Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês.
Enjoy!



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Capítulo 18

POV Rose

Adrian entrou no quarto e eu senti logo cheiro de cravo e de whisky. Ele estava meio alto e muito perturbado. Rosemarie agora dormia ao meu lado.

“Adrian, não me diga que aconteceu...” Eu não pude terminar de dizer. Aquelas sensações estranhas... Ai! Será que o pior aconteceu com o meu bebê?! Ele me olhou sério.

“Não Rose, não aconteceu nada de pior, se é o que você está pensando. Já se sabe para onde a Anne foi e o Gean não teve nada a ver com isso. Ela teve uma crise de rebeldia e agiu como uma adolescente. Só isso! Mas seu pai já está indo buscá-la!”

“Como você sabe?” Ele me deu um pedaço de papel. Era um bilhete. A minha filha me deixou um bilhete... Eu vou matar a Anne!

“Papai, eu sei que o senhor deve estar preocupado e a mamãe também, mas não aconteceu nada com a gente. O Gean não conhece praias e eu achei que seria bom levá-lo para conhecer algumas praias e conhecer a minha galera. O Josh me ligou e disse que eles estão fazendo um luau e peguei o carro da mamãe emprestado para levar o Gean para lá. Não se preocupe, que amanhã a gente volta! Eu sei que estou de castigo, mas não fique muito bravo! Por favor. Amo o senhor e a mamãe. Bjs.

A.H.I.”

Eu olhei para o Adrian perplexa. Ele me olhava muito entristecido.

“Como ela pôde fazer isso, Adrian? Como ela pôde?! Ela não sabe que isso é perigoso? Como o Andrew não percebeu isso?” Eu estava muito irritada.

“Amor, se acalme. O médico está lá embaixo e eu vou mandá-lo subir para te examinar. Vou te preparar uma vitamina e vou pedir para a Safira e o Michel interromper as férias dele. Nós estamos precisando deles aqui!” Eu assenti e senti lágrimas escorrendo por meu rosto. Será que ela fez isso porque eu fui muito dura com ela? Ela nunca tinha feito isso! E eu acabei sendo injusta com Gean. Merda! Adrian desceu. Minha mãe entrou no quarto.

“Filha, posso falar com você um pouquinho?” Ela ainda ficava meio constrangida para ter uma conversa mais séria comigo, principalmente depois que eu tenho uma crise de nervos! Isso é bizarro, porque ela é a minha mãe e ela ainda não se sente tão à vontade comigo! Eu quase ri.

“É claro mãe. Senta aqui, acho que eu preciso de colo!” Ela se sentou e eu deitei no colo dela. Ela ficou passando a mão pelos meu cabelos, acho que tentando falar alguma coisa, mas como ela nada dizia, eu resolvi começar.

“Mãe, eu sou uma mãe ruim??? Será que eu fui muito severa com as crianças??? Será que eu exagero quando aplico castigo e não deixo que eles dirijam sozinhos pela cidade, nem saiam sozinhos ou namorem pessoas que eu não conheço???” Eu tinha realmente essas dúvidas. Janine, a minha mãe que raramente demonstrava sentimentos, me abraçou, passou a mão pelo meu rosto para secar minhas lágrimas que eu sequer percebi que escorriam e sorriu calidamente.

“Filha, você é a melhor mãe que eu conheço. Tanto no mundo vampírico quanto no mundo humano. Tudo bem que às vezes você é meio super protetora, mas você tem os seus motivos. Eles não são humanos e é perigoso para nós todos, que vivemos entre humanos! Você é severa? Sim, você é, mas você nunca negou um carinho, um colo, uma boa conversa a eles. Você e o Adrian dão liberdade e limites a eles e, no meu ponto de vista, na medida certa. Vocês ensinam aos seus filhos, princípios, respeito e confiança. Dão o melhor tipo de educação que eles poderiam receber no mundo humano e dão o melhor treinamento vampírico também. Seus filhos são muito bem educados, respeitosos, esclarecidos e inteligentes filha, mas são adolescentes... Isso, essa rebeldia, isso é da idade! Você também foi adolescente e sabe disso! Eu até me admiro às vezes, que eles suportem os castigos e sem reclamar! Sabe o que é isso filha? É o tipo de educação que você dá a eles. Eu gostaria de ter sido uma mãe melhor para você!” Ela ficou pensativa.

“Mãe, você fez o que tinha que fazer... Você vivia no mundo vampírico e...” Ela não me deixou terminar.

“Não Rosemarie, seu pai quis se casar comigo na época, dar a mim o que o Adrian fez por você... E pensar que eu tentei impedir seu casamento, impedir que você tivesse essas crianças... Ai filha, você nem imagina como eu me arrependo! De ter sugerido o aborto, sabe?! Todas as vezes que eu olho para os meus netos, eu peço perdão a Deus...” A minha mãe chorou. Eu a vi chorando pouquíssimas vezes... No meu casamento... No nascimento das crianças... Eu a abracei.

“Mãe, esquece isso! Ta tudo bem! Shhh, esquece isso, okay?!” Ela me olhou e eu limpei seus olhos, como ela fez comigo minutos atrás. Ela suspirou.

“Eu ainda nem acredito que você tenha me perdoado por tudo o que eu fiz você passar! Eu tenho muito orgulho de você ser a minha filha, Rosemarie e seu pai também! Você tem um irmão e uma prima que te ama muito e dois filhos lindos. Você tem que se preparar para a chegada dessa garotinha e não pode ficar nervosa assim, filha. O que aconteceu para você se atracar com a Natasha daquele jeito e o que ela estava fazendo em seu quarto, filha?” Eu senti o ódio tomar conta de mim novamente.

“O Adrian veio me contar do sumiço da Anne e disse que ela tinha fugido com o Gean. Eu enlouqueci. A minha filhinha nunca fez isso e eu achei que era responsabilidade daquele moleque e eu disse que iria matá-lo se acontecesse algo com a minha princesa. Ela entrou no quarto de repente, e começamos a discutir. Ela me chamou de meretriz de sangue vagabunda e eu saquei da minha estaca e fui pra cima dela. Ela fez uma bola de fogo para me atacar e quando ela jogou, eu tomei um banho de água, porque a Rosemarie apagou o fogo com água. Eu nem sabia que essa pequenina era usuária de água, tampouco que ela sabia usar magia ofensiva, mas ela foi bastante eficiente, impedindo que a Natasha me atingisse. Ela chamou o Adrian de inútil quando ele me defendeu e eu me joguei em cima dela, ela caiu e eu ia mesmo estaqueá-la, mas o Adrian me tirou de cima dela, não antes de eu dar umas boas bofetadas nela. E foi isso. Aí vocês tiraram-na daqui e só!” Minha mãe me olhava com tristeza e ódio.

“ELA TE CHAMOU DE MERETRIZ DE SANGUE VAGABUNDA! DENTRO DA SUA CASA! DENTRO DO SEU QUARTO! E TE ATACOU COM MAGIA OFENSIVA! EU VOU MATÁ-LA!” Assim, ela saiu do quarto, furiosa, descendo as escadas correndo.

Eu me levantei e fui atrás dela. Desci as escadas vagarosamente, porque estava sentindo muita fraqueza. Merda. Eu a chamava.

“Mãe! Mãe, deixe isso para lá! MÃE!” Eu a vi esganando Natasha no meio da sala. Meu pai tentava tirar minha mãe de cima dela e o Adrian precisou compeli-la para que ela parasse. Ela se sentou no sofá e chorou muito. Eu a abracei e ela só dizia.

“Ela não tem esse direito, filha! Ela não tem! Ela só está aqui por causa da sua generosidade! Eu sou sua mãe e tenho obrigação de te defender. Ela não pode entrar na sua casa, precisando da sua ajuda e te ofender da forma mais vil possível: Te chamar de meretriz de sangue vagabunda! Ela tem que sair daqui. AGORA!!!” Meu pai estava de saída para buscar Anne e ele falou para o meu irmão ficar. Ele saiu arrastando Natasha pelo braço e Christian foi atrás. Eu os ouvia falar com ela.

“Natasha, então você chamou a minha filha... Daquilo?! Qual é o seu problema? Você vai sair desta casa agora e se preparar para a viagem e enquanto isso, você fica no hotel ou em qualquer outro maldito lugar que você achar melhor, mas nesta casa você não põe mais seus pés!” Ela nada disse. Não que eu tenha ouvido. Christian emendou.

“Tia, eu não posso acreditar que você fez isso?! Nós estamos precisando da Rose... Ela está sendo muito mais que generosa com a gente, ela está demonstrando que é boa de coração, que tem compaixão pela dor de quem quer que seja e você entra no quarto dela enquanto ela fala com o marido dela, a ofende e tenta queimá-la??? Quem é você afinal??? Esta não é a minha tia. Eu vou ficar aqui com a minha filha e depois que tudo isso acabar, eu quero a minha tia de volta e não essa aí que a possuiu!”

Eu acho que nunca ouvi o Christian ser tão duro com ninguém. Ele tinha um humor ácido, era sarcástico, infinitamente franco, mas nunca, nunca mesmo, ouvi tanta dureza em sua voz. Nunca! Ele entrou na sala.

“Rose, eu nem sei o que dizer... Er... Me desculpe por i...” Eu o interrompi.

“Hey, Chris, tudo bem! Você não tem culpa e a sua tia jamais gostou de mim e a recíproca é verdadeira, mas eu não a quero mais na minha casa. É só! Fim do assunto, okay?!”

“Rose, o médico está aqui e quer te ver. É melhor você ir até o quarto para ele te examinar. Vamos, eu subo com você!” Adrian me interrompeu. Eu até tinha me esquecido de que o médico havia chegado. E olha que eu estava me sentindo muito mal! Bom, pelo menos da vaca da Natasha eu tinha me livrado. Ótimo! Subimos para o meu quarto. Rosemarie estava acordada e passava meus batons. Eu ri, Isso me lembrou de Anne quando tinha uns cinco, seis anos. Ela estava toda maquiada.

“Querida, você está linda!” Eu ri acompanhada do Adrian e do médico. “Você não quer descer e ficar com o seu pai agora um pouquinho? A tia Rose vai ser examinada pelo médico. Depois você pode voltar.” Ela sorriu.

“A senhora está doente? Igual a mamãe?” Senti uma pontada no meu peito.

“Não querida, ele só vai examinar o bebê porque a titia ficou muito nervosa. É só isso, mas estou bem, okay?!” Ela suspirou e desceu.

“Bem Rosemarie, você pode se deitar e eu vou fazer um exame de toque em você. Você teve sangramento?”

“Não, mas estou me sentindo cada vez mais fraca. Não sei o que isso significa. Na minha outra gravidez eu não senti nada disso, fora o fato de ter ficado enorme. E olha que eram gêmeos!”

“Acho que tem a ver com a mutação do bebê!” Adrian me olhou e eu já fiquei assustada.

“Co-como assim? Mutação? Que mutação? Minha filha é mal formada ou é uma espécie de aberração? É isso?” Eu já comecei a chorar. Isso não podia estar acontecendo. Esperamos tanto por essa criança, anos a fio, para ter uma espécie de gravidez bizarra? Me senti enfraquecendo cada vez mais. Eu não conseguia parar de pensar. Adrian segurou a minha mão e me tranqüilizou.

“Não amor, não tem nada de errado com o bebê, mas você se lembra da colheita do líquido aminoático para exame de DNA? Era para ver o que estava causando a sua anemia tão severa. Saiu o resultado.” Eu nem podia falar nada. Estava com tanto medo que só queria saber logo. Eu não iria permitir nada que ferisse o bebê. Nunca!

“Rosemarie, não sei nem como te dizer isso, mas a anemia é causada pelo bebê.” Eu abri a boca e fechei. Esperei o médico terminar de falar. “Seu bebê está se alimentando do seu sangue... Sua menina é uma moroi!” Eu não podia acreditar. Como assim uma moroi?! Ele continuou.

“O exame de DNA do bebê indica que essa criança é uma moroi. Uma vampira legítima que se alimenta de sangue e está se alimentando de você. Como você não é uma moroi, não se alimenta de sangue, terá que tomar bolsas de sangue, uma vez por semana no hospital, até que a criança nasça, para que sua anemia não piore, causando-lhe algo pior. Eu acho que você deveria começar hoje o tratamento e como sua anemia está muito grave, deverá permanecer no hospital por uns dois ou três dias até seu sangue se fortalecer e normalizar a sua hemoglobina. Depois, uma vez por semana bastará!”

Adrian me abraçou e eu ainda estava muda. Eu ainda não podia acreditar que estava esperando uma filha moroi pura! Isso era incrível!

“Como isso pode ter acontecido? Não que eu me importe, estou feliz com isso! Poder dar ao Adrian uma filha moroi pura, mas  ainda acho isso estranho!”

“Você é uma shadow-kissed e seu sangue, sua informação genética é modificada, então, não se tem conhecimento de como isso possa ter ocorrido. É um mistério e um milagre! Eu prefiro ver dessa forma, mas se você quiser, quando ela nascer, podemos fazer alguns testes...”

“Nem pensar! Nunca que a minha filhinha será tratada como uma cobaia de laboratório. Também prefiro ver isso como um milagre! Se eu tiver mais filhos, serão todos morois?”

“Não sei te dizer isso. Como eu disse, isso nunca aconteceu, então... Bem, acho que está na hora de você ir para o hospital...”

“O quê? Não, eu não vou para hospital algum ficar lá três dias. Adrian, por favor, pelo amor que você sente por mim, pelos nossos filhos, eu quero ficar em casa, não quero ir para o hospital, você sabe que eu odeio...” Ele me interrompeu com um beijo que me acalmou. Ele tinha esse efeito em mim.

“Calma amor, calma!” Ele olhou para o médico.

“Doutor, ela não poderia receber essas bolsas de sangue aqui em casa? O senhor poderia me indicar uma enfermeira para administrar o tratamento na Rose e eu prometo que ela o fará.” Eu nem respirava. Meu marido, meu homem, meu herói. E ele estava certo. Eu nunca arriscaria a vida da minha filha e se precisasse tomar sangue para isso, eu o faria de bom grado.

O médico nos olhou profundamente e assentiu. Eu suspirei aliviada. Ele fez uns telefonemas e depois falou para o Adrian.

“Tudo bem, as bolsas de sangue podem ser administradas aqui, mas depois disso, ela precisa fazer exame de sangue para ver se o tratamento aplicado resolveu. A dieta dela também vai mudar e eu tenho uma amiga, uma enfermeira muito boa que terá que ficar aqui acompanhando-a durante o tratamento. O nome dela é Frida e ela é um pouco áspera, mas muito competente.” Adrian o acompanhou até a saída e eu os chamei de volta.

“Doutor, Adrian, eu gostaria que ninguém soubesse disso por enquanto e se puder, que ninguém saiba do tipo de tratamento que eu vou receber.”

“Rose amor, como você vai receber bolsas de sangue dentro de casa, na veia, sem que ninguém veja ou perceba? Isso é quase impossível!”

“Os nossos familiares, tudo bem, para eles eu terei que contar, mas não quero que nenhum visitante saiba disso, okay? Por favor, pelo menos não antes dos meus pais, seus pais, nossos filhos e a Rainha Tatiana ficar sabendo. Por favor! Por favor!”

“Tudo bem amor, tudo bem. Eu já volto. Fique quietinha um pouco, ta bom?!” Eu assenti e fiquei ali, perdida em pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Merecemos umas recomendações já, ou aindaestão em dúvidas????
kkkkkkkkk
Agradecemos a todos os reviews que temos recebidos e esperamos emocioná-los cada vez mais.
Bjn. R.I.