pequena Rosemarie e em um passeio de scuna, acabei encontrando Roza, os gêmeos e seu nobre esposo, Adrian Ivashkov. Ela está grávida e como a Yeva disse, a garota que está para nascer é uma moroi. Ela vive bem e feliz com seu moroi riquinho...” Eu não pude resistir ao tom que ele usou.

“Riquinho... Pai, não seja hipócrita! Se vai contar a história, conte-a como ela lhe foi contada!” Ele ia me interromper, mas a vovó Olena só levantou a mão para ele.

“Fale filho.”

“Então... Ela se casou com o Lord Ivashkov quando ele foi atrás dela e soube da história. Ele sempre a amou pelo que deu para perceber e eles tinham um bom relacionamento. Ele é o sobrinho neto único da Rainha Taitana Ivashkov e a dona Rose parece que era meio que desafeto da Rainha, mas em nome do amor dele pela dona Rose, a Rainha aceitou a relação e sempre os apoiaram, porque os pais dele o deserdaram. Eles viveram com bastante dificuldade porque nem ele, nem dona Rose aceitava muita ajuda da Rainha, nem do pai dela. O Senhor Abe Mazur! Ela tem um irmão por parte de pai e uma prima que sempre os apoiaram e todo o dinheiro que eles aceitaram de ajuda, foi para os meus irmãos. Nada para eles! Eles abriram uma lavanderia e hoje eles têm uma rede de lavanderias em Portland, Seattle e pela região e estão sim, muito bem de vida. Mas do jeito que meu pai falou, parecia que a dona Rose havia se casado com o senhor Adrian por interesse, mas aparentemente, não foi assim!” Disse orgulhoso e meu pai parecia ter encolhido na cadeira.

“Ainda por cima, Dimitri, você quis insinuar que ela não prestava mesmo, não é?! Que tivesse se casado com o sobrinho neto da Rainha por interesse financeiro! Dimitri, quem é você?! Esse não foi o meu Dimka que eu criei e eduquei!” O silêncio, diante das palavras dela, foi como a morte.

“Gean, querido, estou orgulhosa de você. Espero que seus irmãos sejam tão íntegros quanto você!” Eu sorri abertamente.

“E são! Eles são muito legais e educados e a dona Rose e o senhor Adrian são ótimos pais. Eles são bravos, às vezes, mas são generosos e amorosos. Eu mesmo queria tê-los como pais!” Falei murmurando, quando vi que meu pai foi em direção à sala, mas ele ouviu e voltou, lívido de raiva.

“Então o senhor preferia que Roza e o esnobe do Ivashkov fossem seus pais?! Você acha que eu não te dou conforto suficiente, Gean Paolo?!” Eu senti lágrimas nublarem a minha visão e abaixei a cabeça. Ele não gritou nem nada, mas as palavras dele pareciam navalhas cortando a minha carne, meu coração. Elas eram mais de dor do que de raiva, propriamente dito. Elas eram palavras de mágoa!

“Responda! Estou esperando! O que os torna melhores pais do que eu?!” Eu balbuciei, agora, sentindo as lágrimas cobrirem o meu rosto.

“Não me importa a quantidade de dinheiro que eles têm, pai. Eu vivo muito bem e confortável! O que me importa é o amor que eles tem por Anne e Andrew e que eu não recebo de vocês! Sinto muito!” Eu murmurei e minhas avós me espremeram em um abraço forte.


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Notas finais do capítulo

Caso mereçamos uns reviews... Umas recomendações...
Agradecemos.

Queremos agradecer a todos os reviews e às singelas recomendações que foram feitas nesta fic!
Saibam que isso é muito importante para nós e também, muito lisonjeiro!

Spassibo! Bjn. R.I.