Dimensional Destiny escrita por Tutti


Capítulo 5
Capítulo 5 - Sorveteria


Notas iniciais do capítulo

Tá eu demorei, mas tenho um motivo, ou quase isso...

Passei por momentos bem difíceis em casa, difíceis mesmo....

Isso foi das festas do final de ano, até uns dias atrás, e o clima ta naquelas, as vezes bom e as vezes ruins....

Depois do ano novo teve o seu, e eu espero que foi, ápice da situação, e isso me desmotivou muito a escrever... Eu já não conseguia muito, devido ao bloqueio, com as confusões em casa então? Me sentia muito mal mergulhar em um mundo fantasioso, enquanto a coisa em casa quase dava em separação...

No final me distanciei de pensar em fics.
Estou voltando agora....

Boa leitura xD.



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O lugar era gelado, não que esperasse algo diferente de uma sorveteria, mas mesmo assim...

A conversa ia de um lado para o outro, acompanha a uma leve música de fundo, na qual não conseguia entender completamente, lá fora a tarde caia lentamente, dando lugar uma noite calorosa de sábado.

— Moça, eu vou querer esse aqui. — Apontou uma criança, por volta dos seus seis anos, para o sabor de chocolate.

— Certo, quantas bolas?

Sorriu, usando o tom de leve mais manso que conseguia.

— Sete! — Exclamou a criança, fazendo com os dedos o número.

— Não, não, João. — Reprovou uma voz feminina, a mãe. — Somente duas, por favor. Ele não come muito.

O jovem reclamou um pouco, sendo repreendido pela mãe novamente. No final, apenas fez um grande bico, dizendo que não comeria.

Riu sem jeito. Inclinou-se para frente, já que o sabor se encontrava na outra extremidade do frigorifico, pegou, então, duas bolas grandes e as colocou na tigela.

— Aqui. Assim não poderá reclamar.

Tomou ambas as taças em mãos, da mãe e da criança, e prosseguiu, parando ao lado de vários sabores de caudas e doces, oferecendo-os e, para a sua surpresa, ambos negaram, ou melhor, a mãe negou por ela e pela criança, que havia pedido quatro sabores de cauda.

— Assim ficara com carie! — Brigou.

No fundo, não sabia se sentia pena da mãe, por um filho assim, ou da criança.

Dirigindo-se então, para a etapa final, o caixa.

Pesou ambas as travessas, computou o peso e, assim que decidido a forma de pagamento e pago, entregou ambas a mãe, observando ela se sentar em uma das várias mesas do local.

Aproveitou o momento para observar o movimento no local. Embora muitas famílias estivessem a comer, existia uma fila consideravelmente grande a espera de atendimento.

Olhou para Dio, que montava quatro pedidos de uma família. Se afastou do caixa, indo em direção ao começo do balcão, onde se iniciaria o mesmo processo.

Suspirou, olhando para o lugar, enquanto andava. Normalmente, Ela e Dio não cobririam o turno quase noturno, mas os funcionários da noite tiveram um imprevisto na Faculdade, então só irão chegar mais tarde.

Até lá serão dois funcionários para atender tudo, e era o seu primeiro dia!

Uma gota escorreu pelo canto de seu rosto. De guerreiros a Sorveteiros, pelo menos seriam pagos pela hora extra, recebendo o adiantamento hoje ainda, a pedido.

Pegou uma travessa de sorvete e se dirigiu ao público.

— Olá, bem-vindo a sorveteria Picolé do José! Que sabores desejam? — Repetiu, pelo que seria, talvez, a decima quarta vez.

Esperava, ao menos, que o pagamento dessa hora extra fosse bom.

Muito bom.

[...]

— Finalmente! — Exclamou o demônio, assim que ambos se encontravam a uma distância segura do novo local de trabalho. — Então, como gastaremos? — Questionou a ruiva.

Ambos seguravam um envelope, contendo uma quantidade de dinheiro. Não era muito, mas, ao menos, dava para algo.

Andavam em direção ao beco onde haviam feito contato com sua superior.

— Eu pensei em guardamos, usando apenas para o necessário, já que não temos onde ficar e receberemos o próximo somente daqui quase um mês... Comida podemos conseguir no bosque.

— Achei que fosse contra a caça sem armamentos.

— Eu sou, mas temos a pesca... — Olhou para o parceiro, diminuindo um pouco o ritmo para ficar exatamente o lado dele — Já sobrevivemos a uma longa jornada somente com alguns peixes, talvez acharemos algumas frutas — Deu de ombros.

— E o fogo?

— Se encontrarmos alguma caverna afastada, talvez podemos montar “acampamento” lá.

— Então gastaremos parte do dinheiro em recursos.

— Sim, nada de grave. — Olhou para o envelope, apertando um pouco — Não temos muito e não sabemos quando vamos precisar para uma necessidade, vamos nos ater ao básico.

— Duas panelas, pratos, colheres e copos. Shampoo e condicionador, usando o Rio da pesca para nos banharmos...

— Roupas?

— Eu acho que essas dão...

— Sim, mas... aparecer no trabalho sempre com as mesmas? Já foi difícil convencer ele a nos deixar trabalhar sem documentos, imagina se ele suspeitar que não temos um lar?

 

 

— Então... deixe ver se eu entendi...

Um homem velho, cabelos castanhos claros – mais claros devido, talvez, aos fios brancos –, barba média, em seu auge de 60 anos, encara as duas figuras, Dio e Elesis, em descrença.

— Vocês querem trabalhar aqui?

A Espadachim e o Profano concordaram com a cabeça.

— Mas não possuem nenhum documento: Rg, CPF, Carteira de Trabalho, nada?

Olharam um para o outro por alguns instantes e concordaram, novamente, com a cabeça.

— Porém, se não se sentir satisfeito, podemos trabalhar de graça até termos os documentos. — Sugeriu o demônio. — Então, enquanto eles não saem, você não cobra os dias.

O homem velho coçou a barba branca.

— O problema não mora aí, criança. Eu realmente aprecio que queiram me ajudar, mas esse país tem leis. Contratar um trabalhador sem nenhum documento? Como farei o registro? Vocês são quase como imigrantes ilegais. Eu posso me dar mal nessa história.

Ficou algum momento em silencio, antes de continuar.

— Sua proposta é tentadora, mas não sou a favor de trabalho escravo. Se trabalham para mim, terei que pagar a vocês.

 — Olhe, senhor...  — Dio parou por um momento, lembrando-se do nome do homem a sua frente —.... José.... Eu entendo seu motivo, mas peço que entenda o nosso. Precisamos desse emprego.

— E eu preciso dos documentos. — Ele disse em tom calmo, tentando não ofender.

Elesis suspirou e apertou a ponta do nariz.

— Fazemos assim então... — Abaixou as mãos — Vamos agora tirar os documentos — sugeriu — e você nos deixa trabalhar, ao menos, até saírem... se levantarmos suspeitas, passamos de apenas um casal que resolveu ajudar, de voluntários, em sua loja.

— Olha, criança, eu realmente queria pod-

Um toque estridente cortou o mais velho, atraindo a atenção dos mais jovens.

Pedindo licença, o senhor tirou um aparelho estranho do bolso, era pequeno e continha vários botões, muitos numéricos, na parte superior uma tela branca, informando um nome e a palavra: Ligação.

Apertando um dos botões e colocando o aparelho no ouvido, o senhor se afastou um pouco, falando, aparentemente, com o dispositivo.

Os dois Chasers se encararam, surpresos, observando o homem.

— O que? — Se exaltou na conversa — Não.... Sim... eu entendo, mas... Leonardo, é sábado! Você sabe como é o movimento, certo? — Pausou a conversa, por um tempo — Sim, eu sei..., mas eu também não poderei ficar, e é fora de questão não abrir hoje. — Afirmou. — Sim, sim, eu entendo... — Parou de falar, novamente, e em seguida suspirou... agora, se mantendo em silencio.

A ruiva, atenta, olhou para o parceiro, questionando-o se estava entendendo algo.

— Talvez aquele aparelho funcione como os nossos colares — Deduziu Dio. — Ou ele ficou louco.

Observaram argumentar contra algo, por algum tempo, antes de virar-se, olhando para ambos... de repente, seus olhos e arregalaram, como se lembrasse se algo, e, após trocar poucas palavras com o dispositivo, se despediu, aparentemente desligando e voltando para próximo aos guerreiros.

— Escutem, vocês querem essa oportunidade, certo? — Passou os olhos por ambos os jovens.

— Sim. Precisamos muito....

— Okay, faremos um acordo. Infelizmente, os meus funcionários noturnos vão demorar para chegar, e eu não poderei ficar no turno da noite, também não posso fechar a sorveteria, pois é a única da cidade, e como notaram, está meio quente hoje. — Suspirou e coçou a barba — Eu deixarei a loja com vocês, até eles chegarem. Pagarei vocês por isso, se fizerem tudo certo, os contratarei, mesmo sem documentos, entendido?

— Sim senhor! — Soaram juntos.

 

O Profano suspirou, que situação.

— Então, vamos tirar os documentos amanhã de manhã.

— Nem sabemos se vamos ser contratados.

— Como não? — Questionou a espadachim — Quando eles chegaram, mais da metade das pessoas à espera de ser atendidas, foram.

— Isso porque começamos a atender quatro ou cinco de uma vez, e de forma rápida.

— Mas sem sermos grossos, teve até aqueles garotos que nos elogiaram! — Defendeu. — Eles pareceram felizes com o atendimento.

O demônio parou de andar em descrença e a encarou.

Não, eles não haviam elogiado ambos, eles haviam elogiado ela. Na verdade, em palavras melhores, eles estavam, literalmente, dando em cima da garota.

Ele suspirou.

Dio conhecia esse tipo de homem, e não se surpreendia pela ruiva chamar tanta atenção.

Elesis era bonita, em palavras humildes. Não havia de negar. As curvar certas nos lugares certos, os seios não eram pequenos, pelo contrário, mas também não eram extravagantes, havia algo ali e não havia como negar. Seu cabelo caia liso por suas costas, quando, nos raros momentos, soltos, mas mesmo presos, não diminuía a beleza da pessoa.

De corpo, poderia ser o que muitos desejavam.

Claro, poderia ir muito além, sua personalidade como líder, seu gênio forte, sua determinação, e vários outros detalhes que, aos olhos de rapazes como eles, só serviriam para aumentar seu desejo.

Não sabia, entretanto, se a inocência dela era algo bom ou ruim.

Talvez, mais tarde, devesse explicar melhor a situação para ela e dar algumas... dicas... de como notar e reagir a esse tipo de coisa.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu sei que vocês esperavam mais, mas vamos com calma, certo?

Eu não posso prometer o próximo capitulo rápido, mas faço o que posso.
Tem alguns erros, pois eu não revisei direito, então se puderem indicar onde estão eu agradeceria.

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