Dark Curse: Dawn Of a New World escrita por CanasOminous


Capítulo 6
Capítulo 6 - A ave que caiu do céu.


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessoal! Voltei!! E trago a vocês mais um capítulo dos vilões e da Dawn!! Bom, no começo vamos falar um pouco mais sobre o conde das Trevas e depois vamos voltar e ver como a Dawn e Lino estão se virando enquanto são vigiados pelo misterioso William.

Espero que gostem desse capítulo, na minha opinião os capítulos dos vilões e da Dawn são os melhores! *-*



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Capítulo 6 – A ave que caiu do céu.

    Ash e os outros conseguiram o Medalhão da Terra sem muito esforço, no Deserto Calidus eles conheceram um grandioso dragão conhecido com Zacks, e de quebra ganharam uma carona rumo ao Oceano Frigidum. Mas agora em algum lugar remoto do reino, Dawn e Lino tentam se encontrar com seus amigos perdidos, enquanto o Conde das Trevas e seus generais parecem planejar novos planos.


    O palácio das trevas encontrava-se em seu silêncio total. Pequenas gotas de chuva começavam a cair lentamente nas muralhas do local, enquanto as paredes de rocha liberavam o intenso frio que vinha se acumulando. O sol não brilhava, tudo era coberto pelas espessas nuvens e por uma escuridão perpétua; tudo que se podia ver do lado de fora eram tochas apagadas em meio ao vento que passava sussurrando por entre os vãos dos portões.

    Regigigas encontrava-se no depósito de armamentos, sentado em uma pequena cadeira jogando xadrez sozinho, em fato, ele jogava xadrez com uma estranha... Pedra. Gigas concentrava-se para pensar em alguma jogada que pudesse dar um fim em seu “poderoso” adversário.

    TÁ OLHANDO O QUÊ? PENSA QUE PODE FICAR ZUANDO SÓ PORQUE TÁ GANHANDO? — gritou ele, conversando com a pedra. — HUM, É REALMENTE DIFÍCIL GANHAR DE VOCÊ... MAS FIQUE EM SILÊNCIO PARA QUE EU POSSA PENSAR EM UMA TÁTICA, NÃO CONSIGO ME CONCENTRAR COM VOCÊ GRITANDO DESSE JEITO...

    Gigas continuou mais alguns minutos observando o tabuleiro enquanto procurava uma estratégia para vencer seu amigo “pedra”. Em fato, ele era um pouco solitário, e os outros servos de Darkrai acabavam sendo um pouco ignorantes com a inocência do grande pokémon.

    TUDO BEM, VOCÊ GANHOU. DE NOVO. — disse ele levantando-se da cadeira. — DA PRÓXIMA VEZ EU GANHO, VOCÊ TEVE SORTE.

    A pedra nada respondeu. Gigas aproximou-se do objeto, pegou-o no colo e saiu do armazém, subindo as longas escadarias da fortaleza sombria. Ele procurava por alguém que pudesse conversar naquele dia frio de inverno.

    VAMOS VER SE A LATIAS ESTÁ FAZENDO ALGO DE INTERESSANTE, MR. STONE. — afirmou o golem, subindo as longas escadas da fortaleza em direção do quarto de Latias. Cada um dos generais possuía um local em que preferiam passar seu tempo, Gigas sempre ficava no depósito de armamentos, enquanto Latias ficava em uma pequena sala que ela nunca permitia que ninguém entrasse. Já Mewtwo normalmente desaparecia por longas horas, ele ficava em um pequeno laboratório criando algo misterioso que não revelava para ninguém.

    — LATIAS!! LATIAS, ABRE A PORTA! — gritou Gigas batendo com força na entrada do quarto.

    Latias abriu a porta com muita calma, ela usava um singelo par de óculos de grau que a deixavam com uma aparência de professora, enquanto segurava um pequeno livro debaixo do braço. Ela encarou o grande golem que segurava a pedra e perguntou: — Não precisa gritar, não sou surda... Perdeu de novo para a essa pedra ridícula?

    ELE NÃO É “ESSA PEDRA”, ELE É O “MR. STONE”. — disse Gigas numa voz irritada. — O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? ESTOU ENTEDIADO.

    Não é da sua conta. — respondeu ela, fechando a porta na cara do pokémon. Gigas continuou encarando a porta por um longo tempo, até que Latias voltou e abriu-a lentamente. — Desculpa, estou um pouco estressada... Mas estou lendo um livro.

    — PUXA, QUE LEGAL!! QUAL O NOME DO LIVRO?

    Querido John. Foi aquele fofo do William que me recomendou. Por que você não vai procurar um livro para ler na biblioteca? Desse modo você nem vai ver o tempo passar. — explicou Latias. — Agora some da minha frente junto com o Mr. Stone, porque eu não gosto dele. Parece que ele fica debochando da minha cara com esse sorriso bobo...

    — TUDO BEM, VOU IR PARA A BIBLIOTECA VER SE EU ENCONTRO ALGUM LIVRO LEGAL! OBRIGADO LATIAS! — disse Regigigas animado.

    Latias ficou observando o gigantesco golem descer com pressa as escadarias do castelo, em seguida ela sorriu e sussurrou algumas palavras bem baixinho. — Um grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância... — em seguida voltando para seu quarto.

    Regigigas agora dirigia-se para a grande biblioteca do castelo, em fato, tudo lá era grande; Era como uma casa para o Conde das Trevas, um local em que ele podia sempre estar na presença de seus melhores amigos.

    Assim que Gigas entrou na biblioteca, ele deparou-se com o Darkrai sentado no chão, lendo calmamente um livro de poesias. Assim que Regigigas o viu, ele rapidamente fez sinal de continência e escondeu a pedra.

    S-SENHOR DARKRAI! EU NÃO IMAGINAVA QUE O SENHOR ESTAVA AQUI! — disse o golem.

    Darkrai revelou um singelo sorriso e levantou-se indo na direção de Regigigas levando dois livros consigo.

    Não se preocupe Gigas, eu só estava passando um tempinho na biblioteca, sabe, esse é um dos meus locais preferidos na casa... — afirmou Darkrai com uma voz amigável. — Pode ficar à vontade. Já estou de saída.

    PERDOE-ME SENHOR! EU NÃO QUERIA INTERROMPÊ-LO!

    Ei, pode ficar calmo grandão, você não fez nada de errado. É até bom que tenha vindo procurar um livro, afinal, eles são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores.— disse Darkrai, voltando para as sombras. — E a propósito, depois de escolher um livro que tenha interesse, vá dar uma olhada na prisioneira...

    — SIM SENHOR! — disse Gigas, contente.

    Regigigas levara pilhas de livros para seu quarto, no armazém, deixando a pequena pedra junto, e em seguida partindo para verificar como estava Dawn, a prisioneira que mais tarde seria usada como sacrificio. Mas ao deparar-se com a cela, ela estava completamente vazia.

    M-MAS O QUÊ? ONDE ESTÁ A PRISIONEIRA?? ALERTA, ALERTA!! RICHARD, ISAAC, STANLEY! APAREÇAM EM FRENTE A PRISÃO 4, AGORA!!

    Assim que a mensagem foi dada, duas outras criaturas parecidas com Regigigas apareceram, porém eram bem menores, e pareciam atender a qualquer obrigação designada por seu chefe. Um dos guardas era um grande golem feito de pedras, enquanto o outro era uma criatura transparente feita de gelo que emitia um forte brilho.

    Richard era um Regirock e ocupava o cargo de terceiro capitão de Regigigas, suas defesas eram surpreendetes, mas sua personalidade era um tanto egoísta. Isaac era um Regice, e o segundo capitão dos exércitos, com uma poderosa defesa especial e uma personalidade um pouco tímida e medrosa. Já Stanley era o primeiro capitão e mais poderoso de todos, o Registeel chefe da guarda, inteligente e astuto, mas mesmo seus companheiros de trabalho não conheciam muito sobre sua personalidade.


    C-Chamou-nos, general Gigas? O senhor parece irritado... — disse Regice.

    Não Isaac, ele sempre fala nesse tom de voz. — respondeu Regirock.

    QUIETOS SOLDADOS! E ONDE ESTÁ O STANLEY?? VOCÊS DOIS O VIRAM? AINDA ESTÁ NO TURNO DELE DE GUARDA!!

    Hum, pra falar a verdade eu não o vejo desde manhã, e você Richard? — perguntou Regice.

   Eu conversei com ele no horário de almoço, mas depois não o vi mais. — continuou Regirock.

    TUDO BEM, DEPOIS EU CONVERSO COM REGISTEEL, MAS VENHO PARA DIZER ALGO DE MAIOR URGÊNCIA, NOSSA PRISIONEIRA FUGIU!!

    Lógico que não chefe, ela ainda tá lá dent... Cadê a prisioneira?? — gritou Regirock.

    M-Mas como? Será que ela tinha poderes mágicos e passou pelas paredes?? A-Acho que ela devia ser um humano fantasma, por isso que eu tenho medo deles... — disse Regice receoso.

    COMUNICAREI O CONDE DAS TREVAS IMEDIATAMENTE, PRECISAMOS ENCONTRÁ-LA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! — afirmou Gigas. — RICHARD, ISAAC, PROCUREM POR STANLEY, POIS PRECISO TRATAR DE ASSUNTOS IMPORTANTES COM ELE.

    Afirmativo capitão!

    Regigigas subiu novamente até a torre em que Darkrai sempre ficava e procurou por seu mestre, alertando-o sobre o desaparecimento da prisioneira. Darkrai sabia que Dawn havia fugido de sua fortaleza, mas seus verdadeiros motivos por permitir a fuga ainda eram desconhecidos.

    CAPITÃO, TENHO UMA PÉSSIMA NOTÍCIA!! NOSSA PRISIONEIRA ACABA...

    ...de fugir? — interrompeu Darkrai tranqüilamente.

    COMO O SENHOR SABE?!— gritou Regigigas.

    Ela fugiu durante a noite, mas não se preocupe, William a segue em segredo. Tenho outros planos para aquela garota. — continuou Darkrai. — Quanto a tu, Gigas. Tenho uma nova tarefa a lhe designar. Os amigos daquela garota estão partindo rumo ao Oceano Frigidum, na companhia de Cresselia.

    — C-CRESSELIA? MAS ELA FOI DERROTADA!! E OS JOVENS ESTÃO TODOS MORTOS. — respondeu o golem.

    Não, não estão. Preciso que você siga imediatamente para o oceano, mas peço que tenha cuidado, parece que os jovens estão tendo ajuda de alguns pokémons que têm sido nossos inimigos a muito tempo. Mate todos, mas não encoste em Cresselia, ouviu-me? — afirmou o conde.

    Por um momento parecia que a feição de Gigas havia mudado, ele não tinha mais aquela expressão de preocupação e inocência. Com um novo objetivo designado por seu mestre ele revelava sua outra personalidade, a de um poderoso general do Conde das Trevas, capaz de destruir continentes com a força de seus braços.

    PARTIREI PARA O OCEANO FRIGIDUM IMEDIATAMENTE, MEU MESTRE. EU IREI SUBJUGÁ-LOS.

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    Lino e Dawn continuavam vagando por uma densa floresta naquele estranho reino, nuvens cinzentas cobriam o céu alertando uma possível chuva em poucos minutos. Eram poucas as árvores que ainda possuíam folhas, e as que se sustetavam estavam completamente secas. Um silêncio sinistro dominava toda a floresta fazendo Dawn sentir-se observada, e de fato, ela estava.

    — Ai Lino, minhas pernas já estão doendo, será que não podemos fazer uma pausa? — perguntava Dawn, apoiando-se em qualquer coisa que encontrasse.

    Se parar vai ficar pra trás e ser devorada pelas criaturas bizarras dessa floresta. A escolha é sua. — respondeu Lino secamente, fazendo Dawn acelerar o passo.

    O pequeno Totodile continuou a carregar sua pequena tocha enquanto abria uma trilha que permitia a passagem de Dawn naquela misteriosa floresta.

   — Não é por nada, mas você também está sentindo-se observado? — perguntou Dawn, olhando para  as árvores ominosas que pareciam ter faces maléficas estampadas em seus troncos.

    Lino parou subitamente e dirigiu seu olhar para Dawn que o olhou assustada. — Pela primeira vez vou ter que concordar contigo garota, mas estão nos seguindo desde que saímos da fortaleza das sombras. Fique alerta.

    — Lino, eu estou com medo, e se for um monstro que veio nos punir por termos entrado em seu domínio? — perguntou a garota, abraçando a cabeça do pequeno crocodilo.

    — Se for um bicho grande a gente joga você de isca enquanto eu aproveito pra fugir. — riu o Totodile. — Mas se bem que ele te usaria de palito de dentes, porque tu parece uma tábua.

    Dawn sentiu vontade de matar aquele crocodilo ignorante naquele mesmo momento, mas ele era seu guia, e ela não poderia fazer nada. Enquanto os dois caminhavam pela floresta, uma silenciosa águia os vigiava do alto; William, o espião de Darkrai, continuava os observando sem ser notado.

    O grande pássaro trazia nuvens cinzentas de chuva junto consigo, quando de repente um enorme raio branco veio em sua direção. Se a ave não fosse rápida o bastante aquele ataque teria sido fatal. Do céu descia uma serpente esverdeada que escondia-se nas nuvens de chuva que começavam a se formar, não permitindo que William percebesse o que o atacava.

(http://browse.deviantart.com/?qh=§ion=&q=zapdos#/d2yjxcc)


    A luta das duas criaturas causava poderosos trovões no céu, seguido de uma forte e constante chuva, obrigando Dawn e Lino a se esconderem em uma caverna. William tentava descobrir o que o atacava, mas a criatura o pegara desprevenido, acertando um ataque certeiro na sequência. William desceu do céu derrotado como uma estrela cadente, que chocou-se em algum lugar distinto daquela floresta.

    — L-Lino, o que foi aquilo?! Você viu aquela explosão?? — perguntou Dawn assustada.

    Porra, eu vi sim mermão, não sou cego!! Mas foi uma explosão e tanto! É melhor nós sairmos daqui antes que a criatura que causou isso também nos encontre!!

    — Espere, mas nós precisamos ver o que foi acertado! Parecia uma ave, não podemos deixá-lo lá para ser morto!! — gritou Dawn.

    Ah mina teimosa, se quiser sair nessa chuva e morrer, o problema é teu. — respondeu Lino.

    Dawn irritou-se com as palavras do pequeno Totodile e saiu correndo na chuva, Lino apenas pôs-se a observá-la desaparecendo em meio a neblina que se formava. Provavelmente seria a última vez que ele a veria.


    Dawn seguiu até o local em que vira a explosão acontecer, eram ruínas de um antigo castelo que jazia abandonado, a forte chuva dificultava sua visão de modo que ela demorou um pouco até encontrar o que procurava. Embaixo de uma parede caída jazia um grande pássaro amarelo extremamente machucado, Dawn aproximou-se dele e tentou puxá-lo, mas sua força não era o bastante para remover a gigantesca parede de cima do pokémon.

    — Por favor, não morra! — sussurrou Dawn, continuando a tentar retirar o pássaro dos escombros. — Ah, eu não consigo! Socorro!! Alguém me ajuda!! — gritava ela com todas as suas forças.

    Mas essa garota chata realmente não se vira sem a minha ajuda.riu Lino, surgindo logo atrás de Dawn. — Vamos tirar esse pássaro daí antes que essa chuva piore!

    Lino podia ser apenas um pequeno Totodile, mas era extremamente forte. Com sua ajuda, Dawn foi capaz de salvar a ave dos escombros e levá-la até uma caverna próxima. William estava extremamente machucado, ninguém imaginava de onde aquela águia surgira, e nem por que ela estava tão machucada, mas mesmo assim Dawn queria ajudá-lo de qualquer forma.

    — Olhe só esses ferimentos! Precisamos ajudar esse pokémon, se não ele poderá morrer de hemorragia! — alertou Dawn.

    Então faz o seguinte garota, eu vou sair e procurar algumas berries que possam ser usadas para melhorar essas feridas, mas preciso que você fique com essa ave e cuide dela. — disse Lino.

    — O-Obrigada Lino. Você é o melhor. — continuou Dawn.

    O pequeno crocodilo sorriu e acenou para a garota, em seguida correndo floresta adentro a procura de medicinas. A forte tempestade fazia uma cortina de neblina na floresta, Dawn abraçou a cabeça de Zapdos e começou a olhar para fora, apenas desejando sorte na busca do pequeno crocodilo. O silêncio e a escuridão reinaram no local.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, eu só tenho o que agradecer aos fiéis leitores e cada review que vocês tem me dado! Espero que continuem acompanhando, mas venho lhes dizer que os capítulos não continuarão sendo postados na mesma freqüência, eu levarei em torno de uma semana para postar cada capítulo novo, pois pretendo ter muitos de reserva para postar mesmo depois das férias! Muito obrigado pela compreensão pessoal, agradeço desde já! ^^