Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, aí vai mais um capítulo.
Espero que gostem!
Bjn. R.I.



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Capítulo Dois

POV Rose

“Bom dia meu amor.” Disse interrompendo o beijo. “Nós temos que nos levantar. As crianças já devem estar se arrumando para o colégio.”

Ele riu e acariciou a sua barriga grávida de quatro meses. “Crianças, Rose, eles tem quase dezessete anos!” Riu de novo, a beijou e beijou sua barriga.

“Crianças, Adrian! Eles sempre serão as minhas crianças!” Fechei a cara e cruzei os braços no peito. Acho que os hormônios já estavam me atacando! Ele sempre ria de mim quando eu chamava meus filhos de crianças.

“Ta bom, Little Damphir, ta bom! As nossas crianças já devem estar de pé! Vamos preparar waffles para eles! Mas antes, quero saber por que você estava tão desligada quando eu acordei. Sua aura estava estranha! Algum mau pensamento?”

“Eu não sei por que, mas estava me lembrando de quando eu fugi da Academia, grávida, sem saber bem para onde ir e vim parar aqui. Foi idiota, mas infelizmente eu não controlo meus pensamentos.” Ele acariciou meu rosto tão gentilmente e disse:

“Meu amor, eu sei que não controlamos nossos pensamentos. Eu sei que isso ainda te perturba, mas vamos deixar o passado no passado e seguir em frente. Foi o que nós fizemos não foi?” Me lembrei de quando ele me encontrou.

*flashback on

Desci na rodoviária de Portland, com uma mala de roupas na mão e o pouco de dinheiro que eu havia economizado em anos, quando a minha mãe se lembrava que eu existia e me mandava algum dinheiro. Eu quase não tinha gasto algum, porque a Lissa sempre fez questão de me comprar roupas, sapatos e tudo mais. Ela dizia que eu tinha que guardar aquele dinheiro para alguma necessidade. Ela tinha razão, pelo menos nisso. Eu guardei e agora eu tinha que fazer aquele dinheiro render até conseguir um emprego de qualquer coisa.

Parei em uma praça e era dia. Era um lindo dia ensolarado e eu fiquei sentada ali, sem saber por quantas horas, até que começou a escurecer. Procurei uma pensão perto da rodoviária, algo barato, que eu pudesse pagar até conseguir encontrar um emprego. Era uma pensão simples, mas muito limpa e o senhorio era um senhor de uns 70 anos de idade. Ele me olhou, me analisou e não questionou nada, não me pediu identidade nem nada. Acho que ele sabia que eu era menor, mas evitou perguntar para não ter que me jogar na rua àquela hora. Ele me disse quanto era e que naquela pensão servia alimentação. Café da manhã, almoço e jantar. Eu paguei um mês adiantado, já incluindo a refeição e me sobrou uns poucos trocados.

Eu não sabia a quem recorrer, àquelas alturas! Não podia ligar para a minha mãe, não sabia quem era o meu pai e mesmo que soubesse, ele seria a última pessoa a quem eu recorreria. Diria o quê a ele?

“Oi, meu nome é Rosemarie Hathaway, eu sou filha de Janine Hathaway e sua filha bastarda. Eu fugi da Academia St. Wladimir e preciso de algum dinheiro. Você pode me arrumar?”

Não. Isso estava fora de cogitação. O fato é que eu estava sozinha nessa e tive que me virar. Entrei no meu quarto da pensão, que tinha uma cama de casal bem confortável, uma TV de 20 polegadas, uma mesa redonda com duas cadeiras, uma penteadeira com espelho, um sofá de dois lugares e um banheiro com uma ducha muito quentinha e com bastante água.

Tomei um banho delicioso e quente e me deitei na cama. Me lembrei de tudo o que havia acontecido. O beijo de Dimitri e Natasha. A conversa com a Dra. Olendki e a notícia da gravidez. A briga com a Lissa. Tudo! Procurei dentro do bolso da calça que eu viajei e encontrei o cartão de pré-natal. Chorei até dormir. Era mais ou menos duas horas da manhã, madrugada para os humanos, quando ouvi uma batida na porta. Acordei assustada e me levantei, me amaldiçoando por não ter uma estaca. Não que eu tivesse muita prática em usar, mas seria bem útil.

A porta do quarto tinha uma trava com corrente e eu abri só uma frestinha, bem devagar. Qual não foi minha surpresa quando eu avistei o Adrian, acompanhado de um homem com uma roupa muito extravagante e um outro que parecia ser um guardião. Olhei mais um pouco e não vi mais ninguém.

“Adrian? Adrian é você?” Ele sorriu. “Quem são essas pessoas? Merda, vocês não vieram me levar de volta para a Academia, não é?”

“Pequena Damphir, abra a porta e não, ninguém vai te levar para a Academia de volta. Eu sei o que aconteceu!”

Eu abri a porta e o Adrian me abraçou. Aquilo me correu uma onda de tristeza e alegria tão forte pelo corpo que eu enjoei e precisei correr para o banheiro para vomitar. Ele entrou atrás de mim, segurou o meu cabelo e depois que eu terminei, ele estava ali, sorrindo, com um copo cheio de enxaguante bucal e uma toalha. Ele me abraçou mais uma vez e disse:

“Esse homem que está aí é o seu pai. Ibhraim Mazur. O guardião chama-se Pavel. Eu vi você fugindo da Academia. A Lissa me contou o que houve com o Belikov. Eu percebi que você havia ido à enfermaria e fui falar com a médica. Me desculpe, mas eu a compeli e ela me contou da gravidez. Eu soube quem era o seu pai pela minha tia, o encontrei e aqui estamos. Estamos aqui para te ajudar, Little Damphir!”

*flashback off

“Adrian, amor, você tem razão, mas às vezes, é inevitável! E eu tenho muito medo de que ele descubra sobre as crianças e tente tirá-las de mim!” Uma lágrima escorreu por meu rosto. Adrian a limpou.

“Ele poderia até tentar, mas eu jamais permitiria isso, Rose! Você e as crianças é tudo o que eu tenho de mais sagrado e amado na minha vida! Ninguém vai tirar nem elas nem você de mim!” Eu ri. Ele falou isso com uma ferocidade que era realmente de dar medo. O Adrian, depois que ele apareceu na minha vida, tão definitivamente, ele passou a treinar. Tanto a sua magia quanto o combate, literalmente falando. Nós vivemos hoje entre humanos, em horários humanos, com os filhos estudando em escolas humanas, tudo para ficarmos o mais longe possível do mundo vampírico. Nós temos algumas notícias porque a Rainha Tatiana é a única que Adrian mantém contato, além de seus pais e meus pais. Ele disse a ela que me amava, quer ela gostasse ou não e que iria atrás de mim. Ele disse a ela ainda que informasse quem era o meu pai e onde ele poderia ser encontrado porque eu estava com problemas e precisava de alguém para me apoiar além dele, é claro! Ela deu as informações sobre meu pai e Adrian acabou contando o que havia acontecido comigo, exigindo que se ela não guardasse segredo, que ele iria expor a vida sexual dela pela Corte e que desapareceria da vida dela de uma vez.

A Rainha Tatiana é louca pelo Adrian! Ela o trata como filho e depois que ele me encontrou, ele foi até a Corte, conversou com ela, disse que a intenção dele era se casar comigo e criar meus filhos. Disse que se ela aceitasse isso, ele seria o homem mais feliz do mundo e ela aceitou. Seus pais o deserdaram, quando souberam que ele iria se casar com uma damphir, mas sequer sabiam de quem se tratavam, senão era bem capaz deles tentarem mandar executar o Adrian ou prendê-lo em um hospício alegando que ele estivesse louco. Isso naquela época.

A Rainha por sua vez, cedeu metade do legado que já era destinado ao Adrian depois que ela morresse, para que ele pudesse começar sua vida comigo, com a condição de que ele voltasse para a faculdade e que ele me incentivasse também a terminar os meus estudos.

E assim foi feito. Nós nos casamos em uma igreja humana, enquanto eu ainda estava grávida dos gêmeos, aqui mesmo em Portland e abrimos uma lavanderia. Quando os gêmeos nasceram, ele já estava cursando Direito em Harvard e eu ficava aqui em Portland cuidando dos negócios, ajudada pelo meu meio irmão Ibhraim Mazur Júnior e minha prima Joanne Mazur. Quando as crianças já podiam ficar com a nossa prima, sem ter que ser amamentados, eu comecei a cursar Administração em Seattle, que era um lugar onde eu podia ir e voltar todos os dias, porque era perto. Cansativo, mas perto e eu não podia ficar longe das minhas jóias.

Adrian notou que eu estava novamente distraída e começou a distribuir beijinhos por todo o meu corpo nu, estendido naquela cama, e eu comecei a rir.

“Pára, amor, pára! Nós temos realmente que nos levantar.” Com isso, duas batidas suaves na porta.

“Mamãe, papai, nós vamos nos atrasar para o colégio!” Andrew disse.

“Gente, anda logo, eu não posso chegar atrasada de jeito nenhum. Joseph está me esperando! To descendo!” Essa sim era a minha Anne. Toda doida, estabanada. Desceu as escadas parecendo que estava tendo um terremoto na casa.

Nós rimos e nos levantamos. Eu me enrolei em um hobby e desci. Adrian foi tomar um banho. O combinado era eu fazia o café da manhã e Adrian os levava ao colégio. Nós resolvemos não dar carros a eles, porque preferíamos que sempre houvesse guardiões com eles.

Nós vivemos no mundo humano, mas não somos humanos. Já havíamos sido atacados aqui em Portland e meu pai até mandou colocar wards em volta da nossa casa. As crianças são bem treinadas principalmente por mim e por Pavel e todos nós, até o Adrian possuímos estacas, mas nunca se sabe.

“Anne, o que foi aquilo, filha? Parecia uma maluca correndo nas escadas. E quem é Joseph???” Fiz cara séria mas ela sempre sabia quando eu estava só brincando. Ela deu aquele sorriso comedor de homens que eu dava na idade dela e aquilo me incomodou. Uma coisa era eu com dezesseis anos, fazendo aquela cara. Outra coisa era o meu bebê de dezesseis anos fazendo aquela cara.

“Joseph é um cara lá do colégio! Ele está querendo sair comigo e eu aceitei almoçar com ele hoje... Para ver se ele está à minha altura!” Ela riu. Andrew fechou a cara. Ele tinha ciúmes da irmã.

“Não haja como se fosse a Rainha da Inglaterra ou a Miss Universo, Anne, você nem é isso tudo!!” Disse Andrew, mas o ciúme era nítido em sua voz e vazava por seus poros. “Além do mais, mamãe, ele é do time de futebol americano e é super popular, não sei se ele quer mesmo sair com a nossa antipática rainhazinha! Ela nem é tão popular assim!” Andrew continuou. Gente o que deu nesse garoto hoje, acho que nunca o ouvi falar tanto de uma só vez!

“Mamãe, explica para esse energúmeno que eu só não sou mais popular porque a gente não pode dar festas aqui em casa, porque não somos humanos! Explica para esse idiota! Olha, seu idiota...”

“Já chega! Andrew pare de provocar sua irmã! O que deu em você hoje garoto? Anne, pare de xingar seu irmão! Mas que coisa, e hoje é só segunda-feira! Até o final da semana, pelo visto, os dois estarão de castigo se não mudarem essa atitude!” Falei com eles duro, mas sem gritar. Eu não gostava de gritos em casa, para não acostumá-los a querer conseguir as coisas no grito. Eu queria dar um tipo de educação diferente para eles. Não queria que eles fossem mimados, nem desrespeitosos, nem nada disso!

“Bom dia, crianças!”

“Bom dia, papai!” Responderam juntos e de cabeça baixa.

“O que foi que houve Rose, brigas no café da manhã de novo?” Adrian fechou a cara. Ele não gostava que eu fosse severa com as crianças.

“Pois é, amor, discussão ao café da manhã e eu já não vou mais tolerar isso! Hoje é só segunda-feira e eles já estão em pé de guerra. Eu disse a eles que se não mudarem essa atitude, ao final da semana estarão de castigo! Aí, Adeus passeio de escuna!” Adrian riu. Ele ainda não conseguia se acostumar com essa Rose toda responsável e severa com os filhos, mas totalmente mãezona e amorosa.

“AH! MAMÃE!” Responderam uníssono. Rose sorriu de costas para eles, satisfeita com o encerramento da briga. Eles tomaram café da manhã em silêncio, beijaram-na carinhosamente, se despedindo e Adrian os levou para o colégio.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram????
Reviews!!!!
Estrelinhas!!!!

Bjn. Até o próximo!
R.I.