Dark Curse: Dawn Of a New World escrita por CanasOminous


Capítulo 3
Capítulo 3 - A fortaleza das sombras.


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoal!! Venho aqui mais um capítulo que na minha opinião ficou muito bacana! Vamos dar uma esquecida no Ash e na Cresselia por enquanto e vamos conferir como andam as coisas com a Dawn, trancafiada na fortaleza do Conde das Trevas...

Ah, e a propósito pessoal, eu só vou colocar imagens quando eu achar necessário agora, antes sempre que entrasse um pokémon novo eu iria colocar imagem, mas essa regra nova do Nyah acabou com todas minhas, o pessoal que acompanhou Ghost Curse sabe como eu adorava colocar imagens... Então a partir de agora haverão poucas imagens no capítulo.



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Capítulo 3 – A Fortaleza das Sombras.

    Após a luta dos jovens com a poderosa Latias, Cresselia e os outros acabaram caindo em um mundo desconhecido, porém, Brock, Ash e Dawn acabaram se separando e caindo em locais distintos. Será que Brock estará seguro? Será que Dawn conseguirá ser salva antes de tornar-se um sacrifício pelo Conde das Trevas? Nossas esperanças agora estão em Ash e Cresselia, que partem em sua jornada a procura dos três medalhões mágicos.

    O Conde das Trevas andou em direção de uma de suas janelas e apoiou seus braços na sacada, ele se pôs a observar por um tempo o pôr-do-sol, pois talvez aquela seria a última vez em que ele o veria naquela inóspita terra. Era uma criatura solitária que não gostava muito de conversar, mas mesmo assim mantinha um ar de autoridade. Era como um fantasma na mente das pessoas, um sonho ruim que nunca acabava, ele era o poderoso Conde das Trevas, conhecido como Darkrai.

    A fumaça se levanta e agora, ninguém poderá acabar com seu maléfico plano, meu lorde. — disse uma figura ominosa que lembrava muito um humano.


    Mewtwo era uma criatura com uma postura humanóide, seu corpo era cinzento com uma longa cauda púrpura. Seus olhos eram da mesma cor e traziam uma maldade interminável. Ele era um dos três generais de Darkrai, junto de Latias e Regigigas, e provavelmente o mais maldoso de todos por sua natureza violenta.

    Os humanos são pessoas ingratas, Mewtwo. Lembro-me até hoje dos dias em que sempre fui rejeitado e maltratado por essas criaturas sem coração. São lembranças ruins que não saem de minha cabeça. — continuou Darkrai. — Porém, não mais.

    — E agora você têm a chance de acabar com eles para sempre. — afirmou Mewtwo. — Meu lorde, parece que Latias cumpriu sua missão, e trouxe a garota que você havia ordenado.

    — Compreendo, reúna Gigas e Latias na entrada do calabouço. Estarei pronto em alguns minutos. — ordenou a sombra.

    Darkrai desceu as longas escadas do castelo na companhia de seu general, Mewtwo. A fortaleza tinha uma temperatura fria pois era toda feita de mármore e rocha. Fria e solitária, estava quase que deserta, e tudo que se podia ouvir eram reclamações de dois pokémons no andar de baixo.

    — OOH! QUE GAROTINHA LINDA!! TEMOS MESMO QUE SACRIFICÁ-LA? — perguntou o grade golem branco.

    Meu Deus Gigas, poderia diminuir a tonalidade de sua voz?? Eu preciso de um pouco silêncio para terminar de ler meu livro... E por favor, eu sou bem mais bonita do que essa garotinha boba. — continuou Latias, que discutia mais uma vez com o grande robô.

    Regigigas era um dos três generais de Darkrai, ele era um golem gigantesco que tinha mania de sempre falar gritando, e apesar de lento era extremamente poderoso. Sua personalidade era brincalhona e gentil. Suas mãos eram gigantescas e seus braços musculosos, em sua face dourada haviam sete pontos em um padrão específico, e ao lado, seis pedras preciosas, duas vermelhas, duas azuis e duas cinzentas, cada uma representando seus melhores soldados. Ele atendia pelo apelido de Gigas.


    M-Mestre Darkrai!! Eu não o vi chegando, o senhor é muito silencioso... — disse Latias.

    — ....Ou vocês dois que são muito barulhentos. — interrompeu Darkrai. — Vocês sabem que uma coisa que eu não tolero é gritaria. Mantenha-se calado Gigas, e não reclame de tudo, Latias. — ordenou Darkrai, fazendo os dois calarem-se no mesmo instante.Onde está a prisioneira? Desejo vê-la.

    Darkrai entrou na escura prisão do castelo e encontrou Dawn chorando, encostada em uma das paredes. Ela estava um pouco machucada no rosto e trazia alguns arranhões pelo corpo, ela nem sequer notara a presença da criatura sombria na sala. O Conde agachou-se na altura de Dawn e curou os arranhões que ela tinha pelo corpo, o que deixou seus generais um pouco surpresos. Ainda sem dizer nada, ele simplesmente saiu da prisão, deixando-a sozinha.


    Mestre, por que o senhor cuidou da garota? — perguntou Latias.

    Ela... — suspirou Darkrai, fazendo uma longa pausa. — Ela é um sacrifício, e sacrifícios devem estar em perfeito estado. — após dizer as palavras ele subiu as escadas deixando os outros sozinhos.

    Ooown, o mestre é tão lindo, eu amo esse jeito malvado e solitário dele. — disse Latias.

    Acho que há algo de estranho, o Conde não cuidaria de uma garota por qualquer motivo, ainda mais um humano. — disse Mewtwo.

    NÃO IMPORTA, VAMOS FAZER OS PREPARATIVOS PARA O SACRIFÍCIO E MANTER A GUARDA PARA QUE ELA NUNCA FUJA DAQUI. — disse Regigigas. — ALGUÉM QUER JOGAR XADREZ? EU SÓ JOGO SE EU FOR AS PEÇAS BRANCAS!!

    Vê se cresce. — respondeu Mewtwo, deixando a sala.

    Você é muito bobo Gigas. — reclamou Latias. — Vou terminar de ler meu livro e espero não ser incomodada.

    — AAW... NÃO TEM PROBLEMA, EU POSSO JOGAR... SOZINHO. — suspirou Regigigas.

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    Dawn agora não sentia mais dor, seus machucados não doiam mais, ela não sabia quemou o quê teria curado-a, mas ela sentiu-se imensamente agradecida por terem ajudado-a. Ela continuou um tempo sentada no canto da sala, mas a necessidade a obrigava a pensar em algum modo de sair daquela estranha prisão. Dawn foi andando lentamente na escuridão e apalpando as paredes para ver se de repente conseguia encontrar alguma passagem, quando de repente tropeçou em alguma coisa.

    AI! Olha por onde anda garota!! — gritou uma pequena criatura. — Que droga, só por que eu sou baixinho os outros pensam que podem passar por mim, eu vou ficar muito forte quando eu evoluir!! Vocês vão ver!!

    — Q-Quem está aí? — perguntou ela. — Desculpa, é que eu não estou enxergando muito bem nessa escuridão...

    Porra, além de folgada é cega. Bom, eu sou Lino, o Totodile mais forte do mundo mermão. E parece que nós dois estamos na mesma situação nessa prisão. — disse a criatura.


    Lino era um pequeno crocodilo bípede de cor azulada com espinhos vermelhos nas costas que iam até o rabo. Ele era um pequeno Totodile com mandíbulas fortes e dentes afiados, seus olhos eram avermelhados e cheios de energia. Ele era um pequeno crocodilo muito engraçado, extrovertido e ativo. Em seu pescoço ele carregava um pequeno lenço vermelho.

    Eae? Por quê tu tá presa? — perguntou Lino, sentando-se nas frias pedras do calabouço.

    — Eu não sei o motivo, eu estava com meus amigos na praia quando apareceram uns pokémons estranhos que falavam e... Espera um pouco, você fala?? — gritou Dawn.

    Não, não. É a sua consciência que tá falando com você. Cada louco que aparece... Todos os pokémons nesta terra sabem falar cara. — suspirou Lino. — Você parece meio tonta, veio do mundo dos humanos?

    — Mundo dos Humanos? Como assim? Esse não é o mundo normal?

    Meu Deus, eu vou ter que explicar toda a história pra essa garota... É o seguinte, pelo que eu ouvi desses servos otários do Conde, eles estão preparando alguma espécie de sacrifício, será que estavam falando de você?

    — O QUÊ? Eles vão me sacrificar?? — gritou Dawn.

    Sei lá, não sou eu mesmo... — respondeu Lino, voltando para sua pequena cama e deitando-se.

    — E-Espera um pouco!! Ah, vamos lá, você precisa me ajudar!! — implorou Dawn.

    Me dá um bom motivo pra mim ajudar uma desconhecida folgada? — perguntou o pequeno Totodile.

    — E-Eu não sei... Se eu não sair daqui eu posso morrer... Não tem nada que eu possa dar em troca? — perguntou Dawn.

    Hum, deixa eu pensar... — suspirou Lino, olhando para o corpo de Dawn. — Acho que tem algo sim, hein...

    — AH!! Seu jacarézinho hentai!! — gritou Dawn, chutando Lino, que chocou-se contra uma parede com força. Ele olhou de volta para Dawn surpreso, e começou a rir.

    Hah. Hah, hah! Gostei de você garota!! — riu Lino, com as mãos em sua cabeça. — É o seguinte, eu vou te ajudar a sair dessa prisão só porque achei você engraçada, mas é bom ficar bem longe de mim por enquanto!!

    — Hunf! Dúvido que um Totodile bobo como você possa sair dessa prisão! Deve haver milhares de guardas lá fora!! — retrucou Dawn.

    Pois é, pois é. São tantos guardas que a gente acaba até se tornando amigo de alguns. — riu Lino, subindo algumas caixas que estava próximas a porta. Em seguida soltando um alto assobiu que atraiu a atenção de um imenso pokémon metálico para perto da prisão.

    Psiu! Ei, brother, chega mais.

    Era uma criatura feita de metal que trazia um corpo esférico de cor cinza com uma faixa negra na região central. Ele tinha sete pontos em forma de hexágono em sua face, suas pernas eram cilíndricas e seus braços longos. Quando a criatura andava o chão parecia não aguentar o seu peso, ele era todo feito de um metal irriscável e poderoso, quase indestrutível. Aquele era Registeel, um dos soldados de elite de seu líder, Regigigas.

    Diga doutor Lino, precisa de algo? — perguntou Registeel, com uma voz serena.

    Eaí mermão. A parada é o seguinte, eu quero que você abra a porta.  — disse o pequeno Totodile.

    Tudo bem. — respondeu Registeel, abrindo a porta gentilmente.

    Dawn ficou boquiaberta, só de falar com um dos gigantescos guardas de Regigigas o pequeno Totodile havia conseguido sair daquela prisão sem muito esforço.

    Viu só? É bom ter bastante amizade. — riu Lino.

    — E por que você não havia fugido da prisão antes?? — perguntou Dawn.

    Hum, é que na verdade... Na verdade eu não tinha pra onde ir, minha família me abandonou. Mas agora que você apareceu eu decidi fazer uma boa ação em minha vida. — riu o pequeno crocodilo.

    — Ah! Obrigada Lino, você é a pessoa mais fofa que eu já conheci!! Obrigada!! — disse Dawn, abraçando o pokémon.

    Tá bom, tá bom, agora dá um fora daqui.

    — Você não vem comigo?

    Nossa, mas essa garota não conseguese virar sozinha... Vou te ajudar só até sair do castelo! — disse Lino, saindo da prisão na companhia de Dawn, e em seguida parando na frente de Registeel. Obrigado brother! Tô te devendo essa!

    A gente se fala. — acenou gentilmente o Registeel.

    O castelo estava vazio, era um imenso labirinto de sombra que se não fosse por Lino, Dawn estaria completamente perdida. Aquele pequeno crocodilo realmente conhecia todas as passagens secretas do castelo, e mesmo conhecendo cada ponto eles ainda demoraram para chegar até a saídada grande fortaleza. Somente após um longo tempo os dois encontraram um imenso portão que provavelmente levava para a saída.

    Pronto, daqui pra frente tu se vira. — disse Lino.

    — Mas você parece conhecer bem essas planícies! Por favor, me ajuda! Eu preciso encontrar meus amigos! E além do mais, você disse que não tinha nada pra fazer! — implorou Dawn.

    É, mas aquela prisão é mais confortável e tem bolinhos de graça! O que eu vou ganhar se eu te ajudar? — perguntou Lino, olhando novamente para as curvas de Dawn.

    — Não, você não vai ganhar nada. Quem sabe uma garotinha indefesa, muito, muito, muito feliz!! Seria um ato heróico e tanto! Imagina só: Lino, o Totodile que salvou a princesa da prisão!!

    Nossa, que coisa ridícula. Vou te ajudar só porque eu te achei engraçada. Vamos.

    — Ah, obrigada fofinho!! — sorriu Dawn, abraçando ele novamente.

    Some de perto de mim!! Se você me agarrar de novo eu vou embora!! Ai, ai... Como é duro ser bonito.

    Enquanto Dawn e Lino escapavam do castelo silenciosamente, Darkrai observava cada passo dos dois, mas nada fez. Ele apenas os observou partir, em seguida sentou-se em seu trono e chamou por um de seus mais fiéis espiões. Uma criatura que conseguia ser ainda mais silenciosa que o próprio Darkrai.

    Que motivo o faz precisar de minha ajuda, mestre? — perguntou a criatura.

    Era um pássaro de plumagem dourada e negra, silencioso e poderoso como um raio. As penas de sua cauda pareciam formar uma ilusão e seu bico era tão afiado quanto uma espada. Ele era Zapdos, o servo mais fiel e leal de Darkrai, um espião misterioso e cauteloso que atendia pelo nome William.

    William, tenho uma tarefa a lhe designar. Dois de meus prisioneiros acabam de fugir de minha fortaleza. — afirmou Darkrai.

    Somos rigorosos com pessoas que escapam de nossas prisões. Deseja que eu os traga imediatamente? — perguntou a ave.

    Não, apenas quero que os vigie sem ser notado. Veja até onde eles irão, e reporte-me sempre que possível. — ordenou a criatura negra.

    O silêncio é um amigo que nunca trai. — sorriu William, levantando vôo e desaparecendo em meio a escuridão da noite, como um relâmpago.


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Notas finais do capítulo

Yo pessoal! Espero que tenham curtido esse capítulo!! Lino, Elton... Esse foi especial para vocês! ;]
A partir daqui as coisas só melhoram! Afinal, às vezes é bom dar uma olhada no lado dos "vilões", pois eles também tem sentimentos! ^^