Dimensional Destiny escrita por Tutti


Capítulo 3
Capítulo 3 - De mal a pior


Notas iniciais do capítulo

Quando eu terminei o segundo cap eu me deparei com um dilema: Fazer a vida deles complicada ao extremo e me ferrar pra solucionar os próprios problemas que eu iria criar para eles, ou fazer elas um difícil mediano....
Bem, vocês vão descobrir qual eu escolhi no decorrer da Fanfic.

A criatividade para nomes é uma merda. Sabem o país que eles estão? kkkkk

Eu iria postar no final de semana, mas a criatividade bateu antes... Quem sabe no final de semana tenha outro cap?

Boa leitura.



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O parque não era muito grande. Uma área aberta que se estendia por, no máximo, 40 metros com um pequeno lago no centro. Crianças corriam de um lado para o outro perdidas em suas diversas brincadeiras – Jogar bola, esconde-esconde, empinar pipa, brincar de boneca –, os pais ficavam mais afastados, entretidos em conversas adultas sobre o dia, negócios, relacionamentos, as vezes desviando os olhos para seus filhos, confirmando que estava tudo bem.

Não tão distante a esse cenário em um banco perto da entrada do bosque estavam a ruiva e o asmodiano, sentados de olhos fechados, parecendo meditar enquanto seguravam seus colares com as siglas GC.

Alguns segundos se passaram e então minutos, até que Dio disse:

— Nada.

A ruiva suspirou e soltou o pingente fazendo-o balançar um pouco no pescoço. Bufou em uma concordância silenciosa. Nada também.

— Também não sinto nenhuma outra fonte de magia fora a do colar. — Dio continuo. Talvez ele nem esteja aqui, completou mentalmente. Algo desse tamanho com certeza geraria pânico na população...

Elesis estalou a língua em desgosto, provavelmente pensava a mesma coisa que o demônio. Após um pequeno momento de silencio ela levantou, pegou sua espada e a colocou nas costas, começando a andar para frente.

— Vamos dar uma olhada no local e ver o que encontramos, não adianta ficar aqui parados.

O mais velho suspirou e pegou sua arma, segurando a foice na mão direita, adiantou alguns passos se colocando do lado da ruiva.

Atravessaram o parque em silêncio, ignorando os olhares sobre eles – maioria de eram das crianças e alguns pais –, provavelmente pelas armas que carregavam.

Foi somente quando uma nuvem que cobria o sol se moveu, fazendo assim que o brilho refletisse na arma da ruiva, chamando a atenção de um guarda que fazia a ronda no local com um colega, que Dio ficou um pouco alerta.

— Hey, vocês dois. — Chamou alto o policial.

Como se fosse ensaiado, várias cabeças vivaram em direção a ele e sua companheira, agora maioria dos olhares eram adultos, uma vez que as crianças não haviam tirado os olhos de si.

— Merda. — Sussurrou a ruiva, tensa.

Pararam de andar e se viraram para o dono da voz, um homem por volta dos 40 anos, barba mal feita e cabelos morenos, ao seu lado um outro, parecia ter em volta 50 anos, barrigudo e cabelos louros. Observaram eles se aproximar.

— Em que podemos ajudar?

O mesmo que chamou por eles parou um momento, os encarando e coçando o queixo. Seus olhos percorreram por eles, analisando-os, e depois se direcionaram para as armas.

— Vocês têm porte legal de armas? — Questionou em tom de voz autoritário.

A ruiva olhou para o Asmodiano e depois para os homens a frente, sem responder à questão, após alguns segundos de silencio o homem bufou, irritado.

— Me mostrem os seus documentos. – Ordenou estendendo a mão.

Novamente outro breve momento de silencio de instalou entre eles. Para melhorar a situação o guarda falava alto, chamando mais olhares para si. Ele parecia do tipo impaciente, e logo se irritou novamente.

— Eu estou pedindo os documentos do dois!

Dio rapidamente tateou a roupa em busca dos bolsos, procurando algo. Após olhar todos os bolsos se virou para a ruiva e disse.

— Eu esqueci de pegar os documentos em casa, você pegou Elesis?

A espadachim estreitou o olhar encarando o mais velho e então arregalou os olhos em surpresa. Fazendo a mesma coisa que o demônio havia feito segundos atrás, Elesis tateou todos os bolsos em busca de... nada.

— Droga, eu esqueci Dio. — Voltou seu olhar para os dois homens, que agora os encaravam de forma desconfiada — Desculpe seu guarda, deixamos os documentos em casa.... Se você não se importar de irmos buscar...

O policial riu.

— Vocês acham que estão falando com quem? Algum idiota? Vocês iriam sumir da minha vista na primeira oportunidade. Já que não tem documentos e estão portando armas, não vejo por que não os levar para a delegacia, certo? — Olhou em direção ao companheiro que apenas observava.

— Nomes e idades? — Perguntou, se pronunciando pela primeira vez. Embora o tom bem mais leve que o do amigo ao lado, ainda tinha um pouco de autoridade.

— Elesis, 15 anos.

— Dio, 16 anos. — Mentiu. Não tinha como dizer que, na verdade, sua idade era incalculável.

— Você, 16 anos? — Afrontou novamente o moreno.

— Pareço mais velho — Deu de ombros.

— Certo, certo. Já vi que estão cheios das graças, que tal fazer isso em outro local. — Rosnou e sorriu em sarcasmo.

Puxando dois pares de algemas, o mais novo se aproximou dos dois. Elesis hesitou um pouco, ponderando se sacaria sua espada ou não. Dio suspirou, dando uma leve cotovelada na espadachim. Várias pessoas olhavam para eles agora. Embora conseguissem derrubar os guardas e fugir, provavelmente seriam reconhecidos.

Erguendo os braços em desistência o demônio se deixou acorrentar, observando-o em seguida fazer o mesmo com Elesis, que não escondia a cara de descontente.

— Pelo menos sabem obedecer a ordens.

Se inclinou e puxou a arma da ruiva, o outro pegou a sua foice.

— Que bela arma vemos aqui... — Encarou eles por alguns segundos — Vamos.

Empurrando-os pelo ombro, os forçando a andar na frente, os guardas os guiaram pela calçada até a delegacia mais próxima, a duas quadras de distância. Por onde passavam atraiam olhares das pessoas.

— Mantenha paciência. Não podemos piorar a situação.... Um movimento errado e somos procurados pela polícia. — Se inclinou e sussurrou no ouvido da Canabanece.

— Hey! Nada de sussurro! — Sentiu uma cutucada nas costas. Olhando para trás viu o policial o tocando com um cassetete. Suspirou e se afastou da garota.

Andaram mais um pouco até pararem em frente à delegacia. Subiram cinco degrais antes de entrarem no prédio. Havia um balcão a frente e, no centro, na parede atrás dele, duas grandes portas que levavam para o interior do local. Pelo vidro era possível ver que seguia por um corredor com algumas portas, umas duplas outras não. A direita havia outra porta, dessa vez única, que levava ao que suspeitavam ser um escritório. Perto da porta de entrada um filtro e nas laterais dessa estavam quatro fileiras de cadeiras simples, viradas para o balcão.

Dois guardas que estavam atrás, digitando no computador, voltaram a sua atenção para o grupo.

— Carlos, Mike, olha o que encontramos aqui. — Foram empurrados para frente novamente. Os policiais pararam um de cada lado, colocando as armas sobre o balcão.

Mike, como fora chamado, assobiou em surpresa, passando a mão pela lateral da espada, fazendo um corte pequeno — Bem afiada. Onde encontrou?

— Esses dois elementos... — A ruiva levantou uma sobrancelha para o termo usado — estavam dando uma volta com elas no parque... mas sabe a melhor parte? — Riu em sarcasmo seco, fazendo uma pausa.

— Eles estão sem documentos. — Respondeu o Louro logo em seguida.

— Se é que eles possuem documento! — Advertiu o moreno. — Sabe como são essas crianças de hoje em dia. No máximo são mais dois encrenqueiros por aí, arriscando a paz da cidade.

Elesis mordeu a língua, de leve, para não responder. Não estavam realmente em boas situação.... Claro que se Dio não fosse ficar enchendo seu saco mais tarde, ela pegaria a arma agora e sairia correndo, derrubando tudo que viesse em seu caminho.

— Bem, me diga a idade e vemos se eles realmente têm porte.

Dio estava preste a responder quando foi cortado, novamente o moreno se pronunciava.

— Eles não têm. Tem 16 anos. — Virou para eles, encarando-os de forma reprovadora. — A idade mínima para ter o porte de armas é 18. Esses dois aqui acham que enganam alguém! Quem sabe um dia na cadeia os ensine a respeitar os mais velhos e a não mentir?

Carlos então pegou as armas, suspirando.

— Menos Jonas. — Se virou para os dois. — Eles também não podem ser presos, mas as armas estão confiscadas. — Analisando elas, comentou — Embora eu devo tirar o meu chapeu, são realmente bonitas e bem-feitas.

— Coloque-as no deposito. — Informou o Louro — Depois vemos o que fazemos com elas.

Acompanhou o policial entrar pelas portas duplas e desaparecer com as armas. Elesis sentiu um frio percorrer sua espinha. Não, isso não era nada bom. Estava preste a pular o balcão, quando sentiu uma pisada em seu pé. Olhando para o lado viu Dio, encarando-a sério.

— Vocês já têm as armas, podemos ir embora agora? — Se virou para o moreno, encarando-o nos olhos.

Ficaram alguns segundos assim, nessa briga de olhares.

— Negativo! — Se exaltou. — Sabe-se lá o que podem fazer, vai que estão ligados a alguma gangue e...

— Deixe isso de lado Jonas. São apenas crianças! Outra, eles são menores de idade, o que pretende fazer com eles? — Questionou Mike.

— Ou pelo menos se dizem ser! – Olhou para o Asmodiano.

— No máximo estavam se exibindo com as armas dos pais, sabe como é. Aqui é uma cidade antiga e meio isolada, as pessoas colecionam essas coisas. — A voz veio de Carlos, que voltava de dentro do edifício.

— Não é por ser antiga que elas podem sair por aí armadas — Rebateu com raiva.

O louro suspirou e se virou para eles, retirando as algemas — Fora. Eu não quero ver vocês aqui de novo. — Ordenou, dando a volta no balcão e parando frente a porta dupla. — Vocês podem pegar as armas de volta caso tiverem autorização para o porte. — Dizendo isso, entrou.

— Hey, Guilherme, que merda você está fazendo! — Esbravejou Jonas.

Dio se virou, pegando no pulso da ruiva, que parecia ter entrado em transe desde que as armas foram levadas, encarando a porta dupla, e a puxou para a saída.

— Vamos Elesis.

Sentiu o olhar do moreno sobre ele, mas ignorou. Continuou puxando a ruiva até estarem uma distância segura do local, ela então mexeu levemente o braço indicando para o mais velho a soltar e foi isso que ele fez. Elesis caminhou em direção a um beco que havia por ali.

— Merda! – Gritou chutando uma das latas, fazendo-a cair em um monte de lixo assustando alguns ratos e gatos que haviam ali. — Aquele cara, quem ele pensa que é?!

— O policial da cidade. — Suspirou e encostou na parede. — Você não iria querer encrenca dom as autoridades daqui, Elesis. Só vai prejudicar nosso lado. Temos sorte que ter saído de lá apenas com isso... estamos sem documentos, sem nada! Sabe que confusão poderíamos ter nos meti-

— Eu sei! — Cortou em fúria. — Eu sei... — Repetiu mais calma e tomou algumas respiradas fundas, tentando em vão se manter calma — Só que, droga Dio! Era tudo que tínhamos! Só tínhamos as armas e agora...? Como vamos lutar assim?!

O demônio ficou em silencio por um momento. A ruiva não se atreveu a pronunciar nada, esperando uma resposta. Mas ela sabia, ele sabia. Não havia como fazer isso.

— Eu não sei... — Admitiu.

— E agora? — Rosnou — O que vamos fazer?

Elesis se virou para o Asmodiano, ainda brava e parou assim que viu o colar do mais velho brilhando de leve. — Dio, seu colar...


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Notas finais do capítulo

Sim, tem erros... Se alguém puder me informa onde tem... Até eu arrumar um beta para a Fanfic vou precisar da ajuda de vocês kkk.

Comentem, sério... =w=



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