Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para voc~es.
Enjoy!



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Capítulo 22

POV Adrian

No meio da noite, senti que a Rose não estava na cama. Fui até o banheiro e ela também não estava lá. Como ela havia reclamado de enjôo, era provável que ela tivesse descido até a cozinha para tomar um leite, um chá ou comer algo. Fiquei preocupado, porque ela poderia cair na escada devido à fraqueza e então, resolvi ir atrás dela.

Quando eu chego à cozinha, a cena que eu vejo quase me mata enfartado. Aquele imbecil do Dimitri a segurava firme pela cintura e quase a beijou, se ela não tivesse lhe dado um chute certeiro no seu sexo, que deve ter doído muito, pois ele chegou a cair no chão. Ela estava só de baby-doll e estava furiosa. Ela disse:

“Isso, seu idiota, é para você aprender a nunca mais tocar em mim! E o que é que você está fazendo na minha casa no meio da noite?!” Ele não respondeu, certamente, por estar sem fôlego de tanta dor. Essa região é a mais sensível do corpo masculino e a Rose chuta strigois! Coitado do Belikov, acho que ele não faz mais nenhum filho!!!! Ela continuou.

“Fique longe de mim, Belikov! Muito, muito longe! Aff!” Com isso ela saiu dali, furiosa, mas parecia estar meio fraca mesmo. Eu fingi que não tinha visto nada e fiquei no pé da escada. Quando ela me olhou, vi que lágrimas escorriam de seus olhos. Nós subimos em silêncio e eu a ajudei a se deitar. Ela não disse nada. Nem eu. Depois que ela dormiu, eu desci, mas aquele maldito não estava mais lá. Eu não conseguia dormir de tão agitado e acabei bebendo um bocado. Subi ao quarto e Rose estava acordada e sentada na cama.

Quando ela me viu, ela ficou furiosa. Ela odiava que eu me embriagasse!

“Adrian! Adrian, eu não acredito! Você está bêbado! Umpf!” Ela bufou. “Eu preciso de você, estou passando mal, não consigo dormir porque estou ansiosa e enjoada por causa das malditas bolsas de sangue e você resolve me irritar e fica bêbado!” Ela se levantou da cama com dificuldade. Ela estava mesmo fraca. Eu fui ajudá-la e ela quase me bateu.

“Você não dorme neste quarto hoje! Eu não vou ficar sentindo cheiro de whisky enquanto você dorme feito um bebê!” Ela me jogou um travesseiro e um cobertor. “Vá dormir onde você quiser. Amanhã a gente conversa... Quando você estiver bom!” Disse me empurrando para fora do quarto. Eu fiquei ali parado na porta do quarto, tentando entender o que eu estava fazendo ali, com travesseiro e cobertor na mão. Bati.

“Rose, deixe-me entrar! Precisamos conversar. Você não pode ficar ai, sozinha e ainda mais trancada dentro do quarto, amor! E se você se sentir mal?!” Falei baixinho para não acordar ninguém.

“Sai daqui, Adrian! Se eu passar mal eu morro e aí, você vai se arrepender de ter bebido pelo resto de sua vida! Quem sabe assim, por remorso, você pára de uma vez de beber! Vá embora!” Eu ainda bati mais uma vez, mas ela não respondeu. Merda!

POV Rose

Como se não bastasse aquele idiota do Dimitri colocar as suas mãos cheia de dedos em mim e tentar me beijar, o Adrian resolve se embriagar! Acordo no meio da noite passando mal, quase vomitando e cadê o Adrian??? Sumiu. Estava me sentindo muito fraca para descer de novo e resolvi esperar.

Depois de meia hora mais ou menos, eis que me entra um Adrian muito bêbado no quarto e aquilo foi a gota d’água para mim.

“Adrian! Adrian, eu não acredito! Você está bêbado! Umpf!” Ele ficou me olhando feito um idiota. ARGH!!!! “Eu preciso de você, estou passando mal, não consigo dormir porque estou ansiosa e enjoada por causa das malditas bolsas de sangue e você resolve me irritar e fica bêbado!” Eu não tive dúvidas, me levantei e arrumei suas coisas. Ele ainda quis me ajudar. Se ele soubesse o quanto eu estava brava, ele não falaria nada. “Você não dorme neste quarto hoje! Eu não vou ficar sentindo cheiro de whisky enquanto você dorme feito um bebê!” Joguei um travesseiro e um cobertor nele. “Vá dormir onde você quiser. Amanhã a gente conversa... Quando você estiver bom!” E o empurrei para fora do quarto. Me deitei e fiquei lá, ouvindo ele sussurrar na porta.

“Rose, deixe-me entrar! Precisamos conversar. Você não pode ficar ai, sozinha e ainda mais trancada dentro do quarto, amor! E se você se sentir mal?!” Se ele estivesse tão preocupado, em primeiro lugar, não teria me deixado sozinha para ir encher a cara!

“Sai daqui, Adrian! Se eu passar mal eu morro e aí, você vai se arrepender de ter bebido pelo resto de sua vida! Quem sabe assim, por remorso, você pára de uma vez de beber! Vá embora!” Eu sei que peguei pesado e ele ficaria muito chateado, mas fazer o quê, eu tinha passado todo nervoso do mundo nestes últimos dias e ele bêbado, não ajudou em nada! Sem contar os hormônios de grávida! Merda! Depois que eu falei isso, eu me arrependi imediatamente. E não conseguiria dormir, porque ele não estava comigo.

Eu me acostumei tanto à presença de Adrian que quando ele precisava viajar, eu não conseguia dormir. Só pelo fato de não tê-lo na minha cama comigo. Sentindo seu cheiro, o calor do seu corpo! Rose, pare de pensar, senão, você vai acabar indo buscá-lo e ele merecia esse castigo! O que deu nele? Ele não bebia assim há pelo menos quinze anos??!! Depois que eu tive certeza que ele tinha saído da porta, eu a destranquei. Deitei-me novamente e acabei pegando no sono.

Acordei com a Frida me espetando uma agulha grossa e passando esparadrapo em volta para não se soltar. Ela ligou a agulha a uma bolsa de sangue e ao ver que eu estava acordada, ela sorriu.

“Bom dia, Sra. Ivashkov! A senhora está bem? Deveria dormir mais um pouco, ainda é muito cedo e a senhora está com olheiras!” Eu sorri.

“Posso ir ao banheiro? Eu preciso fazer xixi.” Ela me ajudou, mas me advertiu que eu deveria usar a comadre hospitalar*(recipiente usado em pacientes acamados para fazer suas necessidades fisiológicas), ao invés de me levantar.

“Sra. Ivashkov, enquanto a senhora estiver tomando o sangue, a senhora não deve se levantar muito porque vai se sentir mais tonta e enjoada, e essa bolsa durará umas quatro ou cinco horas, porque tem que ser muito lentamente. Se a senhora não conseguir usar a comadre, vou ter que  introduzir-lhe uma sonda. Desculpe-me mas será necessário, se a senhora não obedecer!”

Eu assenti e concordei, muito contrariada e deixei que ela me ajudasse com a tal comadre todas as infinitas vezes que me dava vontade de usar o banheiro. Afinal, grávida faz muito xixi e sonda era uma coisa que eu não estava disposta a experimentar. Acho que ela me deu um calmante, porque dormir novamente e acordei quando o saco estava só com um pouquinho de sangue. Ainda bem que aquilo não doía, só incomodava quando eu me mexia. Olhei para o lado e vi um Adrian muito sério me olhando.

“Está de ressaca?” Eu lhe perguntei ainda brava, ao lembrar-me da noite passada. Ele acenou. Estiquei a mão e encontrei dentro da gaveta do criado-mudo um vidro de Ibuprofen.

“Tome um desses e vá tomar café. Daqui a pouco eu desço. É só terminar essa bolsa.” Frida entrou no quarto. Acho que ela ouviu a conversa, ou parte.

“Sr. Ivashkov, o senhor precisa de algum analgésico?” Ele lhe mostrou o vidro do remédio que eu lhe entreguei. Nada disse. Ela sorriu.

“Quanto à senhora, não recomendo que fique andando pela casa, faça repouso. O acesso* (cateter - dispositivo endovenoso) eu só poderei tirar amanhã, depois da última bolsa, para evitar de furá-la todas as vezes de medicá-la. Mas se a senhora quiser descer para dar uma volta no jardim, a senhora terá que ir com ele. Para evitar ficar tirando e colocando e acabar lhe machucando. A segunda bolsa será depois de duas horas que essa acabar. Sinto muito, mas deverá permanecer com o cateter!” Eu fiz uma careta.

“Dá para esconder isso?” Apontei para a agulha. Ela sorriu, me mostrando a manga de sua roupa.

“Sim, Sra. Ivashkov, lhe ajudarei a escolher uma roupa de mangas compridas e farei um curativo sobre o cateter para que fique confortável e não corra riscos de sair da veia. Não se preocupe.” Eu me senti mais aliviada. Adrian saiu do quarto, nada satisfeito. Será que ele viu o que aconteceu ontem?

Quando acabou, já tinha se passado meia hora e Frida me ajudou a me arrumar. Eu desci e quando cheguei à cozinha o clima era horrível. Não disse bom dia a ninguém, peguei uma maçã e fui para o quintal. Eu precisava pensar.

Logo depois a minha mãe parou ao meu lado. Eu estava tão distraída que me assustei. Ela me abraçou, passou a mão em meu braço e sentiu o cateter.

“Rose, o que é isso?” Me olhou preocupada.

“Mãe, bom dia! Isso é um cateter  -  um acesso endovenoso.” Ela arregalou os olhos.

“Você tomou soro? Qual é o problema? É com você ou com o bebê?!” Sua preocupação era nítida. Eu sorri fracamente.

“Não mãe, é que eu nem deveria estar aqui, deveria estar na cama, mas eu precisava tomar um ar e pensar... Estou com esse cateter porque as doses de sangue que eu devo tomar são demoradas e Frida não quer arriscar perder a veia desnecessariamente. O médico determinou então que eu devo ficar com ele até o fim do tratamento com o sangue ou pelo menos até que a minha veia agüente. É temporário. Só até amanhã depois da última bolsa.” Ela me olhava com lágrimas nos olhos.

“Rosemarie, que história é essa de tomar sangue???” Foi aí que eu me lembrei que a minha mãe não sabia de nada ainda. Agora eu teria que contar e seria quase impossível evitar que ela falasse perto de todos, mas de qualquer forma, eu teria que arriscar.

“Mãe, eu vou te contar uma coisa, mas a senhora não pode contar a ninguém por enquanto. Eu quero reunir só nós hoje, mais tarde, para falar sobre isso.”

“O que é Rose, você está me deixando nervosa! Fala menina!” Eu ri, às vezes ela me tratava como uma adolescente. Era engraçado.

“Mãe, a senhora vai ser avó de uma linda garotinha... Moroi!” Ela abriu e fechou a boca, meio que não acreditando no que eu disse.

“Co-como assim, Rosemarie?! Quem está grávida?” Eu ri mesmo. Só ela para me fazer rir depois da raiva que eu passei. E ainda teria que lidar com a Anne...

“Mãe, a sua neta, que está na minha barriga, é uma moroi. Uma vampira legítima e não me pergunte como, porque nem o médico sabe dizer. O fato é que ela se alimenta do meu sangue também, além dos nutrientes que eu ingiro e como eu não me alimento de sangue, estou muito anêmica. Por isso as bolsas de sangue. É isso! Vou tomar por dois dias e espera para ver se deu resultado. Faço os exames e se tudo der certo, vou tomar bolsas de sangue uma vez por semana, pelo menos por enquanto. Talvez mais para o final da gravidez, tenha que ser aumentada a dose!”

Ela continuou me olhando. Seus olhos estavam marejados e ela me abraçou. Muito, muito forte.

“Ai querida, nem sei o que dizer! Acho que... Parabéns então! O Adrian deve estar radiante!” Nós sorrimos.

“Ele está e eu também. Acho que o papai vai adorar, huh?! Só que eu não quero que o bando Belikov e Ozera saibam, só se for inevitável.” Ela me olhou de novo, me analisando.

“Bem, se você está feliz, porque diabos você está com essa cara, então?!” Ela parecia ler as minhas emoções. Acho que é coisa de mãe. Antes eu achava isso meio bizarro, mas depois de ser mãe, eu entendi. Nós conhecemos os nossos filhos e a linguagem corporal deles.

“Eu... Eu briguei com o Adrian!”

“Brigou com o Adrian? Por quê?! Vocês nunca brigaram! Não que eu tenha conhecimento.” E era verdade. Acho que essa foi a primeira briga mais séria que nós tivemos.

“Ele bebeu muito ontem e eu o coloquei para fora do quarto. Acho que ele dormiu na sala! Ele está na cozinha?” De repente me deu um aperto no peito. Estava com saudades dele e muito arrependida. Eu nem dei chance dele se explicar. Ela abanou a cabeça negativamente.

“Filha, por que ele bebeu e por que você, ao invés de colocá-lo para fora, não conversou com ele?”

“Porque ele estava bêbado e eu estava passando mal e os meus hormônios estão me enlouquecendo e eu estava furiosa! Se eu falasse com ele, a briga teria sido pior!” Eu me sentia mal por isso e minha mãe parece ter percebido.

“Filha, vem cá.” Ela me pegou pela mão e me levou à cozinha. “Você vai se sentar aqui, tomar o seu shake e seu sulfato ferroso e vai se deitar. Daqui a pouco é hora do tratamento e você tem que fazer repouso!” Todos na cozinha ficaram os olhando. Vi olhar de curiosidade em todos eles. Adrian não estava lá!

Fiz o que a minha mãe mandou e fui para o quarto. Quando eu me deitei, Frida já me colocou o sangue. Graças a Deus ela não precisou me furar de novo. Quando começaram a cair aquelas gotinhas milagrosas que cuidariam da saúde da minha Tatiana e da minha, Adrian saiu do banheiro em toda a sua beleza, com os cabelos molhados e vestindo só um roupão. Frida saiu do quarto, nos deixando a sós.

“Adrian, por que você fez aquilo? Por que você bebeu tanto?! Eu vi as garrafas no lixo da cozinha, o que houve?!” Eu estava realmente aflita e com medo dele ter visto aquele idiota tentando me beijar. Ele me analisou. Droga!

“Você sabe o motivo. Ele tentou te beijar e me lembre de não te irritar a ponto de você me fazer um homem estéril! Ele é louco por você, ele está apaixonado! Eu morro de ciúmes dele e medo de você resolver ir embora com ele! Eu sei que é ridículo...” Eu primeiro fiquei perplexa depois eu ri. Ele parece não ter achado graça alguma. Ficou ainda mais sério.

“Ah, Adrian! Amor, vem cá!” Ele se sentou na cama e segurou a minha mão, ainda bravo. “Amor, pensei que você já tivesse superado essa fase. Adrian, nós estamos casados há mais de quinze anos!!! O que deu em você?! Eu te amo e você sabe disso... Ainda que eu estivesse mentindo, você saberia!!!” Ele ficou ainda mais bravo e bufou.

“Rose, ele te ama! Ele parece não ter percebido isso ainda, mas é verdade! Eu vi na aura dele e ele não consegue se conter. Eu tive uma conversa séria com ele, antes do episódio do beijo, no mesmo dia e viu o que deu? Ele te agarrou!” Ele estava indignado e que conversa?! Ele não me disse que conversou sobre mim com o Dimitri... “Imagina quando ele souber que os gêmeos são seus filhos? Ele vai enlouquecer! Eu tenho tanto medo...”

“Adrian, ele não vai saber. Ele não pode saber de nada! Eles vão embora em alguns dias e a nossa vida vai voltar ao normal. Eu odeio ele e não existe a remota possibilidade de acontecer alguma coisa entre nós! Você entendeu???” Ele me olhou com tanto amor, tanto carinho, assentiu e me beijou.

“Mas Rose, e se a situação chegar ao ponto de ter que contar? Eu estou com um mau pressentimento disso tudo... E se ele quiser nos tirar a guarda das crianças, Rose, eu não vou agüentar, nem você...” Quando ele disse isso, eu senti um mal estar.

Ele estava certo. E se não conseguíssemos, por qualquer motivo, manter isso em segredo? E se ele resolvesse mesmo nos tirar a guarda das crianças? Ou conviver com elas? Ai, só de pensar eu fiquei ainda mais enjoada e acabei vomitando.

“Rose, Rose amor, ai meu Deus! FRIDA!” Ele gritou. Ela entrou correndo no quarto e viu o estrago que eu fiz. Vomitei na cama toda, no roupão dele, na minha roupa e no meu cabelo.

“Ai, eu quero, eu preciso tomar um banho agora!” Eles me ajudaram a levantar e Adrian me ajudou tomar banho.

Frida precisou interromper a bolsa de sangue para eu me lavar. Adrian ficou horrorizado ao ver aquilo e eu confesso que eu também. Voltei para a cama que já tinha sido trocada e me deitei. Ligou novamente a bolsa e eu acabei cochilando. Acordei primeiro com Safira me obrigando a tomar uma sopa e depois, acordei de novo quando ela me avisou que Anne já havia acordado, de ressaca e, que ela lhe deu um chá e um comprimido e lhe levaria uma sopa, agora era a hora de ela me ter uma boa explicação por esse sumiço de ontem, por que senão, ela vai ficar de castigo pelo resto da vida por ter feito isso, ainda mais levando o filho da louca da Ozera Belikov.


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