Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Ok pessoal, desculpem-nos pela demora!

Enjoy!



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Na Rússia, Abe se empenhava em encontrar Robert Doru, mas parecia que ele pressentia e sumia. Somente três semanas depois foi que Abe o encontrou. Robert era alto, muito magro, com enormes olhos azuis  herdados dos Dashkov e um olhar insano.

“O que você quer?”

“Robert, meu nome é Abe Mazur e eu preciso de sua ajuda com uma usuária de espírito.” Robert riu mostrando suas presas.

“Eu sei quem você é e sei que Vasilisa Dragomir já se perdeu!” Abe ficou chocado.

“Como é que você sabe?!” Abe não era uma pessoa acostumada a ser surpreendida. Robert riu mais ainda.

“Eu sei de coisas que você nem imagina... Sei que você escondeu sua filha por anos no mundo humano... Que seus netos têm dons incomuns, principalmente por ser damphirs... Os filhos daquele guardião. Sei que esse bebê moroi que ela está esperando é ainda mais especial, mas eu sei também que não estou com a mínima vontade de ajudar Vasilisa. Ela repeliu meu irmão. Posso dar dicas e é só. Não vou curá-la...”

Abe ficou boquiaberto. “Como um homem visivelmente maluco pode ser tão lúcido ao mesmo tempo e tão bem informado?”

“Como você sabe de tudo isso?”

“Simples. Eu sou um usuário de espírito e falo com espíritos. Assim como domino a escuridão. Sua filha é uma shadow-kissed de Vasilisa. Vê como é simples! Você pode me achar maluco, mas mesmo dentro da minha suposta loucura, eu encontro meios de me tornar são. Era o que Vasilisa deveria fazer...”

“Mas como ela faria isso?” Ele riu.

“Dê a ela algo de prata e faça com que ela entenda que o que a está dominando pode ser canalizado para o objeto. Ela o encherá com uma energia maligna, destrutiva, muito eficiente para destruir uma pessoa. Menos strigois. Eles se alimentariam dessa energia e ficariam mais poderosos. Assim que ela terminar, faça uma cura completa em sua aura... Diga a Oksana que depois que o objeto for enfeitiçado, ela não vai mais precisar usar tanta magia. Ah! Mais uma coisa. Derretam o objeto. Só assim aquilo poderá ser neutralizado.”

Abe ficou pensando e até que seria fácil se ela não estivesse tão descontrolada.

“Como é que podemos fazer para ela ter consciência do mal que a aflige e possa fazer o que você disse, se ela sequer reconhece as pessoas e está completamente fora de controle?!” Robert deu outra gargalhada e, aquilo já estava dando nos nervos de Abe.

“Do que é que você tanto ri? Isso não tem graça! A vida da minha filha está em jogo. O que você quer?!” Abe gritou. Robert disse apenas sorrindo agora.

“Como vocês vão trazer Vasilisa à consciência não é problema meu. Quanto à sua filha, bem, ela é forte. Vai se sair bem, desde que no processo Lissa não morra, senão. Adeus Rosemarie! Agora vá. Saia da minha casa. Eu não tenho mais nada a falar com você!” Disse e empurrou Abe para fora da porta e a fechou.

Abe foi embora. “Sabe-se lá do que Robert era capaz e dali não sairia mais nada mesmo.” Ele voltou para Omsk, ao hotel onde Oksana e Mark estavam hospedados e contou o que soube.

“Ah! Abe, se essa é a única forma, tenho que continuar com as curas na aura, mas isso pode demorar... Sozinha, eu não posso fazer uma cura mais efetiva.” Disse Oksana.

“É, então que você demore o tempo que precisar. Eu vou tentar, enquanto isso, encontrar outro usuário de espírito que seja bom em cura e queira colaborar...”

******************************

No sanatório...

Christian conseguiu visitar Lissa. Ela estava mais calma e muito drogada de medicação. Ele chegou perto dela e ela se encolheu. Ele recuou.

“Oi meu amor. Como se sente?”

Ela o olhava estranho, como se olhasse para um desconhecido. Não disse nada. Os olhos de Christian marejaram.

“Você não se lembra? Sou eu, meu amor, Christian. Seu marido!”

Ela continuou olhando para ele e por fim falou com uma voz pastosa, distorcida por causa da medicação. Ela falava muito baixinho.

“Você é meu marido? Mas eu não sou casada!”

Só de ouvir a voz dela ele se sentiu aliviado.

“Sou seu marido amor. Há quinze anos!!!” Ela arregalou os olhos.

“Mas eu tenho dezessete...” Ela abanou a cabeça, primeiro devagar e depois, mais e mais rápido e gritava:

“EU TENHO DEZESSETE! EU TENHO DEZESSETE!”

Gritava o tempo todo até que a enfermeira entrou no quarto e a sedou. Christian estava arrasado! “Ela achava que ainda era adolescente! Como pode ser?” Ele se perguntava e saiu dali destroçado e foi para o hotel onde estava hospedado.

Dimitri e Natasha chegaram logo depois dele, com um Gean muito azedo à tiracolo e Christian contou o que houve. Foi Natasha quem falou.

“Se a sua grande amiga Rosemarie tivesse aceitado a pegar um pouco da escuridão dela, isso já teria sido resolvido, mas não! Ela não pode porque está gravidinha, coitadinha!!!”

“MÃE! CALE A BOCA! Já chega ou eu...”

“Ou você o quê, seu insolente?”

“Ou eu fujo e vou para Portland ficar com a dona Rose e com os meus irmãos!!! Tenho certeza que nem ela, nem o Lord Ivashkov se importariam de cuidar de mim.”

Natasha, ao ouvir Gean berrando com ela, não teve dúvidas, deu-lhe uma bofetada e disse com o dedo em riste na cara dele:

“Escuta aqui, moleque atrevido, nunca mais se refira àqueles bastardos como seus irmãos e nunca mais diga que vai voltar lá, nem pronuncie o nome daquele bêbado idiota ou daquela vadia meretriz de sangue e eu te arrebento! Agora, você se prepare que amanhã cedo, você vai para a Saint Basil.” Gean ficou revoltado.

“Mas ainda tenho duas semanas de férias!”

“Mas você é mal educado e perdeu o privilégio de ir para a casa de sua avó. Isso não é uma discussão. É UMA ORDEM!!!”

Dimitri que só pensava nos gêmeos e na guarda perdida, nem interferiu.

“Pai...”

“Faça o que a sua mãe disse.” Foi só o que ele respondeu. Gean saiu bufando e Christian, que não agüentava mãos aquilo e com o que ele passou, se enfureceu.

“Tia, isso não é justo com o garoto e...”

“Ora cale a boca você também! Não se meta! Você deixa a sua filha onde quiser, mas o meu filho é problema meu!”

“Argh! O menino está de férias! Então o deixe ir para a casa das avós. Qual é o seu problema? Ficou louca também?! Eu não agüento mais essas discussões... Que inferno!!! Sabe o que eu acho? Eu acho que vocês deveriam ir embora e me deixar sozinho e em paz! Eu já tenho problemas demais para aturar as suas maluquices...” Dito isso, ele saiu e ligou para o Abe.

“Abe Mazur.”

“Abe, é o Christian. Alguma notícia boa? Onde eu posso me encontrar com você?”

Abe não queria contar por telefone e resolveu encontrá-lo no hotel para irem jantar, já que Christian estava sem guardião, além de Eddie que não tinha chegado ainda.

“Olá, Abe.”

“Olá. Tenho notícias boas e não tão boas, então vamos jantar e eu te conto.” Christian assentiu e o acompanhou.

*********************************

No hotel...

Gean arrumava suas coisas meticulosamente e amaldiçoava sua mãe mentalmente, quando seu pai entrou no quarto. Gean o olhou com desprezo. Desprezo pela atitude apática de Dimitri diante da arbitrariedade de Natasha.

“Filho...”

“Ih! Pai, nem comece você também... Eu to cansado desta merda de vida que eu tenho levado! Eu to cansado, mas a primeira oportunidade que eu tiver, vocês vão se ver livres de mim para sempre! Agora me deixe em paz!!!”

Dimitri entendeu a atitude de Gean e não deu importância pela má criação.

“Gean Paolo, eu vim te dizer que amanhã você vai para Baia. Quer Natasha queira ou não. Eu não vou permitir que ela estrague o resto de suas férias, mas você tem que me respeitar. Eu não vou permitir também que você fale assim comigo.” Falou mais em tom de alerta do que de bronca. “Agora sente-se e eu vou colocar essa bolsa de gelo no seu rosto. Está vermelho e inchado.” Gean o obedeceu. Ele sentiu, pela primeira vez que tinha um pai.

***************************************

Em Portland...

A família Ivashkov chegou em casa, todos exaustos, mas felizes com a decisão da Corte e porque Dimitri resolveu não recorrer da decisão, segundo souberam.

A pequena Rosemarie dormia nos braços de Mikail que a levou para o quarto onde ela estava hospedada com seu pai. Anne e Andrew subiram direto para seus quartos e, após um banho rápido, caíram na cama e dormiram. Rose e Adrian foram até a cozinha porque Rose estava fraca e com fome.

“Amor, amanhã cedo você vai ao médico. Tem uma semana que você recebeu bolsas de sangue e você está fraca e com olheiras.”

Ela acariciou o rosto e os cabelos dele. Ele estava muito preocupado com ela porque havia se recusado a receber as bolsas de sangue na Corte e agora, ela recebia a cada três dias.

“Tudo bem amor, eu vou. Eu não vou protestar! Se o meu sangue ficar fraco, a nossa Tatiana ficará doente e ela tem que nascer forte e saudável.” Ele riu.

“A nossa Tatiana...” E se lembraram do dia em que contaram para a rainha e para os pais de Adrian sobre as novidades do bebê.

Flashback on

“Tia, mãe, pai, a bebê é uma menina... Moroi! E vai se chamar Tatiana Mazur Ivashkov!” Adrian disse todo feliz. A rainha desmaiou e foi uma correria de guardiões dos diabos. Logo ela foi deitada em sua cama e voltou do desmaio. Nathan e Daniella sorriam e choravam e perguntavam como aquilo era possível. Adrian e Rose riam. Foi realmente engraçado!

“Co-como assim, moroi, Adrian? Rose? Alguém pode me explicar isso?” Tatiana perguntou e eles explicaram o que o médico disse e foi confirmado depois pela Dra. Olendski.

Tatiana os abraçou, forte e depois acariciou a enorme barriga de Rose. A pequena Tatiana se mexia o tempo todo e a rainha ria e chorava. Ela os olhou.

“E por que Tatiana?!” Eles se olharam e sorriram, mas foi Rose quem respondeu.

“Queríamos homenageá-la por tudo o que já fez por nós! Por todo apoio e generosidade que a senhora me deu e todo carinho com que a senhora trata os meus bebês! A senhora é uma parte importante nas nossas vidas, criou o Adrian, praticamente, e assim que soubemos que era uma menina, sabíamos que ela deveria se chamar Tatiana e ser tão nobre quanto a senhora!”

Quando Rose terminou seu discurso Tatiana chorava. Daniella e Nathan ficaram sem graça, quando Rose mencionou que Adrian havia sido criado pela tia. Rose percebeu e emendou.

“E vocês, sogros, serão os padrinhos e terão a oportunidade de acompanhar o crescimento dela, se quiserem, é lógico! Eu sei dos motivos que Adrian foi criado pela rainha e o que eu disse não é uma crítica. A minha mãe também não me criou, nem permitiu que meu pai me criasse. Eu sei também dos seus motivos. Eu é que resolvi criar meus filhos de outra forma, diferente do nosso mundo. Não se ofendam.”

Eles por sua vez, estavam tão empolgados com o fato de serem os padrinhos, que sequer se importaram. Eles já sabiam como era a nora deles... Sincera e franca até demais para o bem dela! Eles entendiam que isso lhe era natural... Sempre foi!”

Flashback off

“Adrian, seus pais, acho que já se acostumaram comigo, né?! Ou será que eles ainda se ressentem por você ter se casado com uma damphir e ter te afastado do mundo vampírico?!” Ele riu.

“Uma nora damphir muito, muito linda, especial e capaz de lhes dar netos moroi?! Ressentidos?! Nah! Acho que não!” Eles riram e se beijaram profundamente.


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Notas finais do capítulo

Eu quero agradecer a paciência de todas as leitoras...
Eu sei que ficamos em dívida de capítulos com vocês, mas a Barbara estava dodói e está ainda se recuperando e eu, estou completamente atolada de trabalho por mais uns 10 dias.

Peço a compreensão de vocês e semana que vem, prometemos um enorme capítulo novo!

Bjn. R.I.