Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu quero me desculpar por não estar respondendo aos reviews. Eu andei sem net e então ficou meio complicado, mas assim que der, responderei a todos. Bjn. R.I.

Queremos agradecer também as recomendações que recebemos e ficamos realmente emocionadas.

Muito obrigada à LI_VA, Fran-salvatore e Leh100.



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Capítulo 23

POV Dimitri

A briga parecia ter sido feia, porque eles nem se falaram... Eu confesso que fiquei satisfeito com isso! Mas agora eu tinha que enfrentar uma fera chamada Natasha Ozera Belikov.

“Christian, eu vou com Gean até o hotel falar com Natasha, você quer nos acompanhar? Talvez Rosemarie queira dar uma saída. A Roza parece não estar bem e acho que ela vai querer conversar com a Anne em particular. Mais tarde a gente volta, para ver se já tem alguma notícia do tal segundo usuário de espírito para solucionar o problema de Lissa. O que acha?!”

Christian me olhou e concordou. Rosemarie estava tomando café da manhã e já resmungou.

“Mas eu não quero ir, papai. Eu quero ficar com a titia Rose!” Gente, o que a Rose fez com essa menina! Ela tinha virado um grude com a Rose...

“Não filha, você vai com o papai. Mais tarde a gente volta e você fica lá coma a tia Rose, tudo bem?” Ela ficou emburrada, mas acabou indo.

Chegamos ao hotel e Natasha estava no quarto, muito brava, mas quando ela viu o Gean ela correu para ele o esmagando em um abraço de urso.

“Ai filho, você quase me mata de susto e medo. E se tivesse acontecido alguma coisa com você! O que vocês foram fazer no México??? Aquela vadiazinha não tem juízo e sai te arrastando para as suas aventuras?!” Na mesma hora Gean fechou a cara e se afastou de Natasha. Parecia que ele tinha levado um choque.

“Do que você chamou a Anne? Vadiazinha? Qual é o seu problema com aquela família afinal, mãe? Primeiro, pelo que eu soube, você deu de ouvir as conversas por detrás das portas... Atacou a dona Rose dentro do quarto dela e a xingou... Agora resolveu colocar a Anne, o nome dela é Anne, no meio dessa sua guerra sórdida com a dona Rose... Qual é o seu problema com ela? Você não percebe que ela não quer o papai?” Ela o olhava chocado. E nós também. Rosemarie ficou só prestando atenção na conversa e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela era uma garota sensível e se apegou muito a Rose. Ela não é um bebê e entendeu perfeitamente que Natasha atacava Rose o tempo todo.

“É, eu sei da história deles, mas isso já faz muito tempo, você não acha? Eles estão fazendo o que podem para ajudar a Lissa e é assim que você agradece? Aposto que o Christian não gosta nada dessa sua atitude! Vocês todos não sabem nada da minha vida. Vocês não sabem de nada! Vocês acham que eu sou algum anjinho só porque vocês nunca receberam reclamações minhas??? Eu não sou nenhum anjo, eu só fui esperto o suficiente para não ser pego! Vocês me oprimem e é por isso que eu não me sinto em um ambiente natural quando estou com vocês! Naquela casa, na casa dos Ivashkov, eu vi como é uma família de verdade e me senti bem lá. Pela primeira vez eu me senti bem em um lugar que não fosse a St. Basil! E quer saber, to cheio!”

Ele saiu, batendo a porta. Ninguém dizia nada. Eu até pensei em ir atrás dele, mas achei que ele só fosse até a recepção do hotel e que precisaria de espaço. Foi Christian quem quebrou o silêncio.

“Bem tia, a senhora conseguiu, huh? Enfureceu até o Gean que é a pessoa mais calma, mais serena que eu conheço. Incrível! Dimitri, me arrependi de ter vindo aqui, estou indo embora.” Natasha o pegou pelo braço.

“Não sem antes conversarmos. Está matando as saudades da vadia da sua amiga enquanto sua mulher está internada em um hospício, huh!? Está curtindo a estadia? Tem pelo menos pensado em Lissa?! Você se lembra dela, não é? A sua esposa que está louca, no hospício de segurança máxima – Tarasov?! A sua tão estimada amiguinha meretriz de sangue que se deu bem, poderia curá-la em um piscar de olhos... Era só ela absorver a loucura do espírito para ela, mas não, ela prefere tripudiar diante do nosso sofrimento... Do seu sofrimento Christian Ozera! Se ela fosse mesmo uma pessoa generosa como vocês dizem, ela faria o sacrifício! Mas...” Eu não agüentei mais. Rosemarie estava agora encolhida no sofá, chorando.

“JÁ CHEGA NATASHA!!! JÁ CHEGA!!!!” Quando eu vi, estava próximo demais dela e dei dois passos para trás. Ela me olhou perplexa.

“O QUÊ BELIKOV? VAI ME ESTAPEAR DE NOVO??? VOCÊ TEM MESMO QUE DEFENDER A SUA VADIAZINHA DE ANOS ATRÁS??? AGORA ELA ESTÁ ENVENENANDO MEU FILHO TAMBÉM E VOCÊS NÃO PERCEBEM ISSO!”

Foi Christian quem estourou dessa vez.

“Tia, você já passou demais dos limites. Eu acho que a maluca é você! Você não se ouve? Não percebe o que está dizendo? A Lissa quase acabou com a vida da Rose e agora a senhora quer que ela enlouqueça no lugar da Liss??? Já chega! Vamos Rosemarie. Vamos voltar!” Ele falou isso tão baixo, mas de uma forma tão cortante que Natasha teve uma crise de choro.

Eu estava com tanta raiva de tudo o que ela disse que acabei saindo atrás do Christian. Rosemarie estava em prantos e Christian a consolava. Nem sinal do Gean. Chamamos um táxi e eu tentei chamá-lo pelo celular, pois o porteiro disse que ele havia entrado em um táxi e saído. Eu acho que sei onde ele está: na casa de Rose, pensei e para lá nos dirigimos.

Quando chegamos lá, estavam todos com cara de plena felicidade. Que família estranha! De manhã, todos mal humorados. À tarde, todos felizes. Qual será a grande notícia?! Não avistei Rose na sala.

“Entrem pessoal, venham compartilhar conosco a nossa felicidade!” Abe estava irradiando alegria. “A Rose vai ter uma menina e é um bebê moroi!”

Eu precisei me sentar imediatamente. Como assim um bebê moroi??? E foi o que eu perguntei, não pude conter a minha curiosidade.

“Como assim um bebê moroi? Ela é damphir e isso é... Impossível!” Ele riu.

“Nada é impossível quando se trata de uma shadow-kissed, Belikov!”

Nisso, Anne desceu as escadas de mãos dadas com Gean. Aquilo me deixou muito irritado. Ninguém ali parecia perceber o que estava acontecendo entre eles. Peraí! Anne e Andrew são damphirs...

“Mas então, porque os gêmeos são damphirs?” Abe sorriu novamente. Nada parecia abalar aquele homem. Credo!

“Pois é! Não é interessante?!” Ele riu abertamente mostrando as suas presas. Adrian não gostou do meu comentário.

“E o que você tem a ver com isso, se eles são damphirs, ou morois, ou humanos ou ainda, extraterrestres? Isso não é de sua conta, Belikov! Você agarrando a minha mulher na madrugada já foi o suficiente para mim! Nem sei o que você está fazendo aqui ainda?!” Eu acho que ele nem queria ter falado aquilo, mas já era. Agora Abe e Janine, assim como Gean e os gêmeos, Christian, os guardiões ali presentes e o casal Oksana e Mark estavam me olhando. Eu queria derreter!

“Isso foi...” Meu Deus! O que eu iria dizer? Não tinha justificativa para aquilo.

“Vocês não vêem esse dois de mãos dadas o tempo todo e fugindo juntos? Isso é que é importante verificar agora!” Tentei mudar de assunto, mas parece que ninguém ouviu. Janine caminhou para mim parecendo uma leoa.

“Então foi por isso que minha filha brigou com o Adrian?! Eu te avisei, Belikov. Eu te avisei!” Quando ela ia pular em mim, Abe a conteve.

“E quanto a esses dois? Ninguém se importa com o namoro deles?!” Eu insisti. Eu tinha que dar um jeito de tirar o foco de mim e dessa vez parece que funcionou. Mas quem respondeu a pergunta foi Rose. Ela descia a escada, ajudada pela enfermeira e por Safira. Ela estava com uma bolsa de algo que parecia sangue, espetada no braço que Safira segurava. Adrian foi ampará-la. Ela estava abatida.

“Eles não são namorados.” Ela disse se sentando no sofá e colocando as pernas para cima. “Mãe, ele me agarrou, mas garanto que filhos ele não faz mais!” Deu um sorriso maligno. “E eu já me entendi com o meu Adonis!” Ela sorriu agora mais ainda e Adrian correspondeu seu sorriso, mostrando as suas presas e se beijaram. Adrian arrumou aquela bolsa e vi que era sangue mesmo. Aquilo me deu um aperto no peito! Por que será que ela estava tomando sangue? Será que era por causa da anemia? Mas seria uma anemia tão forte assim ou tinha algo mais? Ela era damphir e nós não costumamos ficar doentes! Mas teria que continuar com a minha curiosidade, porque eu não poderia perguntar nada mais em relação à Roza.

“Adrian amor, acho melhor esclarecermos as coisas. Anne, Andrew, tudo bem?” Os três assentiram, mas não pareciam nada satisfeitos. “Dimitri Belikov, os gêmeos são seus filhos!” Ela disse isso com a maior naturalidade. Eu pensei não ter ouvido direito. “Portanto, Anne é meio irmã de Gean!” Ela continuou.

Eu continuava achando que estava ouvindo mal. Isso não poderia ser verdade. Será?! Como ela pode ter engravidado de mim. As palavras de Abe Mazur retumbaram em minha mente como se fossem ditas em mil decibéis. “Nada é impossível quando se trata de uma shadow-kissed, Belikov!” E logo eu me lembrei do que a minha avó me disse.

Flashback on

“Você encontrou novamente a pessoa que sempre desejou, mas dessa vez você não terá a oportunidade de tê-la e a culpa é só sua. Agora, o seu objetivo é salvar a princesa que poderá dar outro rumo ao mundo vampírico e então, aproveite os aconselhamentos de Oksana e Mark, porque só eles é que podem te ajudar e ajudar a princesa. Você terá uma surpresa enorme, mas aja sabiamente e não estrague tudo dessa vez. Você errou no passado e agora não tem mais conserto. Essa surpresa vai te machucar, mas você tem que enfrentar as conseqüências do seu passado irresponsável e egoísta!”

Flashback off

Aquilo era incrível! Eu queria abraçá-los e beijá-los. Eu queria abraçar Roza e dizer que ela não poderia ter me dado melhor presente do que um casal de gêmeos. Me lembrei de quando eu conheci Anne, como ela me lembrou minha irmã mais nova – Victória. Meus olhos encheram de lágrimas e eu não sabia o que dizer. Como fazer para não estragar tudo de novo? Acho que esse assunto não tem conserto mesmo... Anne e Andrew não pareciam surpresos e eles me olhavam com nojo.

Gean também me olhava com nojo. Não sei se pela notícia ou pelo fato de eu ter agarrado Roza! E ele também não parecia surpreso.

“Roza, não brinca comigo! Eles são meus filhos? Quero dizer, você saiu da Academia grávida? Você sabia? Quem mais sabia disso?”

“Sim, eu sabia. Eu vi você com a Natasha se agarrando no ginásio quando eu estava indo treinar. Eu tinha acabado de saber que estava grávida e quando eu os vi, eu fui falar com a Lissa, que não sabia da nossa aventura! Quando eu falei para ela que tinha... Você sabe, com você e que você tinha me enganado e que eu havia visto você e Natasha se beijando no ginásio, ela gritou comigo e me chamou de meretriz de sangue. Eu então, achei melhor nem contar a ela o resto da história. Fui até meu quarto, peguei o que restava do meu dinheiro, que acredite, era bem pouco, arrumei uma mala de roupas e fui embora. Eu nem sabia para onde ir. Só queria que fosse longe! Então, em Montana eu perguntei qual era o ônibus que poderia me levar mais longe dali e vim parar em Portland. Passei o dia humano sentada em uma praça e quando anoiteceu, achei uma pensão, paguei o mês adiantado com o único dinheiro que eu tinha e dormi. No meio da noite, Adrian bateu na minha porta com um guardião – Pavel – e com um homem exótico que depois soube ser meu pai, dispostos a me ajudar e eu contei a eles o que aconteceu. O resto da história você sabe!”

“Meus filhos...” Aí, foi Anne quem me interrompeu.

“SEUS FILHOS, NÃO! VOCÊ NÃO É O MEU PAI! Meu pai chama-se Adrian Ivashkov! Ele é quem fica ao meu lado quando eu tenho pesadelos... Ele que ficou ao meu lado e me curou quando eu quebrei o pé três vezes – esquiando – caindo da torre da torcida organizada – quando resolvi praticar hipismo... Ele que sempre esteve aqui para mim e para o Andrew... Sempre ele! O meu papai! Você... Você não é nada!” Ela cuspia cada palavra, olhando em meus olhos, cada palavra pronunciada com tanto ódio, mágoa que parecia que eu estava sendo estaqueado. Quando eu olhei para Andrew, ele só me olhou e disse:

“Eu não vou perder meu tempo em falar nada para você! Não vale a pena!” Assim, ambos saíram da sala. Aí, foi a vez de Gean.

“Então aquela história que o senhor havia me contado antes, resultou em dois irmãos para mim, huh?! Obrigado, estou feliz com meus irmãos!!!” disse sarcástico e emendou. “Pai, me desculpe, mas você é desprezível! DESPREZÍVEL!!!!” Saiu correndo da sala em direção ao quintal. Christian me encarava, passado.

“Belikov, que merda você fez? Como você pode fazer isso com a Rose! Como? Eu só quero saber: Valeu a pena? Espero que sim porque eu já fui muito magoado na minha vida, por causa dos meus pais, da minha família estigmatizada por eles terem optado por se transformar em strigois, mas a Rose foi a pessoa que mais brigou por mim, além da Lissa. A Rose sempre colocou todos antes dela e quando ela precisou da Lissa, deu no que deu. Eu não a culpo por odiar a minha mulher, mas você Belikov! Eu nem posso acreditar que você está sendo tão bem recebido nesta casa, depois do que você fez?! Rose, eu sinto muito. Muito mesmo! E muito obrigada pelo que você tem feito por nós!” Ele saiu da sala arrasado. Acho que eu virei um paria desta vez. A minha avó tinha razão: o que eu fiz no passado não tem mais conserto!


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