Dark Curse: Dawn Of a New World escrita por CanasOminous


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Vila Crepuscular.


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoal! Trago a vocês mais um capítulo prontinho! Na verdade eu tenho vários prontos já, mas pretendo mantê-los por um tempo para quando as férias acabarem eu poder continuar postando gradualmente e não deixar vocês esperando quase um mês como fiz da última vez. Agradeço a todos que deixaram reviews no primeiro capítulo e continuam acompanhando, pois me ajudou bastante e deu muita inspiração! *-* Espero que gostem do capítulo! ;]

Ah pessoal, não se assustem com o tamanho, é que eu tinha que explicar todas aquelas paradas da história, daí ficou meio longo! x_x



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Capítulo 2 – A Vila Crepuscular.

    Ash acordara com os primeiros raios de sol, a manhã estava clara e alguns Pidgeottos cantavam ao longe uma bela melodia para o amanhecer. Ash mal dormira, conseguira pregar os olhos somente algumas horas durante a noite, ele ficara acordado o tempo todo apenas aguardando algum sinal de recuperação de Cresselia. Mas ao raiar da manhã o pokémon não estava mais lá, ela havia desaparecido.

    — Ah!! Onde está a Cresselia? — gritou Ash, acordando seus dois amigos assustados.

    — Hum, acho que ela deve ter melhorado durante a noite e ido embora. — comentou Brock.

    — Espero que ela esteja bem... — respondeu Ash, um pouco chateado.

    — Ela era um pokémon selvagem Ash, seu lar é na floresta. — disse Dawn, tentando animá-lo. Ash ignorou o comentário de Dawn e sentou-se próximo a costa um pouco chateado, observando o sol que nascia, mas de repente uma doce voz surgiu, segurando seu ombro com um suave toque.

    Bom dia Ash Ketchum, da cidade de Pallet. — sussurrou Cresselia, surgindo atrás do garoto.

    — Ah!! Ela voltou!! — gritou ele.

    Sim, eu não poderia ir embora sem ao menos agradecer. Você cuidou de mim a noite toda. — sorriu ela.

    — Hum, é... Eu queria ter certeza que você melhoraria. Como está sua asa?

    Bem melhor agora. E os agradeço por terem cuidado de mim ontem.

    Heh, heh... Que nada, era o mínimo que a gente podia fazer, afinal, meu amigo Ash jogou uma pedra na sua cabeça. — riu Dawn. — Você não quer comer algo? Deve estar faminta.

    Adoraria.

    O sol deixava um clima agradável naquela praia, Brock preparou seus melhores pratos para a nova visitante, que fazia inúmeras perguntas para Ash e os outros, assim como os jovens também faziam perguntas para o misterioso pokémon que falava.

    — Então Cresselia, conseguiu lembrar-se de algo? Como você consegue falar ou por que estava machucada... — perguntou Brock.

    Pelo que eu me lembre, eu sempre soube falar a língua humana, assim como a dos pokémons. Mas realmente não consigo lembrar-me de nada a respeito desses machucados. — disse Cresselia, encarando seus ferimentos como se tentasse lembrar de algo. — Bom, minha vez de fazer uma pergunta! Onde você encontrou esse boné legal, senhor Ketchum?

    Ah, na verdade eu ganhei ele quando eu ainda era bem criança. Quer dar uma olhada? — riu Ash, colocando o boné na cabeça de Cresselia que pareica ter gostado.

    Que lindo! É tão quentinho... — sorriu ela.

    — Bom. Cresselia, como é que você sabe os nossos nomes? — perguntou Dawn.

    Eu... Eu não sei... Não me lembro... Acho que eu simplesmente sei, Dawn. E a propósito, por que você tem olhos tão bonitos?

   Dawn riu com o comentário e agradeceu o elogio, Cresselia era tão inocente quanto uma criança, para eles era muito estranho estar falando com um pokémon, tudo aquilo parecia fazer parte de um sonho. Porém, enquanto eles conversavam um forte vento surgiu, o céu começou a escurecer e o mar a ficar mais agitado, parecia que uma forte chuva se aproximava.

    — Cresselia! Precisamos sair daqui, uma tempestade deve estar chegando!! — gritou Dawn, pegando suas coisas para que não voassem com o vento.

    Isso... Não é uma chuva, sinto a presença de algo aproximando-se! — disse Cresselia.

    Todos observaram atentamente uma pequena criatura surgir em meio ao ventaval, era um pássaro que mais parecia um dragão, tinha uma cor avermelhada no corpo com uma cabeça branca, em seu peito ela trazia um estranho triângulo azulado. Era outro pokémon  lendário, que voava rapidamente em meio aquela tempestade.

    Realmente, parece que você não perdeu nada de sua força vital. Lembra-se de mim Cresselia?— disse o dragão fêmea com uma voz provocativa.

    — Não.

    — COMO NÃO? Ah sim, esqueci que fui eu que fiz você perder sua memória. Hoh, hoh, hoh! Eu sou Latias, e estou a serviço do Conde das Trevas.

    — Mais um pokémon que fala? O que está acontecendo aqui? — gritou Dawn, segurando seu pequeno Piplup.

    — Então foi você que machucou a Cresselia daquele jeito? Vai pagar por isso! — respondeu Ash.

    Hum, que garotinho insolente, mas muito bonito. Eu vim aqui com o único objetivo de liquidar vocês, e assim o farei. — riu Latias, criando uma imensa bola branca sob seu corpo. Era um poderoso golpe chamado Mist Ball.

    Você não vai machucar meus amigos, seja lá quem você for. — disse Cresselia, entrando na frente de Ash.

    Você? O que acha que pode fazer contra mim nesse estado? O Conde ordenou que eu não a machucasse, mas pelo visto vou precisar acabar com você primeiro. Nunca gostei de sua presença.

    Cresselia afastou-se e posionou-se de forma que ela pudesse criar uma barreira psíquica, um imenso espelho mágico surgiu em sua frente fazendo com que Latias não pudesse mais passar, nem desferir o golpe.

    — Ash, eu lutariei contra Latias, você e os outros devem encontrar um local seguro! — ordenou Cresselia.

    — Não! Nós vamos ficar e ajudar você! Os amigos não abandonam os outros! — gritou Ash, tomando frente na batalha. — Pikachu, utilize o Thunder nessa Latias!

    O Pikachu de Ash pulou e lançou um enorme raio que com ajuda das nuvens cinzentas no céu, acertou Latias em cheio, que ficou um pouco atordoada com a imensa carga elétrica.

    Maldição, bem que o mestre disse que eles trariam problemas!  — reclamou Latias. — Não há como vocês vencerem, ninguém pode lutar contra a vontade de meu lorde.

    Nesse momento, o mar começou a recuar rapidamente, seguido de uma imensa onda que vinha na direção da praia. Uma forte chuva caía, o vento balançava os coqueiros de modo que eles quase encostassem no chão. Latias soltou uma risada e rapidamente voou para próximo de Dawn, segurando-a para si.

    Boa sorte Cresselia, agora quero ver se você é capaz de salvar os seus amiguinhos! — disse Latias. — Vou levar essa garota para o Mestre, acredito que ele tenha outros planos para ela. Sempre protegendo os mais fracos, escolha melhor o seu lado da próxima vez Cresselia.

    Nesse instante Latias abriu um portal mágico em que levou Dawn junto. O grito da garota desapareceu em meio à forte chuva que começara a cair. Agora Cresselia, Ash e Brock estavam a mercê da tsunami que se dirigia à praia. O vento batia com força total, e não havia lugares altos para que eles pudessem se esconder, era o fim da linha.

    — Cresselia precisamos fugir daqui!! — gritou Ash.

    Ketchum, eu tenho habilidades de criar portais! M-Mas não sei se consigo... — disse Cresselia com medo.

    — Então crie agora!! Você consegue, nós acreditamos em você!! — encorajou Ash.

    — Melhor ir mais rápido, pois aquela onda está chegando!! — alertou Brock, tentando segurar as coisas do acampamento.

    Cresselia posicionou-se novamente e abriu um pequeno portal muito semelhante àquele que Latias criara. Os três entraram no portal que em seguida fechou-se, tendo a imensa onda colidindo na praia logo em seguida.

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    Quando Ash abriu os olhos ele já se encontrava em um local totalmente diferente, que com certeza não era uma praia. Parecia mais uma pequena vila em que viviam vários pokémons noturnos. Poochyenas e Houndours observavam os visitantes um pouco supresos e atônitos.

    Era uma vila muito escura, no céu brilhava uma pálida lua cheia, mas sem a presença de nenhuma estrela, apenas nuvens cinzentas cobriam a escuridão. Um vento fraco batia nas pequenas casinhas de palha do local enquanto algumas tochas lutavam para manter suas chamas acesas. O local parecia um pouco devastado e abandonado e haviam somente pokémons, nenhum sinal de humanos.

    Ash olhou para Cresselia e a abraçou, mesmo que eles não soubessem onde estavam o que importava é que não estavam mais na frente da onda gigante.

    — Você conseguiu Cresselia! Nos mandou para um local mais seguro! — disse Ash animado. — Pelo menos eu espero que seja seguro, esses Poochyenas parecem assustadores...

    Eu consegui! — supreendeu-se Cresselia. — Graças a você Ash!

    Mas ainda precisamos saber para onde aquela Latias levou a Dawn! Não vou descansar até salvá-la! Onde você acha que ela esteja, Brock? — perguntou Ash, percebendo a ausência do amigo. — Hum? Cadê o Brock?

    Ash deu uma olhada no local e apenas podia ver as pequenas Poochyenas o fitando, não havia sinal de Brock.

    — Cresselia! O Brock ficou na praia!! — gritou Ash.

    O quê? E-Eu sabia que eu não devia ter criado aquele portal, eu sou um fracasso... — disse ela numa voz chorosa.

    Enquanto Cresselia se culpava pela falta de Brock, lentamente um velho corvo aproximou-se dos dois. Ele carregava um cajado de apoio em sua mão, tinha penas parcialmente azuis escuras com partes avermelhadas, ele possuía uma crista branca de penas em seu peito que mais se assemelhava a uma longa barba. A criatura tinha um pescoço largo e curto, seu bico era amarelo e ligeiramente curvado, em sua cabeça ele parecia usar um chapéu negro que o deixava com um ar de autoridade.

(http://browse.deviantart.com/?q=honchkrow&order=9&offset=264#/d2s48xo)

    Não, você não é um fracasso, você é como uma dádiva vinda dos céus. — afirmou o velho pássaro. Não se preocupe Cresselia, seu amigo apenas foi transportado para um local distinto, sua magia ainda não foi completamente recuperada, mas fique tranqüila, ele está bem. — afirmou o corvo. — Eu sou Honchkrow, ancião dessa vila, conhecida como Twilight Village.

    — Mais um pokémon que fala? Acho que estou começando a ficar louco... — disse Ash.

    Honchkrow? Esse nome não me é estranho... — afirmou Cresselia.

    Você não lembra-se de nada, certo? Acredito que o velho Conde das Trevas deve ter amaldiçoado-a, venham comigo para minha casa, lá poderemos conversar mais tranqüilamente. — disse Honchkrow.

    — Espera um pouco, e a Dawn e o Brock? Já sei, vocês estão fazendo uma brincadeira comigo, né? Cadê o alto falante pra parecer que os pokémons estão falando? Pode aparecer Brock! Já acabou a brincadeira!! E tenho que admitir os efeitos visuais me supreenderam!! — gritou Ash.

    Que garoto estranho... — cochichou um dos Poochyena.

    Quem é esse garoto, senhorita Cresselia? — perguntou o velho corvo.

    É meu guardião. — afirmou ela.

    Honchkrow aproximou-se de Ash e o encarou por um tempo, em seguida percebendo um pequeno anel em seu dedo que trazia uma misteriosa marca.

    Minha nossa! Ele é o lendário heróis das profecias! Chapéu estranho, um Pikachu como parceiro... Você é o verdadeiro homem que derrotou o Imperador Giratina! — afirmou Honchkrow.

    — Hum... Acho que não sou eu não... Nunca ouvi falar de Giratina. — comentou Ash. — Mas você deve me conhecer pois fui um dos quatro finalistas na liga de Sinnoh!

    Eu tenho certeza, esse anel é a prova de tudo, você é o herói que é citado nas profecías!

    — Pra falar a verdade eu não me lembro de quando eu ganhei esse anel, ele simplesmente apareceu no meu dedo... Mas se você acha que eu sou um herói, então tá! — gabou-se ele.

    Por favor sigam-me.

    Logo, Ash e os outros seguiram o velho Honchkrow até sua casa. Tudo era muito simples e mal iluminado, e não era um local muito grande o que obrigava Ash a andar agachado. Honchkrow sentou-se em uma cadeira de madeira e descansou um pouco, ele com certeza era um pokémon muito velho. Ao seu lado haviam dois pokémons, um Houndoom e uma Mightyena que pareciam ser os guardas do local.

    O velho Honchkrow ordenou para que seus subordinados lhe trouxessem algo, logo em seguida Houndoom voltou trazendo um livro branco consigo. O corvo abriu-o e folheou algumas páginas, forçando sua vista para ler as letras miúdas que haviam no livro, em seguida voltando a olhar para Ash.

    Este é o Livro das Profecias, ele diz que um garoto de chapéu estranho caíria dos céus e traria paz para estas terras! Este garoto só pode ser você! — disse o corvo.

    — É, mas podem existir outros garotos que caem do céu. — retrucou Ash.

    Claro, claro, é todo dia que alguém cai do céu... — comentou uma das Poochyenas que ouviam a conversa na entrada.

    E olhe só, este é o mesmo desenho do anel que você usa. — disse Honchkrow, mostrando o anel desenhado no livro. —  Com certeza você é o herói das profecias!

    Mas eu já disse que eu não sei de onde veio esse anel! De repente o verdadeiro herói me deu o anel porque ele tinha medo, mas eu não tenho nada a ver com essa história! Só quero salvar meus amigos e ir embora. — reclamou Ash.

    A sua amiga encontra-se no castelo do Conde das Trevas, você terá que chegar até sua fortaleza para salvá-la. Você não tem escolha. — disse Honchkrow.

    — Droga, a Dawn sempre se mete em confusões, se pelo menos o Brock estivesse aqui pra me ajudar... Mas me explica uma coisa, onde eu estou agora?

    Este mundo era uma próspera terra de paz, mas o Conde das Trevas e seus servos acabaram com tudo, tornando nosso mundo em um lugar negro e coberto pela sombra. Existem muitas coisas além das fronteiras de que os humanos conhecem, nós somos um povo muito mais antigo e sempre soubemos a língua popular, porém é contra as regras falar com humanos no outro mundo.

    — Hum, legal. — disse Ash, não entendo sequer uma palavra do velho corvo.

    Diga-nos mais coisas importantes sobre o livro, senhor Honchkrow. — disse Cresselia.

    Bom, este livro fala sobre um herói profético, por muito tempo estas terras vem sido destruídas por obra do Conde das Trevas, conhecido como Darkrai. Ele possuí poderosos aliados que são extremamente maldosos e fiéis.

    — Tipo aquela Latias que roubou a Dawn? Vou chutar a cara bonitinha dela da próxima vez que eu achá-la. — disse Ash, apertando os punhos.

    Segundo o livro, o Conde das Trevas pretende destruir o mundo existente para criar um mundo perfeito em que não exista maldade. Porém ele mataria qualquer um que contrariar suas idéias.

    — Mas se ele quer criar um mundo perfeito... O que há de errado nisso? — perguntou Cresselia.

    Ele acredita que são os humanos que destroem o mundo. Sua idéia central era criar um mundo em que só existissem pokémons, por isso todos os humanos seriam mortos. Mas segundo  a profecia, a mulher que o conde mais amava contrariou essa idéia, e por isso ele foi obrigado a matá-la. — continuou o corvo.

    M-Mas que triste. — disse Cresselia.

    — Quer dizer que se nós não destruirmos esse conde sei-lá-das-quantas, ele vai matar todo mundo? — perguntou Ash.

    Basicamente. Cof! Cof! — tossiu o corvo.

    — Eu preciso salvar a Dawn e o Brock, custe o que custar! Então é só chegar no castelo desse carinha, chutar a bunda dele e dar o fora?

    Darkrai possuí servos poderosos a seu dispor. E ele já possuí o Medalhão Negro que permite a destruição do mundo, e segundo as escrituras do livro tudo que ele precisa é de uma garota como sacrifício. Se ele conseguir esses dois objetos, o mundo será destruído.

    — Ash, a Dawn é uma garota forte, eu garanto que ela não se entregaria assim tão fácil! Talvez ainda haja tempo para que nós possamos fazer algo para revidar. — afirmou Cresselia

    — Eu não vou deixar que a Dawn seja usada como sacrifício! Eu vou salvá-la agora mesmo!! O que eu preciso fazer, velhote?

    Existem três medalhões que combatem as forças do medalhão negro, o Medalhão da Terra, o Medalhão do Mar e o Medalhão do Céu.

    Eu vou chutar esse conde por sequestrar a Dawn! — disse Ash irritado.

    Então eu irei com você Ketchum, juntos poderemos salvar a Dawn e procurar por Brock, acredito que ele esteja em algum lugar dessa inóspita terra. — disse Cresselia.

    Então... Esta é a verdadeira força do herói das profecias! — murmurou Honchkrow. — Que a luz possa guiá-los até o castelo de Darkrai.

    Uma chama de esperança renasce.



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Notas finais do capítulo

Yo people! Acredito que agora as coisas devem estar um pouco mais esclarecidas sobre os pokémons que falam. Obrigado por lerem, espero que deixem reviews! ^^ Até amanhã pessoal!

(Comentário sobre o capítulo: Cara, foi muito tenso encontrar uma imagem em que a Latias estivesse com cara de mal, ela é muito fofinha pra ser malvada, mas entre Latias e Mew eu acho que Latias parece mais malvada. o_o) HAEHAUEAHE